Farmácia é condenada a pagar indenização de R$ 40 mil após vender remédio errado para criança na BA

Criança teve complicações após uso de medicação errada, em Eunápolis, sul da Bahia.

Por G1 BA

31/05/2017 14h29

Erro em venda de remédio vai parar na justiça e farmácia é condenada a indenizar cliente

A rede de farmácias Pague Menos foi condenada a pagar R$ 40 mil de indenização a uma família por ter vendido uma medicação errada, receitada para uma criança, na cidade de Eunápolis, sul da Bahia. Segundo a decisão da Justiça, a mãe e a filha serão indenizadas, cada uma, com R$ 20 mil.

A condenação foi feita em primeiro grau, em agosto de 2016, pelo juiz Wilson Nunes, da Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Eunápolis. A rede de farmácias recorreu, mas o recurso da empresa foi negado pelo Tribunal de Justiça (TJ-BA).

De acordo com a advogada da vítima, Viviane Bonfim, o Tribunal de Justiça confirmou integralmente a sentença do magistrado no dia 16 de maio deste ano. A decisão foi publicada no dia 19 do mesmo mês, no Diário de Justiça Eletrônico, e ainda cabe recurso.

A Pague Menos não respondeu ao G1 se irá recorrer. A companhia disse, em nota, que "é uma empresa ética, que está sempre atenta em prestar o melhor serviço e o melhor atendimento à população".

Caso

Em janeiro de 2015, a mãe da criança, que tinha com pouco mais de um ano de idade, levou a filha para o hospital quando ela apresentou os sintomas de febre. A médica receitou três medicamentos: eritromicina oral, nistatina oral, paracetamol e cingilone. Ao ir na farmácia, no entanto, o funcionário da empresa, de posse da receita, vendeu à mãe o medicamento ilosone tópico 20 mg/ml, apontado como genérico da droga eritromicina, prescrita no receituário.

O funcionário da farmácia ainda teria orientado a mãe a administrar para a criança doente, por via oral, 4 ml do remédio, a cada oito horas, escrevendo esta explicação na caixa da droga vendida.

A mãe então passou a administrar o remédio errado na filha, que passou a apresentar lesões em mucosa da boca, perda de peso, vômitos, desidratação, sangramento de gengivas, estomatite, dentre outros sintomas, de acordo com laudo médico. Ela chegou a ficar internada durante quatro dias, no Hospital Regiona de Eunápolis.

Segundo a decisão judicial, foi constatado que a eritromicina, prescrita pela médica, é destinada ao tratamento de infecções internas e tem uso oral. Já o remédio vendido pela farmácia, ilosone, tinha uso tópico, embora tenha sido administrado inadequadamente por via oral, após a orientação do funcionário. O isolone é indicado para tratamento de acne.

A mãe da criança disse que vai usar parte do dinheiro ganhado com a indenização para o tratamento da filha que, mais de um ano após ingeririr o medicamento errado, ainda apresenta dores no estômago.

Sem farmacêuticos, postos de saúde têm suas farmácias fechadas em Paranaguá

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Sugestão de legenda: UBS da Vila Garcia atendia mais de 10 bairros até início do ano. Foto/Rádio Ilha do Mel

Inicialmente concentrada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), as farmácias que garantiam a entrega de medicamentos na Rede Municipal de Saúde foram fechadas nos postos de saúde de Paranaguá, diante da falta de farmacêuticos, profissional exigido pelo Ministério da Saúde, em todo o país.

Com o problema persistindo na atual gestão do prefeito Marcelo Roque (PV), o fornecimento do medicamento agora é feito em apenas seis pontos da cidade.

Na época da mudança, a administração municipal justificou que a alteração dos locais iria ocorrer porque em novembro do ano passado o Conselho Regional de Farmácia (CRF) multou a Prefeitura por não manter farmacêutico nos pontos de dispensação, o que vai contra a legislação vigente.

Desde então, a população está sendo atendida pelos serviços da farmácia municipal somente nas unidades de Alexandra (Posto de Saúde Elias Borges Neto), Ilha dos Valadares (Rodrigo Gomes), Serraria do Rocha (Domingos Lopes do Rosário), além da sede da Semsap (prédio da antiga maternidade, na Avenida Gabriel de Lara), unidade “Balduína Andrade Lobo” (Dona Baduca) e no Centro Municipal de Especialidades (Hospital João Paulo II).

