Estado admite que falta verba até para comprar remédio

Secretaria de Saúde confirmou dificuldade em pagar fornecedor, o que impacta estoque de hospitais

Bernardo Miranda e Letícia Fontes

As contas da área da saúde não fecham no Estado. Por falta de recursos, investimentos em novos programas e obras deixam de ser feitos, bem como o pagamento de fornecedores de remédios. Os gestores têm que administrar os serviços com verbas até 80% menores do que as previstas para o Orçamento deste ano, aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Segundo a Subsecretária de Inovação e Logística da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Adriana Ramos, neste ano, a dívida com fornecedores chega a R$ 750 milhões, sendo que R$ 280 milhões desse montante se referem a medicamentos. “Alguns fornecedores (de remédios) têm deixado de entregar por causa da inadimplência superior a 90 dias, prevista em lei. Estamos trabalhando para quitar esses valores e fazer o pagamento dentro desse prazo”, disse.

Os números do relatório de informações do Sistema Único de Saúde (SUS) foram apresentados nesta quarta-feira, na Assembleia, durante audiência pública. Ainda de acordo com Adriana, além de haver a dívida, a Secretaria de Estado de Fazenda não repassou 58% do valor previsto no Orçamento mensal para a saúde. Adriana disse que a área teria que receber R$ 600 milhões por mês porém, a média foi de R$ 250 milhões.

“Não há uma constância de valor que recebemos mês a mês. Já solicitamos à Secretaria de Planejamento que fosse repassado um cronograma do que poderemos contar nos próximos meses, mas ainda é algo que está sendo estudado em nível de governo”, afirmou. Ela explicou que o secretário de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, é o gestor responsável pelo SUS, mas não tem acesso ao Fundo Estadual de Saúde, que é de responsabilidade da Fazenda e onde existe o dinheiro a ser aplicado.

Saída. Em meio a essa crise, o Estado está priorizando os atendimentos de emergência e a saúde primária para auxiliar na prevenção e evitar gastos em procedimentos complexos. “A secretaria prioriza o custeio de ações e serviços de urgência e emergência, como o Pro-Hosp (programa que busca o atendimento hospitalar o mais próximo possível de sua residência) e a Rede Resposta (ações de atenção básica). A intenção é priorizar serviços de atenção primária, para que se evitem procedimentos de média e alta complexidade, em que o custo é muito maior”, destacou.

Durante a audiência na Assembleia, ficou decidido que a Secretaria de Estado de Fazenda será chamada para prestar esclarecimentos sobre os repasses, mas não foi marcada uma data.
A Secretaria de Estado de Fazenda informou, por meio de nota, que o motivo do atraso nos repasses é a crise econômica, que levou o governo a decretar situação de calamidade financeira – o decreto foi publicado em dezembro de 2016.

A pasta informou ainda que busca alternativas para aumentar a arrecadação com impostos, com o intuito de superar o valor previsto inicialmente de R$ 50,8 bilhões. A meta agora é chegar a R$ 51,9 bilhões. Para alcançar esse resultado, a secretaria quer intensificar as ações de cobrança de dívidas tributárias. Outra frente será a realização de programas de combate à sonegação fiscal.

Santa Casa. O senador Aécio Neves (PSDB) informou nesta quarta que o presidente Michel Temer (PMDB) se comprometeu a repassar R$ 20 milhões para manter os serviços da Santa Casa de BH.

Situação coloca em risco o quadro do paciente

Ter menos recursos para a saúde impacta diretamente o tratamento e a qualidade de vida do paciente. Segundo o presidente da Associação dos Amigos e Usuários de Medicamentos Excepcionais (Assaumex), Antônio Alves, somente neste ano, três pacientes que eram acompanhados pela entidade morreram sem receber os remédios, mesmo com decisões judiciais favoráveis. “Além dessas mortes, há uma paciente com câncer no cérebro que estava recebendo a medicação normalmente, mas, nos últimos três meses, o Estado cortou esse fornecimento”, explicou.

