Fórum sobre gestão da Força de Vendas acontece no dia 5 de outubro

No próximo dia 5/10 (quinta-feira), o Sindusfarma realizará o “Fórum Melhores Práticas na Gestão da Força de Vendas”.

O encontro vai apresentar modelos e experiências e debater desafios e soluções para otimizar a gestão das equipes de vendas e marketing dos laboratórios farmacêuticos, num contexto de mercado cada vez mais competitivo.

Os palestrantes são: Glauco Ayres MeirellesAlexandre IgorPaula CampoyAdilson Souza Clique aqui para mais informações e inscrições

COMUNICADO AO MERCADO

A HYPERMARCAS S.A. ("Hypermarcas", ou a "Companhia"), surpreendida com o teor da matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” (“Matéria”) desta data, vem, em atenção ao Ofício n° 1561/2017-SAE, prestar os seguintes esclarecimentos:

i) A Companhia contatou seu acionista controlador, que negou veementemente quaisquer negociações para venda ou alteração do controle acionário da Companhia ou alienação de parte do seu investimento na Companhia;

ii) A Companhia não contratou assessores financeiros com mandato para discussão de quaisquer tipos de combinação de negócios, venda de parte de seu portfólio ou alteração de seu controle acionário;
iii) A Companhia não está interagindo com quaisquer empresas, incluindo as mencionadas na Matéria, com estas finalidades; e

iv) A Companhia nunca teve nenhum tipo de contato com a Pfizer para celebração de quaisquer acordos.

A Companhia reitera que possui uma estrutura de capital robusta, tendo encerrado o segundo trimestre de 2017 com uma posição de caixa líquido pro forma de R$636,0 milhões, mesmo após a distribuição de mais de R$1,3 bilhão entre dividendos, recompra de ações e redução de capital neste ano.

A Companhia reforça seu compromisso com a sua estratégia de crescimento orgânico por meio de uma política de investimentos consistente, o que se confirma, por exemplo, com a recente inauguração, em agosto de 2017, de um novo Centro de Inovação – Hynova – com equipe qualificada de mestres e doutores com acesso as mais modernas tecnologias de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos. A Companhia também tem intensificado seus investimentos em marketing, alcançando a marca de maior investidor em mídia do Brasil no primeiro semestre de 2017, segundo o Kantar Ibope Media. Além disso, está ampliando sua capacidade de produção para fazer frente à crescente demanda pelos produtos da Companhia.
São Paulo, 25 de setembro de 2017

Hypermarcas S.A.
Breno Toledo Pires de Oliveira
Diretor Executivo Financeiro (CFO) e de Relações com Investidores

Esclarecimento

A área Empresas em Foco publica notícias elaboradas e enviadas pelas empresas filiadas ao Sindusfarma; seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade das empresas e não reflete anuência nem posições ou opiniões da entidade.

Medicamento em fase de pesquisa mostrou resultados positivos para diminuir o risco de complicações cardíacas em pacientes de alto risco cardiovascular

Segunda, 25 Setembro 2017 14:25 Escrito por Daniela Resende
Estudo publicado recentemente com o medicamento anacetrapibe, do laboratório MSD, mostrou resultados positivos para a diminuição de complicações cardíacas em pacientes de alto risco, já com doença cardiovascular estabelecida. Os resultados foram apresentados no fim de agosto no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e publicado simultaneamente no The New England Journal of Medicine.

Durante quatro anos com mais de 30 mil pacientes, o estudo REVEAL demonstrou que o medicamento, associado ao tratamento padrão com atorvastatina, reduz o risco de eventos coronarianos, como morte coronariana, infarto do miocárdio e procedimentos de revascularização coronariana em 9% em comparação ao placebo (10,8% vs 11,8%, respectivamente). O medicamento também se mostrou eficaz em reduzir o LDL em 41% e aumentar o HDL em 104%.

"Apesar dos avanços no tratamento nos últimos anos, os pacientes com doença cardiovascular continuam tendo riscos de desenvolver complicações cardiovasculares. Estamos satisfeitos que a adição de anacetrapibe à terapia com estatina se mostrou eficaz em reduzir os principais eventos coronarianos", disse o Dr. Roy Baynes, Vice-presidente Sênior e Chefe de Desenvolvimento Clínico da Merck Research Laboratories.

