Supermercados traçam estratégias para consumidores acima de 50 anos

Pesquisa divulgada durante a maior feira supermercadista do País indica que população acima dos 50 anos será a bola da vez no futuro por possuir maior poder de compra
Marcele Tonelli

Marcele Tonelli

Apas Show 2017, uma das maiores feiras supermercadistas do mundo, está na 33.ª edição

A maior fatia de clientes e com o maior gasto nos supermercados está concentrada na população de até 49 anos, atualmente. Segundo pesquisa inédita do setor, realizada em parceria com a Nielsen, Kantar Worldpanel, GfK e IBOPE, essa população representa 58% dos consumidores nos supermercados e são responsáveis por 67% das vendas. "Considerando que essas pessoas envelhecerão, até 2040, homens e mulheres com mais de 50 anos terão o maior poder de compra", ressaltou o economista Rodrigo Mariano, durante apresentação do estudo na Apas Show 2017, uma das maiores feiras supermercadistas do mundo.

Realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), a 33.ª edição do evento, que ocorreu entre 2 e 5 de maio, na Capital, apontou as tendências do mercado no varejo e o perfil do atual consumidor brasileiro, considerando dados coletados no ano passado.

A Pesquisa, que serve como um balizador das ações e estratégias de vendas que serão adotadas daqui para frente no setor, foi divulgada em conjunto com o presidente da Apas Pedro Celso Gonçalves.

Em entrevista ao JC, Pedro projetou ainda que os supermercados, mesmo em meio à instabilidade econômica, projetam crescimento gradual nas vendas e índice positivo neste ano (leia mais abaixo).

PRATICIDADE

Com foco no público acima dos 50, que será a bola da vez nos supermercados daqui a alguns anos, a pesquisa indica a necessidade de investimento, tanto por parte dos supermercados quanto das indústrias, em adequação de produtos, acessibilidade, praticidade e investimento em alimentos mais saudáveis.

Na hora da compra, essa população opta rótulos fáceis de ler (50%), alimentos para dietas com necessidades nutricionais especiais (45%), embalagens de alimentos com porções menores (44%), embalagens de produtos fáceis de abrir (43%) e rótulos com informações nutricionais claras (43%).

Ainda dentro das lojas, descobriu-se que os consumidores, considerados mais sêniores, buscam por praticidades na hora da compra, como carrinhos elétricos (41%) e seções exclusivas de produtos voltados às suas necessidades (34%).

Eles também se preocupam mais com a saúde. Produtos como pão light ou integral, biscoito integral, requeijão light e alimentos frescos são mais consumidos por esta geração.

Marcele Tonelli

O presidente da Apas Pedro Celso Gonçalves

TECNOLOGIA

O presidente da Apas cita que é preciso ainda pensar à frente e se adaptar ao empoderamento causado pela tecnologia nas gerações que irão envelhecer.

"Com um smartphone, hoje, a pessoa procura informações sobre o produto na loja ao invés de acionar o atendente", pontua. "Como exemplo de praticidade, temos o autoatendimento, que tem crescido cada dia. Para você ter ideia, tivemos aqui na feira o lançamento de um software que permite a separação dos produtos dentro de um centro de distribuição no supermercado por meio de comandos de voz", comenta Pedro.

"Há uma mudança de comportamento em fluxo. Como comerciantes, gestores e pessoas temos que pensar nisso. É uma mudança de fase e precisamos buscar cada vez mais conhecimento", finaliza Airton Burgos, diretor da Apas regional Bauru e que também marcou presença no evento.

'A tendência é de crescimento e os empresários estão otimistas'

Mesmo em um ano de instabilidade econômica, o setor supermercadista no Estado de São Paulo registrou um crescimento nominal em relação ao ano passado de, aproximadamente, 10%, com faturamento de R$ 102 bilhões.

Para este ano, a perspectiva é de um crescimento lento e gradual, que deve se refletir, principalmente, “ao longo do último trimestre de 2017 em geração de emprego e renda e, consequentemente, trará impacto positivo nas vendas, que devem crescer de 1,5% a 2,5% neste ano”, cita Pedro Celso, presidente da Apas.

