Anvisa proíbe venda de produto para acne

Comercializado como gel no mercado, o Acnezil era, na verdade, creme

Por Da redação
31 maio 2017, 12h38

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização do produto para espinhas Acnezil, do grupo Cimed. Segundo o órgão, o produto não se enquadra como gel ou loção, como informa a embalagem.

O produto, vendido na forma de creme, não pode ser fabricado ou distribuído a partir desta quarta-feira (31), de acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União. De acordo com o laboratório, o Acnezil tem efeito inflamatório e antibacteriano.

Procurado, o Grupo Cimed não se posicionou até o fechamento da matéria.

No mês de maio, a Anvisa proibiu a comercialização de outros cinco produtos: água sanitária da Ideal Limp, condicionadores infantis da marca Cocoricó, paçocas da marca Dicel, medicamentos para esquizofrenia e outros medicamentos da Vic Pharma.

Anvisa proíbe lote de remédio para alívio de dores musculares

O produto trata-se de um medicamento similar para alívio de dores musculares e de articulações e também distúrbios inflamatórios

Por Weruska Goeking 31 mai, 2017 09h50

SÃO PAULO – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a distribuição, a venda e o uso do lote 0015898, com validade de junho de 2017, do medicamento Dormec (ácido acetilsalicílico) em comprimidos de 100 mg, fabricado por IMEC – Indústria de Medicamentos Custódia Ltda.

O produto trata-se de um medicamento similar para alívio de dores musculares e de articulações e também distúrbios inflamatórios. A suspensão é decorrente de resultados insatisfatórios no ensaio de dissolução e o fabricante terá que recolher o estoque existente no mercado.

SUS passa a oferecer novo medicamento para esclerose múltipla

31/05/2017 18h33 Júlia Buonafina*

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer mais um medicamento para pacientes diagnosticados com esclerose múltipla, a teriflunomida, que ajuda a reduzir os surtos e a progressão da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o remédio será o primeiro medicamento da primeira linha de cuidado, por via oral.

O tratamento estará disponível nas unidades de saúde de todo o país em até seis meses e deve atender a cerca de 12 mil pacientes que já são tratados na rede pública, além dos novos casos.

A esclerose múltipla afeta adultos na faixa de 18 aos 55 anos de idade. No Brasil, a taxa de prevalência da doença é de aproximadamente 15 casos por 100 mil habitantes. Há quatro formas de evolução clínica: remitente-recorrente, primariamente progressiva, primariamente progressiva com surto e secundariamente progressiva. A forma mais comum é a remitente-recorrente, representando 85% de todos os casos no início de sua apresentação.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que acomete o sistema nervoso central, causando desmielinização e inflamação. O quadro clínico se manifesta, na maior parte das vezes, por surtos ou ataques agudos, podendo entrar em remissão de forma espontânea ou com o uso de corticosteroides.

Os sintomas mais comuns são neurite óptica, paresia ou parestesia de membros (sensações como formigamento, pressão, frio ou queimação), disfunções da coordenação e equilíbrio, mielites, disfunções esfincterianas e disfunções cognitivo-comportamentais, de forma isolada ou combinadas.

Atendimento

Atualmente, o SUS oferece seis medicamentos para o tratamento da doença: betainterferona (1a injetável e1b injetável); fingolimode 0,5mg; glatiramer 20 mg injetável; natalizumabe 300 mg; azatioprina 50 mg e o metilprednisolona 500mg. Além disso, o sistema público tem 277 hospitais habilitados como Unidade de Assistência ou Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia em todo o país. 

*Estagiária sob supervisão da editora Luana Lourenço 
Edição: Juliana Andrade

Nanomedicina desenvolve proteção de antígeno para vacinas orais

Parceria entre Responsabilidade Público Privada leva pesquisa da USP para aplicação na indústria farmacêutica

Por Redação – Editorias: Atualidades, Rádio USP, Jornal da USP no Ar

Pesquisadores do Instituto Butantan, do Instituto de Física da USP (IFUSP e do Departamento de Química da Unifesp, em conjunto com a empresa farmacêutica Cristália, têm promovido a criação de um protetor de antígeno para vacinas orais a base de sílica.

