Falta de remédios prejudica pacientes

Prefeitura diz que há medicações que chegarão em 30 dias e que farmácias devem ser abastecidas com 51 fardos de fraldas, mas não informou prazos Tamires Souza 02/08/2017 17:07 02/08/2017 17:15

A falta de medicamentos já virou rotina para muitos pacientes. A desempregada Marta da Silva, 46 anos, sente o peso deste problema no orçamento doméstico. Só em fraldas para a mãe, de 71 anos, são gastos R$ 270 em fraldas geriátricas, com média de uso de seis fraldas por dia. “A última vez que retirei na farmácia básica foi em 26 de abril. Só dizem que não tem previsão para chegar”, lamenta a desempregada. Para agravar a situação, a família ainda precisa desembolsar com os remédios como Sinvastatina, AAS, Omeoprazol e Fenetoína. “Temos que comprar, porque estão em falta e são muitas caixas que ela usa por mês”, revela.

Para a aposentada Marlene Danbrooski, 67 anos, as dificuldades são semelhantes. Ela usa o remédio Amitriptilina e há um mês ela vai à farmácia básica, na tentativa de conseguir a medicação. “Deram uma previsão de chegada, mas quando cheguei não tinha mais remédio. Agora prometeram para a sexta, vou novamente na esperança de conseguir o remédio”, conta a aposentada que já está comprando a medicação que custa R$ 50 por caixa. “É um custo muito alto para mim”, reclama.

O que diz a prefeitura

Diferente do que informam os pacientes, a Secretaria de Saúde afirma que não faltam as medicações AAS 100 mg, Sinvastatina de 10 mg, mas que ainda aguarda a medicação de 200 mg, prevista para ser entregue em 30 dias. A prefeitura também nega que esteja faltando Omeoprazol de 20 mg e Fenitoína. Já o Amitriptilina deve chegar em 30 dias, de acordo com a Secretaria de Saúde. As farmácias devem ter abastecimento com 51 fardos de fraldas, de todos os tamanhos, em caráter emergencial, mas a secretaria não informou prazos.

Unidade da Luft Healthcare em Itajaí (SC) alavanca logística do setor de saúde

Logística

Divisão da empresa dedica-se exclusivamente ao atendimento dos setores Farmacêutico, Cosmético e Hospitalar.

São Paulo, 02 de agosto de 2017 – A Luft Logistics, uma das maiores operadoras logísticas do Brasil e da América Latina, por meio da sua unidade de negócios Luft Healthcare, dedica-se ao atendimento e ao desenvolvimento de logística especializada para os setores Farmacêutico, Cosmético e Hospitalar. A unidade da divisão Healthcare no estado de Santa Catarina, na cidade de Itajaí, é a segunda maior unidade do grupo neste setor, e conta com área de mais de 60 mil m2.

A unidade em Itajaí foi inaugurada em 2011 e atende mais de 11 clientes do setor, como indústrias, distribuidores, redes de farmácias e laboratórios. “Essa filial no Sul do país ajuda a escoar toda a produção dessa região, otimizando o envio de produtos ao ponto de entrega, garantindo, assim, uma redução de custos logísticos totais, já que não é mais preciso deslocar transporte das unidades que estão instaladas no Sudeste”, afirma o empresário Fernando Luft.

A Luft Healthcare em Itajaí faz parte do polo de saúde de Santa Catarina, que abrange uma desenvolvida região de distribuição, que atende as indústrias de produtos e soluções em saúde e gera milhares de postos de trabalho, movimentando a produção do estado e do país. Além disso, esse núcleo abrange 2 portos, 3 aeroportos, além de um eficiente modal rodoviário, e também serve como sede para o desenvolvimento de pesquisas ligadas ao setor, realizadas em parceria com instituições de ensino.

Além de contar com essa estrutura diferenciada, a unidade catarinense da Luft Healthcare oferece benefícios de diversas ordens aos seus clientes, entre eles fiscais e de otimização de custos, já que possui toda a cadeia integrada: armazenagem e transporte de produtos farmacêuticos, médicos e cosméticos a partir de um mesmo centro de distribuição. A operação é realizada de acordo com os mais altos padrões de qualidade, segurança, boas práticas de armazenagem e distribuição.