Alves criticou ainda que, mesmo em uma situação de calamidade financeira, o governo do Estado deveria sempre priorizar a saúde. “Estamos em crise, mas o Estado continua gastando com publicidade, por exemplo. Saúde é uma questão essencial. As pessoas não podem esperar por medicamentos”, disse. A reportagem não conseguiu repercutir esse caso na quarta à noite.

Hospitais com atraso em obras

O atraso nos repasses provoca impactos nas obras de todos os oito hospitais regionais do Estado. No ano passado, eram para ser entregues as unidades de Uberaba, no Triângulo Mineiro, e a de Divinópolis, no Centro-Oeste. Porém, as construções tiveram que ser paralisadas ou os operários sofreram redução de trabalho.

A unidade de Uberaba está com 99% das obras concluídas. Já a de Divinópolis aguarda nova licitação para concluir os 20% restantes. Dos demais hospitais regionais, quatro estão com as obras paralisadas: Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete, na região Central, Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e Governador Valadares, na região do Rio Doce.

As obras do regional de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foram retomadas no ano passado e estão com 71% concluídas. Já o de Montes Claros, no Norte de Minas, aguarda resultado da licitação.

Justiça decide obrigar laboratórios a fornecer remédios contra câncer para governo

Decisão dá 15 dias para que a medida seja cumprida, cabe recurso. Governo diz que laboratórios não se interessaram na licitação em função do preço.

Por G1 Tocantins

17/05/2017 18h57

A Justiça Federal decidiu obrigar 16 laboratórios farmacêuticos a fornecer remédios para o tratamento de câncer ao governo do Tocantins. A decisão foi tomada após as licitações que o governo abriu para a compra dos medicamentos falharem por falta de interessados. De acordo com o governo estadual, os laboratórios se recusavam a fornecer o medicamento porque o preço listado pelo Ministério da Saúde para os itens estava abaixo da tabela de mercado.

A decisão do juiz federal Adelmar Aires Pimenta, titular da 2ª Vara Federal de Palmas, estabeleceu um prazo de 15 dias para o fornecimento e fixou multa diária no valor de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Ainda cabe recurso a decisão. De acordo com a Justiça, desde julho de 2016 a Secretaria da Saúde tenta adquirir certos tipos de medicamentos, mas nenhum laboratório quis atender.

A decisão diz ainda que um total de 42 laboratórios tiveram acesso à licitação. Na Rede Estadual de Saúde faltam 16 medicamentos fundamentais para o tratamento de câncer. Um deles tem custo superior a R$ 2 mil por 10 miligramas, de acordo com o Ministério da Saúde.

"Verifica-se no caso um evidente conflito entre o interesse dos requeridos em vender os medicamentos pelo preço que entendem devido e o direito coletivo à saúde", disse o juiz na decisão.

Um dos laboratórios citados na decisão, o Aspen Pharma, declarou que atrasos nos pagamentos comprometeram a sustentabilidade da operação da empresa no estado, mas mesmo assim, disse que vai autorizar alguns distribuidores a participarem das licitações.

A Zodiac Produtos Farmacêuticos, que também foi citada, disse que ainda não teve acesso a decisão e que por isso não iria se manifestar. O G1 ainda tenta contato com os demais laboratórios citados na decisão.

Anvisa alerta sobre lotes de hormônio falsificados

A empresa Laboratório Química Farmacêutico Bergano Ltda identificou a presença de dois lotes falsificados no mercado. Anvisa determina o recolhimento do produto.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 17/05/2017 17:15
Última Modificação: 17/05/2017 17:20

Anvisa determinou, nesta quarta-feira (17/5), a apreensão dos lotes CC40793 e CC60602, que são falsificações do hormônio de crescimento Hormotrop I2 UI pó liofilizado + diluente.

A empresa Laboratório Químico Farmacêutico Bergano Ltda, que possui o registro do medicamento, identificou e denunciou a presença desses lotes falsificados no mercado.

Como medida, a Resolução RE 1.304 de 11 de maio de 2017 determina a proibição da distribuição, comercialização e o uso do medicamento. Além disso, a empresa deve recolher os lotes falsificados disponíveis no mercado.

