Maricota vai ampliar presença no Canadá

Com fábrica instalada em Luz, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, a indústria de alimentos Maricota vive um momento de expansão em pleno período de crise econômica. Especializada em pratos e lanches congelados, a empresa está ampliando a atuação no Canadá, por meio de uma reestruturação de estratégia, adequando a receita mineira do pão de queijo ao paladar do canadense. Além disso, está investindo R$ 2,5 milhões no aumento da planta industrial e na implementação de uma nova linha de alimentos: empanados e espetos de carne.

O diretor comercial da Maricota, Ronaldo Evelande de Oliveira, um dos fundadores da empresa, destaca que a empresa segue crescendo, mesmo em um cenário de retração da economia. Segundo ele, os negócios saltaram 12% em 2016 em relação a 2015, alcançando faturamento de R$ 128 milhões. A expectativa é de que a receita avance mais de 17% este ano, na comparação com 2016, indo a R$ 150 milhões. "A Maricota continuou crescendo porque tem atuação forte tanto no mercado interno quanto no externo. Além disso, boa parte da receita é garantida pela terceirização de produção. Fabricamos produtos para grandes redes de supermercados", explica.

De acordo com Oliveira, a marca já está presente em diversos países, como Estados Unidos, Coreia, Dubai, Arábia Saudita, Peru, Angola, Espanha e França. A chegada ao mercado canadense é recente: a Maricota começou a exportar pão de queijo para o país no fim de 2015. Mas, apesar do pouco tempo no Canadá, o mercado apresentou oportunidades que despertaram na indústria mineira o interesse em investir mais.

No ano passado, a Maricota realizou uma pesquisa de mercado no país para entender melhor o perfil dos consumidores. Os resultados acabaram direcionando a empresa a duas principais mudanças: embalagem e receita do produto. "O canadense tem uma preocupação maior com a saúde, então adicionamos à receita um queijo mais maturado e reduzimos a quantidade de sódio. A gordura utilizada também foi modificada: em vez de ser hidrogenada, como no Brasil, é gordura de palma, mais saudável", explica.

A embalagem, por sua vez, ficou com uma melhor apresentação, incluiu uma quantidade maior de informações sobre a composição do produto e ficou mais prática com um dispositivo para abrir e fechar. Oliveira garante que as mudanças já estão trazendo resultados: entre agosto do ano passado e abril deste ano as vendas cresceram 40% em relação a agosto de 2015 e abril de 2016. O resultado positivo deve abrir portas para a comercialização de outros produtos no Canadá, como a chipa (biscoito de queijo), a broa e o pão de queijo sem lactose.

Além da expansão no mercado externo, a Maricota também planeja crescimento no Brasil. De acordo com o diretor comercial, a empresa está investindo R$ 2,5 milhões na ampliação da planta. A fábrica passará de 9 mil metros quadrados para 12 mil metros quadrados e ganhará um novo espaço de estocagem, frigorífico, além de uma nova linha de alimentos, com capacidade de produção de 360 toneladas por mês. "Vamos começar a produzir empanados e espetos de carne. A ideia surgiu a partir da demanda de um cliente e entendemos que era um bom mercado a ser explorado", explica. Segundo o executivo, as obras de ampliação já começaram e a expectativa é de que a nova linha seja inaugurada em outubro deste ano.