Diante dos resultados do estudo REVEAL com o medicamento anacetrapibe, a Merck (como é conhecida a MSD nos Estados Unidos) está analisando a possibilidade de solicitar o registro do medicamento ao Food and Drug Administration (FDA) e outras agências regulatórias.

O REVEAL foi desenvolvido e conduzido de forma independente por pesquisadores da Unidade de Serviço de Ensaios Clínicos da Universidade de Oxford. É um estudo duplo-cego randomizado e controlado com placebo, feito com 30.449 pacientes adultos com doença vascular aterosclerótica.

Hypermarcas nega negociação para busca de sócio após delação de Funaro

Doleiro acusou empresa de pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha para conseguir medidas provisórias.

Por Reuters

25/09/2017 12h56

O grupo de produtos farmacêuticos Hypermarcas negou nesta segunda-feira (25) notícia de que estaria buscando um sócio nas últimas semanas, após ter sido citado recentemente em delação do doleiro Lúcio Funaro por suposto pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha para compra de medidas provisórias.

O jornal O Estado de S.Paulo publicou na sua edição destas segunda-feira que assessores financeiros da empresa tiveram conversas reservadas com as principais farmacêuticas brasileiras, incluindo Biolab, Eurofarma e EMS, e estiveram perto de fechar acordo com a norte-americana Pfizer.

"A companhia contatou seu acionista controlador (o empresário João Alves de Queiroz Filho), que negou veementemente quaisquer negociações para venda ou alteração do controle acionário da companhia ou alienação de parte do seu investimento na companhia", afirmou a Hypermarcas em comunicado ao mercado após ter sido questionada sobre a notícia pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"A companhia não contratou assessores financeiros com mandato para discussão de quaisquer tipos de combinação de negócios, venda de parte de seu portfólio ou alteração de seu controle acionário", acrescentou a Hypermarcas, dizendo ainda que "nunca teve nenhum tipo de contato com a Pfizer para celebração de quaisquer acordos".

As ações da Hypermarcas exibiam queda de 0,76% às 12h33, em linha com o recuo do Ibovespa.

Empresa ameaça ‘batalha judicial’ caso chegue ao fim parceria na produção de hemoderivado

Ministério da Saúde abriu licitação para comprar medicamentos derivados do sangue, provocando indignação do presidente da Shire, empresa parceira da estatal Hemobrás na produção desse tipo de produto

Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo

25 Setembro 2017 | 21h30

BRASÍLIA – Uma licitação preparada pelo Ministério da Saúde promete reacender a discussão em torno da produção brasileira de hemoderivados – os medicamentos produzidos a partir do fracionamento do plasma do sangue humano. Em audiência realizada nesta segunda-feira, 25, a pasta anunciou a intenção de comprar o equivalente à demanda semestral de um produto essencial para hemofílicos, o Fator VIII recombinante. A proposta provocou a indignação da empresa Shire, que desde 2012 mantém com a Hemobras uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para a produção do hemoderivado.

O acordo com Hemobras e Shire havia sido suspenso pelo ministério em julho, sob a justificativa de que o andamento estaria em desacordo com as diretrizes estabelecidas no contrato. Meses depois, diante da pressão feita por parlamentares de Pernambuco, onde a Hemobras está instalada, e de uma recomendação do Tribunal de Contas da União, o Ministério da Saúde retomou a parceria, sem contudo fazer encomenda de uma nova compra do produto para o próximo ano. Os estoques vão até fevereiro.

Em entrevista ao Estado, o presidente da Shire no Brasil, Ricardo Ogawa, disse temer que a licitação seja feita para dispensar ou reduzir o fornecimento do Fator VIII pela empresa. "Isso viola o acordo. Há um compromisso de se comprar uma quantidade mínima de Fator VIII para a parceria ser mantida", observou. Ele não descarta ingressar com ações na Justiça. "Se a PDP morrer pode haver uma grande batalha judicial, que vai trazer um grande desgaste para todos. E pacientes serão os principais prejudicados."

