Atacarejos viram alternativa para consumidor fugir da crise

EM ALTA. Alagoanos aderem à modalidade em função de preços baixos e variedade

O consumidor alagoano segue a tendência do brasileiro, que busca unir economia com produtos de qualidade, o que pode ser encontrado nos estabelecimentos de atacado de autosserviço, ou atacarejo, como são popularmente conhecidos. Os números de 2016 indicam um crescimento de 14%, com ampla expectativa de crescimento para o segmento este ano.

Segundo o presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA), Raimundo Barreto, o mercado é promissor e precisa ser descoberto pelo empresário local. “O crescimento é possível se houver investimento. Se o empresário fizer adesão vai perceber isso, pois o mercado está aberto e é de livre concorrência”, explicou Raimundo.

Aqui em Maceió os mais conhecidos atacarejos são: Macro, Atacadão, Sams Club e Açaí. Localizados em pontos estratégicos da cidade, eles atendem desde o comerciante até o consumidor final, que costuma comprar em grande quantidade.

Os atacarejos integram grandes redes espalhadas pelo país e não têm grande concorrência. Em Maceió, outra região em que se costuma encontrar atacarejos é no entorno do Mercado da Produção, mas eles não têm a grande variedade de produtos. Quase sempre são segmentados, atendendo nichos de mercado específicos, como revendedores de material de limpeza, alimentos e doces.

De acordo com Raimundo Barreto, foi assim que os atacarejos foram conquistando espaço. A proposta não é concorrer com os super e hipermercados que se baseiam em outros conceitos e que reúnem, muitas vezes, o requinte, o conforto e uma maior variedade de produtos.

A diferença para quem procura os atacarejos está, entre outras coisas, na disposição dos produtos. Quase sempre são formados por grandes prateleiras, onde, nas mais acessíveis, ao alcance da mão, ficam os produtos soltos e acima os fardos empilhados. “É um ambiente mais rústico, mas que oferece condições de compras volumosas, que acabam favorecendo o consumidor.

Shibata Supermercados anuncia primeira loja em Suzano

A unidade será a 21ª da rede e deve empregar cerca de 170 colaboradores

A Shibata Supermercados anuncia que vai inaugurar a sua primeira loja no município de Suzano (SP) em novembro. Essa será a 21ª loja da rede e funcionará no endereço de um antigo Extra, bandeira do GPA (Grupo Pão de Açúcar).

De acordo com a direção da varejista, o prédio passará por reformas e adaptações para que a unidade suzanense fique nos moldes e padrões das demais lojas que compõem o grupo. A nova unidade terá 1.500 m² de área de vendas, 90 vagas de estacionamento, 15 checkouts, cerca de 170 colaboradores e contará com os setores de açougue, padaria, frios, rotisserie, adega, flores, mercearia, limpeza pessoal e para casa.
“Sempre tivemos solicitações para que a Rede implantasse uma unidade no município suzanense. Era um antigo desejo nosso e da população, que agora está concretizado. Suzano atende o foco de expansão que planejamos e esta será nossa oitava loja no Alto Tietê”, afirma João Shibata, diretor presidente da rede.

Com a chegada a Suzano, a rede soma 21 unidades, que estão distribuídas em 13 cidades do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Alto Tietê: Mogi das Cruzes (4), Itaquaquecetuba (1), Biritiba Mirim (1), Jacareí (4), Taubaté (2), Caraguatatuba (2), Caçapava (1), Ferraz de Vasconcelos (1), São Sebastião (1), Aparecida (1), Pinda (1), São José dos Campos (1) e agora Suzano (1).

Supermercados do ES podem reabrir aos domingos a partir de novembro

Decreto presidencial que determina a abertura terá validade após fim da convenção coletiva

Um decreto a ser assinado em breve pelo presidente Michel Temer (PMDB) deve levar os supermercados a reabrir as portas aos domingos no Espírito Santo, mas não imediatamente. A partir do mês de novembro, quando já não estará valendo a convenção coletiva celebrada em 2016 entre os sindicatos patronais e o Sindicomerciários, a tendência é que as redes de supermercados voltem a abrir pelo menos algumas de suas lojas também aos domingos.

