Boldrini espera Anvisa para comprar remédio

Publicado 02/05/2017 – 20h31 – Atualizado 02/05/2017 – 20h31

Por Rafaela Dias

O Centro Infantil Boldrini aguarda desde a última sexta-feira a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a compra de 500 frascos do princípio ativo asparaginase, fabricado pela Medac Phama e utilizado para o tratamento de 40 crianças com leucemia. O hospital usa a medicação de procedência alemã ou americana que tem eficácia de 90%, mas o Ministério da Saúde entregou um lote do medicamento chinês fabricado pelo laboratório Beijing SL Pharmaceutical em fevereiro para ser usado no lugar.
“Isso é um descaso com os pacientes e suas famílias. Pedimos uma comprovação do Ministério da Saúde de que a medicação já tenha sido testada em crianças chinesas e qual o resultado. Não recebemos resposta, diante disso nos restou fazer a importação por conta própria, já que os pacientes não podem ter o seu tratamento interrompido nem por um dia e não devem ser submetidos a testes. O estoque do remédio terminou no final do mês passado e, só nas últimas semanas, apareceram três novos casos da doença. O prazo já passou e a Anvisa ainda não autorizou nossa compra, conforme prometido e sem um motivo claro”, informou a presidente do Boldrini, Silvia Brandalise.
“Hoje as crianças brasileiras com leucemia têm apenas 47% de chance de cura em 5 anos de evolução da doença. No mundo todo, esse índice chega a 80%. Não podemos permitir que o uso irresponsável de um novo medicamento diminua ainda mais as chances dessas crianças. Entraves burocráticos também não podem arriscar vidas”, disse.
Ainda segundo a médica, enquanto a medicação alemã ou americana custa US$ 224 o frasco, chinesa custa US$ 38. “Não podemos, sem exata comprovação, substituir o fabricante de remédio essencial apenas pela queda no preço”, disse. Em nota, o Ministério da Saúde informou que a compra do remédio chinês cumpriu exigências da lei de licitações e não sofreu impugnações. A reportagem entrou em contato com a Anvisa sobre a autorização esperada pelo Boldrini, mas não teve resposta até o fechamento da edição.
Ainda esta semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou um pedido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que avalie junto ao Ministério da Saúde as denúncias sobre a falta de segurança e eficácia do medicamento chinês. O presidente do CFM, Carlos Vital, defende a avaliação rigorosa da qualidade do medicamento e que o Ministério Público deve dar uma especial atenção ao fato do próprio Ministério da Saúde ter pedido a avaliação de qualidade do produto, já distribuído para centenas de hospitais pelo País.
Para o Conselho, a medicação anteriormente utilizada e atestada para o tratamento da leucemia deve ser continuada em caráter emergencial. “Janot é uma pessoa pública que inspira confiança, ética e integridade. É uma excelente iniciativa. Temos a confiança de que a Procuradoria tome alguma providência”, disse Silvia Brandalise.

Anvisa suspende remédio distribuído por governo estadual

O próprio fabricante identificou uma alteração no medicamento e iniciou o recolhimento voluntário do produto

Por Weruska Goeking Em minhas-financas / consumo 02 mai, 2017 14h20

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu 10 lotes do medicamento Captopril 25 mg fabricado pelo Laboratório do Estado de Pernambuco (Lafepe).

O próprio fabricante identificou uma alteração no teor de dissulfeto de captopril e iniciou o recolhimento voluntário do produto. Agora, a Anvisa proíbe sua comercialização, distribuição e utilização.

Os lotes de Captopril do Lafepe suspensos são:

– 15081401
– 15081402
– 15081403
– 15090230
– 15090231
– 15090232
– 15121446
– 16030251
– 16030254
– 16030255

Anvisa suspende e interdita 13 lotes de medicamentos

Ação inclui um lote do medicamento Floxicam que apresentou quantidade de principio ativo fora do esperado. Foram suspensos também alguns lotes de captopril e Beta Long.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 02/05/2017 10:52
Última Modificação: 02/05/2017 11:41

Doze lotes de medicamentos foram suspensos e outro foi interditado pela Anvisa nesta terça-feira (2/5). Os lotes são de medicamentos de três empresas diferentes.

