Doce de leite Rocca vai de ‘último recurso’ a sucesso de vendas

Empreendimento da família Barbosa surgiu do desalento e hoje fatura R$ 1 milhão por ano

Letícia Fontes

O primeiro investimento da família Barbosa, em Pouso Alegre, no Sul de Minas, foi de R$ 20 mil na compra de maquinários para a fazenda. A aplicação era a última opção da filha do “seu José”, Rosiane Barbosa, para recuperar os negócios da família. Produtora de leite há mais de meio século na cidade, a família fundou em 2014 a Rocca, que surgiu no mercado pensando na versatilidade do sabor caseiro e tipicamente mineiro do doce de leite. A estratégia parece ter dado certo. Menos de três anos após seu nascimento, o rendimento anual da empresa é de R$ 1 milhão.

“Meu pai já estava pensando em desistir do negócio porque estávamos acumulando prejuízo. O leite estava sendo vendido muito barato e como commodity. Não conseguíamos nos programar. O principal objetivo era agregar valor ao leite como matéria-prima e fazer com que as pessoas provassem um sabor único e diferenciado”, explica Rosiane, uma das sócias da empresa.

Considerado semiartesanal, visto que ainda depende do recurso humano para atingir o ponto ideal, o doce de leite Rocca é fabricado somente com leite da fazenda da família. Um dos diferenciais da empresa, segundo Rosiane, é acompanhar as tendências do mercado. De acordo com a sócia, os animais são criados no pasto e a receita leva poucos ingredientes.

“Há um controle total da origem de cada ingrediente e de todos os processos, até a distribuição. Muitas empresas utilizam em sua receita amido e glicose de milho, o que reduz o custo dos fabricantes, mas descaracteriza a tradição do produto. Acreditamos em rótulos mais limpos e jovens”, ponderou.

Expansão

Atualmente são produzidos 9.000 potes de doce por mês e 400 litros de leite por dia. A produção ainda é pequena, mas o desafio, segundo os sócios, é desenvolver um produto já tradicional em um Estado também tradicional. “O diferencial é que tiramos o leite e mandamos direto para a fábrica. Vamos crescendo aos poucos, não queremos perder nossa essência. Assim como demoramos um ano para chegar à receita que utilizamos hoje, estamos dando um passo de cada vez”, avaliou o sócio e marido de Rosiane, Raphael Figueiredo.

Vendendo o produto somente em Minas Gerais, a empresa tem como meta conquistar o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) até o primeiro trimestre de 2018, o que lhe permitirá comercializar além das divisas de Minas. Os produtos já são certificados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Estamos investindo R$ 50 mil para obter a estruturação necessária para conseguir essa certificação de nível federal. Até por isso, nosso foco comercial é Minas Gerais e Belo Horizonte, especificamente, por enquanto. Os consumidores já nos encontram em dois supermercados importantes da cidade – Verdemar e Super Nosso –, além de municípios turísticos mineiros como Monte Verde, Tiradentes e Gonçalves, entre outros”, frisou Figueiredo.

Sorveterias ajudam

De acordo com os sócios da empresa, a demanda pelo doce de leite sofre uma certa sazonalidade no mercado, sendo mais procurado nos meses de inverno. Procurando driblar e amenizar a crise no consumo, a empresa é participante ativa de ações do Sebrae, sendo vinculada ao projeto Origem Minas, que divulga e promove o agronegócio mineiro.

Presença constante nas feiras e exposições organizadas pela instituição no Estado, a empresa fez uma parceria com algumas sorveterias mineiras que oferecem sorvetes também com a mesma proposta da Rocca, utilizando poucos ingredientes e receitas originais.

“Graças a essas parcerias conseguimos o que sozinhos jamais conseguiríamos. Percebemos que nosso público é formado por consumidores que são adeptos a produtos diferenciados, e buscar esses clientes foi a estratégia. Até chegar neste ponto perdemos uns R$ 30 mil”, avalia a sócia Rosiane Barbosa.

“Começamos do zero, e quem conseguiu se destacar em nível de preços e qualidade se destacou no cenário em que estamos vivendo”, complementa seu marido e sócio, Raphael Figueiredo.