Serviços de saúde ou pacientes que identificarem esses lotes devem entrar em contato com a Vigilância Sanitária da sua cidade e a Polícia Civil, já que a falsificação de medicamentos é crime hediondo.

Anvisa suspende entrada de dois suplementos no país

17/05/2017 17h58 Júlia Buonafina*

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu hoje (17) a entrada de dois suplementos no país: o Suplemento de Vitamina C à Base de Café Verde, da empresa Promel Indústria e Comércio de Produtos Naturais, e o Suplemento de Colágeno, Proteína do Leite e Vitamina B6 em Cápsulas, da marca Aminomax/Poly Whey.

Apesar de serem dispensados de registro da Anvisa, os produtos devem seguir regras de composição, qualidade e boas práticas de fabricação da agência reguladora. O suplemento de vitamina C estava sendo comercializado com informações enganosas no rótulo, induzindo o consumidor a acreditar que o produto teria propriedades terapêuticas.

Já o de colágeno, por ser considerado um novo alimento, deveria ter passado pela análise da Anvisa antes de ser comercializado.

Grande parte das apreensões desse tipo de produto são causadas pela propaganda enganosa, segundo a agência.

*Estagiária sob supervisão da editora Luana Lourenço

Medley e Tastemade: parceria inédita desmistifica alguns alimentos

E mostra como é possível ter uma alimentação saudável sem deixar de lado o prazer. Ação faz parte do novo posicionamento da farmacêutica “Cuidados para uma saúde cheia de vida” e o primeiro episódio vai ao ar em 16 de maio.

São Paulo, Brasi — A Medley, a marca de maior confiança entre os brasileiros*, realiza parceria inédita com a Tastemade, o canal digital de produção de vídeos de receitas mais famoso do mundo, com mais de 17 milhões de seguidores e 300 milhões de visualizações mensais nas redes sociais no Brasil. A ideia é esclarecer aos consumidores alguns mitos da alimentação, explorando temáticas da culinária sem deixar de lado o prazer.

A parceria faz parte do novo posicionamento da Medley “Cuidados para uma saúde cheia de vida”, que tem como objetivo tornar a marca mais relevante na jornada de saúde das pessoas, principalmente no contexto digital, uma vez que as pessoas passam horas conectadas e fazem milhares de buscas diariamente sobre como se ter uma vida mais equilibrada.

A Medley é a primeira marca no mundo a patrocinar o novo formato de minidocs da Tastemade com divulgação nas redes sociais da Tastemade e também da Medley. O primeiro vídeo da série é sobre o Chocolate no dia 16 de maio e poderá ser visto na página da Tastemade no Facebook (www.facebook.com/tastemadebr) e no perfil da Medley, na mesma rede social (www.facebook.com/medleybr).

“A Medley quer ser mais relevante na jornada de saúde do paciente, seja na busca por informações de qualidade para cuidar da saúde ou na oferta de medicamentos acessíveis para prevenir e tratar diversas doenças”, afirma Carlos Aguiar, Diretor da Unidade de Negócios da Medley.

Serão oito vídeos de aproximadamente 90 segundos, revelados um por mês, nos quais os internautas poderão acessar conteúdos de formato inovador, com curiosidades e fatos inusitados sobre alimentação.

“Esta parceira alia a curadoria científica da Medley para dar profundidade aos temas, com a expertise da Tastemade para a criação de branded content engajador, que informa e esclarece sobre as possibilidades de uma alimentação nutritiva, sem abrir mão do prazer”, diz Daniele Cunha, Gerente de Branding da Medley.

Culinária e Saúde — Cerca de 60% da população brasileira possui acesso à internet. O número representa 102 milhões de internautas somente no Brasil¹. Entre os temas mais pesquisados em 2016, as receitas saudáveis estão no topo do ranking². “Esses dados demonstram que as pessoas demandam cada vez mais por soluções de saúde para viver bem hoje e no futuro e isso vai muito além de remédios. Queremos construir uma relação com as pessoas ao longo dessa jornada e o Digital é um pilar fundamental dessa estratégia”, reforça Daniele Cunha.