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que a licitação é apenas uma precaução, que a parceria continua a valer, embora haja ainda a necessidade de fazer adequações nas etapas de transferência de tecnologia que até agora não foram cumpridas.

A tensão tem ainda outro complicador. O laboratório público Tecpar do Paraná, reduto eleitoral do ministro Ricardo Barros, firmou um acordo de transferência de tecnologia com a empresa Octapharma, para a produção do mesmo Fator VIII recombinante. "Se isso for adiante, certamente vai esvaziar a produção da Hemobras. A estatal só sobrevive se puder vender toda a produção para o governo", observou.

De acordo com a PDP, a Shire deve transferir todo o conhecimento de produção do Fator VIII para a Hemobrás. Enquanto a estatal brasileira não domina a técnica para fabricação, a Shire fica encarregada de abastecer toda a demanda do mercado. A previsão era a de que a Hemobrás começasse a produção num prazo de 5 anos. O cronograma, no entanto, nunca foi cumprido. Agora, o prazo é 2022.

Além do atraso, provocado por erros no projeto, denúncias de superfaturamento e irregularidade nas obras, o acordo rendeu uma dívida da Hemobrás para Shire. Sob a ameaça de perder a PDP, a Shire fez alterações no contrato. Ela perdoou os juros da dívida da Hemobrás, no valor de US$ 43 milhões prometeu investir US$ 250 milhões na fábrica e parcelar a dívida em oito anos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, caso haja parecer positivo sobre a PDP, a compra de segurança poderá ser interrompida a qualquer momento. "A PDP de transferência de tecnologia para produção do Fator VIII Recombinante pela Hemobrás encontra-se em avaliação no âmbito da SCTIE/MS, quanto ao seu desenvolvimento e às condições técnicas para o cumprimento das exigências normativas necessárias para sua continuidade", informa a nota.

Ministro da Saúde e líderes discutiram produção estratégica de remédios para o Sus

25/09/2017 às 15h05 – Por Sidney Rezende

O programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), criado em 2008 pelo Ministério da Saúde, foi tema de seminário na FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), nesta terça-feira (19/09), com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Com o objetivo de firmar convênios entre instituições públicas e privadas para a produção nacional de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), o programa já aprovou 105 parcerias e outras 83 estão sob avaliação pelo governo federal. As PDPs, que contemplam medicamentos para o tratamento de doenças como HIV, leucemia, câncer, Parkinson, tuberculose e diabetes, geraram mais de R$ 4,7 bilhões em economia para o SUS.

Para mim, foi um grande prazer compartilhar uma manhã inteira dedicada a um assunto complexo e fundamental para a população. O seminário contou ainda com a participação do presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro (Sinfar-RJ), Carlos Fernando Gross; e do diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, Rodrigo Silvestre. Também integraram a mesa de debates o vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Reinaldo Guimarães; o presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Jorge Alberto Costa e Silva; e o chefe de gabinete da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leonardo Paiva.

A continuidade do programa é fundamental para desenvolver a indústria de Saúde no Brasil, especialmente no estado do Rio, que possuiu o maior complexo tecnológico de saúde pública da América Latina. O estado reúne 340 estabelecimentos na atividade da Saúde, incluindo seis laboratórios públicos e 70 privados, além de fabricantes de instrumentos e materiais para uso médico, empregando 16 mil profissionais. “Eu fico assustado quando vejo notícias sobre a compra de medicamentos da China, por exemplo, sendo que temos aqui a expertise e a necessidade de se produzir esses remédios. O que precisamos é valorizar os laboratórios nacionais e não de países onde não temos controle e nem conhecemos a procedência”, afirma o presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. “Com as PDPs ganham o estado do Rio, os laboratórios públicos, a indústria, o Brasil e, principalmente, os cidadãos brasileiros, que precisam da saúde pública”, conclui Gouvêa Vieira.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, atua pela aprovação de um decreto, em fase de elaboração, com regras mais claras sobre o funcionamento dessas parcerias, com o objetivo de trazer mais segurança jurídica às instituições envolvidas e ao governo federal. “Temos que ter um regulamento com indicadores de resultado, além de mais clareza sobre a equação do custo da tecnologia e do custo dos medicamentos, para que possamos justificar aos órgãos de controle os gastos e ter absoluta certeza de que as parcerias poderão ser concluídas”, afirma Barros.