De acordo com o Secretário Municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique Oliveira, em depoimento dias antes da decisão, um teste seletivo seria feito para o chamamento de mais farmacêuticos com o intuito de o município adequar-se às exigências do Conselho. “Estamos trabalhando em parceria com a Procuradoria Geral do Município para criação da Fundação Municipal de Saúde, para que se possibilite a contratação necessária da demanda sem onerar o índice da folha de pagamento”, explicou.

Porém, passados quase seis meses, nenhum teste seletivo foi realizado para a contratação de novos profissionais. Além disso, a Fundação Municipal de Saúde ainda não saiu do papel.

Mudanças foram desaprovadas

Um dos casos mais emblemáticos das alterações nos locais da distribuição de medicamentos diz respeito à Unidade Básica de Saúde da Vila Garcia, onde reside o presidente da Câmara Municipal, Marquinhos Roque (PMDB), irmão do prefeito.

Até janeiro, o espaço era responsável por concentrar a demanda não só do bairro, mas de outros adjacentes, como Jardim Esperança, Vale do Sol, Jardim Paraná, Jardim Esperança, Ouro Fino, Jardim Paranaguá, Porto Seguro, Conjunto Cominese, Bertioga e Parque Agari. Agora, os pacientes precisam se deslocar ao menos cinco quilômetros para fazer a retirada dos remédios, neste caso, no Centro Municipal de Especialidades do Hospital João Paulo II. De acordo com uma moradora do bairro Ouro Fino que não quis se identificar, a alteração não trouxe benefícios.

“Antes buscava meus remédios e os da minha mãe na Vila Garcia. Agora preciso ir de bicicleta ou de ônibus até o João Paulo II apenas para retirá-los. Ficou muito contramão. Minha mãe é debilitada e não pode sair de casa. Eu trabalho o dia todo. Fica muito contramão. Ao invés de ajudar, nos prejudicou ainda mais”, disparou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção, os pacientes que necessitam dos medicamentos devem dirigir-se até estes pontos de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h.

Drogaria São Paulo faz campanha antitabagismo com serviço de saúde gratuito

Quarta, 31 Maio 2017 14:36 Escrito por Monica Agnello
Ação será promovida em 95 lojas da rede na Grande São Paulo

São Paulo, 2017 – A rede Drogaria São Paulo promove a partir do dia 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco – uma ação de conscientização sobre a influência do hábito de fumar na vida das pessoas. O objetivo é aproveitar a data para oferecer um serviço de saúde gratuito que possa esclarecer as consequências e os malefícios do tabagismo, tanto para fumantes ativos como passivos. A ação acontece até o dia 04 de junho em 95 lojas da rede na grande São Paulo.

“Queremos levantar uma reflexão que deve atingir toda a sociedade. Esperamos que essa mensagem de saúde seja disseminada, para isso trabalharemos com informativos, posts em redes sociais e com toda a atenção de profissionais de farmácia capacitados para conversar abertamente sobre o assunto”, conta Lana Cebel Danza, Gerente Farmacêutica Corporativa do Grupo DPSP – companhia que administra as redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo.

Com o envolvimento de 300 farmacêuticos treinados para tratar deste assunto, o atendimento irá identificar o grau de dependência dos fumantes e levantar todos os benefícios, caso o cliente opte pela adesão da campanha, ou seja, por parar com o hábito de fumar.

“O atendimento farmacêutico terá dois momentos diferentes. O primeiro será a triagem e irá abordar se a pessoa é fumante ou não, ou ainda, se convive com fumantes. Em um segundo momento, caso ele esteja disposto a parar ou a auxiliar alguém, iremos indicar informações a respeito e possibilidades para que ele consiga seguir com sua meta. Tratamentos, métodos e produtos que possam facilitar essa conquista”, explica Lana.

