Distribuição de remédios é interrompida nos postos de saúde

Mudança aconteceu devido a uma notificação do Conselho Regional de Farmácia à Secretaria Municipal de Saúde

Medicamentos só poderão ser retirados nas farmácias municipais a partir de segunda

Quem costuma retirar medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs) deve ficar atento a mudanças. A partir desta segunda-feira, a dispensação de remédios ocorrerá exclusivamente nas farmácias municipais. Por isso, as duas unidades – do Centro e a distrital Zona Sul, junto ao Hospitalzinho – terão novo horário. Dessa forma, mesmo quem é do interior ou de outros bairros da cidade deve se dirigir até esses locais.

As alterações serão implantadas por determinação do Conselho Regional de Farmácia (CRF). Segundo o diretor administrativo da Secretaria Municipal da Saúde, Giovani Alles, em abril deste ano, o órgão fiscalizou todas as unidades de ESF e notificou a administração municipal sobre a necessidade de um farmacêutico para a dispensação de remédios. “Nós recorremos, alegando que eram entregues apenas medicamentos básicos e o custo para incluir um profissional em cada unidade sairia muito caro para o município”, explicou. Mesmo assim, o recurso foi negado.

Conforme informações do CRF, a proibição de dispensar medicamentos em postos de saúde onde não há presença de farmacêutico está acontecendo em todo o Rio Grande do Sul. Isso porque é função privativa do profissional de farmácia, além de entregar medicamentos, dar orientações quanto ao uso, contra-indicações e tudo que o paciente precisar saber. No mesmo sentido, a formação do enfermeiro ou do técnico de enfermagem não os prepara para isso.

A principal preocupação do conselho é quanto a antibióticos e produtos controlados, que devem ser dispensados exclusivamente por farmacêuticos e sob prescrição médica. “Isso já acontecia em Santa Cruz. Nos postos podiam ser retirados somente remédios básicos”, disse. Segundo Alles, há 30 unidades de ESF no município. A carga horária de um farmacêutico é de 20 horas. Como os postos ficam abertos durante todo o dia, seriam necessários dois profissionais para cada um. “É inviável financeiramente. O custo seria de mais R$ 250 mil por mês.”

Emergencialmente, a medida adotada foi a ampliação do horário de atendimento das duas farmácias. “Pode ser que os pacientes saiam prejudicados agora, já que vão precisar se deslocar até o Centro ou à Zona Sul para retirar os remédios. O município não queria causar esse transtorno, mas precisamos nos adequar às normas do CRF”, ressaltou. Mais adiante, conforme Alles, será estudada a possibilidade de ampliação do número de farmácias distritais, espalhando algumas unidades pelo interior.

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8 horas às 16 horas

Farmácia Distrital da Zona Sul
7h45 às 11h45 e 13 horas
às 17 horas

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