Maricota muda estratégia nos EUA
Com um novo parceiro local, marca reorganiza a presença naquele país mirando a população local
Daniela Maciel
Expectativa é embarcar 18 contêineres de pão de queijo tradicional pré-assado e o recheado com cream cheese no prazo de um ano
Conquistar o público norte-americano com um produto globalizado é o desafio da mineira Maricota Alimentos. Com um novo parceiro local, a marca reorganiza a presença nos Estados Unidos mirando a população local e não mais a comunidade brasileira e latino-americana.
De acordo com a gerente de Comércio Exterior da Maricota Alimentos, Marília Espalaor, esse é um novo momento no caminho das exportações desenvolvido pela empresa que vai trabalhar dois produtos na região de Nova York, especialmente na ilha de Manhattan e entorno: o pão de queijo tradicional pré-assado e o recheado com cream cheese. A expectativa é embarcar 18 contêineres no prazo de um ano.
“Adotamos esse novo posicionamento e, para isso, investimos em embalagens com design voltado para os americanos e sem referências ao Brasil. Apresentamos o pão de queijo como um produto mundial, e não mais como algo exótico ou étnico. Fico, agora, nos EUA um mês para acompanhar a distribuição e ações de marketing. Já são mais de 53 pontos de venda com apelo para alimentação saudável. O pão de queijo tem algumas características muito importantes para esse público, como a ausência de glúten, de aromatizantes e conservantes, por exemplo”, explica Marília Espalaor.
A investida faz parte de uma estratégia de longo prazo, que começou a ser implantada há nove anos. A marca já está espalhada pelo mundo e o único continente que ainda não recebe os pães de queijo e outros produtos da Maricota é a Oceania. No total, já estão em outros 17 países: Angola, África do Sul, Argentina, Arábia Saudita, Cazaquistão, Chile, Canadá, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Espanha, Alemanha, França, Japão, Luxemburgo, Moçambique, Turquia e Botswana.
Pelo menos mais quatro países – Portugal, Espanha, Uruguai e Panamá – estão em negociações. “Atualmente, as exportações correspondem entre 4% e 5% do faturamento total da empresa, pois o nosso mercado interno é muito forte. O importante é que as exportações são mais uma frente de trabalho e, em momento algum, são encaradas como uma solução frente a crise econômica brasileira. É um projeto de longo prazo, pensado e realizado dentro da nossa capacidade produtiva”, afirma a gerente de Comércio Exterior da Maricota Alimentos.
A meta é dobrar esse índice até 2020, passando de 4% a 5% para 8% a 10%. Em agosto, a empresa enviou para o mercado alemão o primeiro contêiner com cerca de oito toneladas do produto, que será vendido naquele país como marca própria de uma incorporadora e distribuidora alemã. A expectativa da Maricota é iniciar com a exportação de três contêineres por ano e, na medida em que o produto se consolidar no mercado, aumentar a produção para o país.
“Agora, em outubro, vamos participar da Feira Anuga de Alimentos, na Alemanha (Colônia), para divulgar os nossos produtos em toda a Europa e vamos passar em Portugal para uma série de reuniões”, destaca a executiva.
Enquanto tudo isso acontece, a Maricota Alimentos não descuida do mercado doméstico. A mais nova ação foi a parceria com o festival de música Rock in Rio, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 15 e 17 e 21 e 24 de setembro, no Rio de Janeiro. “Essa é uma ação que visa o Brasil, mas como o festival recebe bastante público estrangeiro, não deixa de ser uma vitrine também para o exterior”, avalia Marília Espalaor.
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