OMS recomenda uso periódico de medicamento para tratar parasitas intestinais
Tratamento pode proteger 1.5 bilhão de pessoas em risco, afirma a entidade. Vermes comprometem o desenvolvimento de crianças em regiões pobres.
Por G1
29/09/2017 08h37
Programas periódicos de desparasitação são recomendáveis para reduzir drasticamente problemas de saúde pública causados por vermes intestinais e parasitas, diz a Organização Mundial de Saúde em informe divulgado nesta sexta-feira (29).
A recomendação da desparasitação foi aprovada pelo Comitê de Revisão das Diretivas da entidade. O tratamento, em que geralmente basta um único comprimido, pode proteger 1.5 bilhão de pessoas atualmente em risco, afirma a OMS.
Segundo a OMS, quatro espécies principais de vermes intestinais afetam quase um quarto das pessoas mais pobres no mundo.
“Eles [os parasitas] são um grande problema de saúde pública porque os vermes interferem na capacidade das pessoas de absorver nutrientes, impedindo o crescimento e o desenvolvimento físico de milhões de crianças”, relata a entidade.
Programa mundial
Os programas de desparasitação em larga escala são facilitados pela OMS, que utiliza medicamentos doados da indústria farmacêutica. Eles são distribuídos gratuitamente em programas nacionais de controle de doenças. Também é realizado programas em parcerias com escolas.
"Há um consenso global baseado em evidências de que a desparasitação periódica em grande escala é a melhor maneira de reduzir o sofrimento causado por vermes intestinais", diz Dirk Engels, diretor do Departamento de Doenças Tropicais Negligenciadas da OMS, em nota da entidade.
A OMS pretende eliminar os danos causados pelas infecções de vermes em crianças até 2020, tratando regularmente pelo menos 75% dos 873 milhões de crianças estimadas em áreas onde a prevalência é alta.
Para a entidade, no entanto, o tratamento não é a única solução. Também a higiene básica, o saneamento, a educação para a saúde e o acesso à água potável são fundamentais para resolver problemas de saúde causados por vermes.
Em 2015, apenas 39% da população global tinha acesso a saneamento seguro, diz a OMS. No Brasil, um em cada quatro brasileiros convive com esgoto a céu aberto.
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