Sobre a campanha antitabagismo Drogaria São Paulo

Data: de 31 de maio a 04 de junho

Locais: 95 lojas da rede na grande São Paulo

Atendimento/ serviço de saúde Drogaria São Paulo: Gratuito

O que você irá encontrar? Atendimento personalizado e informação

Falta de medicamento para o sistema nervoso prejudica juiz-foranos

Por Tribuna

O medicamento Mestinon, utilizado para tratar a miastenia grave, doença rara que causa fraqueza e fadiga nos músculos, está em falta em Juiz de Fora. Pessoas que têm a doença relataram à Tribuna que não estão conseguindo comprar o remédio nas farmácias da cidade. Utilizado para controlar os sintomas da patologia, o medicamento também deveria estar disponível pelo SUS para os usuários que são portadores da doença, mas, segundo a Superintendência Regional de Saúde, ele não consta no estoque do Estado no momento, devido a atraso do fornecedor.

A falta do remédio tem prejudicado o tratamento de Carine Santiago Lage. Ela utiliza o remédio há 15 anos, mas não tem conseguido comprá-lo há três meses. Sem soluções para o problema, ela tem feito a compra de pessoas de outras cidades, que, quando conseguem obter o remédio, revendem para outros pacientes. No entanto, apesar de o Estado ser obrigado a fornecer o remédio, ela nunca teve acesso ao item de forma gratuita. “O remédio é caro, e custa cerca de R$ 30 a caixa, que dura cerca de um mês pra mim. Nunca consigo o medicamento pelo SUS, nunca tem.”

Milaine Aparecida de Barros, que também é portadora da doença, conta que sempre teve que comprar o medicamento. “A única vez que eu consegui o remédio de graça foi quando o médico me deu, pois faço tratamento pelo SUS. Está difícil de achar o remédio, mas uma prima está comprando em Volta Redonda (RJ) e enviando para mim. Ainda assim, ela não consegue comprar grandes quantidades, e está sempre em falta.”

Procurada pela Tribuna, a fábrica responsável pela produção do medicamento, Instituto Terapêutico Delta S.A., confirmou que houve problemas e informou que a distribuição já está sendo normalizada, mas não deu previsão para que os medicamentos cheguem a Juiz de Fora. A Tribuna tentou contato com o SAC da empresa, mas ainda não obteve retorno.

Tocantins atende mais de 12 mil pessoas com distribuição de medicamentos

Atendimentos no Estado são realizados por meio das quatro unidades da Assistência Farmacêutica, em Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional

Frederick Borges

Publicada em 31/05/2017

Luciene Lopes/Governo do Tocantins

Durante o ano de 2016 até abril de 2017, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio das quatro unidades da Assistência Farmacêutica, em Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional, atendeu 12.364 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com a distribuição medicamentos. Além desse atendimento, o fluxo de pessoas nos ambulatórios farmacêuticos em busca de informações diversas gira em torno de 400 por dia, nas 12 horas diárias ininterruptas de atendimento ao público.

O acesso do cidadão ao medicamento se dá por meio da solicitação médica, do cadastro do usuário nos programas do Ministério da Saúde, da análise do prontuário do paciente e a consulta farmacêutica de monitoramento do tratamento. Exceto o atendimento médico, os demais procedimentos são realizados pelos profissionais farmacêuticos da Assistência Farmacêutica, a fim de garantir a segurança do tratamento. "O acolhimento desse paciente feito por nós, farmacêuticos, a fim de esclarecer dúvidas sobre o seu tratamento e sobre a manutenção do cadastro também é de fundamental importância", pontuou a farmacêutica Marta Rocha, acrescentando que nesse processo os farmacêuticos clínicos, continuamente, realizam troca de informações com o médico, sobre questões relacionadas ao tratamento e segurança no uso do medicamento.

Atendimento

Considerando que as diversas informações repassadas, diariamente, ao cidadão também são uma prestação de serviço, a diretora da Assistência Farmacêutica, Yara Maria Coelho, informou que o setor dará mais agilidade ao serviço com a instalação de um guichê para atendimento rápido e ampliará o número de farmacêuticos. "O cidadão que vem ao ambulatório apenas para buscar informações deve receber um atendimento adequado e rápido, diferente do usuário que necessita passar pelos trâmites estabelecidos pelo SUS para ter acesso ao medicamento. Nosso propósito aqui é levar ao cidadão tocantinense um atendimento cada vez mais dinâmico e satisfatório", concluiu.

Moradora de Palmas, Gerlane Pereira Castro relata que sua filha Ana Julia, de 9 anos, recebe acompanhamento e medicamento da Assistência Farmacêutica há mais de quatro anos. A menina é usuária dos medicamentos em decorrência da falta de hormônio do crescimento. "O atendimento recebido aqui é muito bom e tem sido vital para o desenvolvimento da minha filha", destacou.