Fonte: Diário do Comércio de Minas

M. Dias Branco Foca em Adria

Adria Recebe Investimentos da M. Dias Branco

08/05/2017

A fabricante de massas e biscoitos, dona de marcas como Adria, Isabella e Richester, anuncia que seus investimentos para 2017 serão focados, principalmente, em potencializar a marca Adria no Brasil. "Nossa intenção é potencializar a marca que já possui níveis de lembrança espontânea de até 90% só no Estado de São Paulo", afirma Martim Ibrahim Bernardara, diretor corporativo de marketing da empresa, em entrevista exclusiva ao jornal Giro News. Segundo ele, a principal aposta deste ano é a nova linha de biscoitos integrais da marca, chamada de Adria Plus Life. "A companhia conta com várias marcas fortes, mas entendemos que a Plus Life tinha maior probabilidade de vencer no mercado com a marca Adria. É uma linha que usamos metodologia de gerenciamento de categorias para escolher qual o portfólio, por isso, apesar de não sermos os primeiros a lançar, nós estamos trazendo para o consumidor e, consequentemente, para o supermercadista o que ele está realmente vendendo e consumindo no dia a dia. São produtos mais leves, com grãos, adição de fibras, adição de vitaminas.", ressalta Martim.

Reformulação das Embalagens e Ativações no PDV
O diretor informou, ainda, que a segunda aposta para este ano é a reformulação das embalagens de Adria. "Nós reformulamos o logo e trouxemos um tom mais nobre para as embalagens atendendo aos pedidos dos consumidores. Além disso, criamos uma estratégia de paredão azul. A ideia é de ajudar o consumidor a identificar os produtos da marca Adria quando passar pelo corredor de um supermercado. Todas essas ferramentas devem dobrar e até triplicar as intenções de compra da marca.", conta Martim Ibrahim. Para o lançamento da linha Plus Life, a companhia vai investir em PDV com materiais exclusivos e degustação de produto. "A Adria é uma marca focada na região sudeste e essa distribuição será nacional a partir do segundo semestre. A ideia é que Adria Plus Life seja um resgate da nacionalização da marca.", conclui.

Outras Novidades para 2017
Além da nova linha de biscoitos integrais Adria Plus Life, que conta com biscoitos doces, salgados e cookies, a marca conta com uma grande novidade: o Bits de Cereais, snacks feitos com flocos de arroz integral adicionados de frutas e castanhas. De acordo com Ibrahim, o produto tem formato inédito de "esferas" é uma inovação na categoria de snaks no Brasil. Todos os produtos têm opções de embalagens em porções individuais. Além da nova linha, a M. Dias Branco traz extensões de linhas de outras marcas, como Isabela e Vitarella. Em Isabela, a marca amplia seu mix de biscoitos doces e lança quatro novos produtos: Wafer Leite, Triwafer nos sabores Chocolate e Coco e Chocowaffer. Os produtos são oferecidos em embalagens individuais de 20g. Já em Vitarela, a linha de biscoitos Cracker, Maria, Maizena e Wafer da Vitarella ganharam novas embalagens, mais modernas e elaboradas, que intensificam o 'appetite appeal', dando maior destaque ao 'in-natura'.

Ambev investe R$ 1,5 milhão para facilitar troca de garrafas retornáveis

08/05/2017

A cervejaria Ambev acaba de investir R$ 1,5 milhão no desenvolvimento de uma máquina própria de coleta de garrafas retornáveis, o que vai facilitar ainda mais a troca desses vasilhames para os consumidores. O investimento na tecnologia, que antes era importada, vai gerar uma economia de até 70% nos custos logísticos dessa operação. Com isso, a Ambev vai aumentar ainda mais a presença das máquinas nas ruas. Hoje, a companhia já conta com cerca de 900 equipamentos em supermercados de todo o país. Até o final de 2017, mais 500 máquinas estarão disponíveis nas principais capitais do Brasil.

As máquinas de coleta permitem a troca das garrafas de vidro de maneira simples e prática: depois de comprar o primeiro vasilhame, o consumidor só precisa levar o casco vazio até a máquina e, assim, retirar um ticket de desconto para a compra de um outro retornável. A economia com essas garrafas pode chegar até 30%, já que, após a primeira compra, o cliente não paga por uma nova embalagem. Ou seja, com a retornável o consumidor economiza no preço da cerveja e ainda gera menos impacto no meio ambiente.

