Dia Nacional da Farmácia terá evento na Estação Central do Brasil

Associação de farmácias promove campanha com serviços de saúde no dia 4 de agosto (sexta), a partir das 8h.

A Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) vai celebrar o Dia Nacional da Farmácia – 5 de agosto – com evento de saúde na estação Central do Brasil, no dia 4, um dia antes, em parceria com a SuperVia, a partir das 8h. Quem passar pelo local poderá aferir pressão arterial, medir a glicose e receber orientação farmacêutica.

“O objetivo é promover qualidade de vida e informar para a sociedade que a farmácia pode fazer muito mais que comercializar medicamentos. Ela pode cuidar da saúde das pessoas, prevenindo complicações com diabetes e hipertensão, por exemplo. As orientações de um farmacêutico são definitivas para o sucesso do tratamento proposto pelo médico”, defende Luis Carlos Marins, presidente da Ascoferj e idealizador do evento, cuja primeira edição aconteceu em 2015, no Largo da Carioca.

Já no dia 5, a campanha será dentro das farmácias. Todos os estabelecimentos farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro foram convidados para participar, prestando serviços de saúde aos clientes. A lista está disponível no site da Ascoferj.

“Queremos criar uma corrente no Estado pelo Dia Nacional da Farmácia, aproveitando a ocasião para expor um grave problema: a alta carga tributária que incide sobre os medicamentos”, pontua Marins. Hoje, 33,87% do preço de um medicamento são impostos estaduais e federais, encarecendo o produto e dificultando o acesso. “A Ascoferj vem, há alguns anos, batalhando pela redução dessa carga, mas precisa do apoio de toda a sociedade”, acrescenta.

. Dia Nacional da Farmácia, dia 4 de agosto, das 8h às 13h, na estação Central do Brasil da SuperVia,dia 5 de agosto, Farmácias e drogarias. Atividades: aferição de pressão arterial, medição de glicose e orientação farmacêutica. Atendimento gratuito. Informações: www.ascoferj.com.br.

74% dos cariocas aprovam vacinação em farmácia

Pesquisa mostra que a população do Rio de Janeiro tem interesse nesse e em outros serviços farmacêuticos.

Uma recente pesquisa encomendada pela Ascoferj mostrou que 74% dos cariocas utilizariam os serviços de vacinação, caso fossem oferecidos por farmácias e drogarias da cidade. E que 51% estariam até mesmo dispostos a pagar pelo serviço. A vacinação nos estabelecimentos farmacêuticos do município do Rio de Janeiro foi autorizada pela Lei Complementar 167/2016, mas, desde então, aguarda regulamentação por parte da Secretaria Municipal de Saúde.

Às vésperas do Dia Nacional da Farmácia (5 de agosto), a Ascoferj coloca essa e outras questões novamente em debate, com o objetivo de mostrar à população o quanto a farmácia pode contribuir com o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Duas grandes ações estão programadas para os dias 4 e 5 de agosto no Rio.

No dia 4, a Ascoferj promove um evento, na parte da manhã, na Estação Central do Brasil, em parceria com a SuperVia. Farmacêuticos estarão no local fazendo aferição de pressão, medindo a glicose e orientando sobre o uso correto de medicamentos.

No dia 5, a campanha de atendimento à população será nas próprias farmácias. A Ascoferj vai divulgar, em seu site, a lista dos estabelecimentos participantes.

66% pagariam pelo serviço de injetáveis — Os dados sobre vacinação fazem parte de um estudo conduzido pela Fórmula Consultoria Farmacêutica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a pedido da Ascoferj. Os pesquisadores investigaram o grau de interesse dos cariocas na utilização dos serviços que podem ser prestados por farmacêuticos. O objetivo da pesquisa foi verificar se as pessoas estariam dispostas a utilizar e a pagar por eles.

De acordo com os resultados da pesquisa, 54% dos entrevistados reconhecem a figura do farmacêutico e 74% já pediram auxílio a ele, ao menos, uma vez. Dos entrevistados, 74% utilizariam o serviço de acompanhamento e orientação sobre o uso de medicamentos, mas apenas 30% pagariam por ele.