Atualmente há 70 PDPs em andamento, sendo 23 em estágio de execução e seis em fase de conclusão. Outras 41 estão em patamar inicial, que envolvem a assinatura do acordo ou a formulação do projeto. As parcerias aprovadas entre 2009 e 2014 abarcaram 19 laboratórios públicos e 50 privados em todo o país.

Das 83 parcerias que estão sob análise pelo Ministério da Saúde, onze envolvem a participação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológico (Bio-Manguinhos), ambos da Fiocruz, para a produção de medicamentos para o tratamento de HIV, artrite reumatoide, doença de Crohn e hepatite C. Outras 22 estão em andamento. “As PDPs são instrumentos que permitem desenvolvimento tecnológico e possibilidade de acesso pela população a medicamentos e vacinas. É uma política que garante autonomia para o atendimento do SUS no futuro”, apoia a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima.

As PDPs trazem para os laboratórios farmacêuticos do governo oportunidade de absorção de tecnologia e desenvolvimento de sua estrutura produtiva. Para os laboratórios farmacêuticos privados, as parcerias representam possibilidade de vender com exclusividade para o SUS pelo tempo de vigência do convênio, que varia entre 5 e 10 anos. Para a sociedade, os benefícios são muitos, como a garantia da oferta de medicamentos tanto no momento da PDP como a partir da autonomia na produção, além da diminuição dos preços dos medicamentos e dos custos de aquisição para o SUS. O grupo de produtos estratégicos para a rede pública de saúde, que tem permissão de integrar o programa de parcerias, contempla medicamentos, vacinas, soros, fármacos, adjuvantes, produtos biológicos para diagnósticos de uso “in vitro”, além de equipamentos e materiais de uso de saúde.

Com informações produzidas pela Assessoria de Comunicação da Firjan.

Market Value conquista prêmio de retail design com projeto de loja-conceito do Carrefour

setembro 22, 2017

O conceito criado pela Market Value, agência focada em Design e Arquitetura de Varejo da multinacional francesa Team Creátif, para a flagship do Carrefour, em São Paulo (SP), levou o troféu Fator UAU, que reconhece o melhor dentre todos os projetos do Prêmio Retail Design Innovation. A cerimônia de entrega dos prêmios aconteceu no dia 30, no Latam Retail Show, um dos mais importantes eventos de varejo, franchising, e-commerce e shopping centers da América Latina, realizado no Expo Center Norte, na capital paulista.

Promovido pela GS&MD, com coordenação do RDI (Retail Design Institute) e apoio da ABIESV (Associação Brasileira de Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo), o prêmio Retail Design Innovation tem como objetivo reconhecer os melhores projetos de design no varejo que se destacam pela sua inovação, resultando em ambientes criativos, que possibilitem experiências e sensações ao cliente.

“Conquistar este prêmio é o reconhecimento de que é possível inovar, rompendo padrões comumente encontrados nos hipermercados, desenvolvendo ambientes altamente promocionais e eficientes sem abrir mão de atmosfera acolhedora e agradável”, diz Thais Fagundes, diretora da Market Value.

A edição 2017 avaliou projetos fundamentadas em sete categorias, baseadas em Inovação em Conceito; em Experiência; em Tecnologia no PDV; em Design Gráfico e Comunicação Visual; em Visual Merchandising; em Integração Digital; e em Sustentabilidade.

A flagship situada no Jardim Pamplona Shopping, no coração dos Jardins, é a mais moderna da rede varejista no Brasil, que valoriza o sortimento de produtos frescos e de fabricação própria, além de contar com atendimento especializado e recursos tecnológicos para a maior comodidade dos clientes.

