DISTRIBUIDORES TAMBÉM RECLAMAM

PROBLEMAS. Falta de segurança nas estradas e protestos frequentes preocupam empresários

As condições precárias das estradas são gargalo também na distribuição de produtos que abastecem supermercados e estabelecimentos comerciais no Interior. Em Arapiraca, município que se destaca como polo de atacadistas e distribuidores, empresas admitem ter custos elevados em decorrência do atraso na entrega de mercadorias; e gastos com manutenção dos caminhões de entrega, que poderiam ser evitados se não houvesse tantos buracos na rodovia. O problema acaba se tornando entrave no processo de expansão das atividades de pequenas e médias distribuidoras, que não conseguem competir em igualdade de condições com as grandes empresas da região.

Essa é a maior dificuldade da Nossa Distribuidora, que trabalha com material escolar, de escritório, limpeza e alimentos secos, mais nova empresa do Grupo Andrade, de Arapiraca, que, devido ao problema, adia os planos de expansão no território de atuação.

“Mais de uma vez por mês não conseguimos entregar a mercadoria dentro do prazo devido as condições das estradas – tanto as estaduais como as vicinais –, e várias vezes já aconteceu de o cliente se recusar a receber o produto por causa do atraso. Além de trazer a mercadoria de volta e não fechar a venda, muitas vezes acabamos tendo que pagar uma diária a mais para o motorista e ajudante, além de cobrir custos com pousada e alimentação, que não teríamos se conseguissem fazer o percurso dentro do tempo previsto”, afirmou o gerente de Logística da empresa, Marcos Nunes.

Mas os problemas começam ainda em Arapiraca. A duplicação da rodovia AL-110, que sequer foi inaugurada, já apresenta buracos em trechos liberados para o tráfego, dentro da zona urbana da cidade. A obra de duplicação, que segue até o município de São Sebastião, deve ser concluída até o fim do ano, segundo informações do governo do Estado.

“Já tivemos caso de caminhão que quebrou antes mesmo de sair da cidade, um pneu que estourou quando o veículo caiu em um buraco na AL-110, que apesar de ter sido feita há tão pouco tempo, já tem trechos ruins. A sorte é que como aconteceu dentro da cidade, o conserto foi mais rápido, mas ainda assim foram duas horas de atraso”, afirmou o superintendente de Transporte e Logística da Asa Branca, Cristiano Tomé dos Santos.

0 respostas

Deixe uma resposta

Quer participar da discussão?
Fique a vontade para contribuir!

Deixe uma resposta