Como noticiou ontem a coluna Victor Hugo, Temer vai assinar, no próximo dia 16, um decreto que confere aos supermercados o status de “atividade essencial”, equivalente, por exemplo, ao de farmácias e restaurantes. Na prática, isso criará a base jurídica para que as lojas tenham que funcionar todos os dias, inclusive aos domingos. Nem todas as unidades precisam estar abertas nesse dia, mas algumas, obrigatoriamente, terão que funcionar.

A notícia sobre o iminente decreto presidencial gerou reações distintas das partes envolvidas – representantes das entidades patronais e dos trabalhadores do setor. Enquanto o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, expressa aprovação à medida, o do Sindicomerciários, Jackson Andrade, classifica o decreto como “mais um golpe nos trabalhadores”.

“Se de fato esse decreto for assinado, é infelizmente mais um golpe dado nos trabalhadores. Mas, neste momento, nós temos em nossa convenção coletiva a cláusula que trata do trabalho do empregado. Essa convenção foi assinada em novembro de 2016, entre nós e os sindicatos patronais, e vale até o dia 31 de outubro. Diz que os supermercados não podem exigir o labor dos empregados em dias de domingos”.

Para o sindicalista, assim, até o dia 31 de outubro, o que vale é o que diz a convenção. “Caso esse decreto seja mesmo assinado, não invalida a convenção. Ela trata do trabalho dos empregados e não de abertura aos domingos. Então, para nós, não tem validade alguma até 31 de outubro. Depois disso, vamos iniciar as negociações para renovação da convenção coletiva, e esse tema estará em pauta”.

Melhor decisão

Por sua vez, o presidente da Fecomércio declara que a entidade não coloca nenhuma objeção ao decreto. “É uma decisão justa na situação que estamos vivendo. A liberação de funcionamento aos domingos não vai ficar presa a acordos. Fica facultado ao empresário. Quem quiser abrir que abra”, afirma Sepulcri.

Para ele, a mudança pode até gerar postos de trabalho. “No meu ponto de vista, temos que respeitar: aqueles que quiserem abrir, que abram. Respeitamos o governo federal, até porque o país há milhões de desempregados precisando de oportunidades. Isso pode até gerar empregos”, acredita.

Análise

“A opinião do Sindicomerciários procede. Por mais que haja uma legislação que vai autorizar a abertura aos domingos, a convenção coletiva, que foi celebrada pelos dois lados, pode restringir isso. Então, para dar maior segurança aos sindicatos patronais, entendo que, mesmo com esse decreto, a convenção coletiva sobressai, proibindo o labor aos domingos, até dia 31 de outubro. A partir daí, acho que não haverá mais o fechamento dos supermercados aos domingos. Amparado pelo decreto, o sindicato patronal não vai mais aceitar celebrar convenções nesses termos. Esse decreto remove a barreira”.

Alberto Nemer – advogado trabalhista e professor

Carrefour reinaugura dois supermercados em Saõ Carlos

Agosto 5, 2017 Publicado por Marina Shimamoto Publicado em Negócios Carrefour reinaugura dois supermercados em Saõ Carlos

O Carrefour reinaugurou na sexta-feira (4) em São Carlos (SP) dois supermercados da bandeira Bairro sob o conceito Nova Geração. Situadas nos bairros Vila Costa e Santa Felícia, as lojas foram transformadas e exibem novo layout e iluminação.

Uma das mudanças dos supermercados Nova Geração está na área de mercado, que abrange o açougue, peixaria, padaria, hortifrúti, queijos e frios, onde o cliente tem maior visão dos produtos e o atendimento é feito por profissionais especializados. Nesses setores, o Carrefour coloca à disposição dos clientes variedade de carnes, peixes, frutas, legumes e verduras, queijos e frios, além de pães quentinhos a toda hora.