A professora titular do IFUSP e pesquisadora nesse trabalho,  Márcia Fantini,  explica que a nano proteção de sílica ativa o sistema imunológico e permite que o antígeno vacinal não seja destruído pelo corpo.

Ela conta que experimentos foram conduzidos em camundongos com qualidade de sistema imunológico diferentes. Ou seja, uns tinham boa resposta imunológica e outros eram chamados de “maus respondedores.” Os testes com sílica em “maus respondedores” revelaram reações como aqueles dos “bons respondedores.”

A professora Márcia esclarece ainda que a parte de pesquisa fica a cargo dos institutos das universidades e os testes clínicos e produção são de responsabilidade da empresa.

O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular.

Consulta Pública: tecnologia na cadeia de rastreabilidade

Debate será em torno de Instrução Normativa que dispõe sobre a comunicação entre movimentação de medicamentos e a Agência.

Publicado: 31/05/2017 16:32
Última Modificação: 31/05/2017 16:40

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou nesta terça-feira (30/05), durante a 13ª Reunião Ordinária Pública de 2017, a proposta de um Consulta Pública de Instrução Normativa (IN) que dispõe sobre as definições básicas de tecnologia para a comunicação entre a cadeia de movimentação de medicamentos e a Agência para a operacionalização da fase experimental do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). A CP terá um prazo para contribuição de 30 dias.

O relator do tema, o diretor-presidente Jarbas Barbosa, ressalta que a proposta de IN apresentada foi construída tomando por base as propostas de regulamentação anteriores (a IN 6/2014 tratava das questões tecnológicas do SNCM, referente ao modelo definido na RDC 54/2013), além de várias reuniões realizadas com o setor em três encontros, sendo a última uma reunião ampliada ocorrida no último dia 23 de maio.

“Com a aprovação da Consulta Pública para essa IN, estamos cumprindo os prazos de regulamentação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), que se encerram no final de agosto”, observa Jarbas Barbosa. “Assim, haverá tempo suficiente para receber, mais uma vez, as contribuições dos integrantes da cadeia de movimentação de medicamentos e de especialistas em informação e informática, para construirmos uma regulamentação objetiva e que dê sustentabilidade técnica e previsibilidade para a realização da fase experimental do SNCM”.
Rastreabilidade

No dia 15 de maio deste ano, foi publicada a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) de nº 157, que determina novos mecanismos e procedimentos para o rastreamento de medicamentos. No âmbito do SNCM, os rastreamentos acontecerão por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados, em produtos farmacêuticos no território nacional.

O código de barras bidimensional é a tecnologia para a captura e o armazenamento de instâncias de eventos necessários ao rastreamento de medicamentos. O padrão de código é o DataMatrix, especificado na norma ISO/IEC 16022:2006. O detentor do registro de medicamentos é o responsável pela gestão dos dados que compõem o Identificador Único de Medicamentos (IUM).

Alguns medicamentos serão excluídos deste novo método de rastreamento durante a fase experimental. Soros e vacinas integrantes do Programa Nacional de Imunização, radiofármacos, medicamentos isentos de prescrição, amostras grátis, entre outros.

Confira, na íntegra, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 157.

RS ganha medicamentos para doenças autoimunes

Empresa farmacêutica cita crise financeira do Estado ao fazer doação de remédios

31/05/2017 – 17h47min | Atualizada em 31/05/2017 – 18h18min

Medicamentos foram entregues em Porto Alegre na terça-feira, na Divisão de Assistência Farmacêutica  

A Secretaria Estadual da Saúde recebeu uma doação de milhares de medicamentos para pacientes com doenças autoimunes, como o lúpus, por exemplo. A entrega ocorreu na terça-feira (30), na Divisão de Assistência Farmacêutica.

A doação foi realizada pela Accord Farma, empresa especializada em genéricos da área de cuidados especializados com alta tecnologia, como oncologia e imunossupressão. A Accord citou a escassez de recursos financeiros do Estado e dificuldade que os pacientes vinham enfrentando para ter acesso aos remédios.