A Ambev também investiu no desenvolvimento de uma cesta, para facilitar o transporte durante a troca dos vasilhames. A ideia surgiu depois de uma pesquisa encomendada pela cervejaria indicar que dentre os consumidores que ainda não optam pela garrafa retornável no supermercado, 35% pontuam justamente a dificuldade na hora do transporte. A cesta ajuda o consumidor a reunir os seus cascos, trocar na máquina e levar novas cervejas para casa de um jeito ainda mais fácil. Os consumidores poderão adquirir suas cestinhas em grandes redes varejistas, como o Carrefour.

Essa mesma pesquisa mostrou ainda que 70% dos entrevistados já perceberam que as retornáveis são a opção mais barata e 21% consome esse tipo de vasilhame por enxergar suas vantagens sustentáveis. Esse resultado mostra que a ampliação da oferta de garrafas de vidro retornáveis é uma estratégia que tem dado certo.

No ano passado, a venda de cervejas da Ambev nessas embalagens cresceu 64% nos supermercados. Hoje, uma em cada quatro garrafas comercializadas pela cervejaria neste canal já é retornável. Por isso, a companhia continua investindo em processos que facilitem a troca e o transporte desses vasilhames e também na ampliação de seu portfólio, com a aposta nas minirretornáveis, as garrafinhas de 300 ml. Esse formato, que já contava com as marcas Skol, Brahma e Antarctica, ganhou agora mais um reforço: o consumidor já pode encontrar nos supermercados a nova Bohemia na versão mini.

Máquina Cohn & Wolfe

Cervejaria Pratinha é destaque em evento internacional de cervejas nos Estados Unidos

Segunda, 08 Maio 2017 14:47 Escrito por Fonte Assessoria de Imprensa

A Cervejaria Pratinha, com sede em Ribeirão Preto (SP), foi a única do país a ser case na 34ª Craft Brewers Conference (CBC 2017) & BrewExpo America, realizada em Washington, nos Estados Unidos, entre 10 e 13 de a abril. Seu projeto de realidade aumentada, que permite, por meio de um aplicativo de celular, “dar vida” aos porta-copos da Pratinha, chamou atenção de milhares de visitantes durante o evento, um dos maiores do mundo do setor cervejeiro, que reuniu 12 mil participantes e 800 expositores.

A tecnologia foi desenvolvida pela multinacional Daruma Tech a partir de uma demanda da Omni Labs, responsável pela criação de todo o layout e conteúdo do aplicativo da Cervejaria Pratinha, que pode ser baixado tanto na Apple Store quanto no Play Store (Android). Ao abrir o tópico “Realidade Aumentada”, basta colocar o porta-copo na tela, como se fosse tirar uma foto, para ver os desenhos em movimento.

Durante o evento, o diretor da Cervejaria Pratinha, José Virgílio Braghetto, encontrou-se com o presidente da Brewers Association, Charlie Papazianm, um dos maiores conhecedores do mundo em cervejas caseiras e artesanais.

Pioneirismo e tecnologia

Essas duas palavras estão no DNA da Cervejaria Pratinha, que tem, entre suas missões, testar protótipos e desenvolver técnicas e tecnologia em um processo um contínuo de inovação. Como resultado deste trabalho, a empresa é uma das poucas no país a ter uma centrífuga que substitui o filtro utilizado normalmente para deixar a cerveja cristalina. “O processo da centrífuga irá retirar as partículas em suspensão: malte, lúpulo e até fermento. Assim, a pasteurização poderá ser mais branda, já que não haverá tantas leveduras ainda na cerveja. Algumas cervejarias já usam centrífugas, mas seremos uma das primeiras a utilizá-la antes de mandar a cerveja para o tanque, onde haverá a fermentação e a maturação, e também depois da passagem pelo tanque, o que deixará a cerveja ainda mais cristalina”, explica Braghetto. Este equipamento é alemão, de uma empresa subsidiária da Mercedes Benz.

