Remédio para inalação está em falta na rede de saúde de Ribeirão Preto
Em postos, funcionários têm feito “vaquinha” para compra; Secretaria da Saúde diz que aguarda entrega de fornecedores
Leonardo Santos 05 Jul 2017 11h04
Na época do ano com mais casos de doenças respiratórias, o inverno, um medicamento utilizado justamente no tratamento desse problema está em falta em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBDS) de Ribeirão Preto. É o Ipratrópio, principio ativo do Atrovent, utilizado na aplicação de inalação.
O problema foi denunciado por funcionários das UBDS’s, que contam que, em algumas unidades, eles mesmos têm se organizado para comprar o medicamento e aplicar nos pacientes.
“Estão deixando de atender coisas básicas. Mas não podemos comprar o que falta, mesmo que por dó dos pacientes”, afirmou Jaqueline Baraldi, funcionária da UBDS Central, em audiência da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal, realizada na terça-feira, 4, para discutir o fechamento desta unidade. No local, deve ser instalado um Ambulatório Médico de Especialidades (AME).
A Secretaria Municipal da Saúde confirma que o medicamento Ipratrópio, o princípio ativo do Atrovent, está em falta em algumas unidades, mesmo com dois pedidos para fornecedores diferentes, os laboratórios Dimaci e Prati-Donazzi.
“Nenhum deles entregou o item e a compra para abastecimentos das UBDS foi feita com verba de adiantamento”, afirma a secretaria em nota, que ainda diz que o medicamento em questão é padronizado na rede para usos interno na unidade, mas que ainda está disponível para uso inalatório um outro broncodilatador, o Fenoterol.
Em abril, a Prefeitura de Ribeirão Preto iniciou o pagamento de uma dívida de R$ 3.884.577,37 com fornecedores de medicamentos. No ano passado, a Prati-Donazzi foi uma das empresas que ficaram sem receber do município uma quantia de R$ 183,5 mil.
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