“O empresário está otimista, a tendência é de crescimento. A terceirização e as reformas Trabalhista e da Previdência, apesar de não serem tão profundas, trouxeram novos ares. É só ver a feira: crescemos 5% em tamanho, de 586 para 718 expositores. Destes, 239 são internacionais e de 26 países diferentes.

No ano passado, eles eram 169 e vindos de 17 países”, compara Pedro. Neste ano, duas empresas de Bauru se lançaram na Apas: a Conceito Comunicação Visual e a Cléo Malharias. Além delas, participaram a Mezzani, a Gera Arte, a Ecoart e a Pró-Market, que já são “da casa”.

INOVAÇÃO

Em sua décima participação na Apas Show, a Pró-Market, empresa bauruense que confecciona móveis expositores para supermercados, foi mais uma vez destaque na feira. Os irmãos Caio e José Mário Benjamin foram premiados com o troféu na categoria inovação em equipamentos. O prêmio foi para uma mesa quente.

“É mais um dos nossos lançamentos na linha de autosserviço, cada vez mais requisitada pelo mercado”, detalha José Benjamin. Também participante da Apas Show, a Ecoart, empresa bauruense especializada na fabricação de mobiliário comercial, também foi premiada. como melhor stand porte pequeno e melhor exposição de produto na categoria sustentabilidade.

Hugo Rodrigues, um dos publicitários mais influentes do País atualmente

Novas gerações estão menos pacientes

Apesar de estar de olho na geração dos adultos que irão envelhecer em breve, a Apas sabe também que é mais do que necessário conquistar cada vez mais as chamadas gerações Y e Z, nascidos a partir do final da década de 80.

Por isso, a Associação convidou Hugo Rodrigues, um dos publicitários mais influentes do País atualmente, para a Apas Show.

Em entrevista à reportagem do Jornal da Cidade, o especialista fala que as novas gerações estão cada vez menos pacientes.

Segundo ele, pesquisas apontam que muitos jovens não ficam, por mais de três segundos, em sites, mesmo que sejam do seu interesse, se não houver alguma atratividade a mais. "Isso é algo que deve ser pensado e levado em conta pelo varejo".

Ainda de acordo com Hugo, as novas gerações são multifacetadas, assim como os relacionamentos estão mais distraídos e descartáveis. "Diversas empresas fracassaram nesses últimos tempos; várias perderam valor de marca", alerta Hugo Rodrigues. "É preciso continuar tentando compreender o consumidor, investir sem medo".

'IMPORTANTE É FAZER'

O profissional aconselha que o importante é fazer, mesmo se a ideia não for perfeita naquele momento. "Erre rápido, aprenda rápido e conserte rápido", diz.

Segundo ele, os consumidores querem experiências novas. "Uma marca que ofereça lazer gratuito passa na frente", pontua o palestrante, ressaltando que não se trata de oferecer ofertas, mas sim de soluções a seres humanos.

Supermercados apostam em campanhas e até transporte gratuito para atraírem clientes

As grandes redes de supermercados promovem promoções e serviços diferenciados para conseguirem clientes no Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, o Extra realiza a primeira Pink Friday, uma ação para comemorar o Dia das Mães, com promoções em todos os setores. A partir de domingo, a rede de Supermercados Guanabara dá partida na 5ª edição da Semana da Limpeza, com abatimentos de até 50% em mais de 1.000 produtos diferentes. A expectativa é receber 250 mil clientes por dia, o que representa um aumento de público de 40% em comparação a dias normais.

No Supermercados Mundial, o diferencial é o Festival de Beleza e Bem-Estar, com preços menores e ofertas do tipo “leve e ganhe” em tinturas para os cabelos, shampoos, condicionadores, produtos para cuidados com a pele e saúde oral.

Já o Prezunic está oferecendo mais comodidade aos clientes da Zona Sul, com um serviço de transporte gratuito entre a loja Botafogo e as principais ruas de Copacabana. O cliente não paga nada para pegar a van adesivada com a logomarca da rede de supermercados. O serviço está disponível de segunda a sábado (não funciona domingos e feriados), com saídas a cada duas horas da loja.

Qualquer pessoa poderá pegar a van, em qualquer ponto do itinerário cuja parada seja permitida. Entre os pontos de embarque e desembarque estão a Avenida Atlântica, Praça Cardeal Arco Verde, Bairro Peixoto, além das ruas Toneleros, Figueiredo Magalhães, Lauro Sodré, entre outras.