A filial no Sul do país já conta com 20 mil posições paletes, atrás apenas da unidade Luft Healthcare de Itapevi (SP), em São Paulo, a maior das unidades no Brasil, e que conta com um total de 80 mil posições paletes.

Sobre a Luft Logistics – A Luft Logistics é uma das maiores operadoras logísticas do Brasil e da América Latina. Desde que foi fundada, em 1975, a empresa se especializou na implementação de soluções customizadas e exclusivas para seus clientes, principalmente os atuantes nos segmentos farmacêutico, hospitalar, agronegócio, varejo e e-commerce. A companhia desenvolve soluções inovadoras na área de transporte de itens e suprimentos de valor agregado. Ao longo de quatro décadas, a Luft cresceu, se especializou e investiu expressivamente em todos os quesitos necessários a uma empresa líder na integração da cadeia logística de um país com dimensões continentais como o Brasil. Desde sistemas de qualidade, gerenciamento da informação, integração com o cliente e gestão de riscos, até automação dos processos, rastreabilidade, armazenagem e validação, a Luft posiciona-se hoje como a parceira por excelência na expansão dos negócios por meio de operações logísticas de alto padrão.

Por agcomunicado.com.br

7 remédios que já foram proibidos no Brasil e você ainda continua tomando

Quarta-Feira, 02/08/2017, 22:15:03 – Atualizado em 02/08/2017, 22:15:03

Você sabia que no início do ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a venda de alguns medicamentos muito utilizados por nós? A lista abrange 124 lotes de diferentes medicamentos da empresa Brainfarma. A partir daí, nenhum desses medicamentos podem ser distribuídos ou comercializados no Brasil, mas mesmo assim, pode ser que ainda vejamos alguns deles em farmácias, de forma irregular.

Por mais que a venda tenha sido proibida, a Anvisa afirma que o consumo destes medicamentos não é capaz de representar riscos reais à saúde, portanto, não precisa ficar desesperado caso esteja consumindo algum deles, a questão é que houve apenas erros de pesagem e a própria Brainfarma se dispôs a fazer o recolhimento de seus produtos. Ficou curioso? Abaixo listamos 7 desses remédios, confere aí!

1 – Buscopan gotas

Quem é que não conhece o Buscopan, não é mesmo? Temido por muita gente por ter o gosto incrivelmente amargo, o composto em gotas do medicamento vem sendo recolhido das farmácias desde 13 de junho. Utilizados geralmente para combater dores, desconfortos abdominais e cólicas, a produção do medicamento será descontinuada em nosso país por tempo indeterminado, de acordo com o próprio laboratório fabricante, Boehringer Ingelheim.

Segundo o laboratório, o recolhimento se deu devido a “resultados fora de especificação durante estudos de estabilidade”. Outros produtos da linha continuam disponíveis no mercado.

2 – Paracetamol

O paracetamol é constantemente utilizado como analgésico, tratando sintomas como dores de cabeça, musculares, nas costas, dentes, enfim… Na maioria dos casos de dor ele é utilizado, inclusive em casos de febre. Acontece que recentemente, o medicamento foi reprovado em um ensaio de aspecto e teve a distribuição e comercialização proibidas pela Anvisa.

3 – Epocler

O Epocler atualmente é um dos remédios mais consumidos para tratar problemas digestivos, inclusive, depois de ter aquela noite de bebedeira, ele também é usado para combater o excesso de álcool no organismo. Promete também combater enjoos e intolerâncias alimentares. Você ainda vê esse medicamento nas prateleiras?

4 – Dipirona

A dipirona também é um dos medicamentos mais utilizados como analgésicos. Se propõe a curar dores de cabeça e febres que podem ser sintomas de resfriados. Você ainda ingere este medicamento? Bom, acontece que a dipirona sódica também entra na lista dos remédios que foram suspensos temporariamente no Brasil.

