Nota: medicamento para Atrofia Muscular Espinhal

Até o momento, não feita solicitação de registro do medicamento biológico Spinraza, princípio ativo nusinersen, indicado para AME. Para que um medicamento seja registrado no Brasil é indispensável que uma empresa devidamente autorizada solicite a concessão de registro para posterior avaliação da Agência.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 27/04/2017 16:40
Última Modificação: 27/04/2017 18:00

Com relação ao medicamento biológico Spinraza, princípio ativo nusinersen, indicado para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME), a Anvisa vem esclarecer que, até o momento, não foi feita qualquer solicitação de registro do referido produto junto à Agência.

Para que um medicamento seja registrado no Brasil, é indispensável que uma empresa, devidamente autorizada, tenha interesse em solicitar a concessão de seu registro, que será, posteriormente, avaliada pela Agência. Para tanto, a empresa deve apresentar documentação completa que comprove a qualidade, a segurança e a eficácia do produto a ser registrado.

Assim que receber tal documentação, a Anvisa dará início a sua análise, com o objetivo de, caso o produto atenda a todos os pré-requisitos necessários, conceder o registro que permitirá sua comercialização no país. Vale salientar que a incorporação do medicamento pelo SUS é uma decisão que fica sob responsabilidade do Ministério da Saúde, após parecer técnico da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Para a comprovação de segurança e eficácia, devem ser apresentados no dossiê de registro do medicamento, dentre outros documentos, relatórios de estudos não clínicos (tais como testes realizados em células e modelos animais) e relatórios de estudos clínicos (em seres humanos) em três fases.

Ou seja: o caminho legal para o fornecimento de um medicamento no país é a solicitação do registro, junto à Anvisa, para validação dos dados de qualidade, eficácia e segurança, com as respectivas responsabilidades da empresa, além do monitoramento pós-comercialização (farmacovigilância) e os estudos clínicos fase IV – que são pesquisas realizadas depois que o produto é comercializado.

Por fim, cabe pontuar que Anvisa é uma autoridade de referência, atua de forma convergente com as melhores agências internacionais, fortalecendo os padrões regulatórios, para que todos os medicamentos tenham qualidade, segurança e eficácia garantida, contribuindo para o uso terapeuticamente correto e custo-efetivo dos medicamentos pelos profissionais de saúde e usuários.

Lucro líquido da Bayer salta 38% no 1º tri para US$ 2,27 bi

Estadão Conteúdo
27.04.17 – 10h09

Frankfurt, 27/4 – A companhia alemã do setor de produtos químicos Bayer reportou, nesta quinta-feira, 27, ganhos de 38% no seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, para 2,08 bilhões de euros (US$ 2,27 bilhões), comparado com 1,51 bilhão de euros em igual período do ano anterior. Analistas projetavam um lucro de 1,85 bilhão de euros. O resultado favorável, segundo a empresa, foi impulsionado pelo negócio de plástico.

As vendas totais do grupo saltaram 12%, para 13,24 bilhões de euros (US$ 14,43 bilhões), sustentadas pela Covestro (antiga Divisão MaterialScience) e a Divisão de Farmacêuticos.

No setor de Defensivos Agrícolas, as vendas subiram 6,3%, para 3,12 bilhões de euros. O movimento foi principalmente influenciado pelo desempenho do mercado da América do Norte. Analistas do DZ Bank disseram que os resultados do setor foram uma “surpresa positiva” após o trimestre de crescimento lento anterior, em virtude das fracas condições de mercado. A divisão foi protagonista na Bayer no ano passado, em meio à planejada aquisição da empresa de biotecnologia do Estados Unidos, Monsanto, por US$ 57 bilhões.

A empresa destacou no balanço que pretende concluir a aquisição da Monsanto até o fim deste ano, negócio que criaria o maior fornecedor mundial por vendas de sementes e agrotóxicos.