Para Alderi Miranda de Jesus, que há três anos vai à Assistência Farmacêutica em busca do medicamento Alfaepoetina para o seu pai, Avelino Barbosa de Miranda, o atendimento feito pelos farmacêuticos transmite responsabilidade e segurança para os usuários. "Houve ocasião em que foi receitado um medicamento, mas quando meu pai foi avaliado pelos farmacêuticos constatou-se que não havia necessidade do uso do remédio, sem comprometer o tratamento dele. Situação assim mostra a seriedade do trabalho realizado pelos profissionais da Assistência Farmacêutica", avaliou.

Distribuição

A Assistência Farmacêutica trabalha com três tipos de componentes para atender municípios e o cidadão. Por meio do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Cesaf) é realizada a distribuição de medicamentos para os 139 municípios, a fim de controlar doenças e agravos de perfil epidêmico. Os medicamentos são destinados a atender doenças como DST/HIV, esquistossomose, dengue, chagas, anemia falciforme, toxoplasmose, hanseníase e tuberculose.

No Componente Básico (Cebaf) a distribuição de medicamento de Atenção Básica, também feita aos 139 municípios, está voltada para o controle de doenças crônicas e atende aos programas de saúde como o da diabetes (insulinas), Saúde da Mulher (anticoncepcionais e DIU), dentre outros.

Já no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), a entrega do medicamento é feita diretamente ao cidadão para controle de doenças crônicas e com atendimento voltado a doenças como: anemia falciforme, esquizofrenia, artrite reumatoide, Alzheimer, parkinson, insuficiência renal crônica, lúpus, transplante renal, hepatites, epilepsia, osteoporose, hipopituitarismo, acne grave e outras. Além desses componentes, a Assistência Farmacêutica fornece fórmulas nutricionais aos usuários.

As entregas dos medicamentos são condicionadas a fatores como o fornecimento dos insumos pelas empresas dentro do prazo previsto e de produção nos laboratórios.

Unidades no Tocantins

Palmas – Endereço: Quadra 104 Norte, Avenida LO-04, conjunto 04, lote 46, Centro, Cep 77.006-032 – Fone: (63) 3218 3200

Araguaína – Endereço: Avenida Adevaldo de Moraes, esquina com Avenida Filafélfia – Setor Rodoviário – Casa de Apoio Glória Moraes – Fone: (63) 3411-2971

Gurupi – Endereço: Avenida Mato Grosso, entre as ruas 8 e 9 – Fone: (63) 3351 1460

Porto Nacional – Endereço: Pronto Atendimento do Hospital Regional de Porto Nacional – Fone: (63) 3363 8438

Sistema PEI está restabelecido

O Sistema de Peticionamento Eletrônico de Importação (PEI) está normalizado. GRUs devem ser emitidas eletronicamente.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 31/05/2017 09:40
Última Modificação: 31/05/2017 11:59

O Sistema de Peticionamento Eletrônico de Importação (PEI) da Anvisa e o sistema Visão Integrada do Comércio Exterior (Vicomex), parte do Portal Siscomex, estão reintegrados. Com isso, as Guias de Recolhimento da União (GRU) devem ser emitidas eletronicamente, não sendo mais permitido o peticionamento manual.

Uma falha de comunicação entre o PEI e o Vicomex, identificada no sábado (27/5), exigiu a realização de peticionamentos manuais. Com a solução do problema nesta quarta-feira (31/5), as guias emitidas e não pagas poderão ser desconsideradas e o interessado poderá realizar o peticionamento eletrônico normalmente. Caso opte pelo pagamento da guia, o protocolo deverá ocorrer presencialmente no Posto da Anvisa até o dia 2/6.

Caso a guia tenha sido emitida e já paga, o usuário poderá protocolar o documento nos postos da Anvisa, presencialmente, até sexta-feira (2/6).

Entenda o caso: Anvisa alerta para falha no PEI.

Lote da pomada Epitezan é recolhido do mercado

A empresa Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda. identificou irregularidades no lote F54064 e comunicou o recolhimento voluntário do produto.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 31/05/2017 00:02
Última Modificação: 31/05/2017 16:42

A Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização e o uso do produto citado, pela Resolução – RE nº – 1.427, de 30 de maio de 2017 publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

A empresa Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda comunicou à Anvisa o recolhimento voluntário do medicamento Epitezan, pomada oftálmica estéril, lote F54064 com validade até 27/07/2018.