Com atmosfera aconchegante, decoração e linguagem que remetem aos mercados antigos, o hipermercado reflete a evolução e reúne as melhores experiências do conceito já desenvolvido pelo Carrefour nos últimos anos, além de agregar uma nova seleção de produtos, serviços especializados e tecnologias em salão de vendas com mais de 5.600 m2.

Ao caminhar por cada um dos setores da loja, os clientes têm a experiência de estar dentro de diversas lojasespecializadas, mas com a comodidade de comprar tudo o que precisa em um único lugar, pois os setores estão integrados e facilitam a jornada dos consumidores.

A flagship oferece mais de 40 checkouts, seis deles em sistema de self-checkout, além de diversos recursos tecnológicos como tela para exibição de campanhas institucionais; totem de autoatendimento para impressão de cupons e visualização de ofertas, mapa do loja, horário de funcionamento e demais serviços disponíveis; totens para serviços exclusivos em cada setor da loja, que gerenciam a fila de pedidos dos clientes por meio de senha exibida em painel central do hipermercado, assim como exibem sortimento de produtos e permitem a avaliação dos serviços pelos clientes.

A Market Value é responsável pelo projeto de ambientação e arquitetura da loja, identidade visual e gráfica do projeto (comunicação e merchandising), parte do mobiliário e expositores, e embalagens – este último item com a nova agência do grupo Team Creátif, Raison Pure.

Varejistas ajustam estoque e elevam preço da carne bovina

Diferença entre o preço de compra de venda da carne bovina ao consumidor está em 65,5%

Por: Scot Consultoria

Publicado em 22/09/2017 às 11:20h.

Alta de preços da carne bovina no varejo. Em São Paulo o aumento foi de 1,2% nesta semana, de 0,3% no Paraná e de 0,4% no Rio de Janeiro. Minas Gerais foi o único estado em que os preços caíram.

O comportamento diferente do atacado indica que os varejistas têm regulado as compras, ajustando os estoques ao cenário atual de vendas.

Isso fez as margens dos açougues e supermercados melhorarem depois de atingir o menor patamar do ano na última semana.

A diferença entre o preço de compra de venda da carne bovina ao consumidor está em 65,5%.

O SUPERMERCADO ONLINE QUE DEU CERTO EM PORTO ALEGRE

Com o dobro de vendas, o Magodrive está comemorando um ano de operação em Porto Alegre. Foi no fim de setembro do ano passado que a rede de supermercados passava a oferecer o serviço de venda online para entrega em casa ou para o cliente pegar a mercadoria no drive-thru.
A empresa é o Supermago e foi fundada em 1998, quando Jacinto Machado saiu de uma rede de supermercados para montar o próprio negócio. Os dois filhos, Rodrigo e Patrícia, saíam da escola, almoçavam na loja, cochilavam e depois ajudavam os pais no trabalho. A empresa tem hoje quatro supermercados e segue familiar, com os filhos como sócios atuantes e o pai na direção-geral.

– Dividimos bem as tarefas. Nada é feito sem a aprovação dos três – garante a diretora administrativa Patrícia Machado.

A ideia do Magodrive surgiu quando Rodrigo morava na Itália e tinha dificuldade para fazer as compras porque o transporte era complicado. Voltou ao Brasil em 2010 com a proposta do mercado online. Só que não havia tantos smartphones e o acesso à internet não dava a segurança para criar o negócio. Anos depois, a ideia foi retomada com a parceria de uma startup.

Foram, então, nove meses planejando a operação. Uma gestação. Os filhos buscam as novidades e o pai é cabeça aberta para inovações.

A operação de venda pela internet é totalmente diferente da loja física. Segundo os diretores, o armazenamento dos produtos precisa ser muito mais aprimorado. Os carros que fazem as entregas têm refrigeração e o produto acaba sendo melhor acondicionado do que quando o cliente vai até a loja.

SÃO MAIS DE 40 BAIRROS

ATENDIDOS NA CAPITAL

Mães com bebês em casa ocupam um bom espaço na base de clientes, assim como pessoas que trabalham muitas horas por dia e não têm tempo para "fazer rancho". Além disso, o Magodrive abastece bastante empresas.