Na Divisão de Saúde Animal, as vendas saltaram 7,8%, para 440 milhões de euros (US$ 480 milhões), comparados com 408 milhões de euros em igual período do ano anterior. O desenvolvimento dos negócios na região Ásia/Pacífico, em particular, incentivou os resultados, informou a empresa. Na América do Norte, as vendas foram impulsionadas pelo Cydectin, que a Bayer adquiriu da Boehringer Ingelheim Vetmedica.

Projeções 2017

Para o encerramento do ano, a empresa relatou que espera que as vendas alcancem 51 bilhões de euros, acima da previsão anterior para o encerramento do ano, de 49 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

Paraná busca novas parcerias com a Índia na área farmacêutica

Publicado em 27/04/2017 16:50

O Paraná busca novas parcerias farmacêuticas com a Índia na International Exhibition for Pharma and Healthcare (Iphex 2017), um dos maiores eventos do setor do mundo, que acontece entre 27 a 29 de abril, na cidade de Hyderabad, naquele país. A exposição reúne cerca de 300 empresas indianas ligadas à indústria farmacêutica e da saúde. O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, o diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, e o diretor da Agência Paraná de Desenvolvimento, Adalberto Netto representam o Estado na comitiva brasileira que participa da feira.

Mais de 400 compradores estrangeiros estão na exposição organizada pela Pharmexil (Conselho de Promoção à Exportação de Farmacêuticos da Índia) e apoiada pelo Governo Indiano, por meio do seu Ministério do Comércio e da Indústria. Em sua quinta edição, o evento recebe representantes de cerca de 100 países.

A Índia está entre os dez maiores destinos de exportação do Paraná. O secretário João Carlos destacou a importância de avançar com novas parcerias entre o Estado e a Índia, com foco na transferência de tecnologia.

“Podemos ampliar a boa relação já existente entre os dois países no setor comercial para o segmento científico e da pesquisa. A Índia possui uma indústria de pesquisa e desenvolvimento, que engloba a indústria farmacêutica, biotecnologia, nanotecnologia, e todo tipo de investigações relacionadas com a ciência, a engenharia e tecnologia, e o Paraná desponta no Brasil com um potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos”, explicou.

PARCERIAS – No início da semana, a comitiva do Paraná visitou potenciais parceiros na área de medicamentos. Entre eles estão a Natco Pharma Limited, uma Joint Venture entre Natco Pharma Limited, da Índia, e LevoMed Inc, dos Estados Unidos.

Recentemente, representantes da Natcofarma Brasil, estiveram reunidos com a equipe de desenvolvimento e transferência de tecnologia do Tecpar para apresentar seu portfólio de medicamentos sintéticos para submissão de projeto de PDP, conforme listagem de medicamentos estratégicos para o SUS. A empresa está em fase de preparação regulatória para consolidação de suas divisões de produtos farmacêuticos, oncológicos, oftálmicos, hospitalar e produtos de higiene pessoal no Brasil.

Ainda em Hyderabad, a comitiva visitou o Centre for Cellular and Molecular Biology (CCMB) e o Indian Institute of Chemical Technology (IICT). O CCMB é uma organização de pesquisa criada em 1977, com o objetivo de realizar estudos de novas técnicas nas áreas interdisciplinares da biologia. O Centro oferece programas acadêmicos, como o de Ph.D., de treinamento – mestrado, doutorado e cursos de verão – além de oportunidades para alunos de ensino médio com o programa Young Innovators. O CCMB também conta com grupos de pesquisas e desenvolvimento de patentes.

O Indian Institute of Chemical Technology é reconhecido internacionalmente por ser o primeiro da Índia em se especializar em pesquisa e desenvolvimento. Tem também um viés social, buscando abrir vagas de emprego na região e com projetos voltados à melhoria de vida. Possui em sua estrutura um centro destinado a fins acadêmicos, com programas de mestrado, doutorado, Ph.D. e especialização.