O modelo traz ainda mudanças na fachada externa, corredores mais amplos e a ampliação do sortimento especialmente nas categorias de Massas e Molhos, Azeites, Café e Cervejas Importadas, que também ganham nova sinalização. Para os que buscam praticidade, o modelo oferece ainda uma Cafeteria com opções de salgados, doces e bebidas. Já as áreas de artigos de limpeza e produtos de beleza também são reformuladas.

(Redação – Agência IN)

DISTRIBUIDORES TAMBÉM RECLAMAM

PROBLEMAS. Falta de segurança nas estradas e protestos frequentes preocupam empresários

As condições precárias das estradas são gargalo também na distribuição de produtos que abastecem supermercados e estabelecimentos comerciais no Interior. Em Arapiraca, município que se destaca como polo de atacadistas e distribuidores, empresas admitem ter custos elevados em decorrência do atraso na entrega de mercadorias; e gastos com manutenção dos caminhões de entrega, que poderiam ser evitados se não houvesse tantos buracos na rodovia. O problema acaba se tornando entrave no processo de expansão das atividades de pequenas e médias distribuidoras, que não conseguem competir em igualdade de condições com as grandes empresas da região.

Essa é a maior dificuldade da Nossa Distribuidora, que trabalha com material escolar, de escritório, limpeza e alimentos secos, mais nova empresa do Grupo Andrade, de Arapiraca, que, devido ao problema, adia os planos de expansão no território de atuação.

“Mais de uma vez por mês não conseguimos entregar a mercadoria dentro do prazo devido as condições das estradas – tanto as estaduais como as vicinais –, e várias vezes já aconteceu de o cliente se recusar a receber o produto por causa do atraso. Além de trazer a mercadoria de volta e não fechar a venda, muitas vezes acabamos tendo que pagar uma diária a mais para o motorista e ajudante, além de cobrir custos com pousada e alimentação, que não teríamos se conseguissem fazer o percurso dentro do tempo previsto”, afirmou o gerente de Logística da empresa, Marcos Nunes.

Mas os problemas começam ainda em Arapiraca. A duplicação da rodovia AL-110, que sequer foi inaugurada, já apresenta buracos em trechos liberados para o tráfego, dentro da zona urbana da cidade. A obra de duplicação, que segue até o município de São Sebastião, deve ser concluída até o fim do ano, segundo informações do governo do Estado.

“Já tivemos caso de caminhão que quebrou antes mesmo de sair da cidade, um pneu que estourou quando o veículo caiu em um buraco na AL-110, que apesar de ter sido feita há tão pouco tempo, já tem trechos ruins. A sorte é que como aconteceu dentro da cidade, o conserto foi mais rápido, mas ainda assim foram duas horas de atraso”, afirmou o superintendente de Transporte e Logística da Asa Branca, Cristiano Tomé dos Santos.

Neston lança campanha para incentivar o consumo de frutas

05/08/2017

NESTON, marca de cereais voltada para o público infantil, apresenta a nova campanha, criada pela Publicis, para reforçar seu posicionamento como aliada na inclusão e aumento de repertório de frutas na alimentação das crianças.

Trazendo a mensagem: “O que você imagina, com NESTON dá vitamina”, a nova campanha explora diversas possibilidades para preparar deliciosas e nutritivas vitaminas com frutas variadas e o produto e terá filmes em TV aberta, produzidos pela Sagaz Filmes, a partir de julho.

Além disso também lança uma nova identidade visual alinhada com o novo posicionamento, e apresenta seu site repaginado (www.neston.com.br) pela Publicis, onde fornece dicas, experiências e formas divertidas de preparar a vitamina.

Incluir frutas e lácteos na alimentação das crianças, de forma apropriada e na quantidade recomendada, não é tarefa fácil para os pais. Segundo Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE – Rio de Janeiro de 2013), 21% dos estudantes brasileiros não consomem nenhuma porção de fruta por dia e quase 70% destes jovens consomem frutas menos de cinco dias na semana, sendo que a recomendação de consumo diário da Sociedade Brasileira de Pediatria é de cinco porções de frutas, verduras e legumes.

