Conheça o promissor mercado de Batata-doce mundial
Agrolink – 20/11/2017 – 16:18
As batatas-doce são cultivadas em todo o mundo. Quando se olha para os maiores produtores mundiais, os grandes destaques são a África mediterrânea e a China, segundo levantamento do site FreshPlaza. No entanto, o panorama muda quando se fala das exportações. Os Estados Unidos lideram, seguidos por Holanda, Vietnã e Espanha. Nos mercados americano e europeu o alimento ainda é considerado exótico, mas estaria deixando essa imagem rapidamente.
No Egito, exportador mais conhecido do cultivo no Norte da África, a safra teria sido excepcional. As exportações egípcias vão principalmente para a Europa, especialmente para o Reino Unido e Itália com um preço de 0,50 Euros por quilo no porto de Alexandria, o que é menos competitivo que na Espanha e Itália, em função dos custos logísticos.
Já a Espanha é o grande exemplo de crescimento. Lá, a produção cresceu cerca de 40% neste ano. De acordo com o FreshPlaza, é devido a expansão de área e condições climáticas favoráveis no país, além do crescimento das margens. Por outro lado, a conversão para a produção orgânica tem sido difícil e a comercialização dentro da Europa também. Compradores da Holanda, França e Reino Unido preferem o produto local. As principais regiões produtoras são Cadiz, Sevilha, Alicante e Múrcia.
Um aspecto interessante do mercado, segundo a fonte do site FreshPlaza, é que o mercado de alguns países, como da Bélgica, prefere o produto europeu por ser mais próximo antes que o americano, em função da preferência por um produto mais fresco. Apesar disso, a qualidade do produto americano é considerada tão alta no destino como a batata-doce de origem portuguesa ou espanhola.
Na Holanda, o grande fornecedor são os Estados Unidos, mas os competidores egípcios e espanhóis têm estado cada vez mais agressivos para conquistas esse mercado. Maior oferta de batata-doce está vindo do estado da Carolina do Norte e mais concorrência para brigar pelo mercado holandês vêm de Honduras, Senegal, China e Leste Europeu.
O mercado alemão é disputado por americanos e espanhóis, mas o produto não é tão popular no país, onde há o maior consumo de batata comum do mundo. O preço no país vai de 5 a 7 euros por seis quilos, muito abaixo de países próximos como a Bélgica e Holanda.
Já na Itália, a produção de batata-doce é de nicho com 600 hectares cultivados e 13 mil toneladas de produção com 80% do volume saindo de Veneto. O grande problema para os italianos é o alto nível de pragas registrado no cultivo e o preço pago ao produtor é baixo.
A produção na China aumentou em mais de 20% com áreas cultivadas em muitas regiões do país. Os chineses não são auto-suficientes no produto e importam da Mongólia. Há uma expectativa de excelente colheita neste ano.
A Austrália produz cerca de 100 mil toneladas e é auto-suficiente em batata-doce. A receita gerada é de US$ 80 milhões. O estado de Queensland é responsável por 70% da produção. O principal mercado de exportação são os Emirados Árabes Unidos. Os australianos também tentam conquistar o mercado neozelandês.
Nos Estados Unidos, houve uma recuperação da produção na Louisiana, depois de uma safra ruim pelas fortes chuvas de 2016. Alguns produtores haviam perdido metade da produção. O desafio para os produtores norte-americanos é manter o fornecimento estável. Há picos de demanda extraordinária doméstica como Dia de Ações de Graças, Páscoa e Natal.
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