Hyderabad é a segunda maior cidade da índia em termos de área e a quarta maior população de toda a Índia. Nos arredores da cidade foi construído um complexo tecnológico, conhecido como Hitec City, popularmente conhecido como Vale do Silício da Índia.

A cidade abriga muitas instituições de ensino superior importantes da Índia, entre elas está a Universidade Osmania, fundada em 1918, uma das mais antigas do país, e a Universidade de Hyderabad, fundada em 1974, muito conceituada por desenvolver pesquisas na área de tecnologia da informação. As duas instituições são públicas.

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

Funcionários da Anvisa tentam barrar nomeação de diretor

Engenheiro e apoiado pelo PP

Por Gabriel Mascarenhas
27 abr 2017, 14h11

Os funcionários da Anvisa estão arrumando um furdúncio para evitar que João Abukater Neto assuma a cadeira de diretor da agência.

Ele foi indicado por Michel Temer ao cargo em março, mas ainda não passou pela sabatina do Senado.

Abukater trabalhou na prefeitura de Celso Pitta e conta com o apoio de Celso Barros e outras figuras do PP. Mas esse é só um dos problemas. Engenheiro, ele não tem nenhuma relação com a área de saúde.

Com esse argumento, a Associação dos Servidores da Anvisa decidiu em assembleia trabalhar contra a indicação.

Ontem, representantes da entidade entregaram a Marta Suplicy, presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, onde ocorrerá a sabatina do pretenso diretor, um ofício pedindo que o colegiado vete o nome dele.

Em defesa dos medicamentos genéricos, AGU afasta ação movida por laboratório

Publicado : 27/04/2017 – Atualizado às : 15:31:23

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a legalidade da Política Nacional de Medicamentos Genéricos do Governo Federal, que foi questionada por empresa que queria impedir a concessão de registos sanitários para genéricos e similares do Crestor – medicamento utilizado para controlar o colesterol alto.

A Astrazeneca do Brasil Ltda. e sua matriz europeia recorreram ao TRF1 contra sentença da 21ª Vara do DF que negou a exclusividade sobre as informações relativas às pesquisas científicas e testes clínicos realizados para a obtenção do registro sanitário do princípio ativo rosuvastatina cálcica.

As empresas afirmavam que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agiria ilegalmente ao conceder registro sanitário a genéricos utilizando, para comparação da eficácia dos medicamentos, os dados fornecidos no pedido do registro do Crestor, o que violaria seu direito de exclusividade sobre informações patenteadas.

Alegaram, ainda, que essas informações gozariam de proteção legal pelo Acordo Trips e por aplicação por analogia da Lei nº 10.603/92, que regulamenta a proteção das informações para comercialização de produtos farmacêuticos de uso veterinário, fertilizantes e agrotóxico.

Prejuízo para consumidores

Entretanto, a Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região (PRF1) e a Procuradoria Federal junto à agência (PF/Anvisa) demonstraram que o objetivo das empresas é que Judiciário lhes concedesse um privilégio de exclusividade de comercialização do medicamento, em prejuízo aos consumidores.

Segundo as unidades da AGU, a tentativa de impedir o cumprimento da política de genéricos, estabelecida pela Lei nº 9.787/99, tinha como base um direito inexistente de exclusividade sobre informações constantes do processo de registro do Crestor.

A Advocacia-Geral apontou que, para registro de genéricos, a legislação brasileira exige a apresentação de testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa para comprovar a segurança e eficácia dos medicamentos.

Acrescentou que esses testes exigem somente que a empresa que pretenda lançar um genérico adquira o medicamento referência para que possa fazer os testes comparativos. Dessa forma, a Anvisa não divulga, explora ou utiliza resultados de testes ou dados apresentados pelas empresas no momento do registro do medicamento referência.