Além disso, de acordo com Pesquisa da Infant and Kids Study (IKS), de 2015, 21% das crianças de 9 a 12 anos do estado de São Paulo consomem menos da metade da recomendação diária de leite do que deveriam e 40% delas não consome leite e derivados.

Pensado para suprir esta necessidade, NESTON oferece mil maneiras de tornar o consumo de frutas e leite mais fácil, ampliando o repertório das crianças e promovendo uma alimentação mais equilibrada de forma divertida e prática. Todos os produtos da linha são produzidos com cereais integrais, são fontes de fibras e vitaminas.

Os produtos com a nova identidade visual já podem ser encontrados nas maiores redes varejistas, bem como a campanha que está sendo veiculada nos canais Globo, SBT e Record na região do Nordeste, além do site (www.neston.com.br) e Facebook da marca (Nestlé Neston).

Fonte: Redação

Zero-Cal lança nova versão com Stévia

O produto é um blend exclusivo com Sucralose, que une substâncias de origem natural ao sabor.

Zero-Cal, marca líder em adoçantes no país*, apresenta uma nova versão para ampliar a família de adoçantes da marca. Zero-Cal Stévia é a combinação ideal entre Stévia e Sucralose, que une em um único produto as duas substâncias de origem natural que mais crescem no mercado de adoçantes. O blend entre as duas substâncias, exclusivo no mercado de adoçantes, garante à nova versão de Zero-Cal um sabor muito mais gostoso e adocicado, graças à presença da Sucralose na composição.

A Stévia é derivada de uma planta nativa da América do Sul com o benefício de ter poucas calorias e seu consumo tem sido muito incentivado por pessoas que buscam um estilo de vida saudável e mais natural. A união com Sucralose se deve a semelhança de sabor com o açúcar. O brasileiro vem se conscientizando que pode realizar substituições saudáveis e saborosas em seu dia a dia para alcançar um maior equilíbrio na alimentação e, nesta tendência de buscar mais bem-estar para a rotina, procuram cada vez mais produtos e substâncias de origem natural.

“Com fórmula e blend exclusivos, o novo Zero-Cal Stévia é ideal para quem preza por hábitos mais equilibrados, mas não abre mão do sabor”, comenta Adriana Bezerra, diretora da divisão Consumer Health da Hypermarcas.

Zero-Cal Stévia pode ser utilizado para adoçar todos os tipos de alimentos e bebidas, preservando o sabor suavemente doce. Cada cinco gotas do adoçante equivale a uma colher de açúcar. O produto já chega ao mercado apresentando a nova identidade visual da marca. Desenvolvidas pela FutureBrand São Paulo, os novos rótulos de Zero-Cal trazem elementos mais atuais, que facilitam a identificação de cada sabor ao evidenciar as cores de cada substância da linha.

Além do lançamento, disponível nas versões líquida e pó (50 envelopes), Zero-Cal também possui as consagradas versões líquida 100 ml e pó de Sucralose, 100ml e 200ml a base de Sacarina e as versões em Pó Sachê 800mg e Líquida 100ml, a base de Aspartame. O novo Zero-Cal Stevia estará disponível nos principais supermercados e farmácia a partir de julho. Para conhecer todos os produtos e ficar por dentro das novidades de Zero-Cal, acesse www.zerocal.com.br e curta a página da marca no Facebook (www.facebook.com/zerocaloficial).

Zero-Cal é a marca de adoçantes líder de mercado e a mais lembrada pelos consumidores nessa categoria. É uma marca leve, elegante, que valoriza o bem estar e oferece produtos especialmente desenvolvidos para pessoas que desejam equilibrar a alimentação, mas sem abrir mão do sabor. Atualmente a linha Zero-Cal oferece no seu portfólio Zero-Cal Sacarina gotas 100 e 200ml, Zero-Cal Aspartame gotas 100 ml e pó 50 envelopes e Zero-Cal Sucralose gotas 100ml e pó com 50 sachês.

Alimentos isentos de registro conforme RDC 27/2010. Não contém glúten.|* Fonte: Nielsen Retail T. Brasil / INA+INFC – Full Year 2016.

