Anvisa determina retirada de lote do Tylemax

por Junior Paulino qui, 08/06/2017 – 11:16

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou à indústria farmacêutica Natulab, que é a responsável pela fabricação do medicamento Tylemax (Paracetamol), o recolhimento do lote 8417ª do produto.

O pedido do recolhimento se deu devido à detecção pela Anvisa de irregularidade no processo de fabricação .

De acordo com as informações contidas na bula deste medicamento, o Tylemax, é uma solução oral 200 miligramas por mililitro 200 mg/mL, e é indicado em adultos para a redução da febre e para o alívio temporário de dores leves a moderadas, tais como: dores associadas a resfriados comuns, dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente, dor nas costas, dores musculares, dores leves associadas a artrites e cólicas menstruais.

Em bebês e crianças é indicado para a redução da febre e para o alívio temporário de dores leves a moderadas, tais como: dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente e dor de garganta.

Novartis estuda preço para tratamento inovador contra o câncer

James Paton e Caroline Chen

08/06/201713h35

(Bloomberg) — A Novartis, que deverá chegar antes que a Kite Pharma em uma das mais promissoras áreas novas da pesquisa contra o câncer, avalia como atribuir preço a um tratamento revolucionário a que os pacientes só precisarão se submeter uma única vez.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) provavelmente tomará uma decisão no início de outubro sobre o tratamento experimental chamado CTL019, disse Vas Narasimhan, chefe global de desenvolvimento de medicamentos e diretor médico da Novartis, em entrevista. O órgão regulador deverá tomar uma decisão em relação ao produto da Kite, desenvolvido para outro tipo de câncer no sangue, por volta de 29 de novembro.

Os dois tratamentos disputam para se tornar os primeiros medicamentos de sucesso em um campo emergente conhecido como CAR-T, no qual as células imunes do paciente são extraídas e modificadas geneticamente para caçar e matar o câncer e depois são devolvidas ao corpo. A Novartis poderá vincular o preço de seu tratamento aos resultados obtidos em cada paciente, segundo Narasimhan. A empresa também está utilizando transplantes de células estaminais — que custam até US$ 800.000 cada — como padrão.

"Estamos analisando diversas opções criativas", disse Narasimhan. "Ainda estamos nos estágios iniciais para definir qual será a abordagem correta."

Os tratamentos provavelmente não poderão ter preços muito superiores aos dos transplantes de células estaminais, segundo David Nierengarten, analista da Wedbush Securities. A Kite e a Novartis provavelmente têm preços similares em mente, mas aquela que for aprovada primeiro pode vir a garantir os leitos nos centros médicos que farão os procedimentos CAR-T ou conseguir estruturas de reembolso vantajosas, disse ele.

'Recebemos algo'

Os medicamentos CAR-T podem "ser precificados a um nível no qual recebemos algo pelo risco que assumimos, mas também devolvemos um enorme valor", disse o CEO da Novartis, Joe Jimenez, a investidores, em Boston, em 31 de maio. "Esta possível nova plataforma pode vir a ser um negócio bastante grande e rentável."

Jimenez mencionou estudos realizados para as autoridades de saúde do Reino Unido que mostram que os tratamentos podem ter bom custo-benefício a cerca de 583.000 libras (US$ 750.000). Um preço hipotético desse tipo está no "patamar certo", mas é improvável que seja aceitável para um pagamento único, segundo Stephen Palmer, professor da Universidade de York que ajudou a compilar o relatório.

O medicamento da Novartis aguarda aprovação para uma forma severa de câncer em crianças e jovens adultos conhecida como leucemia linfoblástica aguda, enquanto o alvo principal da Kite é o linfoma difuso de células B grandes (DLBCL, na sigla em inglês), que aflige um grupo maior de pessoas.

A farmacêutica suíça se voltará na sequência a esse mesmo tipo de câncer no sangue. Um estudo de estágio intermediário divulgado na quarta-feira, que avalia o tratamento contra DLBCL, revelou que mais de um terço dos pacientes havia eliminado a doença. Essas pessoas também não apresentaram retorno da doença, informou a companhia. Entre os efeitos colaterais estão sintomas do sistema nervoso e baixa contagem de glóbulos brancos, que foram classificados como severos ou ameaças à vida.

Doril Enxaqueca apresenta nova campanha

Comercial mostra como Doril Enxaqueca ajuda as pessoas que sofrem de dores de cabeça intensas a saírem de seus dias de pesadelo.