Saiba mais sobre as campanhas

Hipermercados Extra

Alguns descontos são: SmartTV Led 32' Philco por R$ 999, smartphone Samsung Galaxy J2 Prime por R$ 598 e smartphone Moto G 4 por R$ 698.

Guanabara

A campanha terá 21 dias nas 25 unidades da rede. Ao todo serão mais de 10 milhões de unidades de sabão em pó e líquido, 20 milhões de detergentes e um milhão de unidades de limpador multiuso.

Mundial

Água Micelar 5 em 1 Lóreal 200ml – R$ 19,80. Na compra de 1 água Micelar 5 em 1 Lóreal 200ml ganhe 50% de desconto na base dermo B.B Cream 50ml

Shampoo 400ml + condicionador 200ml Tresemé vários tipos – R$ 11,98 cada

Shampoo Head & Shoulders vários tipos 400ml – R$ 17,98. Na promoção leve 2 pague 1 a unidade sai por R$ 8,99

Creme de Tratamento Aussie 3 Minute 236ml – R$ 39,90. Na promoção leve 3 pague 2 a unidade sai por R$ 26,60

Tintura Lóreal Casting Gloss vários tipos – R$ 23,96 cada. Ganhe 50% de desconto na compra da segunda unidade. Nesta promoção a unidade sai por R$ 17,97

Desodorante Aerossol Dove – R$ 14,97 cada. Na promoção leve 3 pague 2, a unidade sai por R$ 9,98

Creme Dental Close Up Gel Proteção Bioativa 90g, Leve 3 pague 2 por R$ 4,98 (cada)

Creme Dental Colgate Total 12 Clean Mint c/ 2 Unidades de 90g – R$ 6,98

Seden estreita relações comerciais entre laticínio e distribuidores e atacadistas

Por intermédio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), a empresa Laticínios Hojuara e a Associação de Distribuidores e Atacadistas do Estado do Tocantins (Adat) estreitaram as relações comerciais para favorecer a cadeia produtiva do leite na região de Santa Terezinha do Tocantins.

Após reunião, realizada no Espaço Inovar, na Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2017), o empresário João Rafael Hojuara avaliou que o encontro trouxe boas perspectivas de negócios. “O contato com a Adat trouxe a possibilidade de a gente trabalhar com a marca própria dos distribuidores, valorizando um produto do mercado local; ou seja, a gente não precisaria lançar a nossa marca e sim valorizar o produto dos próprios supermercados”, adiantou.

A  reunião foi intermediada pelo gerente de assistência à micro empresa, Reinaldo Macedo, e o economista Wendell Soares Pacheco, ambos da Seden. “A reunião teve o cunho de estreitar as relações comerciais e buscar contato de potenciais distribuidores, porque a localização da laticínios Hojuara é muito boa, próxima a Araguaína, ao Pará e Maranhão. Então a gente acredita que possa gerar bons frutos”, disse Pacheco.

O trabalho de fortalecer a cadeia produtiva do leite na região de Santa Terezinha é um projeto em desenvolvimento em parceria entre a Seden, a Seagro, o Ruraltins e a Prefeitura municipal. “Estamos mobilizando para conseguir disponibilizar a distribuição de alguns tanques de refrigeração, a pavimentação da região próxima à indústria para facilitar o escoamento e o aumento da produtividade dos produtores rurais”, informou Wendel Pacheco. 

Este apoio foi destacado por João Rafael Hojuara como fundamental para facilitar o escoamento da produção. Segundo ele, o laticínio tem capacidade para produzir 50 mil litros/dia e já está instalado e pronto para entrar em funcionamento. “A gente está precisando de uma distribuição para comercialização. Então, com o apoio que a gente está tendo da Secretaria para fazer a pavimentação de acesso, que é uma das determinações do Ministério da Agricultura, vai facilitar esse escoamento da nossa produção”. 