Qual a meta para daqui um ano? Aumentar em 120% as vendas retiradas no drive-thru ou entregues em casa, apostando em mais formas de pagamento. São mais de 40 bairros atendidos em Porto Alegre, e a empresa estuda chegar à Zona Sul em breve.

Quer vender pela internet? Confira as regras essenciais do Magodrive:

– Investir no site. Qualquer distração do consumidor faz perder a venda. A experiência de compra precisa ser sempre aprimorada.

– Evitar problemas na finalização da compra, cuidando das formas de pagamento.

– Bom atendimento da equipe de entrega, que são as pessoas da empresa com quem o consumidor de internet têm contato. Aliás, o Supermago é conhecido no setor de supermercados do Rio Grande do Sul pela qualidade da equipe. Dizem, inclusive, que os funcionários refletem a gentileza e simplicidade dos donos da empresa.
giane.guerra@rdgaucha.com.br gauchazh.com/gianeguerra 3218-6653
Giane Guerra

Por Zero Hora – RS

Dono da rede Mambo avalia vender fatia a sócio

André Nassar, presidente do conselho consultivo, afirma que a família não quer se desfazer de toda a empresa

A família controladora da rede de supermercados Mambo e do Giga Atacado, com R$ 1,7 bilhão em vendas previstas para este ano, analisa opções de capitalização e um dos caminhos é a venda de posição minoritária no grupo MGB, quer reúne os dois negócios. A companhia está contratando uma assessoria financeira para estudar propostas de fundos de private equity. O grupo soma 16 lojas – 10 Mambo e Petit Mambo e 6 Giga.

No último movimento neste sentido, anos atrás, a holding J&F, da família Batista, e o BTG Pactual, chegaram a negociar a aquisição de parte da empresa, mas as conversas não avançaram.

A retomada da discussão ocorre numa tentativa de levantar recursos para expansão da operação, que deve voltar a ter um foco maior nos negócios de supermercados. Mas não há hipótese de negociação da venda do controle do grupo MGB. Nos contatos com investidores no passado, as negociações giravam em torno da venda de 30%. O assunto está sendo considerado dentro de um conjunto de opções estratégicas e está sob análise do conselho consultivo.

"Até o fim de 2018 queremos fechar uma operação financeira que pode ser dívida estruturada, uma debênture de valor expressivo ou venda de participação minoritária para um fundo de private equity", diz André Nassar, presidente do conselho consultivo. O grupo não informa o valor da empresa ou o percentual que a família aceita negociar. Mas ressalta que não abre mão de se manter na gestão.

"Não temos interesse em vender [o controle] da companhia. Mas somos comerciantes e se vem alguém aqui com uma montanha de dinheiro na nossa frente e aquilo faz sentido, a gente vende a companhia e faz outros negócios. Mas hoje não estamos querendo nos desfazer [de toda a empresa]".

Segundo ele, a negociação que envolveu a J&F, em 2011, por meio do banco Original, não evoluiu porque a família Batista queria o controle do grupo. "Eles faziam questão, mas para nós não fazia sentido. Eu vou trabalhar para eles e eles vão decidir o que vamos fazer?". Procurado, o Banco Original não se manifestou. Dois anos depois, as conversas envolveram o BTG Pactual. "Eles [BTG] trariam uma empresa do interior de São Paulo em recuperação judicial com cinco lojas e esta se somaria a outra rede que eles também trariam. Teríamos 70% do novo negócio criado e a garantia seria uma dívida que nós iríamos fazer em dólar. Colocaríamos todo o patrimônio da família garantindo o negócio e não haveria nenhum aporte", disse. "Era um negócio 'a la ovo com bacon' sendo que a gente era o porco". O BTG não comenta o assunto.

O BTG reduziu sua área de private equity após uma crise dois anos atrás que reduziu o seu tamanho. A J&F, da família Batista, também tem se desfeito de parte de seus ativos. Se uma sociedade avançar, diz Nassar, a ideia "é um sócio não envolvido em nenhuma situação que, se derrapar, te leve junto".