Minas Gerais

O doce de leite tem sido um dos destaques da balança comercial do Estado. No ano passado, Minas foi o Estado que mais exportou doce de leite no país (US$ 106,42 mil).

Coca-Cola cria uma divisão de transformação digital no Brasil

Adriana Knackfuss é a líder da recém-criada área, que tem como objetivo tomar decisões estratégicas a partir de dados e interação com os consumidores
Por Tatiana Vaz
21 set 2017, 10h19

São Paulo – A cada dia, 1,8 bilhão de latas e garrafas de Coca-Cola são vendidas no mundo – número que dá uma dimensão da grandiosidade da companhia americana de bebidas e do alcance que ela atinge com uma única marca.

No Brasil, o consumo chega a 12 bilhões de litros por ano e, uma parte bem tímida disso, vinha sendo adquirida por meio da loja virtual inaugurada há quase um ano. Por meio dela, clientes de São Paulo capital e interior personalizavam garrafas e compravam itens difíceis de serem encontrados nas gôndolas, entre outros serviços.

Neste mês, a companhia expande as vendas pela web para as demais capitais, com o intuito de fazer entregas para todo o país até o final deste ano. A razão, no entanto, vai bem além de querer vender mais. O foco é conhecer melhor os consumidores.

“O nosso consumidor é hoje o centro de tudo, o grande termômetro das decisões estratégicas que a companhia irá tomar no futuro”, afirma Adriana Knackfuss, vice-presidente de transformação digital da Coca-Cola Brasil, em entrevista a EXAME.com.

A executiva, por sinal, é fruto desta missão norteada pela companhia global desde o início do ano. Ela liderará a recém-criada divisão, cuja finalidade é saber quem são os consumidores, entendê-los e, a partir daí, desenhar os passos da empresa no país.

Para tanto, ela liderará uma equipe pequena, de oito pessoas, instaladas estrategicamente no quinto andar da sede da companhia no Brasil, no Rio de Janeiro. São profissionais de áreas diversas, como operações, marketing e planejamento.

Ao lado deles, um time de 80 pessoas do serviço de atendimento ao cliente atende reclamações e dão informações aos consumidores. Lado a lado, as equipes podem trocar percepções com mais rapidez.

“Não temos baia, fazemos reuniões rápidas e pensamos juntos em como resolver muitos dos desafios que temos”, conta Knackfuss. “Nosso andar vive cheio de gente de outras áreas e isso é ótimo porque a ideia é criarmos pontes para que todos contribuam de alguma forma”.

Um passo à frente

Adriana tem anos de experiência em marketing digital e está na Coca há dez anos, mas admite estar fazendo algo totalmente novo. Não só para ela, mas para a própria corporação. A subsidiária brasileira é a primeira do mundo a criar uma vice-presidência com esse escopo.

A iniciativa se deu pelo incentivo do próprio CEO global da companhia, James Quincey. Em fevereiro, em uma conferência do Consumer Analyst Group of New York, ele anunciou oficialmente a mudança da estratégia da companhia “para se alinhar às mudanças no gosto e nos hábitos de compra do consumidor”.

De acordo com a executiva, a corporação deu liberdade para que cada subsidiária decidisse quando e como colocar isso em prática. Por ser o primeiro a dar esse passo, a estrutura do Brasil deve servir de exemplo para outros países, afim deles tomarem decisões semelhantes ou não.

“A vantagem para os outros é que podemos dividir o que aprenderemos”, explica Adriana, que enfatiza o peso da estrutura brasileira para o negócio global. “O Brasil é muito relevante no universo digital, pela quantidade de pessoas conectadas, além de ser o quarto em faturamento para a Coca, atrás dos EUA, China e México”.

Além desses fatores, ela credita a decisão ao espírito inovador e empreendedor do presidente da Coca no Brasil, Henrique Braun. Na empresa desde 1996, ele comandava a unidade da China e Coreia antes de assumir a liderança da empresa no país, há um ano.

“Ele veio de uma sociedade de sistemas mais avançados e encontrou aqui condições propícias para inovar dentro e fora da empresa”, disse ela.

Esforço de vendas

Nos 75 anos de operação no país, a Coca conta com 62.000 funcionários e vende 150 produtos diferentes de 19 marcas.  É ainda líder absoluta do segmento de bebidas, com 55% de participação de mercado, mas os desafios de manter esse patamar são cada vez mais indigestos.

