Anvisa aprova o uso de Votrient® (cloridrato de pazopanibe), da Novartis, para tratamento de sarcoma de partes moles

Quarta, 03 Maio 2017 14:25 Escrito por Caroline Ferreira

A aprovação considerou os dados do estudo PALETTE, onde o uso de pazopanibe triplicou a sobrevida livre de progressão em comparação ao uso do placebo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 27 de março de 2017 o uso do medicamento Votrient® (cloridrato de pazopanibe) para tratamento de pacientes adultos com subtipos específicos de sarcoma de partes moles (STS) avançado, que receberam quimioterapia prévia para doença metastática ou que tenham progredido dentro de 12 meses após a terapia neoadjuvante ou adjuvante.

O medicamento já estava disponível no Brasil para o tratamento de pacientes com carcinoma de células renais (RCC) desde 2011.

Comercializado pela farmacêutica suíça Novartis, Votrient® representa uma nova opção terapêutica para o tratamento do sarcoma de partes moles conforme indicação descrita na bula.

A aprovação de Votrient® ocorreu com base nos resultados do PALETTE, um estudo de Fase III, duplo cego, randomizado, que analisou o uso de pazopanibe em comparação a placebo em pacientes com sarcoma de partes moles que progrediram durante ou após quimioterapia. Os pacientes tratados com Votrient® apresentaram 65%¹ de redução do risco de progressão da doença em comparação ao placebo, alcançando uma sobrevida livre de progressão de 20 semanas (versus 7 semanas do placebo)¹.

A mediana de sobrevida global (em meses) também se mostrou superior nos pacientes que fizeram uso do pazopanibe: 12,5 (95% Cl 10,6-14,8), versus 10,7 (95% Cl 8,7-12,8) daqueles que tomaram o placebo¹. Por fim, o estudo mostrou que o pazopanibe é uma nova opção de tratamento para pacientes com sarcoma de tecido mole não adipocítico metastático após quimioterapia prévia.

Votrient® está aprovado para o tratamento de pacientes com sarcoma de partes moles avançado em mais de 40 países mundialmente, incluindo Europa, EUA e Japão. A indicação também foi aprovada em vários países da América Latina, como Equador, Chile, Guatemala, El Salvador, Panamá, Honduras e Costa Rica.

Sobre o sarcoma de partes moles

Os sarcomas de partes moles são tumores que acometem músculos, gordura, tendões e nervos periféricos, correspondendo a 80% de todos os sarcomas. Eles se originam a partir da célula mesenquimal primitiva, um tipo de célula-tronco presente em todo o organismo. Ao sofrer uma alteração, essa célula reproduz algum componente atípico, provocando o surgimento de tumores como lipossarcoma (tumor da gordura); rabdomiossarcoma (tumor do músculo estriado) e leiomiossarcoma (tumor da fibra muscular lisa). Existem mais de 50 tipos de tumores catalogados sob a nomenclatura de Sarcomas de Partes Moles, que podem surgir em qualquer parte do organismo, sendo que 60% dos casos acometam os membros inferiores e superiores². Os sarcomas de partes moles são considerados raros, representando menos de 1% de todos os cânceres diagnosticados. No Brasil, estimativas indicam a incidência de 7.500 novos casos por ano³.

Sobre a Novartis

A Novartis oferece soluções inovadoras de cuidados com a saúde que atendem às necessidades em constante mudança dos pacientes e da população. Com sede em Basileia, na Suíça, a Novartis oferece um diversificado portfólio para atender estas demandas: medicamentos inovadores, cuidados com os olhos e medicamentos genéricos. Novartis é a única empresa global com posições de liderança nessas áreas. Em 2015, as operações do Grupo atingiram vendas líquidas de US$ 49,4 bilhões, enquanto cerca de US$ 8,9 bilhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento (US$ 8,7 bilhões excluindo encargos de depreciação e amortização). As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 118.000 colaboradores e seus produtos estão presentes em mais de 180 países ao redor do mundo. Para mais informações, acesse www.novartis.com.br

Referências

1. GlaxoSmithKline. Data on File. Study VEG110727. 2011. Disponível em www.gsk-clinicalstudyregister.com. Último acesso em março de 2017.

2. American Cancer Society, Soft Tissue Sarcoma. Disponível em www.cancer.org/cancer/soft-tissue-sarcoma.html. Último acesso em março de 2017.

