Inflação dos supermercados apresenta 2ª maior redução da história

Outubro 23, 2017 Publicado por Michele Rios Publicado em Negócios Inflação dos supermercados apresenta 2ª maior redução da história

Pelo quarto mês seguido em 2017, o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE apresentou redução. Em setembro, houve queda de 0,91%, se comparado com o mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses o resultado do IPS é ainda mais impressionante, apontando para uma redução de 2,90%. Em 2017, os preços registraram decréscimo de 2,58%.

“Estes valores recordes de queda alcançados em setembro são o ápice de uma longa redução de preços de alimentos de peso na mesa do paulista que teve seu início em agosto de 2016, reflexo da crise econômica nacional que alcançaram nos últimos meses recordes negativos no emprego e renda da população, que geraram uma demanda reprimida, refletindo-se na queda no consumo das famílias e contribuindo para esta inflação menor”, explicou Rodrigo Mariano, Gerente de Economia e Pesquisa da APAS.

Ainda segundo Mariano, “ao contrário de 2016, as safras foram recordes em diversas culturas graças à um clima mais estável, o que fez os alimentos In Natura serem os grandes responsáveis, no acumulado de setembro de 2017, deste índice tão baixo.”

Na avaliação desde a criação do Plano Real, em 1994, o IPS/APAS apresenta variação acumulada de 212,35%, enquanto o já o IPCA/IBGE (Brasil) tem alta de 467%, o IPC-FIPE tem aumento de 352,26% e o IPA/FGV tem variação de 609,64%. Assim, a evolução dos preços ao longo dos anos, aponta uma elevação mais moderada no setor supermercadista, principalmente pela sua característica de concorrência, onde os ganhos de eficiência e produtividade aliados as constantes negociações junto à indústria, possibilitam preços mais competitivos para serem ofertados aos consumidores.

Em setembro, as variações negativas estiveram presentes em 55,41% dos itens, de acordo com o índice de difusão (proporção das variações de preços negativas), ficando acima da média para os últimos 12 meses, que é de 48,95%. Isso demonstra uma maior quantidade de itens com sinais de desaceleração de preços e de quedas nos preços ao longo deste mês.

“Os próximos 3 meses devem observar uma menor queda de preços ou mesmo leve elevação em alguns grupos de produtos devido a dados observados ao longo dos últimos meses que são: a estabilização do desemprego com criação líquida de vagas positiva nos últimos 2 meses; o aumento da confiança do empresariado notadamente a indústria; e, em menor grau, o reflexo das quedas de juros que alivia o bolso das famílias endividadas. Dessa forma pode-se esperar um fim de ano melhor que 2015 e 2016 em vendas e com preços bem mais comportados”, enfatizou Rodrigo Mariano.

(Redação – Agência IN)

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