5 – Biotônico Fontoura

Este sem dúvida, é um remédio que conhecemos desde crianças. É muito provável que sua mãe já tenha lhe dado algumas colheres do medicamento, com o intuito de estimular seu apetite. Ele tem princípios ativos de sulfato ferroso, ácido de plantas tônicas e ácido fosfórico. Assim como muitos outros, o laboratório responsável pelo medicamento informou que houve um erro no processo de pesagem, e a Anvisa determinou que os lotes deveriam ser suspensos.

6 – Maracugina

Outro famoso medicamento usado para ajudar a manter a pessoa calma. É realmente utilizado como sedativo e ajuda a melhorar o sono. Ele é um medicamento natural indicado para combater o nervosismo, ansiedade, estresse, entre outros problemas relacionados. Você já o utilizou? Bom, pode ser que demore um certo tempo que volte a ter sua distribuição liberada no Brasil.

7 – Amoxicilina

A amoxicilina funciona como antibiótico e é utilizado no combate a bactérias e em infecções mais leves nas vias respiratórias. A compra do medicamento só pode ser feita casa haja prescrição médica, mas é muito conhecido. Acontece que essa não é a primeira vez que o medicamento tem suas vendas suspensas no Brasil.

Em setembro de 2016 a Anvisa acabou recolhendo o medicamento das prateleiras, afirmando que ele não tinha sido aprovado em”estudos de bioequivalência”, o que quer dizer que sua eficácia não podia ser comprovada. Tudo voltou ao normal em dezembro, porém, foi novamente suspensa.

E então pessoal, o que acharam? Caso queiram conferir toda a lista de medicamentos que tiveram sua comercialização proibida, basta clicar aqui, e não deixe de compartilhar sua opinião com a gente aí pelos comentários!

Fonte: Fatos Desconhecidos

STF publica acórdão que suspende distribuição da “pílula contra o câncer”

2 de agosto de 2017, 21h17

Mais de um ano depois de suspender a lei que autorizava a distribuição da fosfoetanolamina, conhecida como “pílula contra o câncer”, o Supremo Tribunal Federal divulgou o acórdão do julgamento na volta do recesso de julho. A liminar foi concedida em maio de 2016 pelo Plenário e publicada nesta terça-feira (1º/8).

Conforme declarou a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, a decisão vale a partir do julgamento na corte (ex nunc). O tribunal atendeu pedido da Associação dos Médicos do Brasil contra a Lei 13.269/2016, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff (PT), que autorizava a distribuição da pílula.

Por seis votos a quatro, os ministros seguiram o voto do relator, ministro Marco Aurélio, para quem é inconstitucional a distribuição do remédio sem estudos que comprovem sua eficácia. No acórdão, ele afirma que a “liberação genérica” da fosfoetanolamina “é temerária e potencialmente danosa porque ainda não existem elementos técnicos assertivos da viabilidade da substância para o bem-estar do organismo humano”.

O ministro Luiz Edson Fachin apresentou voto divergente. Segundo ele, a Anvisa, autarquia a quem cabe o controle da distribuição e venda de remédios, não tem competência exclusiva para autorizar a distribuição de “qualquer substância”. “O Congresso pode reconhecer o direito de pacientes terminais a agirem ainda que tenham que assumir riscos desconhecidos em prol de um mínimo de qualidade de vida”, afirmou.

Enxurrada de processos
A droga era distribuída a algumas pessoas no município de São Carlos (SP), onde um professor aposentado da USP estudava seus efeitos no Instituto de Química. Em 2014, uma portaria do instituto proibiu que pesquisadores distribuíssem quaisquer substâncias sem licenças e registros.

Quando uma liminar do ministro Fachin determinou o fornecimento assim mesmo, uma série de pessoas passou a cobrar medida semelhante. Vários juízes determinaram que a Fazenda de São Paulo e a USP fossem obrigadas a disponibilizar a substância, até que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça cassou as decisões.