.*Pesquisa “Marcas de Confiança”, Revista Seleções, Setembro/2016.

Referências bibliográficas: 1. Pesquisa TIC Domicílios 2015 – 11º edição. Publicada no portal Cetic (www.cetic.br). Acessado em 8 de maio de 2017, às 12h. | 2. Dados fornecidos pelo Google em dezembro de 2016.

A Medley unidade de negócios responsável pela produção de medicamentos genéricos e similares da Sanofi, está há 20 anos no mercado.

Referência nas áreas terapêuticas de cardiologia, saúde feminina, sistema nervoso central e gastroenterologia, a companhia é a única farmacêutica nacional a receber o certificado de qualidade ISO 9001. Em 2016, a empresa conquistou, pelo sétimo ano consecutivo, o Prêmio Marcas de Confiança (Seleções/ Datafolha). Além disso, a Medley é o laboratório de genéricos de maior confiabilidade e recomendação de médicos e farmacêuticos, de acordo com pesquisa IBOPE em 2014, e a marca de melhor reputação de todo o segmento farmacêutico, em avaliação do Reputation Institute.| www.medley.com.br.

Tastemade— Fundada em Los Angeles, em 2012, por três profissionais de mídia egressos de Hollywood, a maior plataforma digital de comida e viagem do mundo escolheu o Brasil como ponto de partida de sua expansão para o mundo. Em dezembro de 2016, abriu as portas de um estúdio com duas cozinhas-cenário num prédio de quatro pavimentos na Vila Madalena, em São Paulo. Só em 2016, foram mais de 4,2 bilhões de views pelos 16 milhões de seguidores em todas as plataformas da Tastemade presentes no Brasil: Facebook, Instagram, YouTube, AppleTV, aplicativos e site.

Bahiafarma inicia processo para produzir e fornecer insulina ao SUS

17 de maio de 2017

A visita à Bahia de executivos do laboratório ucraniano Indar, um dos líderes mundiais na produção de insulina, iniciada nesta terça-feira (16), marca a consolidação da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a empresa e o laboratório público baiano Bahiafarma. O acordo tem como meta a produção local de insulinas para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS).

A cooperação entre o laboratório internacional e a Bahiafarma prevê a instalação de uma fábrica de insulinas na Bahia, que passa a ser a primeira planta de medicamentos biotecnológicos do Estado e a primeira de um laboratório público brasileiro a produzir o insumo.

“Depois que a unidade estiver pronta, a tendência é que sejam encerrados os repetidos problemas de desabastecimento de insulinas no Sistema Único de Saúde”, afirma o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias. “Este projeto consolidará a Bahiafarma como um dos únicos laboratórios oficiais capacitados a produzir insulina no País, o que implicará em ampliação do quadro de empregos com mão de obra qualificada e fortalecerá o desenvolvimento do Nordeste, com a implementação de um parque industrial de alta tecnologia.”

A presidente do Conselho de Administração da Indar, Liubov Vishnevska, lidera a comitiva ucraniana, que participa de uma série de reuniões com autoridades da Bahia e do Ministério da Saúde até o fim da semana. Nesta terça-feira, os executivos participaram de encontros com o governador Rui Costa e com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e conheceram a planta da Bahiafarma em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Durante reunião com o governador Rui Costa na Governadoria, Rui destacou a importância da parceria com o laboratório. “Para nós é mais que importante, é necessário, não só para a Bahia, mas para o Brasil, que esse acordo seja concretizado o mais brevemente possível”, afirmou na tarde desta terça (16).

Parceria

A parceria entre Bahiafarma e Indar foi firmada após o Ministério da Saúde definir a redistribuição dos projetos de PDP para produção de insulinas no País, por meio da Portaria número 551. Pelo documento, publicado no Diário Oficial da União em 21 de fevereiro, a Bahiafarma passará a ser responsável pelo fornecimento de 50% da demanda do ministério para o insumo.

