Produtores embalam suas hortaliças e têm bons resultados.

Cerca de 15 anos atrás o grande diferencial dos produtores José Luiz Baldo e Evanete Aparecida Moscão, no Sítio Santa Cruz, no Bairro dos Leais

26 de junho, 2017

Cerca de 15 anos atrás o grande diferencial dos produtores José Luiz Baldo e Evanete Aparecida Moscão, no Sítio Santa Cruz, no Bairro dos Leais, estava no não uso de agrotóxicos e pouca aplicação de adubo químico na lavoura, que era substituído por esterco de frango. Suas hortaliças eram vendidas em feiras livres e supermercados da cidade.

Certo dia, o supermercadista Toninho Marson (já falecido) sugeriu a José Luiz que investisse na pré-lavagem e embalagem de seus produtos. “Ele disse que isso era o futuro”, conta o produtor. Os sócios deram ouvido à recomendação e iniciaram, de maneira tímida, a lavagem e embalagem de uma pequena parte do que colhiam. “Diziam que estávamos loucos, porque isso aumentava o preço e ninguém iria comprar”, explicou Evanete.

Hoje, usando a marca Flor do Campo, são pré-lavados e embalados alface, chicória, rúcula, agrião, espinafre, couve picada, cheiro-verde e milho. “além da facilidade e higiene, o cliente tem a vantagem de não perder nada. Pensamos especialmente nas mulheres que trabalham e não têm tempo”.

Essa forma de agregar valor ao produto vendido fez os sócios mudaram questões gerenciais. Como agora seus produtos têm prazo de validade e são responsáveis pelo que não é vendido nas gôndolas, eles controlam as vendas de seus clientes, tendo noção de quanto cada um precisa periodicamente, evitando ao máximo a reposição de vencidos.

“Isso só não acontece na alta temporada com a cidade cheia de turistas. Aí vendemos tudo o que produzimos”, disse Evanete. No Sítio Santa Cruz a área plantada foi reduzida, sem que houvesse redução da renda gerada pela propriedade.

“Vale muito a pena agregar valor ao produto”, respondeu Evanete ao ser questionada sobre os resultados obtidos.

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