De acordo com a empresa, foram detectadas partículas pretas no lote em questão. O lote apresentou resultados insatisfatórios depois de outras verificações, mas não houve desvio de qualidade nos demais lotes, por isso, a empresa anunciou o recolhimento voluntário apenas dos medicamentos afetados.

Confira os medicamentos suspensos ou interditados nesta quarta

Medicamentos contra acne, ácido acetilsalicílico, antidepressivo, medicamento para controle de crises convulsivas e paracetamol foram suspensos ou interditados de forma cautelar.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 31/05/2017 11:04
Última Modificação: 31/05/2017 11:16

A Anvisa suspendeu, proibiu e interditou cautelarmente alguns medicamentos, entre eles o Cloridato de Amitriptilina e o Tylemax (Paracetamol).

Acnezil – proibição

O medicamento Acnezil, utilizado para controle da acne, não pode ser mais fabricado e distribuído em território nacional. Registrado pela empresa Cimed Indústria de Medicamentos Ltda., o Acnezil informa, em seu rótulo, que é vendido na forma de gel. No entanto, a Central de Atendimento da Anvisa registrou uma denúncia de que o medicamento não estava sendo comercializado nesta forma.

A fórmula mestra do produto, enviada pela empresa fabricante (Cimed) à Anvisa, não se enquadra nem como gel e nem como loção, estando, portanto, em desacordo com as apresentações permitidas pela RDC nº199/2006. Como o Acnezil é classificado como um medicamento de risco baixo, não há necessidade de recolhimento das unidades disponíveis no mercado, mas a a distribuição e fabricação do produto estão proibidas a partir de agora.

Amitriptilina lote 2444907 e Carbamazepina lote 3122900 – interdição cautelar

Após receber a queixa de que o “comprimido do blister encontra-se com mancha escura, parecendo ser mofo”, a Anvisa decidiu realizar a interdição cautelar do lote 2444907 do medicamento Cloridrato de Amitriptilina comprimidos 25 mg (validade 08/2018) e do lote 3122900 do medicamento Carbamazepina comprimidos 200 mg (validade 05/2018). Ambos são fabricados pela empresa Laboratório Teuto Brasileiro S/A.

O Instituto Adolfo Lutz realizou análise inicial dos medicamentos e divulgou laudos que apontavam resultados insatisfatórios. Será feita avaliação de contraprova.

O Cloridrato de Amitriptilina é utilizado principalmente para o tratamento de depressão. Já o Carbamazepina é usado no tratamento de determinados tipos decrises convulsivas (epilepsias)

Dormec – suspensão e recolhimento do lote 0015898

O lote 0015898 do medicamento similar Dormec (ácido acetilsalicílico) 100 mg (validade 06/2017) apresentou valores de dissolução abaixo da especificação da Farmacopeia Brasileira 5ª edição, segundo os laudos de análise fiscal e do laudo de contraprova emitidos pelo Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen), do Rio Grande do Norte.

Por conta disso, a Anvisa determinou a suspensão da distribuição, da comercialização e do uso e recolhimento do lote especificado do medicamento.

O Ácido Acetilsalicílico é usado para o alívio das dores musculares e das articulações e nos distúrbios inflamatórios agudos e crônicos, tais como artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante. Também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do tromboxana A2 nas plaquetas.

Tylemax – recolhimento do lote 8417A

A Anvisa determinou o recolhimento do lote 8417A (Val 03/2018) do medicamento Tylemax (Paracetamol), solução oral, 200 mg/ml, por irregularidades constatadas no processo de fabricação.

O Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen), do Rio Grande do Norte, emitiu laudo de análise fiscal a respeito do medicamento Tylemax, que apresentou resultado insatisfatório no ensaio de dosamento de princípio ativo, o que gerou a publicação da interdição cautelar do produto.

Posteriormente, o mesmo laboratório emitiu ata de perícia de análise de contraprova do medicamento Tylemax (Paracetamol), solução oral, 200 mg/ml, da empresa Natulab Laboratório S/A.

