CP debaterá rastreabilidade de produtos para a saúde

Sociedade poderá opinar sobre a obrigatoriedade de inclusão de código de barras nas etiquetas de stents cardiológicos e implantes para quadril e joelhos.

Por: Ascom
Publicado: 21/09/2017 15:23
Última Modificação: 21/09/2017 17:22

Nesta terça-feira (19/9), a Anvisa aprovou, durante reunião de sua Diretoria Colegiada, proposta de Consulta Pública (CP), apresentada pela Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para a Saúde (GGTPS), para um debate sobre a obrigatoriedade de inclusão de código de barras padrão UDI/IMDRF nas etiquetas de rastreabilidade de stents cardiológicos e implantes de quadril e joelhos. O prazo para as contribuições da sociedade neste debate é de 60 dias após a publicação da CP no Diário Oficial da União (DOU).

A necessidade de regulamentar a inclusão de código de barras nas etiquetas de rastreabilidade de stents cardiológicos e implantes de quadril e joelhos advém do desenvolvimento do projeto do Registro Nacional de Implantes – RNI. Esse projeto tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologia capaz de obter dados provenientes da fabricação, importação e comercialização de produtos implantáveis, além de dados de procedimentos posteriores ao implante ocorridos na rede do Sistema Único de Saúde – SUS e na rede de saúde suplementar.

Outro propósito é o de gerar informações para a caracterização e para o rastreamento do uso desses produtos, serviços e respectivos profissionais.

De acordo com a GGTPS, a escolha dos stents cardiológicos e dos implantes de quadril e joelho para o início do projeto da rastreabilidade se deveu ao risco envolvido com esses produtos e considerou diferentes fatores tais como a necessidade de reoperação de pacientes, falhas associadas a eventos adversos graves e alto custo.

Os regulamentos vigentes que estabeleceram critérios para o uso das etiquetas de rastreabilidade em implantes ortopédicos (RDC nº 59/2008) e em materiais implantáveis (RDC nº 14/2011) já não atendem aos requisitos estabelecidos no âmbito do Projeto RNI.
Informações

De acordo com tais regulamentos, a “etiqueta de rastreabilidade” deve ser fornecida com o produto e conter campo para inserção das seguintes informações: nome ou modelo comercial; identificação do fabricante ou importador; código do produto ou do componente do sistema; número de lote e número de registro na Anvisa.

A RDC n° 59/2008 estabelece que os implantes ortopédicos permanentes devem incluir em sua embalagem etiquetas de rastreabilidade e que as instruções de uso do produto devem incluir a recomendação sobre a aposição da etiqueta de rastreabilidade ao prontuário do paciente.

Já a RDC n° 14/2011 estabelece que o fabricante ou importador deve disponibilizar etiquetas de rastreabilidade com a identificação de cada material ou componente de sistema implantável para os materiais de uso em saúde implantáveis de uso permanente de alto e máximo risco. A RDC também define que devem ser disponibilizadas no mínimo três etiquetas para fixação obrigatória no prontuário clínico, no documento a ser entregue ao paciente e na documentação fiscal relacionada à cobrança.

No entanto, se não houver avanços, de forma a que a identificação dos produtos passe a ocorrer por meio da utilização de código de barras, as informações constantes das etiquetas de rastreabilidade terão que ser transferidas manualmente para o sistema do Registro Nacional de Implantes, o que pode levar a erros, demora no processo de transferência e possibilidade de baixa adesão pelos profissionais dos serviços de saúde.

Assim, para que as informações contempladas nas etiquetas de rastreabilidade sejam utilizadas de maneira mais eficaz, para maior adesão dos serviços de saúde em coletar e preencher adequadamente o formulário do Sistema RNI, e para diminuição de inconsistência de informações, faz-se necessária a adequação das etiquetas de rastreabilidade inserindo o código de barras.

Destaca-se que a etiqueta proposta está alinhada aos requisitos do UDI – Unique Device Identification, que é um sistema global de identificação de produtos médicos, harmonizado no âmbito do IMDRF – International Medical Device Regulators Forum.

RV Ímola implanta novos compartimentos para transporte de medicamentos via aéreo

Quinta, 21 Setembro 2017 15:26 Escrito por Talita Lima
As caixas são recicláveis e irão garantir a integridade do medicamento transportado

A RV Ímola, um dos principais operadores logísticos de medicamento do país, acaba de implantar no seu procedimento de transporte de medicamento, pelo modal aéreo, o uso de caixas pallets que irão garantir a integridade do produto.

