Heineken fecha fábrica em Horizonte

Empresa tomou decisão após estudos de viabilidade. Ao todo, 179 empregados trabalhavam na unidade localizada na Região Metropolitana de Fortaleza. Processo de encerramento ocorre até o mês de dezembro
01:30 | 01/09/2017

A unidade de Pacatuba da cervejaria Heineken continuará em funcionamento no Estado IGOR DE MELO EM 19/4/2012

A fabricante de bebidas Heineken Brasil iniciou o processo de fechamento da unidade produtora de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A empresa informa que a decisão se deu após estudos de viabilidade do negócio. Ao todo, 179 empregados faziam parte do quadro de funcionários.

“Além disso, com a nova configuração resultante da recente integração com as operações da Brasil Kirin, a Heineken passa a contar com uma malha fabril mais completa no País, passando de 5 para 15 plantas, incluindo uma localizada no próprio Estado, na cidade de Pacatuba”, justifica.

Na configuração de funcionários da fábrica, 134 eram contratados da própria empresa e outros 45 trabalhavam como terceirizados. “A maioria dos empregados foi desligada, porém alguns foram transferidos. A empresa, todavia, buscará auxiliar na recolocação destes profissionais no mercado, por meio de contratação de uma empresa especializada, e negociou com o Sindicato da categoria um pacote de benefícios a ser pago em razão do fechamento”, disse em nota a companhia.
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179 empregados trabalhavam na unidade da Heineken em Horizonte

A previsão é que até dezembro todas as atividades da planta de Horizonte estejam encerradas e o processo de transferência totalmente concluído.

Produção
A produção que atende o mercado cearense não deve ser afetada com a medida de encerramento das atividades da fábrica de Horizonte. “É importante ressaltar que a companhia continuará produzindo seu portfólio nacional em suas plantas espalhadas pelo território brasileiro e, nesse primeiro momento, as unidades de Pacatuba e Alagoinhas (BA) passarão a abastecer as regiões atendidas por Horizonte”, afirma.

Em maio a Heineken teve a compra da Brasil Kirin autorizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com o negócio, avaliado em 664 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões à época), a participação da cervejaria holandesa no mercado saltou de 9% para aproximadamente 14%. A negociação também reposicionou a empresa na disputa no segmento, saltando do terceiro para o segundo lugar, atrás apenas da Anheuser-Busch InBev (AB InBev).

Saiba mais

Brasil e mundo
A Heineken se estabeleceu definitivamente no Brasil em 2010, com a aquisição da FEMSA Cerveza, e em 2015 já era a terceira colocada no ranking das maiores cervejarias do País. Segundo a empresa, as unidades empregam 10 mil pessoas. No mundo, é a segunda maior cervejaria em rentabilidade e terceira em volume de vendas. São 250 marcas, 85 mil funcionários e atuação em 70 países.

Marcas
A empresa atua no País com as marcas Heineken, Sol, Bavaria, Kaiser, Glacial, Schin, Baden-Baden, Xingu, Desperados, Devassa, Cintra, No Grau e Eisenbahn. Também é detentora dos não-alcoólicos Itubaína, Skinka, Via Schin, Schin (água) e do k (bebida energética).

ÁTILA VARELA

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