Empresa supera a crise com comida mexicana congelada e fatura R$ 5,2 milhões

Com dívidas, a Nacho Loco mudou seu mercado em 2015 e passou a vender comida em supermercados

04.08.2017|Por Fernanda Maranha

Depois de viagens para o México, Sérgio Freitas e Filomena Reis se apaixonaram pela culinária do país e começaram a fazer festas temáticas mexicanas para a família. O sucesso foi tanto que, em 2007, abriram em Vinhedo (SP) – cidade em que moravam – um buffet para fazer festas temáticas em domicílio, a Nacho Loco.

A empresa cresceu ao participar de eventos corporativos, especialmente no setor imobiliário. A Nacho Loco chegou a faturar R$ 400 mil por ano nessa época e precisou abrir uma cozinha industrial para dar conta da demanda em 2012.

O negócio ia bem, mas eles não contavam com chegada da crise que atingiu o mercado imobiliário, a partir de meados de 2014. “Abalou muito o nosso negócio, pois as imobiliárias eram 60% do nosso faturamento”, conta João Gabriel Freitas, 28 anos, filho de Sérgio e Filomena, que hoje é o CEO da Nacho Loco.

A situação da empresa só piorava com o agravamento da crise econômica. “As pessoas não queriam mais buffet de comida mexicana para fazer festa, mas sim churrasco ou outras coisas mais baratas”, diz Freitas.

A empresa começou a se endividar e Freitas, que é formado em Marketing, percebeu que era preciso mudar o negócio. Em junho de 2015 saiu de seu emprego e entrou na Nacho Loco, com uma participação societária pequena. A mudança proposta por Freitas foi migrar para o ramo de comidas congeladas típicas do México.

Em três meses ele fez um plano de vendas. A empresa adquiriu um ultracongelador com um financiamento pelo BNDES e Freitas vendeu o carro para comprar as embalagens.

No fim do mesmo ano Freitas, o pai e mais um representante de vendas começaram a visitar mercados para oferecer os novos produtos congelados. Os produtos da Nacho Loco são mini tacos, burritos e quesadillas. Com preço médio de R$ 24,90, estão presentes, hoje, em 18 das 20 maiores redes de supermercados, segundo Freitas.

Nessa nova vertente de negócio, apenas com alguns meses de venda dos produtos congelados, a empresa faturou R$ 400 mil, em 2015, sem contabilizar os eventos que ainda faziam.

O faturamento da Nacho Loco cresceu vertiginosamente e, em 2016, o faturamento foi de R$ 5,2 milhões, sendo R$ 4,5 milhões apenas com a venda dos congelados.

Em razão do sucesso da nova vertente da empresa, o ramo de eventos acabou no final do ano passado. “A parte de eventos era mais personalizada, enquanto a fábrica foca em alto volume, é difícil manter os dois”, explica Freitas.

Atualmente, eles estão mudando de fábrica para aumentar a capacidade produtiva e buscam faturar R$ 10 milhões até o fim de 2017.

Cidade mais perto de ganhar a marca do Selo Cervejeiro

em 4/08/2017 22:00

Niterói se prepara para ser uma das maiores rotas cervejeiras do Estado

Com grande potencial, a cidade de Niterói conta hoje com 51 cervejeiros independentes ou artesanais

A primeira sexta-feira de agosto é quando se comemora o Dia Internacional da Cerveja e, para muitos, bom motivo para um brinde. Em Niterói, os cervejeiros artesanais têm muito o que comemorar. A cidade se preparar para ser uma das maiores rotas cervejeiras do estado, confirmando a tendência de um mercado promissor que vem despontando há anos e  aproveitar o filão industrial e turístico para incentivar o empreendedorismo e geração de emprego e renda.  Para consolidar a marca de que a cidade também é boa fabricante de cerveja artesanal, os cervejeiros brindarão ainda este ano com o lançamento oficial do Selo Cervejeiro.

O selo é aguardado pelos produtores artesanais da cidade de Niterói.