3. A.C.Camargo Cancer Center, Tudo sobre o câncer – sarcoma de partes moles. Disponível em www.accamargo.org.br/tudo-sobre-o-cancer/sarcomas-de-partes-moles/37/. Último acesso em março de 2017.

Anvisa tem registro recorde de medicamentos

Agência concedeu 882 registros de medicamentos em 2016, enquanto em 2014 foram 366 registros.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 03/05/2017 16:31
Última Modificação: 03/05/2017 17:39

Em três anos, a Anvisa mais que dobrou o número de registros de medicamentos e produtos biológicos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs). No ano passado, 2016, a Agência concedeu 882 registros, contra 366 no ano de 2014. A agilização da análise desses produtos manteve um ritmo constante, com 773 novos produtos registrados em 2015.

Os dados sobre registros de medicamentos e de produtos biológicos e de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) estão publicados no Relatório de Atividades da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa.

A Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) é a área da Anvisa responsável por insumos farmacêuticos ativos, medicamentos, produtos biológicos, sangue, tecidos, células e órgãos, pela anuência prévia nos pedidos de patentes de produtos e processos farmacêuticos e pela coordenação das atividades da Comissão da Farmacopeia Brasileira.
Tecnologia

Do ponto de vista da inovação e da tecnologia aplicada à saúde, entre os registros concedidos pela Anvisa nas categorias medicamentos novos, produtos biológicos novos e radiofármacos destacam-se 15 (quinze) produtos destinados ao tratamento de pacientes com câncer. Ou seja, para esta doença tão desafiadora foram desenvolvidos 40% dos novos medicamentos autorizados pela Anvisa em 2016.

Ainda no campo da inovação, na categoria dos medicamentos genéricos, 28 deles foram produzidos com substâncias ativas inéditas.
Fila de registro

Outro dado positivo foi a atuação da Anvisa na avaliação de solicitações de priorização de análise.

A priorização de análise é um instrumento regulatório que possibilita a redução drástica do tempo de fila e reduz o prazo necessário para a avaliação de petições de interesse público. No ano de 2016 foram avaliadas 428 solicitações de priorização de análise, das quais 266, ou seja, 62% foram deferidas pela Anvisa.

A revisão dos critérios de priorização, realizada em 2014, aumentou o escopo das petições priorizadas e tem impactado a capacidade da área de Medicamentos da Anvisa em atender petições não priorizadas.
Painel

Junto com o Relatório de Atividades da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, a área publicou um painel contendo outros dados e comparações com anos anteriores. O painel destaca o crescente número de ensaios clínicos autorizados no Brasil, de usos compassivos autorizados e de anuência em patentes.
Atendimento

De acordo com os números apresentados no Relatório também houve uma melhoria sensível nos atendimentos realizados pela Gerência-Geral de Medicamentos por meio dos canais de comunicação da Anvisa com a sociedade, Anvisa Atende e Ouvidoria, com 97% dos atendimentos dentro do prazo legal.

A área de Medicamentos respondeu a 21.094 demandas do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), em 2016. O Sistema e-SIC recebe questionamentos da população sobre órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.

Quanto ao atendimento presencial ao setor regulado, a Gerência-Geral de Medicamentos (GGMED) realizou 814 agendamentos no parlatório da Anvisa em 2016.

O Relatório traz, ainda, a apresentação dos principais desafios e perspectivas para o ano de 2017.

GPA vai fazer ajustes no Pão de Açúcar

– 02/05/2017

Depois de reformular os hipermercados, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) vai fazer mudanças nas redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra neste ano, que precisam recuperar ritmo de crescimento.

Nas próximas semanas, o GPA deve aprovar um investimento para reformar as lojas dos supermercados Pão de Açúcar (são 185 hoje), considerado o negócio com a maior rentabilidade do grupo.

"Nós priorizamos o hipermercado [Extra] nos últimos tempos. No plano aprovado para este ano fizemos um diagnóstico de Extra [supermercado] e Pão de Açúcar com medidas que devem ser tomadas nessas redes", disse o presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, ao jornal Valor Econômico.

Enquanto os hipermercados Extra recuperaram vendas pelo critério "mesmas lojas" (que compara o desempenho de pontos em operação há mais de 12 meses) e participação de mercado neste ano, a empresa verificou que o Pão de Açúcar apresentou um desempenho "significativamente afetado pela desaceleração da inflação no período".