O primeiro medicamento interditado foi o Floxicam (piroxicam), 20mg, da empresa Brainfarma. O lote interditado é o B16J2232, que traz na embalagem a validade até 10/2018. A interdição foi motivada depois que o Laboratório de Saúde Pública de Goiás verificou que a dose de piroxicam no produto estava incorreta. A ação faz parte do Programa Nacional de Verificação de Medicamentos (Proveme).

A interdição é preventiva e dura 90 dias para que seja feita a contraprova. Caso a irregularidade seja confirmada, o lote do produto será suspenso de forma definitiva. Enquanto isso, o produto não pode ser comercializado ou utilizado.

A segunda medida foi a suspensão do medicamento Beta Long (fosfato de betametasona 3mg/ml e acetato de betametasona 3mg/ml). São dois lotes suspensos: o 1607483 (val 03/2018) e o 1629396 (val. 03/2018).

A suspensão foi adotada porque o Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz (BA) identificou problemas no ensaio de aspecto, que é um avaliação visual das características do produto. O Beta Long é fabricado pela União Química Farmacêutica. A suspensão é definitiva e os medicamentos dos lotes envolvidos não podem ser comercializados ou utilizados.

Captopril interditado

Os outros dez lotes suspensos são do medicamento Captopril 25mg, fabricado pelo Laboratório do Estado de Pernambuco (Lafepe). Neste caso, o próprio fabricante identificou uma alteração no teor de dissulfeto de captopril e iniciou um recolhimento voluntário do produto. Os lotes de Captopril do Lafepe suspensos estão na tabela abaixo, que traz também os outros medicamentos suspensos e interditados.

Medicamento

Lote

Situação

Floxicam (piroxicam), 20mg

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A
B16J2232 – Validade: 10/2018

Interditado por 90 dias. Não deve ser utilizado.

Beta Long (fosfato de betametasona 3mg/ml e acetato de betametasona 3mg/ml)

União Química Farmacêutica
1607483 (val 03/2018) 1629396 (val. 03/2018)

Suspenso. Não deve ser comercializado, distribuído ou utilizado.

Fabricante deve fazer o recolhimento.

Captopril

Laboratório do Estado de Pernambuco (Lafepe)
15081401 15081402 15081403 15090230 15090231 15090232 15121446 16030251 16030254 16030255

Suspenso. Não deve ser comercializado, distribuído ou utilizado.

Fabricante deve fazer o recolhimento.

Diretora do Boldrini rebate acusação do Ministério da Saúde de que entidade agiu com má fé em teste de medicamento para Leucemia

Por André Berenguel –

2 de maio de 2017

A médica oncologista e Diretora do Centro Infantil Boldrini de Campinas, Silvia Brandalise, defendeu a entidade nessa terça-feira depois que o Ministério da Saúde, em nota publicada em seu portal, buscou desqualificar o Boldrini dizendo que o Centro agiu de má-fé ao apresentar o laudo de um teste do medicamento chinês Leuginase, usado no tratamento contra a leucemia linfoide aguda.

O Leuginase começou a ser importado pelo Ministério da Saúde mas tem sido questionado por médicos oncologistas que dizem que o medicamento não é confiável já que não tem publicações científicas que atestem sua segurança. No teste divulgado pelo Boldrini é apresentado que o Leuginase apresentou um nível de proteínas acima do permitido. Questionado a respeito da publicação do Ministério da Saúde, Brandalise rebateu a acusação do Governo

Ela ressaltou também que o Laboratório de Espectrometria de Massas, do Laboratório Nacional de Biociências é referência para a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sendo assim, o governo não teria motivo para duvidar da segurança dos testes.

Ela se disse surpresa com o descrédito apresentado pelo Ministério da Saúde com o Boldrini, referência na América Latina em relação ao tratamento do câncer infantil

Para o tratamento das crianças com leucemia o Boldrini usa o Modac, medicamento alemão em parceria com o governo japonês que tem cerca de 30 anos de existência no mercado. Enquanto o Leuginase custa cerca de R$ 40,00, o Modac sai por quase R$ 230,00. Por conta própria, a diretoria do Boldrini está fazendo a importação do remédio alemão mas está com receio que o Ministério não libere a importação.