“Nossa expectativa é a melhor possível. Estamos implantando na cidade uma marca que terá visibilidade e projetará Niterói até nacionalmente, colocando a cidade, inclusive, como uma rota cervejeira no Brasil. Em todos os lugares do mundo, a produção de cerveja artesanal agrega valores valoriza e inclui as cidades em roteiros turísticos e sempre associados à boa gastronomia. Com Niterói não será diferente. O Selo Cervejeiro terá a chancela de que é de Niterói e se transformará numa marca”, opina Carlos Ribeiro, um dos sócios de uma cervejaria  na Região Oceânica.

A proposta para implantação do “Niterói Cervejeiro” surgiu a partir de uma avaliação do município quanto ao crescimento do setor. Hoje, a cidade já conta com 51 cervejeiros independentes ou artesanais. 

“Nos últimos meses, foi criado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval, um grupo executivo para definir os melhores caminhos para elaboração do projeto de lei que regulamentou o segmento estimulando e apoiando a produção na cidade”, conta Carlos Ribeiro, que abriu uma cervejaria com mais cinco sócios na Região Oceânica.

Legislação – O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, visando apoiar esses empresários, sancionou a Lei 3.288 de maio de 2017, que dispõe sobre o licenciamento da atividade de microcervejarias e respectivos bares cervejeiros no município de Niterói.

Através da lei, Niterói reconhece e valoriza a fabricação de cerveja artesanal e incrementa o turismo cervejeiro de Niterói, promovendo atividades culturais e gastronômicas e promovendo a geração de emprego, renda e trabalho. Pelo decreto municipal fica instituído o Selo Niterói Cervejeiro.

A ideia, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite, é dar a chance do produtor artesanal se estabelecer e expandir seu negócio desde que, estimule a produção de pequena e ou média escala de acordo com as boas práticas socioambientais e sanitárias.

“Isso é uma febre no Brasil. O brasileiro gosta de qualidade diferenciada, feita com receitas e criatividade. Esta iniciativa ajudará a divulgar ainda mais a cidade em outros estados como um polo gastronômico. É mais uma força que agrega trabalho, impostos, lazer, além de turistas”, explica o secretário Luiz Paulino.

Criatividade – Para o presidente da Neltur, José Guilherme de Azevedo, o Polo das Cervejas Artesanais integra mais uma opção de fomento ao turismo e à economia da cidade. 

“Niterói dá exemplo de “economia criativa”, em que predominam atividades econômicas baseadas na criatividade, na inovação, na tecnologia e no conhecimento. E a produção das cervejas se enquadra nessa categoria. Nossa meta é contribuir com a proposta da Prefeitura na consolidação do Polo Cervejeiro, atraindo novos turistas para apreciar o modo de produção e os sabores dessa bebida”, ressalta Azevedo.

Saúde! Mercado de cervejas artesanais já responde por 1,6% do PIB

São Paulo, 04 de Agosto de 2017 às 19:19 por Agência Brasil
No dia internacional da bebida, setor mostra que vai além da gourmetização e é alternativa para empreendedores na crise

A cerveja, bebida já consumida por nobres e camponeses egípcios, vive hoje no Brasil um mercado em transformação. Uma das mudanças, em curso desde a década de 1990, é a expansão da cerveja artesanal.

Nesta sexta-feira (4/8) comemora-se o Dia Internacional da Cerveja. Segundo levantamento do Instituto da Cerveja, em 2015 existiam 372 cervejarias no país, contra 46 em 2005.

Segundo Kathia Zanatta, engenheira de alimentos à frente do Instituto da Cerveja, no Brasil esse desenvolvimento começou timidamente com algumas microempresas de Porto Alegre e Santa Catarina. Em 2005, explodiu de forma mais intensa e, nos últimos anos, houve um crescimento impressionante.

"Em um levantamento que fizemos, constatamos que, a cada semana, uma nova fábrica surge, fora as marcas que têm a sua própria”, afirma.

Após estudar em instituições estrangeiras, Kathia é a primeira sommeliere de cervejas do país. Esse profissional acompanha, em bares, restaurantes e cervejarias, todo o processo de aquisição e consumo do produto.