Dignidade humana

“A dispensa da comprovação de resultados de estudos clínicos e pré-clínicos para os medicamentos genéricos provém de imperativos lógicos, financeiros e humanitários. A apresentação de novos ensaios reclamaria nova submissão de animais e seres humanos a prolongado e doloroso desgaste. Está claro que a desobrigação de exposição de novos ensaios funciona em benefício da dignidade da pessoa humana”, defenderam as unidades da AGU.

Os procuradores federais afirmaram, ainda, que não há a aplicação por analogia do direito de exclusividade previsto para os agrotóxicos a medicamentos genéricos, já que os dados fornecidos para o registro de produtos farmacêuticos de uso humano foram retirados pela a Lei nº 10.603/2002.

Além disso, alegaram que o Acordo TRIPS não estabelece quaisquer direitos de exclusividade na forma pleiteada pelas empresas, mas apenas protege a propriedade intelectual da concorrência desleal, o que não ocorre no procedimento de registro e comercialização de genéricos, uma vez que esse processo é regulado por lei.

O procurador federal Rodrigo Salim Feitoza, do Núcleo de Atuação Prioritária de Saúde da PRF1, distribuiu memoriais e fez sustentação oral na sessão de julgamento do recurso realizada na segunda-feira (24/04). O resultado da atuação foi que a 6ª Turma acolheu os argumentos da AGU e negou provimento à apelação da empresa.

A PRF1 e a PF/Anvisa são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.

Ref.: Processo nº 36154-51.2011.4.01.3400/DF – TRF1.

Novo medicamento para pacientes com HIV será testado em Manaus

27/04/2017 17h15 Bianca Paiva – Correspondente da Agência Brasil

As pessoas que vivem com HIV/Aids têm 40% a mais de risco de desenvolver doenças do coração. Uma pesquisa inédita no mundo vai testar um novo medicamento para prevenir os problemas cardiovasculares deste grupo.

O anúncio foi feito hoje (27) pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HDV), em Manaus. A instituição é a única da Região Norte e uma das oito no país que vão participar do estudo, coordenado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Segundo o diretor de Ensino e Pesquisa da Fundação, Marcus Lacerda, as pessoas com HIV estão morrendo mais por causa de infartos e derrames cerebrais do que de outras doenças. “O próprio vírus faz com que haja aumento de colesterol e triglicerídeos e destrói vasos. Ainda que esteja muito baixo no sangue, o vírus vai fazendo alterações cardiovasculares. Além disso, as drogas para o tratamento do HIV também aumentam os triglicerídeos e o colesterol. Então, juntando a droga do coquetel com o próprio vírus, isso faz com que haja mais infartos”, disse.

O novo tratamento consiste no uso do medicamento chamado Pitavastatina, que tem em sua composição a estatina, uma substância que é usada para controle do colesterol. Segundo a diretora-presidente da FMT, Graça Alecrim, o diferencial é que o remédio não reduz a eficácia dos coquetéis usados por pessoas com HIV.

“Hoje as pessoas de mais de 50 ou 60 anos tomam as estatinas para prevenir exatamente doenças cardiovasculares. E essa é uma nova estatina, que não vai interagir com as drogas próprias que tratam o vírus, para melhorar a situação cardiovascular desses pacientes”, ressaltou Graça Alecrim.

Em todo o mundo, a expectativa é de que 6.500 voluntários, que têm o vírus, participem dos testes. Em Manaus, a previsão é de 150, que deverão ser acompanhados durante cinco anos.

Segundo Marcus Lacerda, os voluntários ainda estão sendo recrutados. "As pessoas devem ter entre 45 e 70 anos de idade. Elas já têm que estar usando o coquetel para o HIV e podem nos procurar diretamente aqui na Fundação de Medicina Tropical, para dizer que têm interesse em participar do estudo”, informou.

Caso seja comprovada a eficácia do novo medicamento na redução dos riscos de doenças cardíacas, o Ministério da Saúde poderá incluí-lo na lista de medicamentos oferecidos de forma gratuita aos pacientes com HIV.

