Missão traz lições sobre vacina em farmácias nos EUA
On 24 outubro, 2017
“Quando se fala em vacinas, o Brasil está 17 anos atrasado em relação aos Estados Unidos. As farmácias norte-americanas vacinam a população desde 2000”. Esta foi a constatação do presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, que acompanhou uma comitiva de empresários das 26 maiores redes de farmácias do país em uma missão pela região do Vale do Silício, em San Francisco (EUA), entre os dias 17 e 21 de outubro.
A primeira visita foi na VaxServe, empresa do grupo Sanofi Pasteur, distribuidora de vacinas nos Estados Unidos. A companhia começou a trabalhar em parceria com farmácias no ano 2000, quando criou um programa de treinamento para farmacêuticos em parceria com a American Pharmacists Association (APhA) – hoje já com status de graduação – no intuito de padronizar o atendimento nas farmácias. “Os pontos determinantes para a introdução de vacinas em farmácias foram a criação de uma legislação, a cooperação com sociedades médicas e a capacitação de profissionais”, salienta Barreto. Hoje, o país já conta com 250 mil farmacêuticos treinados.
A farmácia é o segundo estabelecimento que mais vacina norte-americanos atualmente, com 26% de todas as imunizações realizadas no país. O consultório médico ainda detém o primeiro lugar, com 34%. Gripe, pneumocócicas e herpes Zóster são as vacinas mais aplicadas. Barreto também elencou os pontos que devem ser considerados para aplicação de vacinas em farmácias no Brasil:
Oferecer vacinas mais baratas que o modelo tradicional Facilidade de acesso, sem hora marcada e horário estendido em relação aos postos tradicionais As farmácias não estão tentando tomar o modelo de ninguém (dos médicos e clínicas tradicionais). Estão apenas assumindo um papel que é seu Itens como armazenamento e temperatura ideal devem ser seguidos à risca Deve-se verificar a pressão arterial e, apesar de muito raro, ter epinefrina disponível para casos de reação alérgica extrema A equipe geralmente é treinada anualmente, cerca de quatro meses antes da temporada de vacinação, inclusive em reanimação cardiopulmonar (RCP) É preciso ter um sistema de notificação, exigido pelos governos (inclusive para pediatras). Isso é enviado eletronicamente ao médico, caso necessário É importante trabalhar com pagadores (planos de saúde, seguradoras) para que eles possam dar preferência à sua rede O farmacêutico precisa se engajar com os pacientes e educá-los. Estes profissionais, por sinal, são o centro de tudo
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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