Sobre a Pratinha

Sediada em Ribeirão Preto (SP), a Cervejaria Pratinha conta com 11 receitas principais divididas em três grupos: lagers, com Vienna, Octoberfest e Rauchbier; as apelidadas de série do lobo, Wild IPA, Scotch Ale e uma Porter envelhecida (subtipo da Scotch Ale); e o terceiro grupo, mais diverso, com Trippel, WitBier, Weizenbock, Flanders e Saison. Destas, algumas estarão sempre presentes em linha e outras serão sazonais, principalmente devido ao tempo de maturação.

Idealizada pelo empresário José Virgílio Braghetto, nasceu da curiosidade e do interesse dele pelo assunto ainda na década de 90 quando passou uma temporada fora do Brasil, mais especificamente da Dinamarca, quando foi apresentado ao mundo das cervejas especiais. De volta ao Brasil, o empresário criou um portal para o mercado cervejeiro chamado República da Cerveja, o primeiro do gênero na América Latina. No site oferecia ferramentas on-line para auxiliar cervejeiros, tais como softwares que ajudavam a calcular o amargor da cerveja, a quantidade de álcool e o extrato. Para desenvolvê-lo, porém, precisou aprender alguns conceitos e as fórmulas propriamente ditas.

Com um vasto “background” profissional em tecnologia e inovação, Braghetto desenvolveu diversos aplicativos que o ajudam a fazer a cerveja. Alguns equipamentos hoje utilizados na Pratinha foram inspirados em processos vistos no exterior, especialmente na República Checa, como os tanques de fermentação abertos. No Brasil, com a ajuda de alguns parceiros, o empresário viabilizou a construção da cervejaria baseada em especificações próprias que desejava e com os avanços tecnológicos que queria empregar.

Temperos com alto teor de micotoxina são proibidos pela Anvisa

Pápricas das marcas Kitano e Mestre Cuca deverão ser recolhidas do mercado em todo o país

por Jéssica Lauritzen
08/05/2017 16:33 / Atualizado 08/05/2017 18:05

RIO – A Anvisa proibiu, nesta segunda-feira, a distribuição e comercialização de dois lotes de temperos das marcas Kitano e Mestre Cuca por apresentarem alto teor de micotoxina ocratoxina, formada por espécies de fungos prejudiciais à saúde (Aspergillus e Penicillium).

Em análise, tiveram resultado insatisfatório a páprica de 50g da Kitano (H2L-H6EJ, validade 14/05/17) e a páprica doce de 15g da Mestre Cuca (160815, validade 25/08/17).

As empresas FFAMM Comercial de Alimentos Ltda e General Mills Brasil Alimentos Ltda, responsáveis pelos produtos, deverão recolher o estoque dos lotes indicados que estiverem no mercado. A medida da agência sanitária vale para todo o território nacional.

TJMG: drogaria deve indenizar consumidor

A desembargadora mineira entendeu que existe dano moral ao consumidor levado ao hospital em consequência de mal-estar decorrente de ingestão de remédio vendido equivocadamente

São Paulo – A Justiça de Minas Gerais condenou uma farmácia do Triângulo Mineiro a indenizar um cliente que ingeriu medicamento errado por equívoco do vendedor. A drogaria foi obrigada a pagar mais de R$ 5 mil por danos materiais e morais ao reclamante.

De acordo com os autos, o consumidor foi levado para atendimento médico-hospitalar em consequência de mal-estar decorrente de ingestão de medicamento.

O consumidor pleiteou indenização pela troca ocorrida na venda de um remédio, sugerida pelo farmacêutico, que lhe ocasionou problemas. "Em junho de 2013, o consumidor dirigiu-se ao estabelecimento da drogaria para comprar medicamentos. Quando apresentou o receituário, o profissional ofereceu-lhe o genérico, informando que se trataria da mesma fórmula, com a vantagem do custo inferior", explica, em nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Segundo relato do reclamante, a proposta foi aceita e as anotações de controle foram feitas no receituário. Em casa, o consumidor iniciou o tratamento, de acordo com as ordens médicas, tomou dois comprimidos do medicamento, à tarde e à noite. No entanto, durante a noite ele acordou sentindo-se mal e precisou buscar atendimento médico. Foi constatada a diferença entre o nome do medicamento prescrito e o que foi ingerido. "O paciente foi internado, fez exames, tomou soro e medicamentos e somente recebeu alta na manhã do dia seguinte", relatou à juíza.