Logística do bem

12/05/17 | Equipe Online – online@jcruzeiro.com.br

Por iniciativa do Serviço Social do Comércio (Sesc), Sorocaba passou a contar nesta semana com o projeto Mesa Brasil, que já existe em várias outras cidades e que no ano passado distribuiu 42 toneladas de alimentos. A ideia é absolutamente simples, mas só se torna viável quando tem por trás uma entidade como o Sesc para dar a estrutura operacional e a credibilidade necessária. Consiste em recolher alimentos onde eles estão sobrando, mas em boas condições de consumo, ou seja, percorrer estabelecimentos atacadistas, hortifrútis, quitandas e supermercados, entre outros, previamente cadastrados e distribuí-los imediatamente para entidades também cadastradas onde serão utilizados para complementação alimentar dos assistidos.
Embora seja novidade em Sorocaba, onde começou a funcionar na última quarta-feira, com a coleta pela manhã de 954 quilos de alimentos que à tarde foram destinados a 14 entidades beneficentes, o projeto Mesa Brasil já existe há vários anos e funciona em pelo menos 50 municípios do Estado de São Paulo. Em Sorocaba, o projeto conta com dois caminhões do tipo baú refrigerados para preservar a qualidade dos alimentos. Esses veículos percorrem os locais onde há doações, um serviço chamado de colheita urbana, e levam os alimentos doados (frutas, verduras, pães, frios, laticínios, sucos etc.) que não serão mais vendidos, mas estão em condições de serem consumidos. Todo esse material passa pela avaliação de uma nutricionista que descarta o que não está em boas condições e encaminha o restante para as entidades credenciadas, sem nunca formar estoques. A exceção é uma unidade de São Paulo onde o Sesc possui um Centro de Captação e Armazenagem que serve para receber doações de grandes volumes, geralmente encaminhados pelas indústrias de alimentos e que redistribui essas doações para várias cidades. Há em Sorocaba uma lista de 14 entidades credenciadas, mas a ideia é aumentar para 50, assim como o número de doadores.
A origem do Mesa Brasil está nos anos 1990 junto com vários movimentos de combate à fome, do qual se destacou pelo pioneirismo a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, criada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que inspirou vários outros movimentos similares. O ponto de partida desses movimentos foi a constatação, naquela época, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) da existência no Brasil de 32 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza. Desde então, associações, organizações não governamentais e outros tipos de entidades passaram a construir uma rede de segurança alimentar que hoje auxilia milhões de famílias carentes. Uma característica marcante da Ação da Cidadania e, talvez, um dos principais motivos de seu sucesso, foi a grande rede de mobilização formada por comitês locais da sociedade civil, composta por lideranças comunitárias e participação de todos os setores sociais.
Temos em Sorocaba, por exemplo, o Banco de Alimentos, uma iniciativa de sucesso na distribuição de alimentos coletados a famílias cadastradas em seus programas. O Banco de Alimentos trabalha principalmente com produtos excedentes doados por comerciantes e produtores rurais que vendem sua produção na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ou são doados por supermercados ou indústrias. São em geral produtos de boa qualidade, mas que fogem do padrão de comercialização dos estabelecimentos. O canal de distribuição passa pelos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) existentes em Sorocaba que atendem milhares de famílias distribuindo toneladas de alimentos semanalmente.
Em fase inicial de funcionamento, o Mesa Brasil do Sesc está cadastrando doadores de alimentos e entidades que queiram recebê-los, mas para isso é preciso que tanto doadores como receptores sejam empresas ou entidades formalmente constituídas. O objetivo do projeto não é fornecer a totalidade de alimentos distribuídos pelas entidades, mas agregar valor nutricional às refeições preparadas pelas instituições cadastradas com as doações recebidas diariamente. Uma iniciativa inteligente de como levar alimentos a quem precisa.

Marcas de temperos com fungos tóxicos são proibidas pela Anvisa

por Redação

12/05/2017 ? 12:09

Temperos da Kitano e da Mestre Cuca foram barrados pela Anvisa

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta segunda-feira, 8, a venda e distribuição de dois lotes de temperos das marcas Mestre Cuca e Kitano após laudos de análise fiscal apontarem resultados insatisfatórios.

Os testes detectaram teor de micotoxina ocratoxina – substância formada por fungos prejudiciais à saúde, o Aspergillus e Penicillium – acima do limite permitido.

Os produtos analisados foram a Páprica doce 15g, da marca Mestre Cuca, e a Páprica 50g, da marca Kitano.