“Medicamentos essenciais estão em falta”, reclamam pacientes

Queixas foram registradas nas redes estadual e municipal de saúde de SP

Renata Okumura

02 Agosto 2017 | 18h51

SÃO PAULO – “Medicamento está em falta e sem previsão de entrega”, esta foi a resposta dada à Ana Maria por funcionários da Unidade Dispensadora Tenente Pena, localizada na Rua dos Italianos, 506, no Bom Retiro, região central da cidade. “O Somavert é essencial à minha saúde. Estou há um mês sem o remédio”, desabafou ela. O medicamento usado para controlar o hormônio do crescimento custa, em média, R$ 18 mil para o tratamento mensal.

O Núcleo de Assistência Farmacêutica informa que o Somavert (pegvisomanto), foi fornecido no dia 18 de julho à paciente. A próxima entrega está prevista para 16 de agosto. “A indisponibilidade mencionada pela paciente foi pontual e temporária”, reforçou a nota.

Na rede municipal de saúde, as queixas da população continuam ligadas à falta de insumos para pacientes com diabetes. “Não estão sendo entregues com regularidade desde outubro de 2016. Este ano, minha filha recebeu uma única vez as tiras para a dosagem de glicose, que duraram um mês e meio”, relatou Anelise Magalhães que é mãe de uma criança com diabete tipo 1. Ela se refere à Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr Humberto Pascale, localizada na Rua Vitorino Camilo, 599, no bairro Santa Cecília, também na região central da cidade. “Nesta semana fiquei sabendo que as fitas chegaram, mas acabaram em três dias. Minha filha depende deste monitoramento para evitar as complicações da doença”, reforçou a mãe.

A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Centro informa que a UBS Dr. Humberto Pascale está abastecida com insumos para diabéticos. “No momento, há 29,5 mil lancetas, 6,5 mil tiras e mais de 22,4 mil seringas disponíveis para retirada na unidade”, garantiu o posicionamento.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ressalta que, na semana passada, foram distribuídas para a rede três milhões de tiras. No dia 24 de julho, foram entregues mais quatro milhões. Uma nova compra de três milhões de tiras já está em andamento, devendo ser distribuída nos próximos dias.

A pasta esclarece que está redesenhando o sistema de distribuição dos kits de diabetes para que estes problemas não voltem a se repetir.

Outros relatos. Diabetes e colesterol são duas doenças perigosas e que exigem cuidados contínuos. A maioria dos pacientes depende do sistema público, em razão do alto custo dos remédios e insumos. Diante dos riscos, a população está apreensiva com a falta de medicamentos e insumos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital paulista.

Quer compartilhar alguma reclamação em seu bairro? Mande seu relato por WhatsApp (11) 9-7069-8639 ou para o email blitzestadao@estadao.com.

Novos medicamentos contra Hepatite C serão disponibilizados em postos de saúde

Medicamentos que apresentam expectativa de cura de aproximadamente 90% serão disponibilizados a pacientes com grau avançado da doença

Por Luan Guilherme Correia Em 02/08/2017 às 01:21

Pacientes diagnosticados com Hepatite C, em grau avançado de comprometimento do fígado, receberão um “tratamento inovador” até o final deste ano. O Ministério da Saúde começou a utilizar novos medicamentos que apresentam expectativa de cura de aproximadamente 90%.

Os medicamentos Sofosbuvir, Daclatasvir ou Simeprevir estarão disponíveis nas unidades básicas de saúde, conforme solicitado pelos Estados. Além disso, outros públicos passam a ser tratados com esse esquema de medicamentos. Todos os diagnosticados com Hepatite C, independente do grau de comprometimento do fígado, serão atendidos.

Entre 2003 e 2016, a taxa de detecção de casos de Hepatite C mostrou tendência de aumento em todas as regiões do país. Só no ano passado, em Boa Vista, foram confirmados 65 novos casos da doença. Em todo o Estado, foram 111 casos. A realidade em 2017, porém, parece ter mudado. Nos sete primeiros meses do ano, foram apenas 25 casos registrados em Roraima.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que as hepatites virais causaram quase um milhão e meio de mortes em 2015, por todo o mundo. O Brasil registrou, no ano passado, 2.541 óbitos provocados por hepatites virais, sendo quase 80% relacionados à Hepatite C. Já em Roraima, de 2015 a 2017, foram nove mortes confirmadas por conta da doença.