“Temos a perspectiva de análises seriadas intermediárias e, na medida em que observarmos que a droga é de fato muito eficaz, o estudo será interrompido e o Ministério da Saúde passará, então, a adquirir a Pitavastatina para ser usada pela população com HIV/Aids”, afirmou Lacerda.

Pesquisa

A pesquisa Estudo randomizado para prevenir eventos vasculares em HIV (Reprieve) também está sendo realizada em países como Estados Unidos, Porto Rico, África do Sul, Botswana e Tailândia. O trabalho é financiado pelo National Heart Lung e Blood Institute, do National Institutes of Health (NIH).

No Brasil, o projeto tem o apoio do Ministério da Saúde e é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Centros de Pesquisa de São Paulo, Minas Gerais e da Bahia também participam do estudo.
Edição: Maria Claudia

Carrefour Traz Ao Brasil Linha Exclusiva De Vinhos Portugueses

Quarta, 26 Abril 2017 13:39 Escrito por Grupo Carrefour Brasil
Adegas das lojas da rede em todo o país reúnem rótulos produzidos pela vinícola Caves da Montanha

O Carrefour detém a marca Conde de Cortes, produzidos a pedido da rede pela vinícola Caves da Montanha, localizada desde 1943 na cidade de Anadia, próxima a Aveiro e Coimbra. Os três vinhos tintos da marca já podem ser encontrados nas adegas dos hipermercados e supermercados da rede a um preço médio que varia de R$ 25,00 a R$ 30,00. Os rótulos disponíveis são produzidos em três regiões de Portugal: Douro, Dão e Alentejo, ideais para acompanhar carne vermelha.

Vinho tinto Conde de Cortes Douro: produzido a partir de castas nativas da região, como as uvas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz Barroca, é uma bebida de cor e sabor intenso.

Vinho tinto Conde de Cortes Dão: elaborado a partir das uvas Touriga Nacional, e Jaen, uma bebida suave de textura leve e aveludada.

Vinho tinto Conde de Cortes Regional Alentejano: produzido a partir das uvas Trincadeira, Aragonez e Alicante-Bouschet.

A linha portuguesa integra o extenso portfólio de vinhos que compõem as adegas das lojas Carrefour. Ao todo, são mais de 650 rótulos de vinhos de diversas nacionalidades, como argentinos, chilenos, espanhóis, italianos, franceses, uruguaios e portugueses. Desse total, mais de 150 rótulos são comercializados com exclusividade pela rede no país.

Sobre o Grupo Carrefour

Há mais de 40 anos no Brasil, o Grupo Carrefour é reconhecido como empresa pioneira no mercado varejista. A companhia está presente em todas as regiões do país e conta com os formatos Carrefour Hiper, Carrefour Bairro, Carrefour Express, Carrefour.com, Atacadão e Supeco, além de oferecer serviços diversos para a conveniência dos clientes, como postos de combustível, drogarias e serviços financeiros. A cada mês, cerca de 22 milhões de compras são registradas em seus mais de 570 pontos de vendas. Com faturamento de R$ 49,1 bilhões no Brasil em 2016 e uma equipe de mais de 80 mil colaboradores, a empresa é a maior varejista de alimentos do país e a segunda maior operação dentre todos os mercados nos quais o Grupo Carrefour opera. No mundo, a companhia está presente em mais de 30 países, sendo 10 com operações próprias, e emprega cerca de 380 mil colaboradores. Com cerca de 12 mil lojas espalhadas pela Europa, Ásia e América Latina, o Grupo Carrefour está presente na vida de 105 milhões de clientes. Atualmente, cerca de 13 milhões de compras são realizadas a cada dia em seus diversos formatos distribuídos pelo mundo. Em 2016, o volume de negócios da companhia totalizou € 103,7 bilhões.