Relatório do Morgan Stanley ressaltou o aumento de 2% nas vendas "mesmas lojas" de janeiro a março das redes Extra e Pão de Açúcar, além de postos de combustível, drogarias e galerias. Segundo o banco, os Supermercados Extra apuraram alta de 1% em vendas. O analista estima que o índice tenha sido negativo no Pão de Açúcar e nos minimercados a corretora Brasil Plural também estima queda.

Parte das ações do grupo agora será focada em melhora de nível de serviço dos supermercados. No Pão de Açúcar, por exemplo, a formação de filas é vista como ponto fraco. Por isso, funcionários de outros setores estão sendo treinados para fazer o atendimento em caixa quando necessário. Hoje 28% do pessoal nas lojas da rede está apto para essa atividade e a ideia é elevar esse percentual para 60%.

Nos supermercados Extra, após ouvir a opinião de clientes, o grupo decidiu reinstalar as áreas de peixaria, que tinham sido retiradas por não apresentar rentabilidade. A empresa ainda deve gastar R$ 1 milhão para comprar novos carrinhos de compra, semelhantes aos que existem na lojas do grupo controlador, Casino, na Europa.

Na sextafeira, houve teleconferência com analistas sobre os números do primeiro trimestre, e relatórios de bancos publicados ressaltaram melhora em margens e no lucro líquido da companhia (braço alimentar) acima do previsto pelo mercado. A empresa ampliou margem comercial sem perder venda. O lucro líquido atingiu R$ 81 milhões de janeiro a março versus perda de R$ 2 milhões em 2016. A margem bruta de Extra e Pão de Açúcar passou de 26,1% para 27,3% e a margem Ebitda, de 4% para 5,6%. As ações do GPA subiram 9,46% na sexta-feira.(Fonte: Jornal Valor Econômico)

Comissão aprova espaço infantil gratuito em shoppings e hipermercados

Publicado por Câmara dos Deputados
há 8 horas

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços aprovou proposta que obriga shoppings e hipermercados a disponibilizar, sem cobrança de taxa, área de lazer com brinquedos para o público infantil de até sete anos de idade.

Ficam fora da regra os estabelecimentos de pequeno porte, ou seja, shoppings com até 19.999 metros quadrados e supermercados com menos de 6 mil metros quadrados. A regra também não vale para hipermercados localizados em shopping centers que já ofereçam o espaço infantil.

Conforme o texto, ao menos um profissional habilitado deverá prestar assistência a cada grupo de até dez crianças, inclusive aquelas com deficiência. O chamado “espaço kids” ficará aberto das 8 às 21 horas, nos dias de atendimento ao público.

ExceçõesO texto aprovado é o substitutivo apresentado pelo deputado Aureo (SD-RJ) ao Projeto de Lei 4906/16, do deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), que trata da obrigatoriedade.

O substitutivo apenas excetua os pequenos shoppings e supermercados da regra. “Para shoppings e mercados menores, o custo de oportunidade do espaço perdido é maior, podendo gerar um impacto desproporcionalmente elevado sobre o negócio”, argumentou o relator.

Oportunidade lucrativa
Por outro lado, Aureo observou que a proposta é uma oportunidade quando se considera que a falta de tempo é uma constante da vida contemporânea.

“As famílias estão ficando menores, o que torna mais difícil para os pais contarem com pessoas de sua confiança para cuidar de seus filhos enquanto realizam as várias atividades diárias. Isso se torna particularmente complicado no momento de ir às compras em shoppings e hipermercados”, afirmou.

Na avaliação do relator, a obrigação pode se tornar lucrativa para os estabelecimentos comerciais, uma vez que o cliente poderá fazer suas compras com mais tranquilidade.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Newton Araújo

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

Missão internacional promove comércio e troca de experiências entre Santa Catarina e Argentina

A missão catarinense a Rosário, na Argentina, aproximou supermercadistas catarinenses dos seus congêneres argentinos. Os representantes de Santa Catarina participaram da Feira Internacional de Alimentação de Rosário (FIAR). Além de oportunidades de negócios, a missão contribuiu para a troca de experiências com a Câmara de Supermercados de Rosário e Região.