A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) do Rio Grande do Norte recebeu a contraprova, onde percebeu-se que o invólucro plástico estava violado e que o sistema de lacre (fita azul) tinha sido parcialmente removido. A análise de contraprova foi encerrada, sendo o laudo inicial tornado definitivo.

Confira as Resoluções, na íntegra, no Diário Oficial da União desta quarta-feira (31/5).

Saiba mais sobre os tipos de medidas sanitárias utilizadas pela Anvisa para proteger a população de um risco sanitário.

Calvície: Rogaine não tem registro

Rogaine (Minoxidil) não tem registro sanitário junto à Anvisa.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 31/05/2017 14:05
Última Modificação: 31/05/2017 16:45

O produto Rogaine (Minoxidil), que afirma agir no combate à calvície, foi proibido pela Anvisa nesta quarta-feira (31/5). Comercializado em meios eletrônicos, o Rogaine não possui nenhum registro sanitário junto à Agência, o que torna ilegal qualquer tipo de divulgação e venda.

No Brasil existem medicamentos, com Minoxidil na formulação, indicados para a calvície com registro válido na Anvisa e disponíveis nas farmácias. Se você tem esse problema, procure um médico para receber o tratameto adequado com um produto aprovado no país.

A Agência determinou, portanto, a proibição da distribuição, divulgação, comercialização e uso do Rogaine (Minoxidil).

A determinação entra em vigor a partir da data da publicação no Diário Oficial da União (DOU).

Deputado pede investigação contra ministro da Saúde por suspeita em compra de remédio

Jorge Solla (PT-BA) levou à PGR o pedido diante de suspeitas de prejuízos aos cofres públicos na compra de dois medicamentos; pasta garante que compra era necessária

Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo

31 Maio 2017 | 19h37

BRASÍLIA – O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) entregou na Procuradoria Geral da República um pedido de investigação contra o ministro da Saúde, Ricardo Barros, baseada na compra de dois medicamentos produzidos pela farmacêutica Blau. Na avaliação de Solla, a operação trouxe prejuízos para os cofres públicos e provocou um impacto negativo para produção nacional. O Ministério da Saúde, por sua vez, sustenta que a compra era necessária, feita para garantir o abastecimento e reduzir custos. De acordo com a pasta, as duas transações tiveram o aval de órgãos de controle.

Os remédios são Alfapoetina, indicado para pacientes com doença renal e transplantados, e Ribavirina, para o tratamento da Hepatite C. Ambos são produzidos pela Fiocruz, que até o fim do ano passado se encarregava pelo fornecimento. “Não faz sentido. Por que não incentivar a produção nacional?”, questionou o deputado.

A Ribavirina é produzida pela Fiocruz desde 2008. Pelo contrato em vigor até 2016, o valor unitário do medicamento era de R$ 0,17. Na compra acertada com a farmacêutica Blau, cada unidade sairá por R$ 5,19, contou Solla. O Ministério da Saúde argumenta que a transação somente foi realizada porque a própria Fiocruz admitiu que não conseguiria cumprir com o contrato. Uma das remessas que deveria ter sido entregue em 2016, teve de ser postergada. O atraso foi provocado por problemas na aquisição de matéria-prima. A pasta informa ainda que a compra foi avaliada pela Corregedoria-geral da União.

O outro medicamento, a alfapoetina, é produzido pela Fiocruz como parte de um contrato de transferência de tecnologia firmado com o laboratório cubano Cimab, em 2005. Solla observou que a compra emergencial com o laboratório Blau ocorreu mesmo com estoques disponíveis do produto na Fiocruz. “Havia quase 4 milhões de unidades”, disse. O Ministério da Saúde, no entanto, sustenta que a compra foi feita por economia. De acordo com a pasta, a transação gerou uma redução de custos de aproximadamente R$ 128 milhões, um desconto de 33% em comparação ao processo de aquisição anterior.

Por meio da assessoria de imprensa, a pasta afirma ter havido um atraso no processo de transferência de tecnologia para produção da alfapoetina pela Fiocruz e que não havia justificativas para o governo continuar pagando mais caro por um medicamento que somente era embalado no Brasil. A pasta informou ainda estar empenhada na produção nacional da alfapoetina e estar negociando os preços do produto com a Fiocruz, para que a próxima compra, com preços competitivos, possa ser feita com a própria fundação.