Ministério informa que entrega de 5 medicamentos está em ‘situação de alerta’

Carlos Martins, repórter SES/MT

Em nota enviada aos estados, o Ministério da Saúde alertou que dos 37 medicamentos utilizados para o tratamento de pacientes com HIV/Aids, cinco deles não estão sendo distribuídos de acordo com os pedidos feitos e estão em “situação de alerta/crítica”. Em 21 de junho, a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), já havia alertado para o risco de desabastecimento dos remédios, já que o ministério não vem enviando a quantidade solicitada.

A nota foi enviada pelo Departamento Vigilância, Prevenção e Controle IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde a todos os coordenadores e responsáveis nos estados pela logística dos medicamentos antirretrovirais. Um dos cinco remédios listados é o Zidovudina Solução Oral que, segundo o ministério, foi enviado a todos os estados em quantidade suficiente para um mês de consumo (última entrega no dia 5 de julho) e a expectativa é que até o dia 24 deste mês será entregue uma quantidade suficiente para um mês e meio de consumo. A partir de agosto, o ministério garante que entregará a programação ascendente de forma integral.

Sobre o Zidovudina 300mg + Lamivudina150mg, o ministério afirma que todos os estados possuem em média um mês e meio de cobertura. “Novas entregues serão realizadas neste mês pela FURP, LAFEPE e FIOCRUZ. Com essas entregas a cobertura será ampliada em mais um mês. A partir de agosto ocorrerão envios regulares para manter o abastecimento”, diz trecho da nota.

Quanto ao Ritonavir Solução Oral, o Ministério da Saúde informou que nota técnica enviada na última sexta-feira, dia 7, garante a ampliação da validade por mais 30 dias. Uma nova remessa está em andamento com previsão de entrega nos estados a partir do dia 17 de julho.

Sobre o quarto medicamento da lista, Tenofovir300mg+Lamivudina300mg+Efavirenz600mg (3 em 1), o ministério informou que foi enviado para os estados entre os dias 19 e 20 de junho em quantidade suficiente para um mês de consumo. Em Mato Grosso, esse medicamento chegou ao Estado no dia 19 de junho, mas, conforme a Vigilância Epidemiológica, a quantidade enviada foi inferior à solicitada, e, em geral, é suficiente apenas para um mês.

Sobre este medicamento, o ministério assegurou que “até o início da próximo semana – previsão para o dia 17 – será entregue uma quantidade para mais dez dias e até o dia 24 de julho quantidade para mais dois meses de consumo. A previsão é que a partir de agosto a programação ascendente seja atendida integralmente. As parcelas foram muito fragmentadas pelo fornecedor e por este motivo as entregas não têm ocorrido em quantidade para até 4 meses de consumo”, diz trecho da nota, encaminhada à coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Alessandra Moraes.

Por fim, a respeito do remédio Abacavir Solução Oral, o ministério informou que a expectativa é fazer a entrega de nova remessa até o final de julho. “Já providenciamos remanejamento para atender o município do Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas, com previsão de entrega para o final desta semana”, diz a nota. O Abacavir, segundo a coordenadora Alessandra Moraes, é um dos medicamentos que está com o estoque baixo no Estado.

O Departamento de Vigilância do Ministério da Saúde informou também que o Ritonavir 100mg encontra-se em desembaraço alfandegário quantitativo para dois meses de consumo. “A expectativa é distribuir todo o quantitativo até o final desta semana para que todos os estados recebam a partir do dia 17 de julho. Novas remessas ocorrerão em agosto de forma a suportar a migração dos pacientes que utilizavam o Lopinavir + Ritonavir”, explicou o departamento.

O ministério informou também que está em andamento a entrega do Lamivudina 150mg na quantidade suficiente para atender dois meses e meio de cobertura em todos os estados.

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