Durante a FIAR, os supermercadistas catarinenses fizeram os primeiros contatos comerciais com os potenciais fornecedores de alimentos e bebidas industrializados da Argentina. “Foi uma ótima oportunidade para os varejistas de Santa Catarina conhecerem produtos argentinos de altíssima qualidade, mas também uma oportunidade de mão dupla para o comércio internacional”, avaliou o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond.

Segundo Virmond, a missão pavimentou o caminho de futuros contatos comerciais entre Santa Catarina e a Argentina. “Estamos confiantes de que compradores argentinos visitarão Santa Catarina ainda neste ano como resultado desta missão. Sem dúvidas nenhuma estamos vivendo um novo momento das relações internacionais entre estes dois parceiros tradicionais”.

Paralelamente à Feira, a delegação se reuniu com representantes da Câmara de Supermercados de Rosário e Região (CASAR). Na visita, identificou-se particularidades de ambos os lados, como a força das redes locais e pequenos de supermercados em relação às redes de lojas nacionais tanto em Santa Catarina como na região de Rosário. Em um dos cases apresentados, o presidente da CASAR, Mariano Martín, explicou como os pequenos supermercadistas se associaram para realizar compras em conjunto e, assim, ter condições de negociação com fornecedores semelhantes às grandes redes.

A missão a Rosário teve participação da Secretaria de Assuntos Internacionais de Santa Catarina e da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), com apoio do Consulado da Argentina em Florianópolis.

Postado por: Osni Alves Jr.

Ao fazer compras, consumidor brasileiro é o mais saudável do mundo

Vitaminas, minerais e fibras estão em alta na dieta dos brasileiros – acima dos valores globais de consumo, aponta pesquisa da Apas. Veja os números

Os hábitos de consumo dos brasileiros nos supermercados apontam para uma população com escolhas bastante saudáveis. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) elaborada pela GfK.  Alimentos incluídos frequentemente na dieta nacional são ricos em vitaminas, minerais, fibras, Ômega 3 e proteínas.

Os resultados ficam acima, inclusive, da média global avaliada pela empresa de pesquisa. Itens enriquecidos com vitaminas e minerais, por exemplo, são consumidos ativamente por 65% dos entrevistados no Brasil, enquanto a média global é de 51%. Produtos ricos em fibras estão presentes em 61% dos carrinhos de compras no País contra 53% no mundo e os alimentos com fonte de Ômega 3 não faltam na refeição de 60% dos brasileiros (contra 40% da média global).

Fora isso, alimentos ricos em proteína (54%), orgânicos (49%) e livre de transgênicos (28%) também ficam acima da média global (46%, 46% e 27%, respectivamente). A percepção é que, em uma análise global, os brasileiros são os consumidores com os hábitos de compra mais saudáveis.
Preferências

Na comparação entre homens e mulheres, as mulheres têm uma postura mais consciente na busca por ingredientes e dietas mais saudáveis. Açúcar, sal e adoçante artificial estão na lista dos ingredientes que, por vezes, são excluídos das dietas.

Outra curiosidade é que os consumidores casados são mais engajados com uma dieta saudável em relação aos solteiros. A lista de ingredientes dos compromissados contam com mais alimentos ricos em fibras, fonte de Ômega 3 e orgânicos.
Novas tendências

A pesquisa da Gfk mostra que o consumo de refrigerantes está apresentando tendência de queda entre os brasileiros. Por outro lado, público declarara que está consumindo mais chá, chá gelado, iogurte/smoothies e bebidas energéticas – categorias que mais cresceram nos últimos cinco anos.

Supermercados faturam R$ 338 bilhões em 2016

Por: Redação (pauta@abcdmaior.com.br)

Resultado é 7% superior ao faturamento nominal do ano anterior, segundo pesquisa do setor

O setor supermercadista brasileiro faturou R$ 338 bilhões em 2016, o que representa crescimento nominal de 7,1% em relação ao ano anterior e corresponde a 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto). É o que aponta levantamento divulgado nesta terça-feira (02/05) na Apas Show em parceria com as empresas Nielsen, Kantar Worldpanel, GfK e IBOPE. A Apas Show é a feira da Associação Paulista de Supermercados.

O Estado de São Paulo registrou um crescimento nominal de, aproximadamente, 10%, com faturamento de R$ 102 bilhões e provocou a geração de 518 mil empregos diretos em 2016. Apenas no ABCD foram inauguradas duas novas unidades da rede Bem Barato, além de quatro unidades no modelo “express” de outras bandeiras.

