Oito marcas de azeite de oliva analisadas em ação têm as vendas suspensas no AP
Fiscalização analisa composição do produto comercializado em distribuidoras e supermercados. Venda será retomada após verificação de amostras pelo Ministério da Agricultura.
Por Jorge Abreu, G1 AP, Macapá
20/05/2017 08h33
Desde o fim de abril, oito marcas de azeite de oliva estão com as vendas suspensas no Amapá. A medida é do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que analisa o produto comercializado em todo o Brasil.
A Superintendência Federal de Agricultura no Amapá (SFA) em parceria com a Polícia Federal (PF) realizou durante o mês de abril a coleta de uma das marcas em quatro supermercados e duas distribuidoras do produto em Macapá.
A amostra foi enviada para um laboratório no Rio Grande do Sul que vai analisar se o produto apresenta a composição descrita na rotulagem.
Outras marcas que estão com a comercialização suspensa no Amapá passam por análises de responsabilidade em unidades do ministério em outros estados. O resultado do estudo deve sair em dois meses, prevê o ministério. A composição deve atender ao padrão do Mapa e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A comercialização de todas elas será retomada após as análises.
De acordo com Líliam Pastana, auditora fiscal federal agropecuária, outra fiscalização está focada na organização das informações da rotulagem. Ela destaca que a estampa do produto não pode levar o consumidor ao erro, podendo acarretar em auto de infração às produtoras.
“No mercado há casos de empresas que estampam bem grande ‘azeite de oliva’, mas em letras menores informam que é óleo composto e misturado com azeite de oliva. Quando o consumidor chega para comprar visualiza o que é maior. A rotulagem não pode levar o consumidor ao erro”, reforçou.
Caso alguma amostra do azeite apresente irregularidade, o estabelecimento fabricante será notificado e vai receber um auto de infração. Se for reincidente, será multado em valor não informado pelo Mapa.
Os estabelecimentos comerciais onde foram encontrados os produtos não são penalizados, apenas terão a mercadoria apreendida, informou o órgão.
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