No acumulado dos 11 primeiros meses de 2016, a produção de refrigerantes da marca caiu 6,03% para 12,52 bilhões de litros vendidos no Brasil. As quedas recorrentes são explicadas por fatores que vão de mudanças de hábitos de consumidores, que hoje buscam itens mais saudáveis, à crise econômica do país, diversidade de preços e percalços na distribuição.

Para este ano, a empresa anunciou investimentos de 3 bilhões de reais, volume 10% maior que a média do que foi desembolsado por ela nos últimos cinco anos. Marketing e a transformação da companhia estão dentro desse pacote.

“Está cada vez mais claro que a solução dos nossos problemas está fora da empresa, a produção de conhecimento vem dos consumidores e estamos atentos a eles”, disse Knackfuss.

Grapette Uva – Saborama mantém tradições da marca com distribuição em Minas Gerais

Indústrias / Sócia-detentora da marca Grapette, no Brasil, a Saborama Sabores e Concentrados para Bebidas Ltda. preserva um dos maiores sucessos da indústria de refrigerantes, em todo o mundo. Imortalizado pelo slogan "Quem bebe Grapette repete" e por seu sabor diferenciado, o refrigerante Grapette conta com uma legião de fãs, grandes incentivadores da experimentação do produto pelo público mais jovem.
O refrigerante, sucesso desde os anos 50, resgata a memória afetiva de muitos consumidores que lembram – com saudade e um sorriso no rosto – das suas infâncias, dos bons momentos vividos, associados ao consumo da bebida. "O posicionamento nostálgico da marca Grapette valoriza a sua história; evoca sentimentos de felicidade e regresso a uma época em que a vida era mais simples"- destaca, Maria Magdalena Bonilla y Diaz da Silveira, diretora da Saborama.
Grapette foi o primeiro refrigerante de uva lançado no Brasil. Fabricado até hoje pela rede franqueada da marca, com engarrafadores espalhados em vários estados do País, a bebida mantém a sua formulação original e vem ganhando notoriedade no mercado, que vive uma onda retro.
Sócia-detentora da marca Grapette, a Saborama Sabores e Concentrados para Bebidas Ltda. é fornecedora exclusiva do concentrado; insumo básico para a fabricação do queridinho dos refrigerantes. Como franqueadora, sua estratégia é buscar indústrias de bebidas para produzirem Grapette localmente, ampliando assim a rede de distribuição do produto.

Ênfase em Minas Gerais
Em território mineiro, a Saborama elegeu a Bebidas Jota Efe Indústria e Comércio Ltda. como parceira responsável pela distribuição do Grapette Uva em todo Estado de Minas Gerais, nas embalagens de 2 litros, 600 ml, 250 ml e 185 ml. Localizada na cidade de Ouro Fino, sul de Minas, a Jota Efe está presente há 67 anos no mercado de bebidas e é uma das empresas mais tradicionais da região. "Para Grapette Uva, teremos uma rede de distribuidores terceirizados para cobrir a rede varejista em distâncias superiores a 300 quilômetros de nossa fábrica. Clientes próximos do nosso munícipio, como aqueles instalados em Pouso Alegre, Itajubá, Varginha, Poços de Caldas São João Del Rei, situados na área centro-sul do Estado, serão atendidos diretamente por nossa equipe de vendedores", informa o gerente comercial da Jota Efe, Harriman Faria.
A rede de distribuidores atuará na grande Belo Horizonte, regiões de Divinópolis, Conselheiro Lafaiete e Juiz de Fora. Atualmente, a Jota Efe atende mais de 10 mil pontos de venda, no Estado de Minas Gerais e também Espírito Santo.

Saborama – Expertise para o sucesso
A Saborama Sabores e Concentrados para Bebidas Ltda. atende ao mercado nacional desde 1973, oferecendo as melhores soluções em concentrados para refrigerantes, energéticos, isotônicos, refrescos, sucos e outros , além de ser sócia-detentora da marca Grapette, tradicionalmente conhecida por ser o primeiro refrigerante de uva lançado no Brasil e que permanece na preferência do público há mais de 40 anos. A empresa disponibiliza seus produtos também para franqueados e engarrafadores, atendendo a todo o território nacional. Para seus clientes, o diferencial da Saborama está nos serviços prestados, onde se destacam o Desenvolvimento de Novos Produtos, Consultoria em Marketing e Industrialização por Encomenda.