O estudo trouxe outros dados, entre eles, que 75% dos cariocas utilizaram o serviço de aferição de pressão arterial, mas apenas 43% pagariam por ele. O serviço de aplicação de injetáveis foi o que mais despertou interesse nos entrevistados: 79% utilizariam esse serviço e 66% pagariam por ele. Atualmente, a aplicação de injeção é um dos serviços mais procurados em farmácias e drogarias do Rio.

. Dia Nacional da Farmácia, dia 04 de agosto, das 8h às 13h, na Estação Central do Brasil da SuperVia, e dia 05 de agosto – Farmácias e drogarias. Aferição de pressão arterial, medição de glicose e orientação farmacêutica. Atendimento gratuito. Informações: www.ascoferj.com.br

Farmácias demostram a força do associativismo para vencer a crise

Terça, 01 Agosto 2017 14:09 Escrito por DSOP Educação Financeira
O ambiente competitivo no Brasil é alvo constante de reclamações dos empresários brasileiros. Mas, observo que muitos desses estão à procura de uma solução mágica de prosperidade, esperando que os governantes diminuam a carga tributária ou proponham uma lei que beneficie seu segmento de atuação, que o dólar desvalorize quando precisar importar alguma matéria-prima ou produto ou que valorize quando precisar exportar, por exemplo. E isso é um problema muito sério.

Divido o mundo empresarial em dois grupos: os empresários que vivem em um constante processo de vitimização, assim, se a empresa não vai bem, a culpa do insucesso é do governo, do mercado, da crise, etc.

Por outro lado, temos os empresários que são protagonistas de seus negócios, buscando dentro das suas competências soluções para os desafios. Vítimas enxergam tudo como problemas, protagonistas enxergam desafios. E isso com certeza faz toda a diferença na vida.

Saídas conjuntas

Mas como encarar os desafios? Para os empresários, sobretudo das pequenas e médias empresas, a saída é buscar se associar a agrupamentos, que podem ser no modelo de franquia, licenciamento de marca ou de associativismo. Independente do formato, sem dúvida nenhuma, a junção de várias empresas em torno de um objetivo comum aumenta a possiblidade de êxito.

Posso afirmar isso, pois estou no movimento associativista há vinte anos, ao longo dos quais já vivenciei e colaborei com o fomento de associações de diversos segmentos. Em todos esses agrupamentos ou redes – como preferir denominar –, a melhoria individual e coletiva dos participantes e suas empresas são visíveis.

Dentre os benefícios está o fato de esses empresários passarem a conviver de uma forma mais efetiva e afetiva entre si, uma vez que eram, até então, concorrentes, o que faz com que sejam mais empreendedores. Outro ponto importante é que essas empresas unem forças para compras em conjunto, possuem ações de marketing compartilhadas e administração profissionalizada, dentre outros aspectos que só são possíveis de realizar de forma coletiva.

Ao participar de uma associação, a empresa se torna mais competitiva. Mas, como nem tudo é perfeito, mesmo no associativismo também temos empresários vítimas e empresários protagonistas, e lidar com essa situação é o maior desafio dos dirigentes das associações empresariais.

Como fazer?

Na posição de presidente da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) trabalho diariamente para que todos sejam protagonistas. Uma das ferramentas que utilizo são os números positivos desses modelos, por isso, dentro da Federação, criei o IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada), que tem por objetivo fazer pesquisas, coordenar estudos e disseminar a educação empresarial aos nossos associados.

Os resultados são muito positivos, como aponta estudo recente que coordenamos para entender como estava o nível de empreendedorismo dos nossos associados. Analisando uma amostragem de 2.264 lojas vinculadas à Febrafar, foi verificado que 31% dessas farmácias apresentaram crescimento acima da média do mercado, 49% ficaram na linha padrão de crescimento e 20% ficaram abaixo da média.

Essa informação foi a base da pesquisa, realizada com o objetivo de identificar os fatores que contribuíram para o crescimento e/ou queda. Os empresários que cresceram igual ou mais que o mercado apontaram, em sua totalidade, que um dos fatores é o aproveitamento da coletividade, ou seja, souberam usar as ferramentas oferecidas pela rede.

Outros elementos para o crescimento foram, por exemplo, a utilização com frequência de todas as ações de marketing oferecidas, a realização de treinamento contínuo de sua equipe e o reconhecimento do poder da coletividade na contribuição para o êxito individual. Assim, esses empresários se tornaram protagonistas.

