Decisão investe R$ 6 milhões em expansão
Rede, que aposta na interiorização da marca e no crescimento orgânico, prevê vendas 60% maiores
Daniela Maciel
Mesmo com aumento da inflação e disparada de preços, principalmente em itens do grupo alimentação, compras no atacado de autosserviço, o popular “atacarejo”, mantêm trajetória de alta, consolidando o segmento como alternativa de consumo para o mineiro. Diante desse cenário, e com a ideia de crescer organicamente dentro de um processo de interiorização, o Decisão Atacarejo anuncia investimento de R$ 6 milhões na abertura de duas unidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em Lagoa Santa e Santa Luzia.
Essa última será a primeira experiência da rede em shopping center. A unidade de 3 mil metros quadrados será no Brazilian Shopping, localizado na principal avenida do bairro São Benedito e um dos principais corredores de trânsito do Vetor Norte.
De acordo com a diretora de Marketing e RH da rede Decisão Atacarejo, Valéria Bax, juntas, as lojas vão gerar 200 empregos diretos. A expectativa é de um crescimento de 60% nas vendas, gerando incremento de R$ 80 milhões no faturamento nos primeiros seis meses de funcionamento. “Já estávamos com essa decisão em andamento desde o ano passado. Claro que fizemos tudo com mais cautela, observando o mercado, mas chegamos à conclusão que não dava mais para esperar. Para continuar saudáveis, precisávamos crescer. Estudamos a demanda e escolhemos, então, Lagoa Santa e Santa Luzia”, explica Valéria Bax.
Dessa forma a rede se consolida no Vetor Norte, onde tem outras duas unidades: uma em Venda Nova, região Norte da Capital, e outra em Santa Luzia. A região tem recebido investimentos importantes nos últimos anos, como a instalação da Cidade Administrativa e a construção da Catedral Cristo Rei (em Belo Horizonte); a instalação da segunda unidade do condomínio Alphaville em Minas Gerais (em Vespasiano); e a ampliação do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport), em Confins, entre outros. As outras duas lojas da rede ficam no hipercentro de Belo Horizonte e na cidade de Sete Lagoas, na região Central do Estado.
“Esse é um momento para arregaçar as mangas, não dá para ficar esperando a crise passar. A chegada das unidades do Decisão são importantes também para a comunidade pelo número de empregos que geram. Essas são cidades que estão crescendo junto com o Vetor Norte e vamos crescer com elas”, aponta a diretora de Marketing e RH da rede Decisão Atacarejo.
As inaugurações indicam que outras novidades podem vir em 2018, quando a rede vai completar 30 anos. Embora a executiva ainda faça mistério, já existem planos para a abertura de, pelo menos, mais uma unidade, também na RMBH. Ela destaca que no primeiro trimestre deste ano foram mais de 90 contratos de fornecimento assinados, com um volume de negócios de mais de R$ 200 milhões e foram investidas 140 horas em capacitação de equipe.
“No nosso setor (supermercadista) o segmento de atacarejo foi o que mais cresceu nos últimos anos. Muita gente está trocando os supermercados pelos atacarejos. Temos que saber atender os dois públicos, por isso é tão importante estar em corredores de grande fluxo de pessoas”, completa a gestora.
Com estruturas menos sofisticadas que as dos supermercados – os “atacarejos” não têm padaria, açougue, muitos sequer possuem ar condicionado, e as mercadorias ficam sobre pallets ou em caixas de papelão -, os preços nos atacarejos são em média de 15% a 20% mais baixos, segundo os especialistas e os donos das lojas do ramo. Em alguns casos, as diferenças podem chegar a 40%. Em geral, o preço unitário dos produtos costuma ser mais baixo que nos supermercados. Mas se o consumidor comprar em maior quantidade, a economia por unidade é ainda maior. A estrutura de custo de um “atacarejo” é 50% menor que a de um supermercado. Por isso, o preço é mais baixo.
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