Em sua defesa, a drogaria do alegou que a troca de medicamentos decorreu de erro humano e salientou que, no dia seguinte à venda, o equívoco foi percebido e o profissional que atendeu o cliente imediatamente entrou em contato para alertá-lo sobre o ocorrido.

Decisão

Porém, a juíza da 9ª Vara Cível da comarca de Uberlândia (MG), Maria das Graças Rocha Santos, não aceitou o argumento e fixou o valor da indenização em R$ 5 mil pelos danos morais e o ressarcimento da compra, correspondente a R$ 63,43. Ela levou em conta que o paciente sofreu reações adversas pela ingestão do medicamento e que o erro configurou conduta imprudente da empresa. Além disso, a magistrada ponderou que o paciente, por ser leigo, não tinha como avaliar se a recomendação era correta e acreditou na competência do farmacêutico.

"Tal valor, a despeito de não reparar o dano sofrido, é capaz de proporcionar ao autor um certo conforto, não importando em seu enriquecimento indevido e nem mesmo em empobrecimento da ré", acrescentou a juíza.

Ambas as partes recorreram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O consumidor solicitou o aumento da indenização e a drogaria requereu que a causa fosse julgada improcedente quanto aos danos morais.

A relatora dos recursos, desembargadora Juliana Campos Horta, rejeitou os dois pedidos. "Ela entendeu que o valor fixado como indenização por danos morais era razoável e não merecia modificação", conforme nota à imprensa.

Os desembargadores da 12ª Câmara Cível do TJMG José Geraldo Saldanha da Fonseca e Geraldo Domingos Coelho seguiram o entendimento da relatora, por unanimidade.

Da redação

Aqui tinha Farmácia Popular, por Rafael da Silva Barbosa

Brasil Debate

seg, 08/05/2017 – 15:34
Atualizado em 08/05/2017 – 15:55

Nova política para o programa acaba com o financiamento do Ministério da Saúde às unidades próprias. Em São Paulo, numa prévia do que deve acontecer no país, o prefeito anunciou o fechamento dos estabelecimentos e a reação da população levou à suspensão da medida

do Brasil Debate
por Rafael da Silva Barbosa

Grande parte dos tratamentos de saúde necessita de medicamentos para alcançar o estado da cura ou melhorar a condição de vida dos pacientes. Em diversos casos, o medicamento é único meio pelo qual parte das pessoas consegue viver sem maiores complicações. A hipertensão e a diabetes, que acometem um percentual não desprezível da população brasileira, são os exemplos mais comuns do grau de dependência farmacológico, mas existem aqueles em que a ausência do produto é indispensável, como: osteoporose, Parkinson e glaucoma. Em curto prazo e se não tratadas essas doenças podem evoluir mais rapidamente para o quadro grave, mudando o estágio epidemiológico dos usuários. Por isso, a disponibilidade dos medicamentos desempenha papel vital no desenvolvimento da proteção à saúde.

Em abril de 2004, com vistas a garantir o acesso aos medicamentos que mais atingem a população, foi criado o Programa Farmácia Popular do Brasil por meio da Lei de 10.858. Operacionalmente, o programa autorizou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a disponibilizar medicamentos mediante ressarcimento e proporcionou a oferta de remédios com desconto de até 90%. As adequações da política seguiram ano após ano e algumas, embora tenham se mostrado importantes, ao mesmo tempo fragilizaram a sua concepção. Este foi o caso da expansão dos serviços segundo a lógica privada. Em 2006, o setor privado ingressa ao programa e o acesso aos medicamentos, antes realizado exclusivamente pela rede própria das farmácias populares passa, agora, a contar com a rede privada na modalidade “Aqui Tem Farmácia Popular”. A abertura praticamente estancou a expansão pública.