No entanto, foi observado que os empresários que lideram as empresas que ficaram abaixo do mercado em termos de crescimento, não reconhecem que o motivo é a falta de envolvimento da empresa e do empresário nas ações da rede; preferem culpar o mercado e a crise, não compreendendo que seus pares possuem as mesmas condições competitivas e estão em um processo evolutivo melhor. Eles se fazem de vítima, mas devem ser resgatados.

Ser associativista ou estar em uma associação não garante de forma automática a caminhada para o sucesso, mas todos os empresários que utilizam com competência as ferramentas oferecidas aos seus associados possuem uma chance muito maior de alcançar o sucesso.

Edison Tamascia é empresário do varejo farmacêutico há 40 anos. É presidente da FEBRAFAR (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias), da rede de Drogarias Ultrapopular e da administradora de redes Farmarcas.

Medicamento usado em quimioterapia está em falta no Hospital Infantil

A Defensoria Pública do Espírito Santo tem recebido em média duas famílias por dia em busca do remédio para tratamentos dos seus filhos

A Defensoria Pública do Espírito Santo, em parceria com a Defensoria Pública da União, entrou, nesta terça-feira (1º) com uma ação judicial solicitando a aquisição da "dactinomicina", um medicamento indispensável e insubstituível em quimioterapias. O remédio é usado para o tratamento contra o câncer infantil e está em falta há dois meses no Hospital Infantil de Vitória.

Segundo a ação civil, o remédio é usado no tratamento de crianças com nefroblastoma – um tumor maligno que atinge os rins. Ainda de acordo com o documento, a diretoria do Hospital Infantil já tinha informado sobre a falta do medicamento ao Ministério da Saúde, no entanto, o órgão informou que o remédio está em processo final de aquisição. Dessa forma, o Ministério da Saúde se comprometeu a enviar 30 frascos de dactinomicina, mas a quantidade é usada em menos de uma semana nos tratamentos.

“A Defensoria Pública do Espírito Santo tem recebido em média duas famílias por dia em busca do remédio para tratamentos dos seus filhos. Realizamos um pedido direto ao Governo do Estado, porém o medicamento é de alta especialidade e a informação nos repassada indica que a competência é do Governo Federal. Estamos confiantes na concessão da liminar pela Justiça Federal”, esclareceu o Defensor Público Paulo Antônio Coelho dos Santos.

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A médica oncologista pediátrica do Hospital Infantil, Joana de Figueiredo Bortolini, informou que para o tratamento de câncer é necessário o uso de vários remédios. “A dactinomicina é comumente utilizada em todos os protocolos no mundo inteiro, em tumores renais e osteomusculares. A falta dessa droga acarreta na diminuição da chance de cura e piora do prognóstico do paciente. Há uma resposta ineficaz do tratamento, menor do que esperada ou até nula”, explica.

A oncologista lembra ainda que a necessidade da dactinomicina está anunciada desde 2014. “O laboratório fabricante não tinha interesse em comercializar por não ser rentável pra ele, já que é uma medicação barata. O Ministério da Saúde pediu a prorrogação e continuaram a fabricar por mais um tempo, mas acabou”, ressalta.

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A médica explicou que o hospital mensura a quantidade de medicamento que cada paciente vai precisar no tratamento. “Dos 500 frascos solicitados no início do ano, chegaram apenas 200 fornecidos pelo Ministério da Saúde. Os novos pacientes usam a medicação anteriormente mensurada para o tratamento dos pacientes antigos, pois esperamos que cheguem mais drogas. Quando não chega, falta pra todos, inclusive para quem já estava em tratamento”, relata a oncologista.

LUTA CONTRA O CÂNCER

A dona de casa Cristiane Maria Loureiro, 28 anos, mãe do Rafael, 5, acompanha o tratamento do filho, no Hospital de Câncer Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória. “Vim do interior de Nova Venécia e estou na casa de parentes para tratar do câncer do meu filho, depois que descobrimos o tumor na pálpebra em fevereiro deste ano”.

PROCESSO DE AQUISIÇÃO

A Secretaria de Estado da Saúde, informou, por meio de nota, que o fornecimento do medicamento é de responsabilidade do Ministério da Saúde. O órgão informou que o contrato está em processo final de aquisição.

O Ministério da Saúde foi procurado pela reportagem, mas até a publicação desta matéria não respondeu sobre o assunto.