Mais informações: http://www.saborama.com.br/grapette/
www.facebook.com.br/saborama
http://www.bebidasjotaefe.com.br

Website: http://www.saborama.com.br

BRF anuncia retomada de fábrica em Goiás voltada para mercado muçulmano

Estadão Conteúdo
21.09.17 – 12h11

A BRF anunciou a retomada gradual de sua fábrica em Jataí, no Goiás, a partir de janeiro de 2018. A expectativa é produzir até 40 mil toneladas de alimentos por ano, voltada para o mercado muçulmano (halal). A gestão será da OneFoods, subsidiária responsável pela produção de alimentos que atende os preceitos do islamismo.

A decisão de retormar as atividades se dá em um momento de preço dos grãos em patamares mais equilibrados e uma perspectiva de crescimento na demanda por alimentos halal no mercado internacional, conforme o diretor de operações da OneFoods, Marcelo Schmeider.

Em nota, ele afirma que a intenção é aumentar a frequência de produção das granjas que, atualmente, fornecem matéria-prima a outras unidades da companhia em Goiás, entre elas, Rio Verde.

Ainda de acordo com a BRF, a previsão é que até março de 2018 a unidade de Jataí empregue mais de 500 colaboradores diretos, em dois turnos. “As contratações serão gradativas e determinadas conforme a escalada de produção da unidade”, segundo o comunicado.

A produção da OneFoods também será elevada nos próximos meses em outras três unidades: Carambeí (PR), Nova Mutum (MT) e Garibaldi (RS). “Será um volume adicional importante para a companhia, que preencherá a capacidade ociosa dessas três unidades”, diz Schmeider.

Livre de glúten, tapioca ganha o consumidor e expande mercado da mandioca

Em poucos anos, goma de mandioca típica do Nordeste se adaptou para cair no gosto e nos hábitos de consumo dos moradores do Sul e Sudeste

Por: Gazeta do Povo -Marcos Tosi

Publicado em 21/09/2017 às 23:15h.

De um produto típico do Norte e Nordeste, que até 2014 sequer aparecia no ranking dos principais usos da mandioca, a tapioca caiu no gosto do consumidor e ganha rapidamente espaço nos quiosques, restaurantes e lares de todas as regiões do país.

Hoje a goma de mandioca, ou polvilho doce umedecido, matéria-prima da massa de tapioca, já responde sozinha por 60 mil toneladas anuais de fécula (9,4% do total), podendo chegar em breve a metade do volume destinado ao principal segmento, que é o de pães, massas e biscoitos (22,7% de participação).

“A tapioca tem um apelo internacional: é livre de açúcar e de gordura, não tem glúten nem transgênico. É uma grande oportunidade para o setor da mandioca”, diz Ivo Pierin Júnior, produtor rural e dono de fecularia em Paranavaí, principal polo mandioqueiro do país.

Antes de conquistar o Sul e o Sudeste, a massa de tapioca precisou de algumas adaptações e ganhos tecnológicos. O controle microbiológico de fungos e bactérias eliminou o cheiro de azedo, decorrente do processo de fermentação da fécula umedecida.

“Os consumidores reclamavam que abriam o pacote e, três ou quatro dias depois, a massa já embolorava. Hoje, com um rígido controle biológico, a massa fica na embalagem sem necessidade de refrigeração e dura até dois meses na geladeira, depois de aberta”, assegura Antonio Fadel, dono da Casa Mani, em Tarabaí, a 588 km de São Paulo. A indústria de Fadel produz 400 toneladas de massa de tapioca por mês, a maior parte para o Sul e o Sudeste, mas também exporta para países como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.

Na avaliação do empresário paulista, um marco do marketing da tapioca foi a preparação do produto ao vivo no programa de TV de Ana Maria Braga. “Foi há uns quatros. Ela recebeu um chef de cozinha que ensinou a preparar e falou dos benefícios. Aquilo deu um impulso violento, fez explodir o interesse do consumidor”, diz Fadel.