Apesar disso, outras medidas reforçaram expressivamente o aspecto vital da presença pública na área. Nos anos posteriores foram incorporados ao rol dos itens do Farmácia Popular os contraceptivos, medicamentos para Gripe (H1N1), Insulina Regular, novos medicamentos para hipertensão e diabetes, a inclusão da Sinvastatina, osteoporose, rinite, asma, Parkinson, glaucoma e, para a incontinência urinária para idosos, também as fraldas geriátricas. A mais notável das mudanças do Farmácia Popular ocorreu no ano de 2011, quando três medicamentos voltados ao tratamento da asma passaram a ser disponibilizados de forma totalmente gratuita.

Entretanto, as atuais alterações na política podem retroceder a acessibilidade, isto porque, no início de 2017, o Ministério da Saúde emitiu uma nota sobre o funcionamento das unidades próprias do Programa Farmácia Popular do Brasil, e ficou determinado o fim do financiamento do Ministério da Saúde para as 393 unidades próprias do programa Farmácia Popular a partir da competência de maio de 2017.

Dessa forma, a existência do estabelecimento dependerá da capacidade financeira dos entes federados em assumir os custos. De acordo com a nota, a despesa atribuída à manutenção da capacidade instalada própria, de R$ 100 milhões, será canalizada para compra dos medicamentos, pois esse valor representa 80% dos gastos do programa. Ademais, ainda segundo a nota, esse valor estará garantido por meio da lógica do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, segundo a qual os estados e municípios poderão definir quais princípios ativos adquirir e disponibilizá-los a partir dos postos de saúde.

Ao que tudo indica, essa mudança pode gerar algumas consequências não desejáveis. A primeira delas diz respeito à gestão da política, à perda de coordenação com o fim da definição dos medicamentos pelo governo central, que reduz o olhar mais estrutural e amplo do programa. Ao transferir a responsabilidade da gestão para os estados e municípios, a descentralização flexibilizada pode ter sido acima do apropriado, retirando a obrigatoriedade de uma tabela predefinida para os medicamentos. Isto sem mencionar que a desvinculação dos repasses compromete a existência dos estabelecimentos próprios, e são exatamente estes os principais responsáveis pela oferta de 112 itens no Programa Farmácia Popular, disponibilizando um quantitativo de 87 itens a mais do que a rede privada, com no máximo 25 itens ofertados. Ou seja, a transição entre a rede pública e privada não está clara.

Em segundo lugar, para uma nação como o Brasil, de dimensão e economia relevante, o número de 393 estabelecimentos próprios é um quantitativo insuficiente e passível de ser expandido. Logo, não parece ser a composição do gasto o maior desafio do programa, a participação de 80% com manutenção dos estabelecimentos “versus” 20% com medicamentos revela outra perspectiva, a de que a magnitude dos recursos é ínfima frente a grandeza do país e da sua população.

Nesse sentido, existem dúvidas sobre a linearidade no processo de realocação dos recursos, os riscos atrelados ao abastecimento e se o acesso aos principais medicamentos é factível. A dissolução da capacidade própria pode afetar significativamente a população mais vulnerável. Em um cenário de crise, a situação é ainda mais crítica, a estrutura ocupacional poderá agravar o quadro.

Conforme tabela 1, hoje, a população economicamente ativa (PEA) que demanda o Farmácia Popular e assegura estabilidade social aos seus dependentes dentro da população inativa futuramente necessitará muito mais do programa, dado que uma parte dela se descolocará ao estrato dos desocupados, caso a crise não seja revertida.