“O varejo compreendeu que o caminho é a multicanalidade”

Daniel Domeneghetti, CEO da Dom Strategy Partners , comenta estudo que buscou identificar as atuações multicommerce de vários segmentos do varejo

Victória Navarro
26 de abril de 2017 – 8h07

Com o objetivo de descobrir em quais canais digitais as varejistas pretendem focar suas atuações multicommerce neste ano, a Dom Strategy Partners ouviu mais de 500 empresas entre novembro de 2016 e março deste ano. Entre os supermercados e hipermercados, 84% pretendem focar suas atenções em lojas virtuais, percentual que cai para 62% no segmento de moda e têxtil, 61% para franquias, 58% para flagships.

“Maximizar a experiência multicanal com o cliente é importante, porque ele é quem impõe a relação multicanal”, diz Daniel Domeneghetti, CEO de Dom Strategy Partners e coordenador da pesquisa, que analisou 529 firmas de varejo. “O varejo só precisa se atentar, obviamente, que cada subcategoria varejista dita qual canal é o mais propício para os seus negócios e para o seu público alvo”, acrescenta o profissional.

Se as lojas físicas estão de olho no ambiente online, os players de e-commerce, que possuem presença consolidada na internet, têm a intenção de fortalecer o atendimento ao cliente nas redes sociais, nos aplicativos e no modelo door to door (entrega porta a porta). Já empresas que antes pensavam em voltar seus esforços para lojas virtuais mudaram seus canais de atenção como é o caso, por exemplo, de companhias do segmento de drogaria, que passarão a dar atenção aos meios como redes sociais e aplicativos (49%) e de cosméticos e beleza, que se empenharão no canal door to door (47%).

“O varejo compreendeu que o caminho é a multicanalidade. Há uma linha de experimentação muito forte por partes das varejistas. Muitas delas ainda não têm um contexto especifico para atuação, mas sabem da importância de acompanhar o dinamismo e o empoderamento do atual consumidor”, conclui Daniel Domeneghetti.

Veja o percentual e a meta de cada mercado analisado pela pesquisa:

Segundo estudo, 65% da população faz compras nos supermercados

Ainda que exista uma crescente oferta de canais de vendas de alimentos no Brasil, os supermercados ainda são a referência para a família brasileira, quando há a necessidade de fazer compras de alimentos e outros produtos para a casa. De acordo com um estudo feito pela Nielsen, sobre a estrutura do varejo no Brasil, 65% da população se abastece nos supermercados e 35% em outros canais.

No país, o varejo de produtos alimentícios possui vários tipos de estabelecimentos de autosserviço, a fatia maior e mais popular são os supermercados, mercearias e lojas de conveniência, por isso maior parte da população brasileira se abastece nesses lugares. O Ranking Abras, estudo feito pela Associação Brasileira de Supermercados em parceria com a Nielsen, contabiliza cerca de 78.311 lojas em todo o país.

Segundo uma pesquisa da Kantar World Panel, feita no ano de 2009, o gasto dos consumidores em canais de venda como supermercados, com produtos em geral, corresponde a aproximadamente 75% de seu orçamento doméstico. Se forem considerados os autosserviços alimentares, a representatividade aumenta ainda mais, chegando a 76%, o que explica os ganhos elevados do segmento.

O faturamento do setor de varejo de produtos alimentícios vem registrando crescimentos sucessivos em um ritmo muito próximo ao do Produto Interno Bruto (PIB). Nos anos de 2008 e 2009, os supermercados alcançaram a expressiva marca anual de 5,5% de toda a movimentação da economia do país. No caso desse ritmo de crescimento se manter, o Brasil deverá superar a marca de 6% na próxima década, ampliando ainda mais a sua representatividade no ano de 2020.

Manter-se em alta em meio à crise é um desafio para o varejo, no caso dos supermercados, existe a necessidade de reinventar suas estratégias de venda para acompanhar a situação do consumidor. Seguir as tendências de mercado também tem sido uma opção para permanecer lucrando apesar da má fase econômica do país.