A determinação vale para território nacional e compreende os lotes: 160815, validade 25/08/17 da páprica doce 16g, marca Mestre Cuca e lote: H2L-H6EJ, validade 14/05/17 da páprica 50g, marca Kitano.

As empresas FFAMM Comercial de Alimentos Ltda. e General Mills Brasil Alimentos Ltda., deverão recolher o estoque dos lotes dos produtos existentes no mercado.

Copacol lança linha de aperitivos de Frango Apimentados

Para oferecer mais opções em produtos saborosos, práticos e de qualidade, a Copacol lança de novos produtos de peixe e frango. Um dos lançamentos foi a linha de Aperitivos de Frango Apimentados, que conta com petiscos, coxinha da asa, meio da asa e linguiça de frango fina.

Está linha que é uma exclusividade da Cooperativa, é ideal para os aperitivos de churrasco ou para aquele momento de happy hour com os amigos, ou familiares. Para os apreciadores de alimentos apimentados, é uma excelente e saborosa dica, que não pode faltar no seu cardápio.

A previsão de chegada da Linha Apimentados nas gôndolas dos supermercados parceiros é para meados do mês de maio. Apenas no Copacol Supermercado de Cafelândia, já tem o produto para comercialização.

Avicultura Industrial

Anvisa proíbe molho de tomate por conter “corpos estranhos”

Após exames feitos em laboratório, a Heinz se prontificou em retirar o produto dos supermercados

Por Redação VEJA São Paulo

12 maio 2017, 16h21

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão de um lote do molho de tomate com pedaços da marca Heinz. O motivo foi o resultado de um exame de laboratório mostrando excesso de “corpos estranhos” no produto, acima do limite previsto na diretriz RDC nº14/14.

De acordo com o órgão, a Heinz se dispôs a recolher todos as unidades do lote 25 20:54 M3-1 dos supermercados. A empresa também está orientando os consumidores a entrar em contato com a empresa pelo site oficial ou telefone (0800-773-7737), para troca sem custo, e afirmou em nota que “constantemente monitora e investe em novas tecnologias e na capacitação do seu pessoal, atuando fortemente na melhoria dos processos de qualidade e na segurança de alimentos alinhada às melhores práticas internacionais”.

Hershey promete ter mais informações em suas embalagens

A Hershey anunciou novas medidas que aumentarão a visibilidade de informações nutricionais em suas embalagens, além de ajustes nos tamanhos de porções de seus produtos. As mudanças baseiam-se no compromisso da companhia em promover melhores escolhas para seus consumidores e mais transparência na venda de seus produtos.

Até 2022 a Hershey pretende ter, no mundo todo, 50% de seu portfólio de impulso e de porções individuais com no máximo 200 calorias. Além disso, até a data estipulada, 100% destes produtos terão uma adaptação nos rótulos frontais, com inclusão de informações calóricas de fácil leitura.

No Brasil, 85% do portfólio local já é produzido em porções de até 200 calorias e 75% dos produtos contam com a informação de teor calórico no painel frontal das embalagens.

Barra de chocolate Hershey’s Ao Leite com informação calórica no painel frontal

Cresce oferta de ‘papinhas gourmet’ que remetem à comida da mamãe

Acompanhamento nutricional a partir dos 6 meses de vida ajuda a desenvolver alimentação saudável

por Celina Machado, especial para O GLOBO
14/05/2017 4:30

RIO — Legumes e verduras orgânicos, sal rosa e frutas frescas são apenas alguns dos ingredientes das novas papinhas comercializadas para crianças. Depois dos 6 meses de vida — quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é o aleitamento materno exclusivo —, só cresce a oferta de versões gourmet para a alimentação dos pequenos. E segundo a nutricionista Débora Marques, mães e pais buscam cada vez mais acompanhamento nutricional para os filhos nessa fase, o que alimenta esse mercado.

— Muitos pais trabalham fora e têm dificuldade em organizar uma alimentação variada e equilibrada. Vimos surgir um mercado de papinhas, uma verdadeira “gastronomia para lactentes” — comenta.

O pediatra Marcus Renato de Carvalho, professor da UFRJ e coordenador de especialização em saúde materno-infantil, salienta que é nessa fase que a criança forma seu paladar, e pode levar bons hábitos cultivados desde cedo pelo resto da vida.