A doação inclui os fármacos Metotrexato 25mg/mL 2mL (4.000 frascos), Topiramato 25 mg (20.000 comprimidos) e Topiramato 50 mg (30.000 comprimidos). Essas medicações podem ser usados para diferenças doenças autoimunes.

— Nossa prioridade é apoiar as pessoas e demonstrar solidariedade, pois estamos falando de medicamentos críticos. Como uma empresa multinacional, nosso papel também é atuar em parceria com o governo brasileiro para que a situação se normalize, considerando o momento atual do país, de recuperação econômica" — disse Abhishek Banerjee, diretor regional da empresa para a América Latina.

As enfermidades autoimunes, nas quais o sistema imunológico ataca o próprio corpo e os órgãos que deveria proteger, formam um grupo de mais de cem doenças.

Zero Hora solicitou informações à Secretaria Estadual da Saúde sobre o sitgnificado da doação e a quantidade de pacientes que os medicamentos permitirão beneficiar, mas ainda não obteve uma resposta.

Sindusfarma participa de II Simpósio Internacional de Resíduos de Serviços de Saúde

O gerente de Boas Práticas, Inovação e Auditorias Farmacêuticas do Sindusfarma, Jair Calixto, participou do II Simpósio Internacional de Resíduos de Serviços de Saúde que aconteceu entre os dias 25 e 27 de abril, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo.

Jair fez uma palestra sobre Logística reversa de resíduos domiciliares de medicamentos e explicou que na logística reversa não há retorno das despesas, e que é necessário encontrar um modelo de responsabilidade compartilhada por toda a cadeia. Jair disse que “a indústria farmacêutica está comprometida com a destinação ambiental, mas é preciso que distribuidores, farmácias e o governo participem da divisão dos custos”.

O evento organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental-Seção São Paulo e parceiros, contou com apresentações e palestras de especialistas incluindo o presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP, José Goldemberg.

Biomm faz acordo com farmacêutica dos EUA para insulina inalável em pó no Brasil

SÃO PAULO – A empresa brasileira de biotecnologia Biomm e a norte-americana MannKind fecharam um acordo de exclusividade para venda, no Brasil, de uma marca de insulina.

Segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira, o acordo envolve o fornecimento, distribuição e venda da insulina inalável em pó Afrezza.

A Biomm agora buscará as aprovações necessária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED).

Os termos detalhados e valores do contrato não foram divulgados.

(Por Sérgio Spagnuolo)

Reuters

EUA: cinco grupos farmacêuticos são acusados de esconder riscos de opiáceos

A ação menciona os laboratórios americanos Johnson

AFP
31.05.17 – 19h42

O estado americano de Ohio apresentou uma demanda nesta quarta-feira contra cinco grupos farmacêuticos acusados de dissimular os riscos de vício relacionados ao consumo de analgésicos à base de opiáceos, que estão por trás de uma grave crise de saúde pública nos Estados Unidos.

“Estes fabricantes de medicamentos fizeram acreditar (…) que os opiáceos não causavam dependência, que o vício era fácil de superar ou que podia ser tratado ingerindo ainda mais opiáceos”, assegurou em um comunicado Mike DeWine, procurador desse estado do norte do país.

A ação menciona os laboratórios americanos Johnson & Johnson, Allergan, Purdue Pharma e Endo Health Solutions, assim como o israelense Teva, especializado em genéricos, indicou o escritório do procurador.

Ohio quer que os cinco grupos admitam sua culpa e indenizem o estado e os pacientes.

Segundo o comunicado, suas práticas “fraudulentas” e marketing “enganoso” sobre os perigos dos analgésicos contribuíram para “acelerar” a prescrição de opiáceos e alimentar a crise, que afeta Ohio particularmente.

Nesse estado, 1.155 personas morreram em 2015 por overdose de fentanil, um potente analgésico opioide, mais que o dobro do que em 2014, segundo dados oficiais.

Em todo o país, mais de 15.000 pessoas morreram de overdose de medicamentos em 2015, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).