Conheça a história e os planos de expansão da rede Hirota
“No Hirota, é olho no olhooo, trazendo qualidade a vocêêê!”, cantarola Francisco Hirota, presidente da rede de supermercados que leva seu sobrenome. “Hirota! Uma família a serviço das famíliaaas!”. Entoar todas as manhãs esse hino, ou “grito de guerra”, faz parte da rotina dos 1.600 funcionários da cadeia fundada no Ipiranga em 1972, hoje, com quinze unidades na Grande São Paulo — conhecidas por ter como “plus” uma caprichada seleção de produtos orientais, além da cesta básica.
No ano passado, a empresa criou uma extensão de negócios, Hirota Express, inspirada nas redes de conveniência do Japão. Desde então, surgiram seis estabelecimentos desse tipo. Até o fim de julho, a quantidade deve chegar a doze, ou seja, dobrará. “Vamos alcançar a marca de oitenta casas em quatro anos”, anuncia Hélio Freddi Filho, gerente- geral do novo segmento.
Sempre em pontos com grande circulação de pessoas, a Hirota Express ganhou a primeira unidade na Avenida Paulista em março de 2016, no endereço onde funcionava uma videolocadora, a 2001. Nas gôndolas, encontra-se um pouco de tudo: chocolates, biscoitos, pó de café, iogurte…
Entre os diferenciais está a profusão de guloseimas e pratos prontos orientais, muitos deles de fabricação própria, com direito a micro-ondas para quem quiser aquecê-los, e de quinquilharias da japonesa Daiso, parceira do grupo. “A ideia é ajudar o cliente a fazer uma refeição rápida e saudável”, explica Francisco Hirota.
O negócio é concebido de forma a não engordar os custos de operação. Não mais que quinze funcionários trabalham na loja, e cada ponto demanda um investimento entre 800 000 e 1 milhão de reais. As próximas filiais estão prometidas para a Praça do Patriarca, a Vila Mariana e o Shopping Plaza Sul.
A aposta nesse formato é uma maneira de a rede se reinventar em um momento de mudanças no setor. “Com a crise, teve início um movimento de diminuição do número de hipermercados e houve crescimento da procura por lojas menores e de vizinhança”, diz Álvaro Furtado, do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga).
Por enquanto, a receita do Hirota está dando certo. Somando os dois braços de negócios, a projeção da companhia é que o faturamento chegue a 400 milhões de reais em 2017, ou 11% a mais que em 2016. A empresa começou mirrada, como uma mercearia de 150 metros quadrados na Rua Labatut.
O casal de japoneses Katsumi Hirota e Dália Shumiko deixou a vida apertada na roça no interior do Paraná e arrastou os seis filhos, nos anos 70, até o Ipiranga para tocar uma venda modesta. Pouco a pouco, o negócio foi vingando — e cresceu. De olho no sucesso do clã, o dono do imóvel locado pela família chegou a aumentar o valor do aluguel “em mais de cinco vezes”, lembra Francisco.
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/cidades/supermercado-hirota-expansao-sucesso/
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