Secretaria de Estado de Saúde debate os desafios da assistência farmacêutica

Durante o Congresso Mineiro de Gestão da Saúde Pública, subsecretário falou sobre a regionalização da assistência no contexto do Governo de Minas Gerais

Marcus Ferreira

O subsecretário de Políticas e Ações de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Homero de Souza Filho, participou nesta quinta-feira (23/11), do "Congresso Mineiro de Gestão da Saúde Pública, evento que faz parte da Feira Expo-Hospital Brasil". O evento segue em andamento no Minascentro, em Belo Horizonte, até esta sexta-feira (24/11).

Na oportunidade, Homero ministrou uma palestra sobre a assistência farmacêutica no estado, a partir do tema "Regionalização da assistência farmacêutica e acesso a medicamentos: desafios e perspectivas para a agenda do SUS".

Além de apresentar um pequeno histórico da assistência, contando da sua evolução ao longo do tempo, o subsecretário pontuou as dificuldades, os avanços e as perspectivas da atualidade para esse segmento.

Para se ter uma ideia, em Minas Gerais, até 2015, o estado era responsável pela aquisição e distribuição de medicamentos básicos, de acordo com as demandas dos municípios. Os processos de compras eram centralizados e lentos; exigiam a manutenção de grandes almoxarifados e de um sistema de logística de distribuição, tornando as compras onerosas e não resolvendo o problema do desabastecimento nos municípios.

“A Regionalização da Assistência Farmacêutica foi uma das melhorias estabelecidas com o Programa Farmácia de Todos e consiste no novo modelo de aquisição e distribuição de medicamentos em Minas Gerais. No novo sistema o estado disponibiliza Atas de Registro de Preço, para que os municípios possam realizar suas compras. O modelo da Regionalização vem, justamente, para melhorar a logística de compra e distribuição de medicamentos”, explicou Homero.

Mais de 99% dos municípios mineiros já aderiram ao programa, representando grande economia para os cofres do estado e dos municípios. O sistema também aumentou o número dos itens disponíveis, uma vez que a regionalização permite a compra de medicamentos por preços menores.

“Temos avançado bastante, mas ainda enfrentamos muitas dificuldades. Há falta de recursos, uma crescente judicialização que impacta fortemente na assistência universalizada, consumo excessivo e uso desregulado de medicação com alta taxa de abandono de tratamento. Porém, a população não pode sentir os efeitos dessas dificuldades, é preciso atender às suas necessidades. O esforço é exatamente nesse sentido, melhorar a assistência por meio de uma gestão mais eficiente”, disse o subsecretário.

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