— Estudos mostram que uma alimentação saudável nos dois primeiros anos é capaz de prevenir doenças crônicas na vida adulta, como obesidade, diabetes e hipertensão — explica ele.

MERCADO EM EXPANSÃO

A maioria das marcas de papinha hoje no mercado começou com o nascimento dos filhos de seus fundadores e a constatação de que havia essa necessidade no mercado. Foi exatamente o que aconteceu com Karin Paciulo, mãe de Maria Lorena, de 4 anos e Maria Luisa, de 2 anos, proprietária da 2Marias Comidinhas Orgânicas.

— Estamos crescendo em número de pontos de venda, com distribuição em vários estados e acabamos de iniciar um projeto de lancheira com uma escola em São Paulo — conta.

Mais antiga, a Empório da Papinha começou em 2008 e, segundo seu sócio-diretor, Rafael Mendonça, o aumento de vendas entre 2015 e 2016 foi de 62%. Para o empresário, as mães preferem pagar mais para garantir que os filhos tenham acesso à qualidade.

— Nossa comida é feita com ingredientes orgânicos, sem aditivo ou conservante e transportada em embalagem livre de bisfenol — garante a nutricionista Gislaine Donelli, da Empório de Papinha.

No Rio e em Niterói, a Papinha Saudável Delivery, do casal Tatiana e Leandro Borba, o segredo está no tempero caseiro:

— Fazemos papinhas só com o sabor dos alimentos e colocamos o mínimo de sal nas comidinhas indicadas para crianças a partir de 1 ano. No mais, é cebola, alho e a gordura é azeite, que acrescentamos depois de feito o refogado, direto na panela — diz a nutricionista Tatiana.

Outra empresa que começou em casa é a Gourtmetzinho, do chef Amílcar Azevedo e sua mulher, Karol.

— Produzimos seis toneladas de alimentos por mês. Começamos num espaço de 20 metros quadrados, que seis meses depois já estava 15 vezes maior. O Amílcar faz uma comida saudável, aprovada por nutricionistas, pediatras, sem conservantes e saborosa — afirma Karol, acrescentando que a empresa tem o selo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) do Ministério da Agricultura.

Como deve ser a alimentação do bebê

Até os 6 meses de idade, somente leite materno.
A partir do 6º mês, introduzir água, qualquer fruta, ovo (clara e gema), alimentos com glúten como macarrão, carnes (inclusive de peixe e porco) e vísceras (fígado, por exemplo).

Fonte: Nutricionista Alice Carvalhais, especializada em alimentação infantil

Como deve ser a alimentação do bebê

Até os 6 meses de idade, somente leite materno. A partir do 6º mês, introduzir água, qualquer fruta, ovo (clara e gema), alimentos com glúten como macarrão, carnes (inclusive de peixe e porco) e vísceras (fígado, por exemplo).

Fonte: Nutricionista Alice Carvalhais, especializada em alimentação infantil

O mercado de “alimentos de transição” para bebês e crianças de primeira infância é bem regulamentado e a líder, Nestlé, informa que segue rigorosamente todas as portarias, tem os registros, certificações, passa por auditorias.

— Nenhuma Papinha Nestlé possui conservantes, corantes ou estabilizantes — diz Fernanda Syuffi, da coordenação de marketing da Baby Foods.

Isso é possível por causa da tecnologia de fechamento a vácuo e do tratamento térmico de esterilização, que elimina bactérias e garante a validade de um ano na prateleira. E a marca também aderiu aos consensos do setor e informa que não adiciona sal nas papinhas das etapas 1 e 2 (para bebês a partir do sexto mês) e inclui pequena quantidade a começar da etapa 3 (a partir do oitavo mês).

Dentre os tipos de introdução alimentar hoje presentes, está o método BLW (Baby Led Weaning, algo como desmame guiado do bebê), uma nova forma de apresentar os alimentos sólidos, uma técnica na qual você não fica oferecendo com a colher, coloca no prato e a criança pega os alimentos com a mão.

