Sistema associativista ajuda pequenas farmácias a driblar crise
Segundo Sincofarma, concorrência e má gestão são os principais desafios do setor
O mercado brasileiro conta com mais de 77,4 mil farmácias e drogarias, e até junho de 2017 movimentou em torno de R$ 125 bilhões, conforme os dados da consultoria QuintilesIMS, que audita o setor em todo o mundo.
Muitas vezes a expansão das empresas está relacionada às grandes redes farmacêuticas, porém, o sistema associativista criado por pequenos comércios de medicamentos tem revertido essa situação. De acordo com o estudo do QuintilesIMS, as marcas próprias de redes tiveram um aumento de 14% em relação aos últimos 12 meses terminados em julho deste ano.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma), Natanael Aguiar Costa, analisa que o associativismo surgiu da necessidade das pequenas empresas se unirem para enfrentar e amenizar a concorrência com as grandes companhias do ramo. “Outro fator que contribui para a união das empresas associativistas é o poder de compra. Por exemplo, os custos com as sacolas, os acessórios, as taxas das operadoras de cartões de débito e crédito caem substancialmente, o que ameniza bastante os gastos das farmácias como um todo”, comenta.
A união dos comerciantes do segmento também beneficia o contato com cooperativas de crédito. “Com isso, conseguimos fazer empréstimos para capital de giro e reforma das lojas, o que ajuda muito o pequeno empresário”, ressalta Costa.
Além da forte concorrência, outro grande desafio enfrentado pelas pequenas redes farmacêuticas é a má gestão. “O sistema associativista também oferece ferramentas que ajudam o pequeno empresário a gerir melhor a empresa, ao avaliar a rentabilidade dela e utilizar a tecnologia para unir as lojas. O resultado tem trazido um benefício enorme para as redes tanto na diminuição das despesas quanto na troca de experiências”, finaliza o presidente do Sincofarma.
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