Em nota o Ministério da Saúde informou que é característica de um produto biológico apresentar traços de proteínas. Isso, no entanto, não indica que esses elementos são prejudiciais aos pacientes. Disse também que a Fundação Oswaldo Cruz está realizando um teste para apurar a qualidade do medicamento e que os dados preliminares mostram que o medicamento chinês tem ação enzimática na degradação da asparagina. Declara ainda que 11 estados brasileiros já estão utilizando o medicamento e que até o momento, não houve nenhum efeito diferente do esperado pela literatura disponível. Por fim, afirma que a compra do Leuginase cumpriu exigências da lei de licitações e não sofreu impugnações.

Falta insulina para pacientes SUS

JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

A falta de insulina na Farmácia de Alto Custo, que fica em Cuiabá, volta a atormentar os diabéticos, que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como a doença, o problema tem sido crônico em Mato Grosso, onde os pacientes passam semanas à espera do remédio de uso contínuo. Responsável pela unidade farmacêutica, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) informou que o processo para recebimento do produto encontra-se em fase final.

“É uma situação difícil por que quem é diabético não pode ficar sem a insulina. Nessas horas, quem tem condições tem para onde correr já quem não tem pede para Deus ajudar”, disse o frentista Benedito Escolástico, de 51 anos, que foi até a farmácia, ontem pela manhã, buscar o medicamento para a esposa que é diabética.

Escolástico conta que a mulher, conforme orientação médica, utiliza dois tipos de insulina, uma de ação ultra-rápida (lispro) e uma outra de ação intermediária ou mais lenta, denominada lantus (glargina/tipo 1). No entanto, ontem ele só conseguiu pegar a do tipo lispro.

O mesmo ocorreu com a professora Nilce Ferreira Soares, 51. “Eu preciso das duas por que a Lispro é usada depois das refeições e, a Lantus, à noite. Como aqui não tem, vou ter que comprar”, afirmou. Sem conseguir um dos tipos de insulina, a professora também vai ter que retornar ao médico para renovar o processo junto à Farmácia de Alto Custo, pois o procedimento é feito de seis em seis meses.

No Estado, 2,3 mil pessoas que fazem uso da Lantus, sendo mais de 500 pacientes do interior. Outros 900 pacientes utilizam a Lispro. Quando o paciente deixa de tomar o medicamento o organismo do diabético dá o alerta e os efeitos aparecem rapidamente, porque a insulina é responsável por pegar a glicose, que é fruto do que é consumido e transportar para as células gerando energia ao corpo.

Sem a dose diária do remédio, o doente pode ter palpitações, cansaço em casos extremos pode levar a cegueira e até problemas cardiovasculares. As sequelas podem ser irreversíveis e podem até levar à morte.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informou que o processo para o recebimento dos medicamentos está em fase final. O pagamento para a empresa responsável pelos lotes da Lantus (tipo 1) na quantia de seis meses está previsto para as próximas semanas. Após o pagamento, o fornecedor tem até 15 dias para entregar as insulinas.

CFM pede apuração do Ministério Público Federal sobre medicamento para câncer infantil

Ter, 02 de Maio de 2017 12:23

O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou pedido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que avalie junto ao Ministério da Saúde as denúncias sobre a falta de segurança e eficácia do medicamento chinês L-asparaginase, utilizado para o tratamento da leucemia linfoide aguda. O tema foi abordado em reportagem exibida neste domingo (30) no Fantástico, da TV Globo, na qual o presidente do CFM, Carlos Vital, defende a avaliação rigorosa da qualidade do medicamento.

“Se um remédio não está devidamente atestado, ele não pode ser utilizado na prática médica”, declarou Vital. Para ele, o Ministério Público deve dar uma especial atenção ao fato do próprio Ministério da Saúde ter pedido a avaliação de qualidade do produto, já distribuído para centenas de hospitais pelo País.

Para o CFM, enquanto essa avaliação não define a questão, a medicação anteriormente utilizada e atestada para o tratamento da leucemia deve ser continuada em caráter emergencial. “Não se pode expor os pacientes ao risco, seja pela possível falsificação do componente base ou pela ausência de estudos clínicos que comprovem a eficácia e segurança do remédio”, criticou.