“O estabelecimento da Bahiafarma como um dos atores na produção de insulina acontece em um cenário de reconhecimento, pelo ministério, ao empenho e compromisso referentes às ações executadas pela Bahiafarma nos últimos anos no Complexo Industrial da Saúde”, afirma Ronaldo Dias, lembrando dos esforços do laboratório público baiano para desenvolver e fornecer ao SUS ferramentas de diagnóstico rápido para arboviroses (zika, dengue e febre chikungunya).

A Indar foi escolhida como parceira da Bahiafarma por ser uma das líderes mundiais na produção de insulinas. “É uma empresa que atua exclusivamente em pesquisa e produção de insulinas, há mais de 15 anos, e é reconhecida por utilizar tecnologias inovadoras, além de realizar operações em diversos países”, afirma o diretor-presidente da Bahiafarma.

A Indar também se destaca por atender aos rigorosos requisitos regulatórios brasileiros – sua unidade de produção já possui o Certificado em Boas Práticas de Fabricação (CBPF) e as insulinas NPH e Regular já têm registros na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Bahiafarma

A Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) é um laboratório farmacêutico público que tem como objetivo desenvolver e fornecer produtos, serviços e inovação tecnológica para a saúde pública do País.

A Bahiafarma integra a administração pública indireta do Poder Executivo do Estado da Bahia, vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Tem como metas minimizar a dependência de importação de produtos e tecnologia, atuando de forma competitiva e econômica para o Sistema Único de Saúde (SUS), e contribuir para a descentralização da indústria farmacêutica, farmoquímica e biotecnológica no País, hoje concentrada no eixo Rio/São Paulo.

Fonte: Secom

Prati-Donaduzzi lança material informativo sobre genéricos em parceria de conteúdo com Drauzio Varella

Postado Em 17/05/2017 por Redação do Paranashop

Uma parceria de produção de conteúdo informativo entre a Prati-Donaduzzi, maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil*, e o Dr. Drauzio Varella, busca desmistificar e valorizar os medicamentos genéricos. Ao longo da série, serão disponibilizados gratuitamente oito “livretos” em formato digital, com informações básicas sobre o assunto.

O primeiro volume explica o que é o princípio ativo e como funcionam os estudos que garantem eficácia e segurança dos medicamentos. Aborda também a diferença entre medicamento e remédio, dúvida recorrente, mas de resposta simples. Enquanto os remédios podem ser qualquer método ou cuidado terapêutico que ajudam a aliviar os desconfortos, os medicamentos se resumem a produtos feitos por farmácias de manipulação ou indústrias farmacêuticas que previnem ou tratam doenças e aliviam sintomas. Alguns exemplos de remédios são as plantas medicinais, banhos quentes e até balas de gengibre, ou seja, métodos que não passam por avaliação científica. Já os medicamentos devem cumprir todas as exigências legais definidas por órgãos regulatórios que, no caso do Brasil, ficam a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA.

Essas são as diferenças entre medicamentos e remédios, uma abordagem simples que o Dr. Drauzio Varella traz para informar as pessoas sobre a importância dos medicamentos genéricos, a eficácia e a credibilidade que vêm conquistando a cada dia no mercado e na casa dos consumidores.

Aqui você pode baixar gratuitamente a primeira edição da série, conhecer as etapas da produção dos medicamentos e eliminar todas as suas dúvidas sobre o tema:

https://drauziovarella.com.br/genericos/tudo-sobre-medicamentos-volume-1/

*Fonte: IMS Health MAT Mar/2017 PMB+NRC Doses Terapêuticas

Sobre a Prati-Donaduzzi
A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 4 mil colaboradores e possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil. Produz, em média, 12 bilhões de doses terapêuticas por ano. <samirak@adsbrasil.com.br>

Novo medicamento para exame de contraste ganha registro

Produto gadobenato de dimeglumina é utilizado para uso em diagnósticos com ressonância magnética.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 17/05/2017 17:53
Última Modificação: 17/05/2017 17:58

Um novo medicamento para utilização em exames de ressonância magnética com contraste foi registrado pela Anvisa. O novo produto é o gadobenato de dimeglumina, que será comercializado com a marca Multihance® .