— O objetivo é que a criança explore, conheça as diferentes texturas, cheiros e gostos — explica Marcus Renato, adepto de não forçar a criança a comer, nem estimular com “aviãozinho”. — Já vi mãe com o celular e a criança assistindo a “Galinha Pintadinha”: o bebê abre a boca e ela enfia a comida. Não pode ser assim.

Segundo o pediatra, essa é uma fase de risco nutricional, porque a criança tem uma necessidade muito grande de nutrientes e o crescimento muito acelerado.

— Sozinha, a criança pode não ter ainda o desenvolvimento motor necessário para pegar a comida e colocar na boca, e pode ficar sem suprir suas necessidades nutricionais — explica.

E para quem enfrenta dificuldades com uma criança resistente a um bom prato, uma dica: até os 2 ou 3 anos, bebês saudáveis comem tudo o que é oferecido, mas é preciso tentar de oito a dez vezes até considerar que a criança não gosta de um alimento.

— Às vezes é só uma questão de coordenar a deglutição. A criança vem do aleitamento, peito ou mamadeira, tem uma maneira de sugar. Quando é apresentada à colher, é diferente — assinala a nutricionista Débora Marques.

Na casa da Ana Paula Edelman da Luz, a pequena Maitê, de 11 meses, vomitou uma banana inteira na primeira vez que provou a fruta.

— No dia seguinte dei de novo e ela quase não comeu, mas insisti — relata a mãe. — Quando retornei ao trabalho e já era hora de começar com as proteínas, passei a dar as “papinhas naturais”, que compro prontas e me salvaram. Hoje, Maitê almoça na creche e Ana Paula manda o lanche da manhã e o da tarde:

— Compro as frutas, faço misturas como inhame com manga, banana com abacate e congelo. Não quero que ofereçam biscoito ou suco de caixinha — diz.

Para a pediatra Fabíola Suano, professora do serviço de Nutrologia das Faculdades de Medicina das Universidades do ABC e Federal de São Paulo (Unifesp), a preocupação dos pais também deve estar voltada para cozinhar. Um novo estudo realizado no Canadá e publicado em março pelo “Internacional Journal of Obesity Advance” concluiu que há uma importante associação entre a comida “de casa”, a diversidade alimentar no primeiro ano de vida e o acúmulo de gordura no corpo. Os pesquisadores acompanharam 132 lactentes que recebiam alimentação complementar e as avaliaram aos 3, 6, 9, 12 e 36 meses de vida, tendo observadas a quantidade de massa gorda e de massa magra dentro do seu peso total. Ao final, a quantidade de nutrientes que os bebês ingeriram não mudou muito, mas o grupo que recebeu papinha “de casa” ficou menos gordinho que o que recebeu a papinha comercial.

— A criança vê os pais na cozinha, sente o cheiro, a comida não fica nunca igual. O bebê precisa ter no seu prato características que são únicas de cada família, fazem parte da cultura daquela casa — explica. — Ninguém precisa ficar escravo, mas, quando chega uma criança, da mesma maneira que os pais se preparam para dar banho, trocar fralda, é preciso que tenham um olhar para a alimentação a ser feita em casa. Isso vai ser uma vez por semana? Já é um passo inicial para não perder a sua marca, uma herança que passa de geração para geração e que precisa ser praticada. Não precisa fazer nada complicado, pode ser uma comida simples.

Para não perder o gás, Fruki lança energético

Nova bebida da empresa de Lajeado é vendida em RS e SC

15/05/2017 – 05h01min | Atualizada em 15/05/2017 – 05h01min

Para não perder o gás, a gaúcha Fruki aposta no mercado de energéticos. Lança nesta segunda-feira (15) o Elev Energy Drink, disponível em pontos de venda no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Com parque industrial de 25 mil metros quadrados em Lajeado, a fabricante de refrigerantes promete outras novidades, mas evita detalhes.

O que informa são os R$ 80 milhões do investimento inicial na unidade de Paverama, com previsão de abertura até 2020. No local, serão produzidos sucos e chás, além de bebidas energéticas e funcionais. A conclusão da segunda fase do projeto, que prevê fabricação de cerveja, é estimada para 2025.

Além da estrutura em Lajeado, a Fruki tem centros de distribuição em Canoas, Pelotas, Caxias do Sul e Santo Ângelo. A capacidade de produção é de até 420 milhões de litros de bebidas por ano.

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