Doril Enxaqueca apresenta nova campanha de mídia, dia 08 de junho, em horário nobre da TV aberta. Com o slogan “Tomou o novo Doril, até a enxaqueca sumiu”, o filme reforça as funcionalidades de Doril Enxaqueca: rápida ação e extrapoder analgésico contra dores de cabeça intensas.

Desenvolvida em parceria com a AD Studio, a campanha terá desdobramentos nas principais emissoras de TV, rádios, revistas, material de ponto de venda e nos mobiliários urbanos de São Paulo. Além disso, como estratégia de marketing para o digital, Doril Enxaqueca apresentará conteúdos informativos e interativos em sua nova fanpage. O objetivo da marca é promover conversas sobre o tema, para que as pessoas que possuem dores de cabeça intensas se sintam acolhidas, compreendidas e bem-informadas.

Segundo a OMS, estima-se que 78% da população brasileira sofre com cefaleias, sendo a dor que mais atrapalha a continuidade das atividades diárias. “Doril Enxaqueca é o primeiro medicamento OTC a se posicionar para dores de cabeça intensas porque realmente entende quem sofre com dor de cabeça forte. Para a maioria das pessoas que lida com essas dores, o dia realmente parece virar um pesadelo e, por isso, oferecemos rápida ação e extrapoder analgésico, para que elas possam retomar suas rotinas o quanto antes”, comenta Luiz Clavis, Diretor Executivo da Unidade de Negócios de Consumer Health da Hypermarcas.

A fórmula de Doril Enxaqueca conta a combinação de dois analgésicos para combater as dores de cabeça intensas. O medicamento está à venda em todas as farmácias do Brasil na apresentação blister, com quatro comprimidos e caixa com 18 comprimidos.

. Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lkNWAEiW_Ao Título.: Pesadelo | Anunciante: Hypermarcas S.A. | Produto: Doril Enxaqueca | Segmento de Mercado:Todos os segmentos de mercado | Agência:My Agência de Propaganda Ltda | Diretor de Criação:Woody Gebara | Direção de Arte: Daniel Rasello | Redação: Henrique Jabali | Digital: Joyce Oliveira | RTVC: Paula Cavalhere | Título:Pesadelo | Duração:15” | Anunciante: Hypermarcas S.A | Produto: Doril | Direção:Jarbas Agnelli | Tipo: Comum | Produtora: AD Studio | CNPJ:06.005.669/0001-52 | Áudio:AD Studio | Ano de Produção:2017 | Closed Caption | Sim: Doril Enxaqueca | Princípios Ativos: ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína. | MS: 1.7817.0123.

Governo deixa caducar MP do reajuste de remédios

por Guilherme Amado
09/06/2017 08:25

Alexandro Auler | Agência O Globo

O governo deixou caducar esta semana a medida provisória amalucada que Michel Temer editou no fim do ano passado, autorizando o Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos a mexer no preço dos remédios a qualquer época do ano, "em casos excepcionais".

Depois de editado o texto, foram unânimes no Congresso e entre especialistas as críticas. Só faltou no governo quem confessasse ser o pai da criança.

Vacina contra o HIV imuniza mais de 50% dos macacos em testes

Pesquisa usou como base outra vacina produzida por equipe tailandesa, que já realizou testes em humanos e tem menos eficácia.

Por G1

08/06/2017 17h49

Baseada em uma vacina da Tailândia contra o HIV já testada em seres humanos, um grupo do Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos, conseguiu ampliar os resultados e imunizar 55% dos macacos durante os testes. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (8) na revista "Nature".

Foram adicionadas três cepas do vírus à vacina durante a pesquisa, formando um total de cinco. "O tipo de vacina testado na pesquisa tailandesa, conhecido como RV144, teve eficácia em 31% dos pacientes e foi o único tipo de vacina contra o HIV em investigação que demonstrou proteção, mesmo que modesta, contra a infecção", disse Barton F. Maynes, diretor da Universidade Duke e autor da pesquisa.

A vacina tailandesa foi usada como base e as cepas adicionadas já haviam provocado respostas de anticorpos. "Esses anticorpos foram bastante fáceis de induzir", disse Haynes. Ao adicionar esses outros três alvos do vírus, os pesquisadores melhoraram a eficiência da imunização.

