Teste genético pode auxiliar tratamento do câncer de ovário
A doença silenciosa é um dos tipos mais agressivos de câncer
14:00 · 08.05.2018
O dia 8 de maio é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário, data que alerta para a importância desse que é considerado o tipo mais agressivo dos tumores femininos. Por não apresentar sintomas em suas fases iniciais, grande parte das pacientes é diagnosticada nas fases mais avançadas da doença, o que dificulta o tratamento. O teste genético, atualmente, é o método mais preciso para o diagnóstico da doença.
Mais de 6 mil casos de câncer de ovário são estimados para os anos de 2018 e 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo a Dra. Angélica Nogueira Rodrigues, oncologista clínica e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), um dos principais fatores de risco para a doença é a obesidade, que é mais incidente em mulheres a partir dos 40 anos de idade, apesar de também ser identificado em pacientes jovens.
“Também existem fatores genéticos, como mutações germinativas nos genes BRCA 1 e 2, que estão associadas com o alto risco de desenvolvimento de tumores de ovário, por isso é importante que médico e paciente estejam conscientes da importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento”, explica a especialista.
Sintomas
Apesar de ser assintomático em estágios iniciais, o câncer de ovário apresenta diversos sintomas em fases mais avançadas, como dor e aumento do volume abdominal, perda de peso, fadiga, mudança no funcionamento do intestino e dor durante a relação sexual.
Os sintomas podem ser causados por outras doenças benignas e até mesmo por outros tipos de câncer. No entanto, quando são causados pelo câncer de ovário, tendem a ser persistentes e apresentam uma alteração fora do normal, ocorrendo com mais frequência.
Se o médico identificar os sintomas e a paciente tiver histórico familiar, a maneira mais precisa de diagnosticar o câncer de ovário é por meio de teste genético. A mutação nos genes BRCA 1 e 2 não representa um diagnóstico da doença, mas sim uma indicação de risco após uma análise hereditária.
“O aconselhamento genético passa por etapas – normalmente, é realizado primeiro o teste em mulheres de uma mesma família que já têm ou já tiveram câncer”, esclarece a Dra. Angélica. Com o resultado em mãos, é o momento de uma avaliação médica cuidadosa que buscará os melhores caminhos junto à paciente por meio de uma análise dos fatores de risco de seu estilo de vida, definindo a melhor estratégia a ser trabalhada.
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