Entenda o caso – Até o início deste ano, os medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde aos hospitais eram provenientes dos Estados Unidos e da Alemanha, que, segundo especialistas, tinham comprovado grau de eficácia e segurança, de até 90% de chances de cura. Neste ano, o Ministério comprou a asparaginase chinesa (LEUGINASE), do laboratório Beijing SL Pharmaceutical, representado pela empresa uruguaia Xetley S.A.

O órgão não fez licitação, valendo-se da lei que permite a dispensa em caso de emergência ou calamidade pública. Foi feita uma pesquisa de preços entre quatro laboratórios estrangeiros e escolhido o produto chinês, que ofereceu o menor preço. A importação do novo remédio despertou preocupação entre especialistas, entre eles Silvia Brandalise, oncologista pediátrica e presidente do Centro Infantil Boldrini (Campinas/SP). O Hospital é referência nacional no tratamento do câncer e doenças do sangue e foi uma das unidades que recebeu parte do primeiro lote distribuído pelo Ministério.

A presidente do hospital, que em 2014 recebeu do CFM a comenda Zilda Arns – Medicina e Responsabilidade Social, é autora da denúncia que, após a exibição da reportagem, chegou ao conhecimento do Conselho Federal de Medicina. Segundo a especialista, cerca de 4.000 crianças brasileiras dependem do medicamento, que não é fabricado no País.

Após a exibição das reportagens do Fantástico, o Ministério da Saúde submeteu o padrão do medicamento Chinês para a realização de testes que verifiquem o princípio ativo e a concentração do insumo. Os testes, que atendem a um pleito inicialmente reivindicado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), ficarão a cargo do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Comissão da MP das novas regras para preços dos remédios vota relatório

Da Redação | 02/05/2017, 10h02 – ATUALIZADO EM 02/05/2017, 10h42

A comissão mista da medida provisória 754/2016, que permitiu a alteração dos preços dos remédios em qualquer época do ano, se reúne nesta quarta-feira (3) para votar o relatório do deputado Wellington Roberto (PR-PB).

A MP não é consenso entre autoridades, empresas da indústria farmacêutica e também entre parlamentares. Entre as preocupações a respeito da medida estão a alta dos preços e a perda de equilíbrio do mercado. Até a edição da medida provisória, em dezembro de 2016, os preços dos remédios só podiam ser reajustados uma vez por ano. A decisão sobre aumentar ou reduzir o valor e definir o percentual de reajuste ainda cabe ao Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Só que, pelo novo marco legal, o preço agora pode ser definido a qualquer tempo.

No último dia 19 a comissão mista que analisa a MP promoveu uma audiência pública, ocasião em que ficou evidenciada a falta de consenso sobre o conteúdo da medida.

A reunião está marcada para 14h30 na sala 7 da Ala Alexandre Costa do Senado.

Agência Senado

TheraSkin avança com seu processo de Inovação

A TheraSkin está sendo a primeira indústria farmacêutica da América Latina a usar computação cognitiva da IBM na descoberta de produtos para a pele.
Por Felipe Ost Scherer
2 maio 2017, 20h08

A TheraSkin, uma das principais marcas do país nas áreas de medicamentos dermatológicos e dermocosméticos está sendo a primeira indústria farmacêutica da América Latina a usar computação cognitiva da IBM na descoberta de produtos para cuidados com a pele. A empresa, fundada por Basílio Scavarelli há quase 80 anos e hoje comandada por sua filha Rosa Scavarelli, tem um parque industrial de 15 mil metros quadrados em São Bernardo do Campo (SP) e produz mais de 7 milhões de unidades por ano. No mercado brasileiro, está presente em mais de 30 mil farmácias, possui um portfólio de mais de 46 produtos.

Deli Oliveira, gerente da área de PD&I da TheraSkin, esteve na última semana num programa com o médico Dr. Drauzio Varella para um bate-papo com um tema denominado “Repensando a Medicina”. O Sr. Oliveira foi um dos convidados e falou acerca dos esforços da indústria farmacêutica no processo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, respondeu perguntas sobre a utilização da inteligência cognitiva no processo de pesquisa de novos medicamentos.