LEIA MAIS: Pacientes que 'erradicaram' HIV voltam a apresentar sinais do vírus

Paciente curado

Em outubro do ano passado, pesquisadores do Reino Unido conseguiram a cura de um paciente portador de HIV. Ele usou uma combinação de medicamentos que erradicou o vírus, em poucas semanas.

Pesquisadores de cinco universidades do Reino Unido conduziram os estudos. Uma vacina ajuda o corpo a reconhecer as células infectadas com o HIV e uma droga ativa as células adormecidas. A ideia é dar ao sistema imunológico as ferramentas necessárias para o combate à doença.

De qualquer forma, eles admitiram que ainda é cedo para afirmar que a cura da Aids foi descoberta. Os cientistas falam, por enquanto, em "cura temporária", com outro tipo de tratamento. Houve um sucesso inicial, mas depois de um tempo a pessoa voltou a apresentar o vírus. Por isso, o paciente, que não foi identificado, está sendo acompanhado por alguns anos até que essa cura seja considerada definitiva.

Vale lembrar que já existe um caso de cura definitiva. O tratamento envolveu transplante de medula óssea, mutação genética. A questão é que seria difícil replicar o método em um grande número de pessoas.

Centro italiano ajudará a criar vacina contra câncer de mama

O tratamento de imunoterapia será voltado a casos mais graves

Agência ANSA

Do tumor no rim ao no pulmão e, agora, nos seios: a imunoterapia, cujo objetivo é provocar uma reação do sistema imunológico para combater o câncer, representa cada vez mais uma nova arma contra os neoplasmas mais mortais. E no próximo ano, vários centros de pesquisa internacionais, entre eles o Instituto Nacional do Câncer de Nápoles Fundação Pascale, o único italiano, farão seu último experimento para o desenvolvimento de uma vacina terapêutica contra os tumores de mama mais agressivos. A vacina anti Globo H-KLH será administrada após uma intervenção cirúrgica nos seios como terapia auxiliar em pacientes com tumores triplo-negativo, os mais perigosos deste tipo de câncer.

Com essa aproximação inovadora, a vacina terá como objetivo combater essa forma de câncer aumentando as taxas de cura. "O objetivo da vacina que testaremos é desencadear uma resposta imunológica específica contra o tumor nos seios", afirmou o diretor da Divisão de Oncologia Médica de Mastologia do Pascale, Michelino De Laurentiis. A imunoterapia costuma a ser mais usada para tratar outros tipos de câncer e não tanto para o de mama. Por isso, a criação dessa vacina pode ser em grande parte revolucionário para a medicina.

Segundo De Laurentiis, provavelmente, "falar de um tumor de mama é muito genérico já que existem tantos subtipos desta neoplasia, e para várias destas espera-se que a imunoterapia possa funcionar". O tipo de vacina que será experimentado, no entanto, é um pouco diferente das já desenvolvidas. "[Ela] não se destina ao sistema imunológico em geral, mas desencadeia as reações imunológicas de modo direto contra o tumor, ou seja, contra moléculas e antígenos específicos presentes nas células cancerígenas. Deste modo, [ela] se torna mais eficaz e tem menos efeitos colaterais", explicou o especialista italiano. Atualmente, esse tipo de tratamento já é utilizado em vários tipos graves de câncer com resultados eficazes e positivos. Um dos exemplos, é o melanoma, o tipo mais sério de câncer de pele.

Graças à imunoterapia, hoje, 20% dos pacientes vivem por mais 10 anos. Há alguns anos, esse resultado era impensável já que a sobrevivência do paciente no estado metastático era de apenas seis meses, com uma taxa de mortalidade ao ano de 75%. Também registram bons resultados com a imunoterapia o tratamento do câncer de pulmão. Na forma de adenocarcinoma em fase avançada, que até o momento apresentava poucas opções terapêuticas, 39% das pessoas vivem por mais 18 meses. E no tumor nos rins, o tratamento demonstrou uma redução do risco de morte de 27% na fase avançada.