As zonas urbanas serão as primeiras a sofrer com o aumento da demanda, porque, em média, os problemas laborais surtem efeitos diretos no estado de saúde dos trabalhadores. Os espaços urbanos, onde se aglomeram os maiores contingentes humanos, terão de enfrentar as pressões com a queda da qualidade de vida. E a locomoção intra-urbana, cada vez mais, surgirá como fator restritivo para o acesso aos cuidados de saúde. Nos últimos anos, o transporte vem ganhando maior peso no orçamento das famílias, principalmente nos estratos inferiores de renda, com aproximadamente 18% (Pesquisa de Orçamento Familiar – 2009). Isto significa que os custos indiretos da saúde estão em trajetória ascendente e podem dificultar o acesso da população aos pontos de saúde mais distantes das suas respectivas residências.

A ausência da capacidade instalada é temerosa e o impacto pode ser rapidamente percebido. Neste quesito, novamente, a cidade de São Paulo protagonizou uma prévia do que deve acontecer no país. Num movimento brusco, o atual prefeito sugeriu o fechamento dos estabelecimentos próprios do Farmácia Popular. A reação da população foi quase que instantânea nas regiões periféricas da cidade e levou o gestor municipal a suspender a medida. E é compreensível essa reação. Ao analisar o mapa 2, fica evidente o baixo nível quantitativo das farmácias populares na cidade e região metropolitana, todavia essas são fundamentais para o acesso da população. A cobertura das unidades próprias está voltada exatamente para os locais de menor renda média domiciliar, garantindo, mesmo que de forma limitada, o acesso as comunidades mais vulneráveis.

Rafael da Silva Barbosa – Economista e doutorando em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp. É colunista do Brasil Debate

Drogaria São Paulo seleciona profissionais em Osasco, Carapicuíba e Cotia

Maio de 2017 – A Drogaria São Paulo está com três vagas abertas para o Centro de Distribuição da rede em Osasco, grande São Paulo. As oportunidades são para pintor e técnico de manutenção. A empresa pede o Ensino Fundamental completo, experiência mínima de 1 ano nas funções e disponibilidade de horário de segunda à sábado, de manhã ou a tarde. Para o cargo de Técnico de Manutenção a empresa solicita curso técnico em mecânica ou eletrônica, além dos certificados NR 35 e NR 10. As inscrições podem ser efetuadas até o próximo dia 10 de maio via e-mail: recrutamento.osasco@dpsp.com.br.

FICHA TÉCNICA

Vagas abertas: 1 vaga Pintor; 2 Vagas Técnico de Manutenção.

Endereço CD Osasco: Av. Victor Civita, 800 Jd, Santa Maria Osasco (Raposo Tavares, 800 KM 20)

Início imediato

Exigências:
Pintor: Ensino Fundamental completo

Técnico de Manutenção: Curso Técnico em Mecânica ou Eletrônica. Cursos de: NR 35 e NR 10.

Experiência mínima de 1 ano ambas as vagas

Disponibilidade:
Segunda a sábado, disponibilidade de horário para manhã ou tarde.

Quatro pontos positivos para o mercado farmacêutico

Setor está confiante para 2017

A economia brasileira está começando a reagir. Aproveitando o início do bom momento, o setor farmacêutico começa a pensar em projetos de expansão. O Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) levantou quatro perspectivas positivas para 2017 em relação à produção, vendas e geração de empregos:

1 – Aumento de dois dígitos e expectativa de novas contratações

O segmento farmacêutico tem sido um ponto fora da curva, já que apresenta bons resultados independente da crise financeira brasileira. Para 2017, o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, a indústria farmacêutica espera que a equipe econômica do governo consiga melhorar o cenário, diminuindo taxa de juros e ajudando a retomada do consumo.

“Se isto se confirmar, projeta-se um crescimento de 10% do mercado de medicamentos neste ano. Há ainda outro aspecto que gera otimismo. Com o dólar a R$ 3,20 o Brasil é atrativo para as multinacionais. Esse dado, somado à estabilidade da economia, cria um ambiente favorável para a retomada de investimentos, tanto de empreendedores locais quanto de players internacionais”, assinala.

