Farmácias Populares fecham e pacientes do Alto Tietê poderão usar somente a rede credenciada
Quem buscava medicamento nas unidades não gostou da mudança que começou nesta segunda-feira.
Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
03/07/2017 13h01
Moradores do Alto Tietê lamentam fim das Farmácias Populares
Era para ser só em agosto, mas no Alto Tietê, as farmácias populares gerenciadas pelo governo federal, não existem mais.
No entanto, o programa continua funcionando, normalmente, na rede credenciada. O fechamento das unidades próprias foi determinado pelo governo como medida de economia.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Saúde, o fechamento das unidades próprias não vai prejudicar os pacientes e os municípios vão ter maior acesso aos remédios e insumos farmacêuticos.
Mesmo assim quem encontrou as unidades fechadas nesta segunda-feira (3), ficou desolado. “Nada bom porque aqui era tão fácil para pegar o remédio.”
Em Poá, a dona de casa Elda de Souza não sabia o motivo do fechamento da unidade do município. “Eu nem sabia que ela fechou porque eu sempre tava vendo ela aberta.”
Segundo o governo federal, a medida vai evitar gastos com a manutenção dos prédios. O governo federal garante que os R$ 100 milhões anuais que pagavam os medicamentos da Farmácia Popular e mantinham os prédios, a partir de agosto irão para os estados e municípios fazerem a compra direta dos medicamentos oferecidos, por exemplo, nos postos de saúde.
As farmácias da rede própria fecharam, mas a promessa do governo federal é continuar com o programa na rede credenciada.
Josefa Maria Nercio quando não encontra os medicamentos para diabetes e controle de colesterol no posto de saúde vai até a farmácia particular da rede credenciada. “Quando em posto não tem eu sempre vou lá. Para mim não tem problema se não tiver no posto eu vou lá.”
De acordo com o Ministério da Saúde, os medicamentos que eram exclusivos da rede propria do programa representavam menos de 7% da procura dos clientes.
Ou seja, 93% deles buscavam remédios para hipertensão, diabetes e asma, que estão disponíveis na rede credenciada.
Mesmo assim, a desempregada Carolina Santos não aprovou o fechamento da Farmácia Popular de Poá. “eu acvho que aqui era mias cômodo. Nem tudo que tinha aqui tem nas outras farmácias.”
O farmacêutico Adilson Júnior Darin é responsável por uma farmácia credenciada do programa. Ele diz não faltam remédios para asma, diabetes e hipertensão.
Mas espera que o Ministério da Saúde faça outras mudanças no programa para que a população não sinta o fechamento da rede própria. “A gente espera que coloquem mais medicamentos no programa e se fizerem isso vão conseguir suprir a falta dessa farmácia que existia aqui.”
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