Pacientes com Parkinson sofrem com falta de medicamento na rede pública de Campinas
Remédio Carbidol, essencial no tratamento, está em falta nos centros de saúde desde março. Prefeitura afirma que distribuição será normalizada na segunda-feira.
Por Jornal da EPTV 1ª Edição
07/06/2017 13h09
Pacientes da rede pública de Campinas estão sem tratamento de parkinson há três meses
O medicamento Carbidol, usado no tratamento de Parkinson, está em falta em toda a rede pública de Campinas (SP), segundo um levantamento feito pela EPTV, afiliada da TV Globo, e confirmado pela Prefeitura. O remédio é essencial no combate da doença porque controla tremor, rigidez dos membros e a instabilidade da postura. Segundo a administração, a distribuição será normalizada na próxima segunda-feira (12).
Os pacientes que precisam do medicamento sofrem com a falta ou precisam gastar mais do que o previsto no orçamento para fazer a compra em farmácias. O valor de uma caixa com 30 comprimidos do remédio varia de R$ 10 a 30. O presidente da Associação Campinas Parkinson, Omar Abel Rodrigues, afirmou que já tentou falar na ouvidoria da administração, mas não teve resposta.
“É um absurdo, isso é desumano. A gente espera que as autoridades façam alguma coisa por nós, porque não é só remédio para Parkinson que está falando. Falta remédio para outras doenças também”, disse Rodrigues.
O aposentado Simião Miranda toma três comprimidos do remédio por dia e desde março não recebe o medicamento. Nesta quarta-feira (7), ele foi até o Centro de Saúde do Centro de Campinas, mas disseram a ele que não tem previsão de retorno. “Quando eu não tomo o remédio eu fico muito lento. Então eu fico preocupado de não tomar”, afirmou.
Em falta
A produção da EPTV ligou para três centros de saúde de diferentes bairros de Campinas e nenhuma das unidades tinha um frasco do remédio. Os locais contatados foram os postos do Vista Alegre, Santa Rosa e Boa Vista.
“Aqui na rede pública não tem muitos medicamentos. Às vezes, as pessoas pensam que a Prefeitura tem todos, mas não tem, infelizmente”, explicou uma atende do Centro de Saúde do Boa Vista.
O que diz a Prefeitura
Além de informar que o serviço deve ser normalizado na segunda-feira, o Executivo afirmou que o atraso aconteceu na entrega do fornecedor e não existe “nenhum problema de distribuição por parte do almoxarifado”.
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