A aposta atual do empresário é motivar as pessoas a fazer tapioca em sanduicheira. “Temos feito demonstrações nos supermercados. É prático, não precisa peneirar e não suja o fogão”, recomenda.
Nicho que se expande

A expansão da tapioca foi mesmo acelerada. Levantamento da rede Super Muffato para o Agronegócio da Gazeta do Povo mostra que, de 2015 para 2016, o faturamento com vendas de tapioca cresceu 336%, em 50 lojas do grupo no Paraná e interior de São Paulo. Neste ano, até agosto, as vendas aumentaram mais 30%.

Há três anos, percebendo o crescimento acelerado da demanda, o setor produtivo pediu ao Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (CEPEA) que investigasse o volume de fécula destinado à produção da goma de mandioca.

Na primeira pesquisa, em 2015, o CEPEA constatou que a goma já consumia 8,3% da oferta de fécula no país; em 2016, avançou mais 11% no mercado e chegou a uma participação de 9,4% das vendas das fecularias. “É o segmento que mais tem crescido nos últimos anos. É um movimento muito recente mesmo, um nicho que se expande rapidamente”, revela o economista Fábio Isaías Felipe, pesquisador do CEPEA.
Pão de queijo, outro aliado

Apesar do surpreendente crescimento, a tapioca não é o único grande aliado gastronômico dos mandiocultores. Apreciado há mais tempo, o pão de queijo não fica para trás na contribuição para aquecer a demanda. No final deste ano, a pesquisa do CEPEA vai desagregar pela primeira vez o segmento de massas, biscoitos e panificação para saber qual a participação de cada item. “Sem sombra de dúvidas, mais de 60% desse segmento é pão de queijo. Diferente de outros produtos, não tem como substituir na receita, só dá para fazer pão de queijo com fécula”, observa o pesquisador Fábio Felipe.

A demanda firme e consistente para produção de tapioca e pão de queijo é um alento para a mandiocultura, que tradicionalmente vive de altos e baixos. Em 2012 e 2013, devido à seca no Nordeste, a cadeia produtiva se expandiu no Paraná (2º estado produtor), os agricultores se capitalizaram e investiram bastante. Não deu outra: houve supersafra em 2015, os preços mal cobriram metade do custo de produção e o prejuízo se espalhou, fazendo muita gente migrar para outra cultura.

Ainda como resultado daquele ano ruim, e devido a problemas climáticos, a oferta de mandioca é baixa atualmente, e os produtores estão sendo bem remunerados. Na semana passada o mercado pagava, em média, R$ 518,39 por tonelada de raiz, contra um custo de produção de R$ 306,42 (Deral-PR, mês de agosto). Ou seja, um retorno de R$ 211 por tonelada.

Principal parque industrial de transformação da mandioca, em 2016 o Paraná produziu 68% das 616 mil toneladas de fécula de mandioca comercializadas no país, seguido por Mato Grosso do Sul (23,6%), São Paulo (8%) e Santa Catarina (0,3%). O faturamento da indústria brasileira em 2016 foi de R$ 1,31 bilhão, 35% a mais do que em 2015 – segundo dados do CEPEA.

Cai receita global da General Mills

Lucro da dona de marcas como Kitano, Yoki e Häagen-Dazs fica estável, demonstra comunicado da empresa

A General Mills, dona de marcas como Kitano, Yoki, Häagen-Dazs e Nature Valley, reportou um lucro líquido de US$ 404,7 milhões no primeiro trimestre fiscal, encerrado em 27 de agosto. O resultado ficou 1,1% abaixo do lucro reportado no mesmo intervalo do ano fiscal anterior. "Nossa prioridade número um no ano fiscal é o fortalecimento da nossa receita", afirmou em comunicado Jeff Harmening, presidente da General Mills. "Nossas vendas líquidas no primeiro trimestre vieram em linha com nossas expectativas, e nosso foco de crescimento global impulsionou uma melhora importante nas vendas. Prevemos um começo de ano fiscal lento e esperamos uma melhora sequencial na rentabilidade nos próximos trimestres", afirmou o executivo.