Pacientes com HIV denunciam falta de medicamento na rede pública do DF

Lamivudina é combinada com outras duas drogas no coquetel contra o vírus. Ministério da Saúde nega desabastecimento; secretaria do DF admite falta, mas diz que 'situação já está normalizada'.

Por Marília Marques, G1 DF

01/08/2017 18h05

Pacientes que vivem com o vírus HIV no Distrito Federal denunciam a falta, há quase dois meses, do antirretroviral lamivudina, um dos medicamentos do coquetel para o tratamento da Aids. Ao G1, nesta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde, responsável pelo fornecimento do remédio, negou o desabastecimento, mas pontuou que cabe aos estados “estabelecer um fluxo de distribuição”.

A Secretaria de Saúde do DF, reconhece que houve a falta do medicamento, mas afirma que “a situação já está normalizada”. Em nota, a pasta informou que a data prevista para entrega do antirretroviral era até 16 de junho, mas não deixou claro por quanto tempo esteve em falta.

Em contraponto ao que dizem a secretaria e o ministério, em entrevista ao G1, o presidente da ONG Amigos da Vida, Christiano Ramos – que atua no atendimento a pessoas com HIV – afirma que a lamivudina está em falta “há pelo menos dois meses” nos principais centros de referência da capital federal. "Dizem que é problema de logística", afirmou Ramos.

“É a primeira vez que vejo faltar coquetel no DF, isso é grave. É um remédio que não pode faltar, senão volta a ter a carga viral reativada e compromete a situação de saúde das pessoas.”

Um paciente de 35 anos, que prefere não se identificar, também diz que na última semana esteve no centro de referência ao tratamento de aids do Hospital Dia, em Brasília, para buscar o medicamento, mas voltou para casa sem uma previsão concreta de quando receberia.

“Eles não deram explicação e pediram para tentar na próxima semana”.

O assistente administrativo, que faz tratamento há dois anos, diz que sempre recebeu o remédio gratuitamente e, em caso de falta, não tem “a menor condição de pagar pela medicação."

Atualmente no DF, 8,4 mil pessoas fazem tratamento de combate à Aids na rede pública de saúde. A lamivudina faz parte da chamada “terapia antirretroviral de alta potência”, combinada com outros dois medicamentos.

O médico infectologista, José Davi Urdaez, explica que a droga é uma das substâncias mais utilizadas no tratamento por ser “menos tóxica ao organismo” e, que na falta dela, tem como ser substituída por outra, “mas não é o ideal”.

Urdaez alerta, no entanto, que não é recomendável reduzir o coquetel a apenas dois medicamentos, pois na falta de um dos compostos, “o vírus se torna mais resistente”.

HIV no DF

Mais de 12 mil pessoas são portadoras do vírus HIV no Distrito Federal, segundo dados da Secretaria de Saúde. Desse total, 70% recebe tratamento antirretroviral na rede pública de saúde. Ainda segundo os dados da pasta, o levantamento também demonstrou que, entre os anos de 2014 e 2015, os óbitos por AIDS reduziram em 11%. Nos últimos anos foram registrados, em média, 900 novos casos de HIV/Aids.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV, AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), em 2015, a maior quantidade de casos de HIV estava concentrada na população masculina, em especial, entre homens que fazem sexo com outros homens, inclusive os bissexuais.

No mesmo período, a média de notificação foi de sete ocorrências masculinas para uma feminina. As faixas etárias que mais apresentaram infecção por HIV foram de 20 a 34 anos e de 35 a 49 anos. Entre as regiões da capital que mais registraram novos casos, destacam-se Asa Norte, Águas Claras, Lago Norte, Taguatinga e Varjão.

Tratamento

Após o diagnóstico positivo de presença do vírus HIV, ao paciente é ofertado o tratamento com a ingestão de medicamentos antirretrovirais, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Distrito Federal, sete unidades de saúde atendem pacientes que convivem com a doença:

Hospital Dia (Asa Sul)Farmácia Escola Hospital Universitário de Brasília (Asa Norte)Ambulatório de Ceilândia (Ceilândia)Unidade Básica de Saúde nº 5 (Gama)Unidade Básica de Saúde nº 1 (Planaltina)Unidade Básica de Saúde nº 1 (Sobradinho)Policlínica (Taguatinga)

SMS atualiza informações online sobre medicamentos controlados

01/08/2017 16:19

A Coordenação de Farmácia e Bioquímica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) atualizou, em sua página no site da SMS, os novos locais de dispensação de medicamentos controlados e os cronogramas de distribuição da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) para os meses de agosto e setembro de 2017. No link, que pode ser acessado por meio do endereço eletrônico www.maceio.al.gov.br/sms, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais de saúde e sociedade em geral também podem ter acesso a diversas outras informações relacionadas.