ACOMPANHAMENTO – O acompanhamento da Hepatite Viral C Aguda é feito nos postos de saúde, ou seja, na atenção básica, de competência dos municípios. Já os casos crônicos são acompanhados e tratados pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE), do Governo do Estado.

Caso haja necessidade de tratamento, detectado por exames feitos na própria unidade e solicitados por um médico especialista, o paciente é encaminhado para realizar tratamento com medicamentos específicos.

SINTOMAS – Os casos de Hepatite Viral C Aguda são assintomáticos, logo, o paciente pode vir a sentir mal-estar, vômitos, náuseas, dores musculares, perda de peso e cansaço. Os sintomas não são claros, por isso é mais difícil diagnosticar a doença.

TRANSMISSÃO – O vírus da Hepatite C transmite-se, principalmente, por via sanguínea, bastando uma pequena quantidade de sangue contaminado para transmiti-lo, se este entrar na corrente sanguínea de alguém através de um corte ou uma ferida, ou na partilha de seringas.

Portanto, não há necessidade de isolamento do portador da Hepatite C. Não existe vacina contra a Hepatite C, porém o tratamento é eficaz e garante 90% de cura.

SERVIÇO – Há dois anos, no Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado em 28 de julho, os portadores roraimenses da doença ganharam o Atendimento Multidisciplinar aos Portadores de Hepatite Viral Crônica no Serviço de Assistência Especializada, o que revolucionou o tratamento da doença no Estado, possibilitando uma melhoria na qualidade de vida dessa parcela da população.

Antes da existência deste serviço, o atendimento era centralizado no médico e não havia uma sistematização de cadastro desses pacientes. Agora, os portadores de hepatites virais têm a garantia de uma assistência clínica, terapêutica, farmacêutica e psicossocial, com uma equipe multidisciplinar que o acompanha ao longo de sua doença, melhorando a qualidade de vida dessa população no Estado.

Sem o serviço, não era possível saber quantos dos pacientes notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) estavam fazendo tratamento no SAE. Hoje em dia, esse controle é feito em parceria com os 15 municípios para identificar esses pacientes. Isso porque as hepatites não podem mais ser vistas de maneira isolada, pois há uma série de questões relacionadas aos efeitos colaterais do tratamento, às co-infecções com o HIV ou entre as hepatites C e B, as comorbidades, síndromes e possíveis distúrbios psicológicos/psiquiátricos, que precisam de um acompanhamento multiprofissional. (L.G.C)

Portaria cria comitê que acompanhará implantação do Sistema de Controle de Medicamentos

Saude Jur

A Portaria de nº 1.260, de 27 de julho de 2017, publicada na edição da última sexta-feira (28/7) do Diário Oficial da União (DOU), institui, no âmbito da Anvisa, o Comitê de Acompanhamento da Implantação da Fase Experimental do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). Esta é a fase que sucede a de regulação, com duração prevista para um ano e cujas ações estabelecidas, além, do Comitê, incluem a conclusão da estruturação do Sistema, testes e avaliações. A implantação do SNCM é regulamentada pela RDC 157/2017.

O Comitê, a ser coordenado pela Anvisa, terá a seguinte composição:

Anvisa

Ministério da Saúde;

Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass;

Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde – Conasems;

Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de SP – Sindusfarma;

Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa – Interfarma;

Grupo FarmaBrasil;

Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais – Alanac;

Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos – Pró-Genéricos;

Associação de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil – Alfob;

Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico – Abafarma;

Associação Brasileira de Distribuição de Logística de Produtos Farmacêuticos – Abradilan;

Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico – ABCFarma;

Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias – Abrafarma; e

Associação Nacional de Hospitais Privados – ANAHP.