Deli abordou discussões que evidenciaram o quanto a empresa busca atender as necessidades de médicos e dos consumidores através do desenvolvimento de produtos inovadores. Ressaltou ainda que a TheraSkin acredita que a Inovação é a catalisadora e que com ela é possível gerar soluções para os pacientes, sustentabilidade ambiental, aumento da sua competitividade e otimização de suas operações.

Fazendo alusão a isso, Deli explicou sobre o case de utilização do Watson for Drug Discovery, que foi uma parceria com a IBM e falou também sobre a metodologia aplicada, macro resultados e os próximos passos desse importante projeto e que foi um marco para o meio industrial farmacêutico no Brasil.

“Inicialmente ouvimos a classe médica sobre as principais desordens dermatológicas e as principais carências ainda não atendidas pela indústria farmacêutica e assim buscarmos alvos candidatos e para isso foi montado um time multidisciplinar, composto pelas áreas de pesquisa, departamento médico e novos negócios. O intuito desta equipe multidisciplinar era a soma de competências e visões diferentes que se referem a aspectos clínicos, biológicos, químicos, técnicos e de mercado. Muitas vezes as empresas praticam a inovação reativa, realizada através da observação dos produtos já existentes. A plataforma Watson for Drug Discovery permite o desenvolvimento de inovação mais proativa na empresa, que está relacionada a soluções para atender as necessidades dos pacientes, as quais eles ainda não identificaram possuir, mas que o pesquisador consegue perceber que elas irão melhorar muito sua qualidade de vida, e estes irão querer utilizar as soluções. O Watson ajuda e permite uma atuação mais relacionada à causa raiz de uma determinada patologia e assim sendo, propicia um desenvolvimento que de um produto que evitará que certa patologia se estabeleça”, explicou Deli.

Deli respondeu algumas perguntas sobre o projeto:

1) Quais foram os principais benefícios do projeto Watson na TheraSkin?

A utilização do Watson for Drug Discovery representou uma grande economia de tempo para o time técnico da TheraSkin. Os pesquisadores conseguiram, em uma busca rápida, relacionar e interligar uma extensa quantidade de artigos e textos científicos, com o propósito de identificar alvos biológicos não convencionais e propor moléculas candidatas para condições dermatológicas. Desta forma, as horas trabalhadas foram otimizadas e os resultados obtidos de forma mais ágil. Adicionalmente, a plataforma possibilitou o estudo de uma grande quantidade de alvos candidatos, o que permite a seleção e utilização de soluções direcionadas a alvos específicos de desordens dermatológicas, reduzindo efeitos colaterais relacionados ao um possível produto a ser desenvolvido. Neste sentido, o Watson possibilitou o início do desenvolvimento de produtos com maior evidência de eficácia e segurança. Entendemos que os grandes beneficiados são os dermatologistas e consequentemente os nossos consumidores, que irão dispor de soluções melhores e mais inovadoras para o tratamento de diversas patologias.

2) Durante a utilização da plataforma Watson for Drug Discovery, quais foram as maiores dificuldades?

Acredito que durante a condução deste projeto, tivemos duas dificuldades. A primeira se refere ao entendimento e utilização da plataforma. No início foi necessário um tempo de adaptação e aprendizado. O segundo desafio se refere a interpretação dos dados gerados pelo Watson. Durante a utilização, a plataforma gera possíveis genes candidatos para uma determinada patologia, baseado na literatura científica e dados estatísticos. Os pesquisadores tiveram que estudar estes genes candidatos para confirmar o benefício nas doenças dermatológicas estudadas. Neste sentido, o know-how do nosso time científico fez toda a diferença.

3) Quanto tempo para que estes medicamentos inovadores cheguem ao mercado?

Este tempo é variável e depende do estágio de desenvolvimento da tecnologia e sua complexidade. Por exemplo, se escolhermos um gene que já apresente um composto elucidado, o tempo será mais curto. Mas se tivermos que pesquisar um ativo para inibir ou ativar este gene, o tempo para que o medicamento chegue ao mercado será mais extenso. Não há como ainda afirmar com exatidão um tempo previsto para que esses medicamentos cheguem ao mercado, mas todos os esforços estão sendo praticados para que essas soluções cheguem ao consumidor com a maior brevidade possível.