Na página, os usuários e profissionais podem ter acesso a vários formulários, entre eles o recebimento de fraldas, medicamentos de Parkinson, recebimento de insumos para diabetes e um guia completo com orientações gerais para o uso seguro de medicamentos, além de notas técnicas, legislação, serviços farmacêuticos disponíveis e Relação Municipal de Medicamentos (Remume) e Relação Municipal de Correlatos (Recor).

“Essa ferramenta é muito importante para todos os usuários do SUS e também para os profissionais que podem ter acesso a todos os medicamentos disponíveis na rede pública, assim como os diretores de Unidades de Saúde podem fazer pedido de medicamentos que estão em falta em suas unidades”, ressalta Venício Rocha, coordenador de Farmácia e Bioquímica da SMS.

Fonte: Ascom / SMS

Secretaria de Saúde abre programação de aquisição de medicamentos para todos os municípios

Por meio da Regionalização da Assistência Farmacêutica, os 853 municípios podem programar seus pedidos com o apoio do Estado

Marcus Ferreira

Com o objetivo de promover economia de recursos aos municípios mineiros na aquisição de medicamentos, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) realiza, a partir desta terça-feira (1º/8), a abertura da programação para o novo ciclo de atendimento aos pedidos de compras de medicamentos e insumos por meio de Atas de Registro de Preço disponibilizadas pelo Estado.

Os 853 municípios, que já aderiram ao Programa de Regionalização da Assistência Farmacêutica, poderão programar seus pedidos até o dia 8/8 e serão responsáveis pela gestão de seus recursos.

Em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que aconteceu no dia 17 de maio, foi pactuado entre o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a concretização do modelo da Regionalização da Assistência Farmacêutica para todos os municípios do estado.

Segundo o superintendente de Assistência Farmacêutica da SES-MG, Homero Rocha Filho, com a pactuação os municípios têm o benefício de ampliar o elenco de medicamentos disponibilizados.

“O Estado tinha um elenco de aproximadamente 145 itens, e os municípios que aderiram à regionalização já tiveram o elenco ampliado para mais de 200 medicamentos”, afirma o superintendente.

Antes, o Estado era responsável pela aquisição e distribuição de medicamentos, de acordo com as demandas dos municípios. Quando a programação e solicitação de insumos feita pelos municípios não eram suficientes, ocorriam problemas como desabastecimento, ou ainda a demora na logística, pois o fornecedor tinha que entregar os medicamentos no almoxarifado central da SES para então serem distribuídos para cada município.

Para solucionar essas questões, o Estado disponibiliza as atas de registros de preços para adesão pelo município, de forma que o próprio município possa promover a gestão de seu recurso.

Homero Filho esclarece que esse tipo de aquisição é vantajosa e segura para os municípios.“A aquisição de medicamentos pode ser realizada de duas maneiras, por meio das atas de registros de preço do Estado ou por meio de licitação individual. Municípios que possuem medicamentos que estão fora da relação disponibilizada pelo Estado ou consigam comprar com um valor mais em conta do que o ofertado pelas Atas de Registros de Preço poderão continuar comprando pelos seus processos individuais de licitação. Mas, caso o Estado esteja oferecendo preços mais acessíveis, os municípios devem adquirir os medicamentos por meio das Atas, sendo isso o que está preconizado na Lei de Licitações”, explica.

Como funciona a compra por meio da Ata

Após a abertura da Ata, os municípios participantes deverão realizar o acompanhamento da execução de seus respectivos saldos, por meio do no Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf), disponibilizada pela gestão estadual.

O processo licitatório nasce no Estado, e os medicamentos são registrados de acordo com os quantitativos (cotas) que cada município informou, no planejamento anual (Sigaf) para o mesmo executar a Ata ao longo de sua vigência.

O recurso será tripartite (contrapartida da União, do Estado e do município) diretamente por meio do Fundo Municipal de Saúde e será o próprio município que terá a gestão destes recursos.