Sociedade Europeia de Aterosclerose aponta relação causal definitiva do colesterol LDL elevado com a incidência de eventos cardiovasculares

Ciência & Saúde / Na cardiologia, muito se debate sobre o controle do nível de LDL-C, o conhecido colesterol ruim. Há os que defendem que é somente um biomarcador – indicador a ser monitorado -, enquanto outros entendem que o LDL é realmente uma das causas das doenças cardiovasculares. Porém, uma apresentação recente da Sociedade Europeia de Aterosclerose (EAS) traz uma conclusão para esta discussão ao evidenciar cientificamente que o LDL-C é, de fato, um fator que causa o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O parecer conclui também que o acúmulo de LDL-C ao longo do tempo e a falta de tratamento determina o início e a progressão dessas doenças, como infarto e AVC isquêmico.

"Levando em consideração essas informações, podemos afirmar que quanto mais cedo nos preocuparmos e tentarmos baixar os níveis de LDL-C, maior será o benefício na redução do risco de um infarto ou um AVC ao longo da vida, principalmente, em pacientes de alto risco cardiovascular ou com o colesterol alto de origem genética, a Hipercolesterolemia Familiar, por acumularem colesterol ruim desde a infância, muitos acabam tendo um infarto ou AVC antes dos 50 anos de idade", diz José Francisco Kerr Saraiva, professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas).

O parecer, que resultou do Painel realizado em abril de 2017 no Congresso da EAS, foi publicado no European Heart Journal na mesma data e analisou a base total de evidências cientificas para chegar à conclusão de causalidade, incluindo estudos genéticos, epidemiológicos e randomizados com terapias que ajudam a baixar os níveis de LDL-C, como os estudos GLAGOV e FOURIER, ambos da biofarmacêutica Amgen, que avaliaram os benefícios do medicamento Repatha® (evolocumabe) para esses pacientes.

O estudo GLAGOV avaliou os efeitos do medicamento em pacientes de alto risco ou com Hipercolesterolemia Familiar (HF) e mostrou que 90% dos pacientes conseguiram diminuir os níveis de LDL-C abaixo de 70mg/dL, índice considerado saudável e recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e 64% dos pacientes tiveram regressão nas placas ateroscleróticas, duas vezes mais que a estatina, o tratamento padrão.

Já o estudo de desfechos cardiovasculares, FOURIER, apresentado no início de 2017, avaliou 27.564 pacientes, 693 deles brasileiros, com doenças cardiovasculares clinicamente evidentes e quebrou um paradigma ao estabelecer pela primeira vez uma redução intensa dos níveis de LDL-C com Repatha® , além do que é possível com a melhor terapia atual isolada, a uma redução adicional de eventos cardiovasculares de 20%. Ou seja, 1 evento evitado a cada 5, nos eventos cardiovasculares principais, que incluem infarto do miocárdio, AVC isquêmico ou revascularização coronariana. Segundo o estudo, cada um desses eventos teve redução de 27%, 21% e 22%, respectivamente. O estudo FOURIER demonstrou ainda uma redução de LDL-c para níveis abaixo de 25 mg/dl em 42% dos pacientes, com resultados ainda mais significativos do que os índices atuais recomendados pelos especialistas com a mesma segurança para os pacientes.

Lançando no Brasil no final de 2016, o Repatha® trouxe uma nova, segura e eficaz opção para pacientes brasileiros que têm dificuldade de controlar os níveis de LDL-C com o tratamento padrão, as estatinas, trazendo benefícios que ajudam a manter a qualidade de vida e ajudam a evitar eventos cardiovasculares.

Sobre o Repatha® (evolocumabe)
Repatha® (evolocumabe) é um anticorpo monoclonal totalmente humano que inibe a pró-proteína convertase subtilisina/kexina tipo 9 (PCSK9). Repatha® se liga à PCSK9 e inibe a ligação da PCSK9 circulante ao receptor (LDLR) da lipoproteína de baixa densidade (LDL), prevenindo a degradação do LDLR mediado por PCSK9 e permitindo que o LDLR se recicle de volta para superfície da célula hepática. Ao inibir a ligação de PCSK9 ao LDLR, Repatha® aumenta o número de LDLRs disponível para captar o LDL do sangue, reduzindo assim os níveis de LDL-C.
Repatha® está aprovado em mais de 40 países, incluindo o Brasil, EUA, Japão, Canadá e em todos os 28 países membros da União Europeia. Solicitações em outros países estão pendentes.
Para informações sobre locais de comercialização e programa de suporte aos pacientes no Brasil, entre em contato com o SAC pelo telefone 0800-264-0800 ou pelo endereço de e-mail: sacbrasil@amgen.com.
Website: http://www.amgen.com.br

Campeão no preço e na enrolação

por Guilherme Amado
08/06/2017 11:25

O laboratório Alexion, fabricante de um dos medicamentos mais caros do mundo, o Soliris, recebeu em março a autorização para vender a droga no mercado brasileiro.

