Farmacêuticos debatem automedicação
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A intoxicação por medicamentos causa prejuízos e tem aumentado as internações na rede hospitalar
Por Folha Web Em 07/05/2018 às 01:44
O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamento foi domingo, 5 de maio. A data foi celebrada pelo Conselho Regional de Farmácia de Roraima (CRF/RR) com a realização de palestra proferida pela doutora em Ciências da Saúde e professora em Farmacologia Clínica do curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Gabrielle Mendes Lima, no auditório de práticas jurídicas da Faculdade Cathedral, direcionada a farmacêuticos, sobre a importância do tema.
Segundo o conselheiro federal de farmácia suplente, Eduardo Anibal Lopes, a data foi criada para alertar a população quanto aos riscos causados pela automedicação. O objetivo é também ressaltar o uso indiscriminado e a automedicação como responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios. Há casos em que pacientes morrem por causa do uso de medicamentos sem orientação profissional.
“Existem duas situações neste processo. O trabalho do médico é o de diagnosticar doenças, identificar os sintomas e, a partir disso, indicar qual o melhor medicamento e a dosagem correta para que o paciente fique bem. A automedicação traz riscos à saúde, pois a ingestão de substâncias de forma inadequada pode causar reações como dependência, intoxicação e até a morte. Dentro desse processo, enquanto conselho, decidimos difundir essas informações entre os profissionais. Achamos oportuna a celebração da data, ampliando a informação através da palestra da doutora Gabriela Mendes aos profissionais de farmácia, uma vez que são eles que recepcionam os pacientes no momento da aquisição de seu medicamento”, ressaltou.
Eduardo acrescentou que a receita médica é a garantia de que houve avaliação profissional para que determinada doença seja tratada pelo paciente utilizando o medicamento correto. “Quem insiste em mesmo tendo a recomendação médica realizar a automedicação pode agravar doenças, já que a utilização de remédios sem a informação adequada pode esconder determinados sintomas. Além disso, há o risco da combinação errada de substâncias, que pode anular ou potencializar o efeito da outra. Por isso, é preciso que o paciente tenha ciência deste enorme risco”, comentou.
Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Adonis Motta, a principal preocupação em promover a palestra aos profissionais que atuam diretamente nas farmácias em Roraima, é fazê-los multiplicadores do risco que a utilização irracional do medicamento.
Isso pode ocorrer pela desnecessidade do produto ou quando o paciente supor que pode aliviar os sintomas de determinada doença. Eventual melhora termina fazendo com que um número cada vez maior de pessoas sejam removidas para tratamento em unidades de saúde.
“Precisamos envolver o maior número de profissionais em torno desta questão que se agrava a cada dia, e isso gera uma despesa acentuada nas unidades de saúde, pois desprendem um valor considerável para tratar o paciente que faz o uso indiscriminado de medicamentos. Vamos realizar outro movimento no mês de junho, ampliando o número de parcerias para realizar na capital e no interior, uma panfletagem em todas as farmácias. Com certeza vamos ter uma adesão significativa pela relevância do assunto que precisa ser amplamente debatido e informado à sociedade”, complementou.
Adonis informou que esta palestra será apresentada dia 12, sábado, na cidade de Rorainópolis para os profissionais que atuam na região Sul, e também para que eles tenham conhecimento do tema. (R.G)
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