A receita líquida global teve queda de 3,5% no trimestre fiscal, para US$ 3,77 bilhões. Os custos com vendas recuaram 1,3%, para US$ 2,46 bilhões. Na América do Norte, as vendas tiveram retração de 4,6%, para US$ 2,44 bilhões. Na Europa e Austrália, ao contrário, as vendas aumentaram 2,8%, para US$ 491,9 milhões.

Na divisão que engloba Ásia e América Latina, as vendas encolheram 8%, para US$ 392 milhões. A companhia informou em seu relatório de resultados que a queda deveu-se à mudança de cronograma no calendário de relatórios no ano fiscal passado – que gerou dados mais fortes na base de comparação – e aos desafios relacionados à implementação de um sistema de relatórios no Brasil. As vendas em volume também caíram 8%. O lucro operacional na região diminuiu para US$ 16 milhões, ante US$ 22 milhões no ano anterior, refletindo vendas menores e perdas com inflação e câmbio.

As despesas de vendas, gerais e administrativas encolheram 1,3%, para US$ 679,1 milhões. As despesas com reestruturação, baixa contábil e outras despesas caíram 91,2%, para US$ 5,2 milhões. Como resultado, o lucro operacional chegou a US$ 625,8 milhões, com queda de 3,1% na comparação anual.

Para o ano, a companhia mantém a meta de obter uma queda de 1% a 2% nas vendas em volume, um lucro operacional em moeda constante estável ou com alta de até 1%, e aumento de 1% a 2% no lucro por ação, em moeda constante.

Fonte: Valor Econômico

Marca de refrigerante H2OH! pode ser mantida no mercado

A Pepsico poderá manter a marca de refrigerante H2OH! no mercado. A decisão é da 3ª turma do TRF da 3ª região, que negou recurso da União ao entender que se trata de um produto conhecido e que não leva os consumidores a confundirem se é água ou refrigerante.

A União pleiteou o banimento do produto por meio de ato administrativo motivado por nota técnica do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. De acordo com a nota, a marca assemelhava-se com a "fórmula química do composto químico água", o que poderia "induzir o consumidor a adquirir esses produtos, como se água fosse, confundindo-o e retirando sua liberdade de escolha".

A Pepsico protocolou pedido de registro da marca no INPI em 2005 e a bebida foi lançada no ano seguinte, data em que também foi protocolada a análise e registro de rótulo junto ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Em 2008, celebrou TAC perante a Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado de SP, tornando mais ostensiva a informação ao consumidor acerca da natureza de refrigerante, mas, mesmo assim, recebeu uma intimação do MAPA exigindo, em curto prazo, a completa alteração da rotulagem e da própria marca H2OH!.

A empresa alegou que desde o início o produto foi apresentado ao mercado como refrigerante de baixa caloria e sempre foi exposto ao consumidor entre os refrigerantes.

Ao julgar o caso, o relator desembargador Federal Nery Júnior destacou que "salta aos olhos" a fragilidade dos argumentos da nota técnica apresentada pela União, no sentido de que a marca remeteria à formula da água, confundindo o consumidor.

"Ora, o cidadão com instrução suficiente para conhecer a fórmula química da água é capaz também de ler no rótulo a indicação de que se trata de refrigerante, bem como de identificar, pela coloração, aroma e sabor, que não se trata de água mineral."

Para ele, causa estranheza que, depois de autorizar uso da marca, o MAPA tenha mudado de posição sem que houvesse qualquer fato novo a lhe motivar. Ele asseverou, ainda, que ocorreu o contrário, "o tempo tratou de consolidar a marca no mercado como um refrigerante, não como água mineral".

Ao concluir, manteve a sentença de 1º grau, rejeitando o pedido da União, como respeito aos princípios da boa-fé objetiva e da segurança jurídica.
Processo: 0024631-41.2008.4.03.6100

Farmácia em Ascensão

Drogaria São Paulo Inaugura 48ª Loja na Bahia

21/09/2017

A Drogaria São Paulo inaugurou, neste mês, mais uma loja na Bahia. Localizada no Salvador Shopping, a unidade é a 48ª unidade da rede no estado. Com atendimento personalizado, a nova loja oferece uma variedade em produtos de higiene, beleza e dermocosméticos. Para este ano, o Grupo DPSP, formado pelas redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, investiu mais de R$ 100 milhões em seu plano de expansão, que prevê 130 novas lojas até o final do ano. Além disso, de acordo com o Ranking da Abrafarma, a Drogaria São Paulo ocupa a 3ª posição quando analisado o faturamento isolado das varejistas farmacêuticas.

