Pacientes sofrem com falta de remédios em farmácias do Estado do RJ

Segundo eles, mais de 60 tipos de medicamentos estão em falta na farmácia do governo. Secretaria de Saúde diz que já comprou e aguarda a entrega de um dos remédios.

Por Bom Dia Rio

10/05/2017 08h14

Pacientes denunciam falta de remédios na Farmácia do Estado

A crise no Estado do Rio de Janeiro também está afetando a distribuição de remédios para quem depende da farmácia do governo. Pacientes do Riofarmes voltaram a pedir ajuda para conseguir mais de 60 tipos de medicamentos para doenças reumáticas, que estão em falta. As doenças reumáticas são doenças imunomediadas, que são tratadas com medicamentos imunossupressores de diversos custos. A falta destes medicamentos pode gerar dores, fraqueza e limitações a movimentos considerados simples.

A paciente Fernanda Lemos descobriu recentemente que tem lúpus e neflite. Ela não está conseguindo o remédio e teve de comprá-lo. “Comprei uma caixa com 50 comprimidos no valor de R$ 416,14, que só dá para oito dias do meu tratamento. Estou desempregada e não tenho condições de pagar esse valor”, explicou.

A paciente Celeste Barros está há quase dois anos sem conseguir pegar o remédio. Ela conta que está vivendo de doações.

“Quando eu posso, eu compro. E isso vai afetando a doença e meu corpo vai sendo agredido”, disse a paciente que às vezes é ajudada pelo pai, que é aposentado.

A vice-presidente da Associação de Pacientes de Doenças Reumáticas do Estado do Rio de Janeiro, Cátia Figueiredo, diz que a entidade vem recebendo muitas reclamações e relatos de pacientes que estão sem a medicação de alto custo e que é difícil de encontrar em farmácias em geral.

“Os pacientes não estão tendo acesso à medicação, estão ficando sem tratamento, podendo ter a doença agravada. No caso de paciente de lúpus, eles podem ter de vir a fazer transplante, perder o rim e até morrer. É difícil a luta deles”, disse a vice-presidente.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde do RJ disse que o remédio hidroxicloroquina já foi comprado e está aguardando o fornecedor entregar o material, mas não deu prazo. Já em relação ao medicamento micofenolato de mofetila, a secretaria informou que está em processo de aquisição e que está fazendo os esforços para conseguir manter o atendimento à população.

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