No entanto, até hoje, o Alexion não entregou à agência o preço teto do medicamento, o que impede que ele seja precificado e, portanto, vendido no Brasil.

Técnicos da Anvisa suspeitam de que seja uma maneira de continuar fornecendo o remédio somente após decisões judiciais dadas a pacientes que recorrem à Justiça por não terem como comprá-lo no Brasil.

O valor considerado nas ações judiciais é o do mercado de varejo americano, muito superior ao que será praticado no Brasil.

Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde foi obrigado pela Justiça a comprar R$ 1,1 bilhão em Soliris para pacientes com HPN, uma doença rara que ataca a medula óssea.

Novo medicamento contra Malária tem resultados divulgados em Manaus

08/06/2017 às 15:57 – Atualizado em 08/06/2017 às 16:00

acritica.com
Na Conferência serão apresentados os resultados da pesquisa com a Tafenoquina, novo medicamento contra Malária, que reduz o tempo de tratamento do paciente, de sete para apenas um dia

A capital amazonense vai sediar, a partir deste domingo (11) até quarta-feira (14), a “6ª Conferência Internacional sobre Pesquisa de Plasmodium vivax”. Essa é a primeira vez que o evento é realizado no Brasil. Durante quatro dias, mais de 400 cientistas de mais de 30 países estarão debatendo os desafios e estratégias para o controle e eliminação do Plasmodium vivax, parasita transmissor do tipo mais incidente de Malária no mundo. Na Conferência serão apresentados os resultados da pesquisa com a Tafenoquina, novo medicamento contra Malária, que reduz o tempo de tratamento do paciente, de sete para apenas um dia.

No domingo, a Conferência inicia com uma série de cursos que ocorrerão de 9h às 18h, no Wyndham Garden Hotel, na Ponta Negra (na mesma área do Tropical Hotel Manaus). A solenidade de abertura oficial do evento será às 19h30, no Tropical Hotel (Área do Centro de Convenções – Salão Rio Solimões). De segunda a quarta-feira, as apresentações dos resultados de estudos e pesquisas ocorrerão na Área de Convenções do Tropical Hotel, de 9h às 19h30.

A apresentação dos resultados da pesquisa com a nova droga para o tratamento da Malária será na segunda-feira, de 11h30 às 13h30. O estudo com a nova droga foi coordenado pelas empresas Medicines for Malaria Venture (MMV) e Glaxo Smith Kline (GSK), e financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates. A pesquisa envolveu a participação de centros de estudos de cinco países – Brasil, Indonésia, Tanzânia, Peru e Tailândia. No Brasil, o projeto contou com a colaboração da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), de Manaus, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Porto Velho.

Em Manaus, os testes foram realizados com a participação de 100 pacientes. O estudo foi desenvolvido no período de 2014 a 2016. O diretor de Ensino e Pesquisa da FMT-HVD e membro do comitê organizador da Conferência, em Manaus, Marcus Lacerda, explica que, atualmente, o tratamento da Malária é feito com a terapia combinada de dois antimaláricos (cloroquina e a primaquina).“O novo medicamento vai substituir a primaquina e passa a ser administrado em dose única”, detalha o pesquisador. A expectativa, segundo ele, é de que, em breve, a Tefenoquina seja incorporada pelo Ministério da Saúde no tratamento contra a Malária, na rede pública.

Durante a Conferência, os pesquisadores vão discutir os desafios para que seja alcançada a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para eliminação da doença, em pelo menos 35 países, até 2030. Outros temas que estarão em pauta são: o acesso ao tratamento, a epidemiologia e vigilância, o mapeamento e novas intervenções em transmissão, imunidade e o desenvolvimento de vacinas.

Os pesquisadores que participarão da Conferência terão a oportunidade, no domingo pela manhã, de conhecer as instalações e os trabalhos realizados em Manaus, na FMT-HVD, que é referência, no país e internacionalmente, em pesquisa e nas áreas de diagnóstico e tratamento de doenças infectoparasitárias e tropicais, como a Malária.