4) Quais são os próximos passos para este projeto?

Como o resultado foi muito promissor, o primeiro passo será a priorização. Baseado em dados de mercado e o contato próximo com os dermatologistas que ocorre através do nosso time de médicos e consultores, conversas com Key opinion leaders, iremos escolher algumas condições dermatológicas. Este processo será conduzido pelos pesquisadores da Theraskin que realizarão um estudo aprofundado de todos os mecanismos. Tendo realizado a escolha dos genes, iremos decidir se faremos o desenvolvimento no modelo de inovação aberta, com parcerias com universidades, centros de pesquisas, start-ups e outras empresa ou se conduziremos o desenvolvimento interno.

5) Qual modelo a Theraskin prefere, inovação aberta ou desenvolvimento interno?

Historicamente, a indústria farmacêutica, com o intuito de gerar produtos inovadores e que solucionem necessidades médicas não atendidas, são caracterizadas por grandes investimentos na área de Pesquisa. Entretanto, com o aumento progressivo destes custos e as dificuldades para o desenvolvimento de novos produtos, percebeu-se que através da inovação aberta, seria possível minimizar estes custos e potencializar os lançamentos através da soma de competências. Desta forma, a Theraskin acredita na importância da inovação aberta para o desenvolvimento de soluções inovadoras e vê a possibilidade de utilizar este modelo. Inclusive, estamos conduzindo um mapeamento tecnológico a fim de identificar os potenciais parceiros para este projeto que na ocasião serão avaliados com maior profundidade os interesses de ambas as partes.

Quem quiser assistir o debate sobre o uso do Watson na medicina pode acessar: https://www.facebook.com/116721918342821/videos/1635542849794046

Felipe Ost Scherer

Lucro líquido da Pfizer aumenta no primeiro trimestre, mas receita decepciona

Estadão Conteúdo
02.05.17 – 09h14

A farmacêutica Pfizer registrou lucro líquido de US$ 3,12 bilhões no primeiro trimestre, ou US$ 0,51 por ação, acima dos US$ 3,04 bilhões registrados em igual período do ano passado, ou US$ 0,49 por ação.

Em base ajustada, o lucro foi de US$ 0,69 por ação, acima dos US$ 0,67 por ação um ano antes. A receita, por sua vez, caiu 1,7%, para US 12,78 bilhões.

Analistas consultados pela Thomson Reuters previam ganho ajustado de US$ 0,67 por ação e receita de US$ 13,09 bilhões. No pré-mercado em Nova York, a ação da empresa caía 0,53%. Fonte: Dow Jones Newswires.

Oito lojas do GPA serão inauguradas até o início do 3º trimestre

Os formatos serão os de proximidade e o cash & carry devido ao maior retorno

O GPA deverá abrir as portas de sete lojas Assaí e um Minuto Pão de Açúcar até o início do terceiro trimestre deste ano. Entre as unidades de atacarejo, cinco serão conversões do Extra Hiper e duas referem-se a novas construções. A expansão segue o foco estabelecido pela companhia de priorizar os formatos com maior retorno em vendas e lucratividade.

Nos três primeiros meses deste ano foi inaugurado um Pão de Açúcar. A companhia também contou com 48 adesões ao Projeto Aliados CompreBem. Nele, a companhia se torna fornecedor de pequenos varejistas, além de auxiliar em questões como gerenciamento por categorias e departamentalização. Ao todo, o programa já conta com 150 estabelecimentos.

Paralelamente, o GPA está revendo seu parque atual de lojas. Também no primeiro trimestre, foram fechadas 16 unidades: 10 Minimercados Extra, 1 supermercado Pão de Açúcar; 1 Assaí, além de 1 posto de gasolina e 3 drogarias.

Melhoria do Ebitda
O GPA registrou um aumento de 15,7% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em valor nos primeiros três meses do ano. Com isso, alcançou R$ 481 milhões no período. Já o percentual sobre a receita líquida teve uma ligeira alta de 0,4 ponto percentual (pp) e atingiu 4,6%.

Segundo a empresa, entre os fatores que contribuíram para a melhora, estão o crescimento do lucro bruto (lucro comercial) em 7,8% no período e a queda 0,4 pp nas despesas com vendas, gerais e administrativas.