Para 2017, a perspectiva apontada pelo estudo é de um crescimento nas vendas de 1,5% a 2,5% mais acentuado no último trimestre do ano. O levantamento também traz comportamentos do consumidor para driblar a queda econômica, como 42% dos entrevistados migraram para marcas mais baratas; 22% reduziram o gasto no supermercado e consumiram menos, mas sem trocar marcas; 7% retraíram a alimentação fora do lar ou lazer; enquanto que 5% diminuíram gasto com vestuário e bens duráveis.

"O lado positivo é que antes de trocar de marca, 58% buscam outras medidas para economizar, sem impactar na lealdade, e 18% afirmam que não mudou hábitos ou cortaram gastos", destacou Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da Apas.

Para atrair o consumidor, a pesquisa aponta que os supermercados priorizaram estratégias alinhadas à economia, com destaque para os programas de fidelidade, que chamam a atenção por desconto em produtos, reembolso, brindes e frete grátis. O setor mostra que 53% dos brasileiros participam de algum programa de fidelidade, contra 67% da média global.

7 alimentos que você não deve comprar em supermercados

Nem tudo deve ser adquirido no supermercado

Nas prateleiras dos supermercados, é possível encontrar de tudo: produtos de limpeza, bebidas, enlatados, hortifrutis embalados e, claro, os alimentos. Apesar da facilidade de encontrar tudo no mesmo lugar, nem todos os alimentos devem ser adquiridos nas prateleiras dos supermercados.

O site Incrivel.club listou sete alimentos que não devem entrar no seu carrinho de compras. Conheça:

1. Alface embalada

A alface já cortada e embalada é muito perigosa à saúde, pois lá dentro pode haver bactérias nocivas que causam problemas intestinais. Para ter certeza que as folhas foram bem higienizadas, elas devem ser desinfetadas em casa.

2. Embutidos e defumados

Salsichas, bacon, mortadela e afins possuem substâncias altamente cancerígenas. Compre carne e prepare ao invés de usar os embutidos.

3. Chás engarrafados

Chá verde industrializado não é chá verde, nem possui as propriedades antioxidantes que a bebida comum, feita por infusão, em casa. O chá do supermercado contém água e muito açúcar.

4. Alimentos com frutas

Sabe aquele bolinho com recheio de frutas que você adora? Pois é, de frutas eles não tem quase nada (em torno de 20% a 40% apenas). Eles possuem muito açúcar e conservantes para não estragar facilmente, bem como aromatizadores e espessantes.

5. Maionese

Maionese caseira é feita de ovo, vinagre, óleo e temperos (sal, mostarda, ervas, etc) e pode ser consumida com moderação, mas a maionese pronta possui muitos conservantes, corantes e estabilizantes, além de açúcar e amido. Muito mais ingredientes do que a versão caseira, né?

6. Especiarias moídas

Pimenta do reino moída, noz moscada, canela… podem ser práticos, mas não necessariamente são puros. As especiarias levam muitos aditivos para serem mais baratos. O ideal é comprar as versões em grãos e moer em casa, em moinhos ou pilões.

7. Pães

Pão básico leva apenas quatro ingredientes: farinha, fermento, sal e água. Ele pode levar outros, como sementes, leite, grãos, azeite, açúcar e até especiarias, mas os pães de supermercado possuem substâncias químicas, como peróxido de benzoílo e conservantes que possibilitam que o pão dure por meses e até anos! Compre seu pão em padarias que façam artesanalmente. Para saber se o pão é saudável, olhe para a válidade: quanto mais longe, pior é.

Promoções geram alta na frequência e no gasto médio em supermercados

Levantamento da Kantar Wordpanel mostrou impacto das ofertas por canal: nos hipermercados aumentou ida às lojas, nos supermercados valor gasto, e no atacarejo a atração de novos clientes

São Paulo – Principal fator de decisão na escolha da loja, as promoções têm gerado melhora no resultado das redes supermercadistas. O desempenho, no entanto, varia segundo o canal: nos hipermercados as ofertas contribuíram, em 2016, com uma alta de 14,5% na frequência de ida; já nos supermercados o impacto se deu no gasto médio, que avançou em 4,9%.

