Empresa supera a crise com comida mexicana congelada e fatura R$ 5,2 milhões
Com dívidas, a Nacho Loco mudou seu mercado em 2015 e passou a vender comida em supermercados
04.08.2017|Por Fernanda Maranha
Depois de viagens para o México, Sérgio Freitas e Filomena Reis se apaixonaram pela culinária do país e começaram a fazer festas temáticas mexicanas para a família. O sucesso foi tanto que, em 2007, abriram em Vinhedo (SP) – cidade em que moravam – um buffet para fazer festas temáticas em domicílio, a Nacho Loco.
A empresa cresceu ao participar de eventos corporativos, especialmente no setor imobiliário. A Nacho Loco chegou a faturar R$ 400 mil por ano nessa época e precisou abrir uma cozinha industrial para dar conta da demanda em 2012.
O negócio ia bem, mas eles não contavam com chegada da crise que atingiu o mercado imobiliário, a partir de meados de 2014. “Abalou muito o nosso negócio, pois as imobiliárias eram 60% do nosso faturamento”, conta João Gabriel Freitas, 28 anos, filho de Sérgio e Filomena, que hoje é o CEO da Nacho Loco.
A situação da empresa só piorava com o agravamento da crise econômica. “As pessoas não queriam mais buffet de comida mexicana para fazer festa, mas sim churrasco ou outras coisas mais baratas”, diz Freitas.
A empresa começou a se endividar e Freitas, que é formado em Marketing, percebeu que era preciso mudar o negócio. Em junho de 2015 saiu de seu emprego e entrou na Nacho Loco, com uma participação societária pequena. A mudança proposta por Freitas foi migrar para o ramo de comidas congeladas típicas do México.
Em três meses ele fez um plano de vendas. A empresa adquiriu um ultracongelador com um financiamento pelo BNDES e Freitas vendeu o carro para comprar as embalagens.
No fim do mesmo ano Freitas, o pai e mais um representante de vendas começaram a visitar mercados para oferecer os novos produtos congelados. Os produtos da Nacho Loco são mini tacos, burritos e quesadillas. Com preço médio de R$ 24,90, estão presentes, hoje, em 18 das 20 maiores redes de supermercados, segundo Freitas.
Nessa nova vertente de negócio, apenas com alguns meses de venda dos produtos congelados, a empresa faturou R$ 400 mil, em 2015, sem contabilizar os eventos que ainda faziam.
O faturamento da Nacho Loco cresceu vertiginosamente e, em 2016, o faturamento foi de R$ 5,2 milhões, sendo R$ 4,5 milhões apenas com a venda dos congelados.
Em razão do sucesso da nova vertente da empresa, o ramo de eventos acabou no final do ano passado. “A parte de eventos era mais personalizada, enquanto a fábrica foca em alto volume, é difícil manter os dois”, explica Freitas.
Atualmente, eles estão mudando de fábrica para aumentar a capacidade produtiva e buscam faturar R$ 10 milhões até o fim de 2017.
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