O Comitê terá a prerrogativa de convidar representantes de órgãos e entidades, públicas e privadas, bem como profissionais e especialistas ligados ao tema, para as discussões em torno da implementação do SNCM. O grupo apresentará, a cada três meses, em reunião pública, os resultados do acompanhamento da implantação da Fase Experimental.

São atribuições do Comitê:

Assessorar a Anvisa na implantação e execução da Fase Experimental do SNCM;

Apoiar a identificação de critérios e parâmetros técnicos e operacionais para a execução da Fase Experimental do SNCM;

Apoiar a Anvisa na articulação com os membros da cadeia de movimentação de medicamentos envolvidos na Fase Experimental do SNCM;

Cooperar para a promoção da divulgação de informações relativas à Fase Experimental do SNCM; e Colaborar com a Anvisa na elaboração de documentos de orientação e relatórios pertinentes à Fase Experimental do SNCM.

As limitações das novas terapias contra o câncer

Revista ‘The Lancet’ publica editorial alertando contra a “febre do ouro” em torno das imunoterapias

Daniel Mediavilla

2 AGO 2017 – 14:55BRT

Células tumorais GETTY IMAGES / XRENDER

Há quase uma década, a imunoterapia é a grande estrela dos medicamentos contra o câncer. Do ponto de vista comercial, o interesse dos laboratórios farmacêuticos se justifica. Alguns analistas calculam que o mercado potencial desses tratamentos pode alcançar os 50 bilhões de dólares (156,5 bilhões de reais) por ano. Entretanto, alguns especialistas, como os autores do editorial deste mês da prestigiosa revista médica The Lancet, consideram haver em torno dessas terapias uma “febre do ouro” que deveria ser controlada.

A imunoterapia é um sistema que ajuda as defesas do próprio organismo a atacarem os tumores. Há mais de um século sabe-se que é possível combater alguns tipos de câncer através de uma reação imunológica induzida. William Coley, um cirurgião norte-americano, injetava bactérias em seus pacientes após observar que algumas infecções fortuitas tinham ajudado doentes de câncer a se recuperar. Entretanto, durante várias décadas não foi possível organizar testes rigorosos que provassem a eficácia desse enfoque. Até 2008.

Em um acompanhamento após cinco anos de uma imunoterapia, 80% dos pacientes não apresentaram benefícios prolongados

Naquele ano, na reunião da Sociedade Americana de Oncologia, os primeiros resultados na fase inicial de ensaios com um fármaco chamado ipilimumab levavam a crer que finalmente seria possível comprovar a eficácia de uma imunoterapia. Três anos depois, um ensaio em fase 3 com o mesmo medicamento provou as possibilidades de um enfoque que consistia em desmontar as defesas das células cancerosas e deixá-las à mercê dos glóbulos brancos. Desde então, os grandes laboratórios se empenham em desenvolver seus próprios fármacos com base nessa ideia. Conforme recordava recentemente um artigo no Financial Times, há atualmente cerca de 800 ensaios clínicos testando diferentes imunoterapias em mais de 100.000 pacientes só nos EUA . Para os editorialistas da The Lancet, esse imenso esforço pode estar afogando financeiramente outras linhas de pesquisa e acelerando a realização de ensaios em humanos sem a necessária pesquisa pré-clínica e com falta de rigor.

“Um problema fundamental com a atual velocidade de desenvolvimento é a falta de tempo e pesquisa a fim de compreender as razões pelas quais um ensaio falhou ou por que ele deu certo”, aponta o editorial. “Além disso, como a reprodutibilidade dos estudos pré-clínicos [feitos com animais] e as conclusões que podem ser transferidas aos ensaios clínicos [com humanos] são frequentemente superestimadas, é necessária uma pesquisa transnacional mais completa, com validação independente, para assegurar uma boa compreensão da correlação clínica”, acrescentam.

Os autores também recordam tudo o que se desconhece sobre o sistema imunológico, com suas grandes variações entre indivíduos, e como é pouco apropriado que a combinação entre as imunoterapias se baseie em filosofias desenvolvidas para os medicamentos da primeira etapa da luta contra o câncer, que destruíam as células tumorais graças a uma toxidade que também danificava intensamente as células saudáveis.