Serviço:
Drogaria São Paulo no Salvador Shopping
Endereço: Avenida Tancredo Neves, 3133, 1º piso – Caminho das Árvores
Horário de atendimento: segunda a sábado das 9h às 22h e domingo das 13h às 22h.

Possíveis Irregularidades em Farmácias de Palmas é alvo de audiência no MPE

21/09/2017 – 18:24 Por: Daianne Fernandes

Possíveis irregularidades e omissões cometidas por farmácias de Palmas são objetos de investigação do Ministério Público Estadual (MPE) e de audiência realizada nesta quinta-feira, 21, entre a 23ª Promotoria de Justiça da Capital e representantes da Vigilância Sanitária Municipal (Visa) e Conselho Regional de Farmácia (CRF).

Na reunião a Promotora solicitou ao Conselho e a Visa que, no prazo de 10 dias, realizem fiscalização conjunta nas farmácias da Capital e apresentem uma relação atualizada daquelas que estão em situação irregular.

Entre as irregularidades apuradas em investigação, a Promotora de Justiça, Katia Gallieta citou a venda de antibióticos sem a presença de um farmacêutico e a ausência de salas de injetáveis em diversas farmácias de Palmas. Ela ainda questionou os órgãos sobre os resultados de uma fiscalização realizada em 2016.

Sobre o assunto, o CRF informou que em um primeiro momento as farmácias são notificadas e somente após a insistência na prática da irregularidade é que podem ser autuadas. Destacando que o Conselho não possui poder de polícia e que por isso não podem autuar ou fechar os estabelecimentos, para isso precisam de apoio da Vigilância Sanitária.

Questionados, os representantes da Visa municipal informaram que esse tipo de fiscalização é de competência da municipalidade, mas que nas cidades onde não há vigilância municipal, é a vigilância estadual que atua. Ainda esclareceram que muitas denúncias são feitas diretamente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atua ou repassa a demanda direto ao município.

Farmácias Públicas

Outro ponto debatido foi em relação às irregularidades cometidas por órgãos do poder público como hospitais e outros estabelecimentos. Nesse sentido o CRF informou que tem mantido contato com os estabelecimentos farmacêuticos e que o problema é as certidões de regularidades junto ao órgão.

PL para farmacêutico dar receita é barrado

O presidente da Associação Médica do Amazonas, Aristóteles Alencar, e o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas, José Sobrinho, condenaram o projeto

Asafe Augusto /Redacao@diarioam.com.br

Manaus – O Projeto de Lei (PL) nº 155/2017 que permite a prescrição de receituário de medicamentos por profissionais farmacêuticos foi barrado, ontem (21), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado (ALE).  O PL foi de autoria do deputado Francisco Souza (Podemos).

De acordo com o autor do pedido que solicitou a queda do PL, deputado Belarmino Lins (Pros), a CCJ fez o que era coerente impedindo a tramitação do Projeto. “É um projeto inconstitucional já que a prescrição médica é matéria regida por legislação federal, sendo de exclusiva competência do profissional médico”, disse.

O presidente da Associação Médica do Amazonas, Aristóteles Alencar, e o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM), José Bernardes Sobrinho, participaram da reunião da CCJ e condenaram o Projeto.

Conforme os dois órgãos, somente três categorias profissionais possuem atribuição legal para prescrever medicamentos: médicos, cirurgiões dentistas e médicos veterinários.

Os presidentes afirmaram que o projeto de Souza é incompatível com o Código de Ética Médico, que proíbe os profissionais médicos de exercerem sua profissão “valendo-se de artifícios espúrios, como o conluio e a obtenção de vantagens em razão de farmácias e indústrias farmacêuticas, tudo em detrimento da saúde do paciente”.

De acordo com eles, o projeto expressa uma contradição entre o livre exercício da profissão e a finalidade lucrativa que a medida visa acarretar, em detrimento da saúde da população.