Em um cenário onde a compra de alimentos ficou mais cara, algumas famílias encontraram a solução na comida congelada para economizar dinheiro na hora das refeições. Essa necessidade entrou para a mira de empresários do atacado e do varejo, que apostam em produtos ligados à conveniência, para facilitar a vida do cliente. Segundo uma pesquisa realizada pela Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação) o segmento de comida congelada e desidratados prontos para consumo movimentou R$ 7,4 bilhões de reais em 2011, montante que foi de R$ 6,3 bilhões de reais em 2010. Dados mais recentes mostram que o food service, que também é atendido pelo atacadista distribuidor, faturou R$ 100,5 bilhões de reais em 2012, sendo que, em 2011, esse faturamento foi de R$ 88 bilhões de reais.

A comida congelada fez tanto sucesso entre os brasileiros que alguns empresários entenderam a necessidade de melhorar a qualidade desse produto e transformá-los em verdadeiras refeições, isto é, comida congelada com valor nutricional, alimentos selecionados e preparados como a tradicional comida caseira. Os empresários da Juliette Congelados, empresa especializada em comida congelada, começaram seu negócio quando notaram que o brasileiro precisava comer bem, de maneira prática e econômica. A Juliette Congelados é uma linha completa de refeições congeladas, com influência na gastronomia francesa e brasileira. Vendidos em porções individuais de 500 gramas, a missão da Juliette é unir comida de bom gosto, praticidade e preço justo onde o cliente estiver.

Fonte: Portal Exame.com

Supermercados acatam decisão da Justiça e não abrirão em 1º de maio

Nyelder Rodrigues

Os empresários supermercadistas decidiram acatar a decisão judicial que impede a abertura dos estabelecimentos em Campo Grande durante a próxima segunda-feira, no feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador. A determinação da Justiça Trabalhista atende pedido do sindicato dos trabalhadores do setor.

Para avaliar a situação, membros do Sindsuper (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande), que representa os patrões, se reuniram nesta tarde de quarta-feira (26), decidindo não recorrer contra o parecer da Justiça.

"Vamos cumprir e não abrir as portas. Sabemos que quem vai perder é a população, mas estamos atendendo a ordem judicial e não vamos recorrer. É um prejuízo muito grande, principalmente à população, aos funcionários, que deixarão de receber o adicional por trabalhar no feriado, além da folga", comenta o diretor do Sindsuper, Adeilton do Prado.

O gestor ainda explica que cada funcionário recebe R$ 60 por feriado trabalhado, e se multiplicado esse valor sobre os 10 mil funcionários do setor existentes na Capital, somasse R$ 600 mil injetados na economia local em apenas um dia.

"Para nós, é uma atitude [do sindicato dos trabalhadores] que não atende aquilo que os próprios funcionários querem, o que as pesquisas nas lojas dizem que eles querem, que é trabalhar no feriado, receber o extra e ganhar mais uma folga. Mas não abrindo segunda vamos demonstrar o prejuízo que isso causa. Orientamos a todos que fechem as portas", frisa Adeilton.

Entrave – A ação que culminou na sentença desta quarta-feira foi protocolada pelo sindicato que representa os funcionários dos supermercados, o SecCG (Sindicado dos Empregados no Comércio de Campo Grande).

Normalmente, entre maio e abril são firmados acordos coletivos que estabelecem em quais recessos os empregados podem ser convocados para trabalhar durante o ano e sob quais vantagens, normalmente em troca de folga e vale compra.

O problema é que neste ano as negociações não chegaram ao consenso principalmente em razão do reajuste pleiteado pela categoria, de 5,45%. Os patrões chegaram a oferecer aumento de 0,5% (cerca de R$ 4,75) e depois 2,5%. Atualmente o salário-base da categoria é R$ 990.

Além disso, os supermercados queriam tirar a folga dos funcionários pelo trabalho em feriados. Na sexta-feira (21), feriado de Tiradentes, alguns estabelecimentos abriram as portas mesmo sem decisão que embasasse a medida.