Em relação ao segmento de 'atacarejo', o levantamento da Kantar Wordpanel mostrou que as promoções levaram mais de 1,82 milhão de domicílios a começaram a consumir no canal. "É preciso analisar o papel das ofertas em cada tipo de loja, para realizar as promoções corretas e não sacrificar esforços com produtos que o cliente já iria comprar de qualquer forma", afirma a diretora comercial e de marketing da consultoria, Christine Pereira.

De acordo com a pesquisa da Kantar, as promoções com o maior apelo para o brasileiro são as de "leve mais, pague menos", que figuraram na resposta de 68% dos entrevistados. Em segundo lugar apareceu o desconto de preço, com 64% (veja no gráfico). Para a consultoria, o resultado mostrou que o foco do cliente é obter uma vantagem imediata das promoções. Os dados foram divulgados ontem (2) durante a feira de supermercados Apas Show.

Troca de marcas

Além da busca por ofertas, outro movimento sentido no mercado, com a crise, foi a troca por marcas mais baratas. Em 2016, cerca de 42% dos consumidores afirmaram que realizaram o chamado 'downgrade', de acordo com pesquisa realizada pela Nielsen e também divulgada ontem. Ainda assim, o movimento foi uma das últimas opções do brasileiro. "Antes de trocar a marca a maioria (58%) buscou outras alternativas para economizar", afirma a diretora da consultoria, Daniela Toledo.

Algumas das alternativas apresentadas na pesquisa foram: reduzir o gasto no supermercado consumindo menos, mas sem trocar as marcas preferidas (22%); reduzir alimentação fora do lar ou o lazer (7%); e reduzir gastos com vestuário e bens duráveis (5%).

"O que a pesquisa mostrou é que o consumidor, por mais que estivesse endividado e com a renda comprometida, se 'desdobrou' para tentar manter o consumo de alguns produtos específicos", afirma o gerente de economia e pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Rodrigo Mariano. O economista ressalta ainda que outro ponto de destaque do estudo foram os produtos de marca própria, que mostraram um potencial grande de expansão no Brasil.

A pesquisa da Nielsen apontou que apenas 5,2% dos itens dos supermercados são de marca própria no País, enquanto a média global é de 16,1%. Na América Latina essa média gira em torno de 7,9%. "Ainda há um espaço muito grande para o crescimento dessa categoria", diz Mariano.

No ano passado, 58 novas marcas próprias foram introduzidas no mercado, principalmente de varejistas regionais. Já em termos de crescimento, a categoria avançou 13,4%, frente a uma alta de 9,6% das marcas fabricantes.

Outras tendências apontadas no evento foram: a busca por alimentos mais saudáveis e o avanço da terceira idade no consumo brasileiro.

Pedro Arbex

Apas prevê vendas nos supermercados em SP com alta de 1,5% a 2,5% em 2017

Entidade projeta um cenário de crescimento mais acelerado para o setor depois de as vendas terem aumentado 1,1% em termos reais no ano passado

SÃO PAULO – Os supermercados de São Paulo devem registrar aumento real de 1,5% a 2,5% nas vendas em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo expectativa da Associação Paulista de Supermercados (Apas). A entidade projeta um cenário de crescimento mais acelerado para o setor depois de as vendas terem aumentado 1,1% em termos reais no ano passado.

De acordo com o gerente de Economia e Pesquisa da entidade, Rodrigo Mariano, os resultados no primeiro trimestre do ano para as vendas no Estado de São Paulo ainda não foram positivos. O faturamento das lojas caiu 1,5% no período na comparação com os mesmos meses de 2016. Apesar disso, ele acredita numa recuperação e aceleração das vendas em especial no quarto trimestre do ano.

Os números já consideram o resultado descontada a inflação do período. A expectativa da Apas é de que a inflação dos supermercados desacelere em relação a 2016, o que deve contribuir com as vendas.

Nos supermercados, o indicador de preços da Apas apontou aumento de 7,9% no ano passado e, para 2017, a previsão é de alta de 6% ante 2016. Os índices superam a inflação e as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que a Apas entende como uma consequência de a inflação de alimentos estar acima dos indicadores para o setor de serviços.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 2, durante evento do varejo de supermercados em São Paulo. Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, a queda da inflação justifica as expectativas mais positivas para o setor em 2017. "Vamos ter um ganho de poder aquisitivo dos consumidores", conclui.

Para o setor de supermercados no Brasil inteiro, a Abras projeta crescimento de 1,3% nas vendas reais em 2017.

Estadão Conteúdo