Menos empolgação: ‘Nem todo rótulo artesanal é bom’, diz sommelier de cervejas

por Adalberto Neto
19/07/2017 18:05

Gustavo Renha | Paula Giolito

O sommelier de cervejas Gustavo Renha fala diariamente sobre a bebida, no programa Confraria da Cerveja, na Rádio Globo. Em um bate-papo com o repórter Adalberto Neto, ele defende as marcas que estão há anos no mercado e rebate a ideia de que só as artesanais é que prestam. Leia a seguir.

Você concorda com a máxima de que “cerveja artesanal é que é cerveja boa”?

Com certeza, não. Mas a gente foi criado numa indústria que só apresentava um tipo de bebida. E no mundo, sempre houve vários outros. Aí, chegou a cerveja artesanal reproduzindo outros estilos. Isso trouxe variedade para o paladar. A qualidade depende da fábrica em que ela é produzida, que, na maioria das vezes, é boa. Mas existem umas que deixam a desejar.

Os cursos de cervejeiro andam lotados. Todo mundo é capaz de fazer uma boa cerveja?

Sim, porque a cerveja é um alimento como outro qualquer, tem uma receita, um método. No Rio, tem cursos muito bons, com duração curta, de onde você sai podendo fazer cervejas de extrema qualidade na sua cobertura ou na sua quitinete.

Você acha que tem mercado para todos esses novos cervejeiros?

Sim, desde que o cara entenda que se trata de um negócio, que como qualquer outro, precisa de gestão empresarial. Muita gente tá abrindo e, em seguida, fechando cervejarias pequenas, porque enxergam a cerveja como lazer. Mas as pessoas não podem nunca esquecer que aquilo é uma empresa, que tem de ter setor de marketing, planejamento…

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