Além disso, as empresas do setor têm conseguido manter e até aumentar as ofertas de empregos. “Em meio à crise, o setor deu sua contribuição ao País. Num contexto de desemprego elevado e generalizado, ter contribuído para preservar e até aumentar postos de trabalho é auspicioso”, afirma Mussolini.

2 – Novos investimentos

Os laboratórios prevêem expandir suas atividades ao longo do ano. “Existem investimentos e planos de expansão em andamento, especialmente pelo fato de o País ter a quinta maior população do mundo, estar passando por uma importante mudança demográfica, com o envelhecimento da população e ter uma parcela da demanda ainda não suficientemente atendida”, observa o diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo.

O Teuto, por exemplo, prevê o lançamento de 250 novos produtos nos próximos anos, resultado de investimentos de R$ 200 milhões nos últimos anos. Já a Roche Farmacêutica está investindo R$ 300 milhões até 2020 em sua fábrica no Rio de Janeiro.

3 – Varejo não quer pensar em retração

As farmácias têm mantido ritmo de vendas, principalmente por causa da aquisição de medicamentos e pelo cliente não frear totalmente as suas compras. “O consumidor resiste mais em cortar produtos de uso pessoal. Ele pode até reduzir a compra, mas não elimina”, afirma o presidente do Provar-FIA e do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), Cláudio Felisoni de Angelo.

E não somente a conveniência em produtos tem um consumo, mas o nascimento do centro de conveniência em serviços de saúde. Os consultórios farmacêuticos começam a ser uma realidade nas grandes redes.

4 – Projetos de expansão

Assim como a indústria, as farmácias também estão com planos de aumentar suas redes. “Demos continuidade ao plano de expansão da rede, investindo R$ 150 milhões principalmente na abertura de novas unidades. Com um ritmo de abertura de uma loja a cada três dias, somamos mais de 930 unidades em cerca de 320 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal. Mantivemos firmes a nossa meta de chegar a mil pontos de venda em 2017”, exemplifica o diretor de expansão e novos negócios das Farmácias Pague Menos, Carlos Henrique de Queirós.

A Raia Drogasil revela que tem um plano de expansão forte para 2017, com uma projeção de abertura de 200 lojas por ano, meta atingida no passado. “O ponto mais importante na trajetória de crescimento da Raia Drogasil tem sido o foco em entender as necessidades dos clientes. Respeitamos as características regionais e estamos sempre observando as transformações sociais que ocorrem no País”, confirma o vice-presidente de Relações Institucionais da Raia Drogasil, Antonio Carlos de Freitas.

Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma)

Por remédios, ABC pede apoio estadual

08 de Maio de 2017

Após meses de discussões para descentralizar a distribuição de remédios de alto custo na região, os sete munícipios do ABC apresentarão propostas à Secretaria Estadual de Saúde pedindo apoio financeiro. A data para a reunião entre as duas partes, no entanto, não foi definida.

Atualmente, a distribuição dos remédios de alto custo está concentrada no hospital Mário Covas, de Santo André. A proposta principal a ser apresentada é fundamentada em uma logística mensal. Os municípios receberiam os medicamentos em centros de distribuição localizados em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá (esta faria o repasse a Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).

Para isso, os sete municípios solicitam subsídio estadual, a fim de custear despesas de armazenagem, logística e segurança.

"Queremos a transferência do custeio para a logística de distribuição, incluindo questões como espaço refrigerado para armazenamento, segurança e mão de obra. Nós entendemos que o Estado deve fazer a transferência deste custo", explicou Orlando Morando, prefeito de São Bernardo.

Além disso, há também outra proposta, porém com uma logística diária. Nela, baseia-se a ideia de que cada cidade se encarregaria da entrega individualizada aos cidadãos. Cada município receberia pacotes de medicamentos provenientes da central de distribuição do Estado, e eles seriam separados por pacientes.

"A condição de distribuição não é adequada. Há demora na entrega. Como há um custo envolvido, precisamos do apoio do Estado", frisou Morando.