A pressa em obter resultados está levando a descuidar da qualidade dos estudos

O artigo cita também as limitações das imunoterapias. Por um lado, “muitos dos antigos ensaios, depois de pelo menos cinco anos de acompanhamento, estão descobrindo uma série de efeitos secundários pouco frequentes que exigem intervenções de apoio diferentes”, afirma o texto. “Essas conclusões enfatizam a importância de acumular uma quantidade suficiente de informação antes de pôr em marcha um novo estudo, especialmente ao combinar várias terapias imunológicas, cada uma com características de segurança desconhecidas.”

Por último, o editorial ressalta que, embora a resposta de alguns tumores a esse tipo de tratamento seja extraordinária, os estudos de longo prazo mostram que a maioria dos pacientes morre por causa da doença. Um desses trabalhos, em que se empregou o ipilimumab – o fármaco que iniciou a revolução da imunoterapia –, mostra que a taxa de sobrevivência cinco anos depois do início do tratamento é de 18,2%, o que significa que mais de 80% dos doentes não tiveram bons resultados em longo prazo. “Embora se anuncie como uma tentadora oportunidade de tratamento, é essencial levar em conta que a atual geração de imunoterapias só prolonga a vida de uma pequena percentagem de pacientes”, alertam. Isto, sustentam, deveria reduzir o uso de alguns destes fármacos contra tipos de câncer para os quais não foram passados, algo que se faz e que pode dar “falsas esperanças”. Outra consequência desse uso indiscriminado seria limitar o investimento a uma só linha de pesquisa, deixando de lado outras com potencial.

Jarbas Barbosa abre conferência em MG

Diretor-presidente fez Palestra Magna na abertura da “Conferência Livre dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Vigilância em Saúde: Nenhum Direito a Menos”.

Publicado: 02/08/2017 11:40
Última Modificação: 02/08/2017 00:02

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, proferiu a Palestra Magna na abertura da “Conferência Livre dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Vigilância em Saúde: Nenhum Direito a Menos”, realizada na noite desta terça (01/08), em Belo Horizonte (MG). Promovida pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, a conferência aborda o tema “Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e Defesa de um SUS Público de Qualidade” e se constitui como uma das etapas da Conferência Estadual de Vigilância em Saúde naquele estado.

Já na manhã desta quarta (02/08), o diretor-adjunto da Diretoria de Gestão Institucional da Anvisa (Diges), Pedro Ivo Ramalho, participou da conferência no Ciclo de Debates “O lugar da Vigilância em Saúde no SUS e as responsabilidades do Estado e dos governos”.

As conferências estaduais de Vigilância em Saúde são preparatórias para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), que será realizada pelo Conselho Nacional de Saúde de 21 a 24 de novembro, em Brasília.

Humberto Costa protesta contra saída de fábrica da Hemobrás de Pernambuco

Da Redação e Da Rádio Senado | 02/08/2017, 18h05 – ATUALIZADO EM 02/08/2017, 18h41

O senador Humberto Costa (PT-PE) condenou uma possível transferência, de seu estado para o Paraná, de uma fábrica da Hemobrás, empresa pública que vai produzir derivados de sangue e biotecnologia.

A iniciativa do ministério da Saúde, disse o senador, atenderá aos interesses do ministro Ricardo Barros, cujo reduto eleitoral, a cidade de Maringá, poderá ser o novo local do empreendimento.

Segundo o senador, essa transferência — um acordo milionário em que todos sairão ganhando, menos a população — pode sair do papel por meio de um consórcio entre a paranaense Tecpar, do Instituto Butantã e da Hemobrás, e a empresa suíça Octapharma, já condenada pelo Cade no Brasil.

Na opinião de Humberto Costa, a iniciativa é mais um golpe contra o Nordeste.

— Querer tirar a Hemobrás de Pernambuco é uma ação política condenável, da mais baixa e mais carcomida maneira de praticá-la. Técnica e legalmente, essa ideia maluca do governo golpista não se sustenta.

Agência Senado