Os municípios que aderiram à Regionalização da Assistência Farmacêutica não terão mais que pagar a contrapartida municipal para o Estado via boleto bancário, mas sim depositar em conta específica do Fundo Municipal e executá-la direto com o pagamento das notas fiscais, resultado das aquisições feitas via Ata de Registro de Preço do Estado.

Caso não consigam realizar os pedidos na Ata do Estado, os municípios poderão realizar aquisições por instrumentos de compra próprios, uma vez que devem garantir o abastecimento dos medicamentos básicos.

Conheça a Deliberação que aprova a Estratégia da Regionalização da Assistência Farmacêutica (Eraf) e as normas de financiamento do Componente Básico do Bloco da Assistência Farmacêutica (CBAF) no âmbito do SUS-MG:

http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Del2416-SUBPAS_SAF-Estrat%C3%A9giadaRegionaliza%C3%A7%C3%A3oCBAF.pdf

Tratamentos com ibogaína não estão regulamentados

Substância extraída da planta africana iboga não foi avaliada pela Anvisa quanto à segurança e eficácia. Qualquer comercialização da substância no país é ilegal

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 01/08/2017 17:38
Última Modificação: 01/08/2017 18:13

Extraída da raiz da planta iboga, a ibogaína não tem avaliação e aprovação da Anvisa. Como a substância é produzida fora do país e ainda não passou por nenhuma análise, é proibida a comercialização do produto em território nacional.

A Agência relembra que existe uma lista com as substâncias sujeitas a controle especial. “No Brasil, são consideradas substâncias sujeitas a controle especial aquelas elencadas nas listas do Anexo I da Portaria SVS/MS 344/98. A ibogaína não consta de nenhuma destas listas. Portanto, nem a planta nem as substâncias dela extraídas estão sujeitas a controle especial no Brasil”. É importante destacar, ainda, que o Art. 5º da RDC 204/2006 determina a proibição.

Apesar de existirem sites que afirmam que a substância é desintoxicante e auxilia no tratamento contra drogas como maconha e cocaína essa afirmação não está confirmada. Além disso, não foram apresentados estudos clínicos, técnicos ou científicos acerca da ibogaína. Portanto, não se pode afirmar que esta substância tem, de fato, efeitos medicinais.

Assim, como não há comprovação de benefícios medicinais promovidos pela ibogaína, não existem também informações de possíveis efeitos colaterais que ela pode causar, caso seja ingerida. Como dito anteriormente, a substância não pode ser comercializada no Brasil. Caso haja clínicas ou sites de internet que ofereçam ou vendam o produto, trata-se de algo não regulamentado.

Você pode encaminhar à Anvisa denúncias ou notificar eventuais problemas e eventos adversos, por meio dos Canais de Atendimento.
A planta

Originária do continente africano, a planta de nome Tabernanthe iboga é utilizada em cerimoniais do Bwiti realizados no Gabão. Bwiti é uma religião africana que faz uso da ibogaína em seus rituais.

Pacientes ficam de novo sem medicamentos

Além de conviver com uma doença grave, os pacientes têm que enfrentar a falta de medicação para seguir com o tratamento

Virou problema recorrente a falta de medicamentos para pacientes que fazem tratamento quimioterápico no Hospital Tereza Ramos (HTR). Em abril deste ano, uma mulher denunciou que aguardava há mais de dez dias a chegada do Doxorrubicina para dar continuidade às sessões. Nesta terça-feira, uma denúncia de outra paciente chegou até ao Correio Lageano sobre a falta do mesmo remédio, o Doxorrubicina e ainda do Vincristina Sulfato. As denunciantes não quiseram se identificar por receio de represália.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclareceu que há somente 200 Vincristina em estoque e serão usados para a manutenção do tratamento dos pacientes que já estão sendo atendidos no hospital. Na mesma nota, explicou que um novo lote de Vincristina está em processo de compra. A SES também informou que está aguardando a entrega do medicamento Doxorrubicina pelo fornecedor.

O Correio Lageano entrou em contato com a direção do HTR, mas não obteve resposta. Já a família que reclamou da falta dos dois medicamentos recebeu uma ligação do hospital avisando que o medicamento estará disponível nesta quarta-feira.