O termo sommelier já é popular no mundo dos vinhos, o que mostra a aproximação do universo da cerveja com a sofisticação da bebida derivada da uva.

A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) aponta que, de 2011 a 2014, o setor cervejeiro movimentou R$ 27 bilhões em salários, respondendo a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país) .

MUDANÇA DE HÁBITO

Com o crescimento das chamadas cervejas gourmet, criam-se novos hábitos entre os consumidores, que passam a consumir o produto menos em quantidade, e mais apreciando sabores. Na avaliação de Kathia, essa mudança no comportamento serviria para atenuar a associação entre álcool e agressividade.

“Esse novo conceito que vem renascendo até ajuda a desmanchar a visão de encher a cara e passar a apreciar a bebida. Esse é o maior tabu: cerveja não é para afogar as mágoas, ela exige momentos especiais, é para comemorar", diz. "O consumo exagerado leva a episódios de violência, e a gente, sempre que comercializa, fala do consumo responsável”, completa.

MERCADO

Professora de cursos na área, Kathia ressalta que em alguns casos a produção cervejeira tem sido uma alternativa de renda.

“Nesse momento de crise do país, muitos viram como alternativa de negócio, após serem demitidos. Decidiram empreender, mudar de ramo", afirma, lembrando que as mulheres representam de 25% a 30% dos alunos desse tipo de curso, e a faixa etária varia de 18 a 70 anos.

LEIA MAIS: Estudo detecta oportunidade para microcervejarias

Ela reforça que a qualificação é primordial, inclusive para ampliar a rede de contatos profissionais. Costumam ser exigidas, para as vagas na área, habilidades como capacidade de inovar e bom relacionamento com o público.

O perfil dos cervejeiros varia, desde aqueles engajados no processo artesanal até os que já produzem em escala industrial.

“Entre os interessados, temos de aposentados a jovens que juntam os amigos para fazer cerveja em casa. Há universitários, profissionais e muitas mulheres também. Eles vêm primeiro pela curiosidade, atraídos pelas garrafas coloridas, e começam a entrar nesse mundo”, diz Kirk Douglas, um dos donos da Casa Olec, loja de Brasília que fornece equipamentos e matéria-prima para produtores de cervejas artesanais.

Apesar da facilidade de poder produzir a cerveja até mesmo dentro de casa, o custo dos equipamentos e insumos é alto, o que também encarece o valor do produto final. Algumas garrafas artesanais são vendidas a R$ 40.

“A frase que define é: beba menos, beba melhor. Antes, a gente fazia até competição para ver quem bebia mais. É impossível fazer isso com cerveja artesanal, você percebe notas especiais. Você nota até pelos eventos nesse segmento, que não são de baderna”, afirma Douglas.

IMPOSTOS, SEMPRE ELES

Os empresários do ramo, ao contrário dos produtores caseiros, ainda enfrentam dificuldades para alavancar os negócios. Um dos quatro sócios da cerveja Diabólica, Eduardo Saldanha, começou o negócio em 2006, com um amigo proprietário de um bar. O local serviu de laboratório para testar a aceitação da bebida.

Após o bom resultado, a fabricação foi transferida de Curitiba para cidade de Treze Tílias, em Santa Catarina, há 350 quilômetros de Blumenau, reconhecida como Capital Nacional da Cerveja.

“As microcervejarias não estão se sustentando. Não é por causa do processo produtivo, do rótulo. O problema é o tributo. As grandes companhias, como Brahma e Antarctica, têm como base do tributo um valor baixo, como R$ 1. As outras têm uma base comum e a diferença de tributo é enorme”, explica Saldanha.

Na avaliação dele, o custo dos tributos cria dificuldade para investir em outros segmentos da produção, como distribuição e novos espaços para consumo.

“Por isso, há outra tendência: a do chopp. Com ele, você investe menos em garrafas e não passa pela pasteurização. Só que ele deve ser consumido em 7 dias e necessita de uma câmara fria, senão você não consegue mandar para muito longe. Por isso é que se vê muitos pubs."