A diretora presidente da FMT-HVD, médica infectologista Graça Alecrim, ressalta a importância do evento para o avanço das pesquisas sobre a Malária e para o estabelecimento de novas estratégicas para o combate à doença. “Ser sede de um evento desse porte fortalece ainda mais o caráter estratégico que a FMT assumiu nas últimas décadas, no cenário da pesquisa internacional”, destacou.

O trabalho de pesquisa e assistência aos pacientes com Malária, na FMT, segundo ela, tem se destacado, especialmente, na contribuição para inserção de novos métodos terapêuticos, no âmbito do sistema único de saúde. “A fundação tem atuado fortemente junto ao Ministério da Saúde, prestando assessorias técnicas na terapêutica e para controle da Malária no país”, afirmou.

*Com informação da assessoria de comunicação.

Medicamentos – cuidado com promessas milagrosas

Os medicamentos não são bens de consumo comuns e sim bens de saúde, por isso, sua propaganda está sujeita a regras específicas.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 08/06/2017 10:05
Última Modificação: 08/06/2017 10:42

Todos os dias são divulgadas na internet muitas propagandas de produtos para a saúde e medicamentos. Algumas oferecem medicamentos que só podem ser comprados em farmácias, mediante apresentação de receita médica de controle especial ou anunciam promessas milagrosas sem comprovação.

A Anvisa atua na fiscalização de propagandas de medicamentos, que devem apresentar informações completas, claras e equilibradas e alertando para os riscos inerentes ao seu uso, sem destacar apenas os benefícios do produto.

Para o público em geral, só é permitida a publicidade de medicamentos de venda isenta de prescrição médica, ou seja, propagandas de medicamentos que não possuem tarja vermelha ou preta em suas embalagens. Os medicamentos que exigem prescrição médica (tarja vermelha ou preta) só podem ser anunciados aos profissionais de saúde que podem receitar (médicos ou dentistas) ou dispensar (farmacêuticos) medicamentos.

Os medicamentos devem ser registrados na Anvisa para que possam ser comercializados e anunciados em propagandas. Na dúvida, verifique se o produto tem registro no portal da Agência, na Consulta de Produtos, pois pode se tratar de um produto irregular ou mesmo de uma falsificação.

Fiscalização de propagandas na internet

Somente em 2016, a Anvisa atuou contra 1.293 anúncios irregulares de produtos em sites de compras na internet. Entre as promessas mirabolantes, foram identificadas propagandas de emagrecimento sem sacrifícios, tratamento dermatológico não aprovado e até comércio irregular de medicamentos. Em 2015 a Agência proibiu 657 anúncios.

No primeiro semestre de 2017, já foram removidos 1.503 anúncios irregulares. O número se refere à parceria entre a Anvisa e o Mercado Livre que implementa ações permanentes para excluir do site de vendas produtos e anúncios irregulares.

As principais ações se referem a propagandas de produtos clandestinos ou que prometem resultados que não foram aprovados pela Agênciaa. Mas tambám há a venda de medicamentos controlados como Ritalina e Sibutramina que só poderiam ser vendidos em farmácias, com receita especial e usados segundo prescrição de um médico.
Denúncias

Além da atuação específica junto ao Mercado Livre, a Anvisa realiza outras ações contra propagandas irregulares em outros sites, conforme denúncias.

Por isso, é importante que você denuncie: se identificar propagandas ou promoções que apresentem irregularidades nas informações sobre produtos sujeitos a vigilância sanitária (medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes, produtos para saúde etc.), encaminhe uma mensagem para a Ouvidoria da Anvisa.

Promessas falsas

Algumas das propagandas proibidas foram dos produtos:

Dermapen e Dermaroller (procedimento que perfura a pele com várias agulhas prometendo tratar rugas, estrias, acne, além de ajudar no rejuvenescimento e no melasma).

Exo Hair (método de escova progressiva).

No caso de anúncio de medicamentos controlados como Desobesi, Sibutramina e Ritalina, além da proibição da publicidade, a Anvisa encaminhou os casos para investigação policial, pois se trata de casos em que há empresas envolvidas e falsificação ou venda irregular de produto registrado.

A Anvisa abre um processo de investigação, que resulta em fiscalização, autuação ou arquivamento. Quando há pessoas físicas envolvidas a denúncia é encaminha também às autoridades policiais, para atuação conjunta com a Agência.

Então fique atento e desconfie de promessas mirabolantes. Em caso de dúvida, entre em contato com a Anvisa.