Hypermarcas nega negociação para busca de sócio após delação de Funaro

Doleiro acusou empresa de pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha para conseguir medidas provisórias.

Por Reuters

25/09/2017 12h56

O grupo de produtos farmacêuticos Hypermarcas negou nesta segunda-feira (25) notícia de que estaria buscando um sócio nas últimas semanas, após ter sido citado recentemente em delação do doleiro Lúcio Funaro por suposto pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha para compra de medidas provisórias.

O jornal O Estado de S.Paulo publicou na sua edição destas segunda-feira que assessores financeiros da empresa tiveram conversas reservadas com as principais farmacêuticas brasileiras, incluindo Biolab, Eurofarma e EMS, e estiveram perto de fechar acordo com a norte-americana Pfizer.

"A companhia contatou seu acionista controlador (o empresário João Alves de Queiroz Filho), que negou veementemente quaisquer negociações para venda ou alteração do controle acionário da companhia ou alienação de parte do seu investimento na companhia", afirmou a Hypermarcas em comunicado ao mercado após ter sido questionada sobre a notícia pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"A companhia não contratou assessores financeiros com mandato para discussão de quaisquer tipos de combinação de negócios, venda de parte de seu portfólio ou alteração de seu controle acionário", acrescentou a Hypermarcas, dizendo ainda que "nunca teve nenhum tipo de contato com a Pfizer para celebração de quaisquer acordos".

As ações da Hypermarcas exibiam queda de 0,76% às 12h33, em linha com o recuo do Ibovespa.

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