Segunda geração no comando

André Nassar é da segunda geração da família fundadora do grupo – seu pai, Rauf Nassar, atualmente presidente do conselho do grupo, teve três filhos (além de André, Lucas e Marcos) e todos trabalham na companhia. O avô de André, João Nassar, teve dez filhos – parte da família abriu o Mambo e a outra, a rede Cobasi. A questão de governança corporativa é um dos aspectos de uma eventual negociação – e ponto que o grupo diz que passou por avanços.

"Eles [atuais donos] têm a maioria no conselho, estão na gestão e ainda seriam majoritários. Um fundo como sócio minoritário colocaria dinheiro e teria que nível de interferência nessa estrutura?", diz um gestor de fundo. Os irmãos trocam entre si os mandatos de CEO (hoje, Marcos Nassar) e de presidente de conselho a cada dois anos. Jean Duboc (ex-Carrefour) e Maria Aparecida Fonseca (ex-GPA) são membros do conselho.

Segundo Nassar, a previsão é de crescimento de 35% a 40% nas vendas brutas do grupo em 2017, com a soma atingindo R$ 1,7 bilhão no ano – foi R$ 1,2 bilhão em 2016. Até junho, a alta foi de quase 29% em relação ao ano anterior. Dois terços da receita do grupo vêm do Giga e um terço, do Mambo. Para vendas "mesmas lojas" (em operação há mais de um ano) a previsão é de alta de até 5% neste ano.

Apesar da estimativa geral de expansão de dois dígitos, o desempenho tem sido penalizado por uma piora dos resultados do Giga. A operação está sentindo efeitos da deflação e da concorrência, diz o empresário. "Cerca de 80% do que vendemos é 'commodity', segmento que mais sentiu a queda nos preços [que afeta receita nominal]. Além disso, a competição aumentou rapidamente. Lojas [rivais] estão abrindo muito mais perto da gente. Não é sustentável e já vemos redes fechando."

Mesmo assim, a previsão é que o Giga registre uma taxa alta de expansão, de 50% neste ano. Isso porque das seis unidades, três serão pontos abertos em 2017, o que eleva a taxa. Ao se considerar lojas antigas, a alta é de um dígito baixo.

Nesse cenário, o grupo tomou algumas medidas. Decidiu ser mais agressivo na política comercial do Giga – comprando volumes maiores com a indústria para compensar a queda da inflação.

"Estávamos muito na defensiva e paramos com isso. Chamamos os fornecedores e passamos a comprar volume equivalente a até seis meses em vendas. E com a ideia de vender isso em um mês, reduzindo preços para ampliar escala", diz. Outros atacadistas têm seguido a mesma estratégia em itens com baixo risco de encalhe.

Investimentos 2018

Nassar ainda diz que o grupo deve destinar mais investimentos para os supermercados Mambo em 2018. Fará isso de maneira a equilibrar uma provável desaceleração do atacado, pressionado pela deflação e concorrência. Nassar acha possível três aberturas do Mambo em 2018 (neste ano foi uma), mas ressalta que isso ainda tem que passar pela avaliação do CEO. Em relação ao Petit Mambo, a rede de vizinhança, o plano é ter mais 50 lojas até 2021.

Neste ano, houve uma abertura de um Giga, e serão mais duas novas lojas: outro Giga e um Petit Mambo, em São Paulo e região metropolitana. Os investimentos devem ser de cerca de R$ 30 milhões, oriundos de bancos de varejo.

Paralelamente, a empresa vai tomar algumas medidas no comércio eletrônico. O grupo vai testar um modelo de venda pelo site do Giga para retirada em lojas do Mambo. "Sairá do nosso centro de distribuição em caixa fechada e já faturado. É algo que será rentável quando ganhar eficiência", diz. O site do Giga começa a funcionar neste mês, para entrega em lojas do Giga e, posteriormente, em unidades do Mambo. "Se isso der certo vamos partir para retirada de produtos em contêineres móveis. O cliente compra nos sites e retira em contêineres pela cidade. Mas é algo para daqui a alguns anos".

Fonte: Valor Econômico