O novo medicamento estará disponível na forma injetável, na concentração de 529 mg/mL. O medicamento é indicado como contraste para uso diagnóstico em ressonância magnética do fígado, da mama, do cérebro e da medula espinhal, e em angiografia por ressonância magnética.

Os contrastes à base de gadolínio (Gd) são utilizados apenas por via intravenosa em exames de ressonância magnética para realce de imagem. Sua principal função é deixar mais visível tecidos e vasos sanguíneos para melhorar o diagnóstico de lesões e tumores, por exemplo.

O Multihance® (gadobenato de dimeglumina), será fabricado pela empresa Patheon Itália S.p.A, localizada na Itália, e a dona do registro do medicamento no Brasil é a empresa Bracco Imaging do Brasil Importação e Distribuição de Medicamentos Ltda, localizada em São Paulo-SP.

Medicamentos genéricos vencem a desconfiança da população

A possibilidade de economia sem riscos, proporcionado pelos medicamentos genéricos está fazendo com que grande parcela da população já considere essa opção na hora da compra. Os dados são resultados da pesquisa Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC).

Segundo a pesquisa o número de brasileiros que consideram essa opção na hora da compra é bastante expressivo, sendo que 37% dos consumidores apontara que adquiriram medicamentos dessa modalidade, outros 32% compraram os de marcas e 31% compraram uma mescla dos dois tipos.

“Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar, que encomendou a pesquisa.

Ele se refere ao fato de que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 45% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a quase totalidade desses clientes buscavam economia.

“É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento original”, complementa Tamascia.
A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de troca de medicamento e os motivos que levaram a essa troca.

Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificou parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

“Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso”, explica o presidente da Febrafar. Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra.

Anvisa aprova registro do primeiro teste de farmácia para diagnóstico de HIV

Com mecanismo semelhante ao que funciona para medir glicose, um aparelho coleta gotas de sangue e o resultado pode ser visto em 20 minutos

Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo

17 Maio 2017 | 19h17

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou registro do primeiro teste de farmácia para diagnóstico do HIV. O mecanismo do exame é semelhante ao dos existentes para medir a glicose de diabéticos. Com um aparelho, gotas de sangue são coletadas e colocadas em contato com um reagente. O resultado pode ser visto em 20 minutos. Quando a presença de anticorpos para o vírus é identificada, linhas são formadas em um mostrador.

O produto será vendido em farmácias e drogarias. Não há, no entanto, prazo para isso. A aprovação da Anvisa é o primeiro passo para a comercialização ser feita. Agora, a Câmara de Regulação do Mercado Medicamentos deverá analisar qual o preço o produto será vendido. A estimativa é de que isso ocorra em três meses.

De acordo com documentos analisados pela Anvisa, o teste mostrou uma efetividade alta. Há, no entanto, o problema da janela imunológica. O exame identifica a presença de anticorpos, produzidos quando o organismo reconhece a invasão do vírus. Esse processo não é imediato. Justamente por isso, quando a contaminação é recente e não há uma produção significativa de anticorpos, o teste não consegue identificá-los, indicando um resultado falso negativo.

Para evitar esse risco, a recomendação é de que em casos de resultado negativo o exame seja repetido depois de 30 dias. Se houver uma situação de risco à exposição ao HIV durante o intervalo entre um exame e outro (como relações sexuais desprotegidas), a indicação é que um novo teste seja feito e, passados 30 dias, repetido.

A recomendação é a de que, quando o exame é positivo, a pessoa procure o Sistema Único de Saúde. Testes gratuitos para identificação do HIV estão disponíveis também no SUS. Apesar dessa oferta, há pessoas que resistem em procurar postos de saúde, por desconhecimento ou outras motivações.

Existem no País cerca de 112 mil pessoas vivendo com HIV/Aids sem saber dessa condição. Pelo protocolo brasileiro, o portador do vírus pode iniciar o tratamento tão logo receba o diagnóstico. No passado, para ingressar com as primeiras terapias, era preciso que o paciente apresentasse níveis determinados de carga viral e de células de defesa, CD4.