Incertezas_ “A falta de medicamento abala o psicológico do paciente. Viver com a incerteza de que poderemos terminar ou não o tratamento nos deixa preocupados e ansiosos. Além de enfrentar todos os estágios ao descobrir a doença, assimilá-la, e procurar a cura, temos ainda que passar por isso e ter que ouvir que o jeito é esperar e esperar”, desabafa uma paciente de 52 anos, que faria a sua última sessão de quimioterapia na manhã desta segunda-feira (1º)

Ela descobriu o câncer no estômago em outubro de 2016, fez cirurgia e passa por quimioterapia. Conta que, nesse período, não é a primeira vez que falta medicamento. “Outras pessoas também passam por isso. Sempre há falta de medicamento e, ao interrompermos o tratamento, corremos o risco de a doença avançar”, resume ela que mora em Lages e trabalhava no comércio. “O bom disso tudo é que o atendimento pelo pessoal da Unacon é excelente. Ao menos somos bem atendidos”, finaliza.

Faltam medicamentos, leitos e aparelhos para tratar o AVC

Levantamento do Conselho Federal de Medicina mostra precariedade no atendimento do SUS

SÃO PAULO. Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) com neurologistas do SUS de todo o país mostra que cerca de 57% dos médicos afirmam não contar, no serviço público, com mecanismos para triagem e identificação imediata de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC).

Não há também, segundo 32%, acesso à tomografia em até 15 minutos. Hideraldo Cabeça, da câmara técnica de neurologia e neurocirurgia do CFM, diz que a tomografia e a triagem são importantes para diferenciação entre um AVC isquêmico – com interrupção do fluxo sanguíneo, quadro mais comum – e AVC hemorrágico – quando há rompimento dos vasos sanguíneos.

Sem essa identificação precisa, não há como aplicar o tratamento apropriado. “Dependemos do tempo para realizar o atendimento até 4h após o AVC. Quanto mais tempo se demora, menor a chance de o indivíduo se recuperar e mais pacientes ficam com sequelas”, diz.

Cerca de 53% dos médicos na pesquisa afirmam não contar com medicamentos trombolíticos, que promovem a desobstrução das artérias, para o tratamento imediato dos pacientes. Mais de 50% dessa população de médicos dizem que não era possível fazer o básico, diz Cabeça.

Para os neurologistas e neurocirurgiões consultados, em 87,9% dos hospitais públicos que acolhem pacientes em crise aguda de AVC faltam leitos de internação; e em 93% não há ressonância magnética disponível em até 15 minutos.

O grupo ainda relatou ausência de leitos de UTI/emergência para pacientes isquêmicos, que precisam usar trombolíticos em 63,6% dos serviços.

Os sinais de um AVC são falta de resposta e fraqueza repentina de um lado só do corpo, boca torta e dificuldades de fala. O CFM diz que o treinamento para clínicos gerais e emergencistas reconhecerem e saberem tratar um AVC é importante, tendo em visa que seria impossível haver neurologistas de plantão em todos os lugares.

Conhecido popularmente como derrame ou trombose, o AVC ocupa o segundo lugar no ranking de enfermidades que mais causam óbitos no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares.

Além de matar cerca de 100 mil brasileiros por ano, a condição também é uma das principais responsáveis por incapacitação de pessoas. O CFM entregará o levantamento ao governo federal. Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde não se manifestou.

Minas
Protocolo é arma contra deficiências

O presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Fábio Guerra, avalia que o maior problema dos hospitais públicos no atendimento às vítimas de AVC está na falta de equipamentos, de medicamentos e de preparo das equipes médicas.

O especialista explica o que é considerado um socorro adequado: “Assim que o paciente chega ao hospital, deve ser feito o exame de laboratório nos primeiros minutos, exame de imagem para detectar o tipo de AVC na primeira hora e o encaminhamento para o setor indicado até algumas horas depois”, diz o médico.

Guerra afirma que, embora a rede de atendimento em Minas Gerais tenha muito o que melhorar, ainda “corre na frente” em comparação ao restante do país. “Aqui, principalmente em Belo Horizonte, alguns hospitais já estão começando a se adequar ao protocolo definido pelo Ministério da Saúde para garantir um atendimento melhor às vítimas de AVC. Isso já está diminuindo o número de óbitos decorrentes da doença”, afirma o médico. (Thuany Motta)