A caixa pallet é feita de polipropileno, um material que é 100% atóxico e reciclável, além de ser flexível, leve e desmontável. O recipiente evitará avarias ao medicamento e danos na embalagem, pois é resistente a água, umidade, a altas e baixas temperaturas, além de funcionar como isolante térmico. “O novo formato é uma alternativa para realizar o serviço visando sempre manter a eficácia do medicamento para que o consumidor final seja beneficiado, sem prejuízos ao seu tratamento”, explica Joel Souza, diretor de operações da RV Ímola.

As caixas pallets começaram a ser utilizada em setembro, em voos com a parceira LATAM.

Sobre a RV Ímola

Somos provedores de soluções customizadas e integradas para o segmento de saúde e bem-estar. Oferecemos logística, transporte e armazenagem através de pessoas, processos e tecnologia para todas as etapas da cadeia de suprimentos.

Atuamos em todo o território nacional nos sistemas público, privado e terceiro setor. Atendendo desde secretarias de saúde, laboratórios e hospitais até home care e entrega de medicamentos em domicílio.

Para outras informações acesse: http://www.rvimola.com.br/

Plano de saúde não terá de ressarcir cliente por gastos com medicamento importado sem registro na Anvisa

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou o entendimento, já consagrado na jurisprudência, sobre a impossibilidade de se obrigar uma operadora de plano de saúde privado a custear medicamentos importados sem registro nacional.

Ao analisar mais um recurso sobre o tema, os ministros deram parcial provimento ao pedido da operadora para afastar da condenação a indenização por danos morais pelo não fornecimento do fármaco e o ressarcimento dos valores gastos pelo paciente até a data do registro do medicamento na Anvisa.

No caso, o paciente necessitou do Avastin, que só teve o registro nacional deferido pela Anvisa em maio de 2005. Na visão do relator, ministro Villas Bôas Cueva, não era possível obrigar a operadora a custear um medicamento importado sem registro na Anvisa, situação que perdurou do início do tratamento, em 2004, até o deferimento do registro.

“Assim, após o registro, a operadora de plano de saúde não poderia recusar o tratamento com o fármaco indicado pelo médico assistente. Todavia, em data anterior ao ato registral, não era obrigada a custeá-lo”, explicou o ministro.

A obrigação de ressarcir as despesas do paciente foi mantida para o período compreendido entre o registro do medicamento e o final do tratamento. Segundo o ministro, não é possível negar o fornecimento de fármaco com registro nacional que seja considerado pelo médico responsável essencial ao tratamento, pois isso equivaleria a “negar a própria essência do tratamento, desvirtuando a finalidade do contrato de assistência à saúde”.

Regras sanitárias

Villas Bôas Cueva lembrou que a Lei dos Planos de Saúde excepciona o pagamento de medicamentos importados não nacionalizados, como era o Avastin. O ministro destacou que eventual fornecimento no período pré-registro seria uma infração sanitária.

“A exclusão da assistência farmacêutica para o medicamento importado sem registro na Anvisa encontra também fundamento nas normas de controle sanitário. Isso porque a importação de medicamentos e outras drogas, para fins industriais ou comerciais, sem a prévia e expressa manifestação favorável do Ministério da Saúde constitui infração de natureza sanitária, não podendo a operadora de plano de saúde ser obrigada a custeá-los em afronta à lei”, disse.

Segundo o magistrado, o Código de Defesa do Consumidor não justificaria o fornecimento ou ressarcimento neste caso, já que devido aos critérios de especialidade e cronologia da legislação, “há evidente prevalência da lei especial nova” – no caso, a Lei dos Planos de Saúde, que prevê a exceção.

Dano moral

Quanto à condenação por danos morais, o ministro salientou que não são todas as situações de negativa de cobertura que geram dano indenizável, pois em muitos casos não há certeza acerca da obrigação do prestador de serviço com o cliente.

“Há situações em que existe dúvida jurídica razoável na interpretação de cláusula contratual, de forma que a conduta da operadora, ao optar pela restrição da cobertura sem ofender os deveres anexos do contrato – como a boa-fé –, não pode ser reputada ilegítima ou injusta, violadora de direitos imateriais, o que afasta qualquer pretensão de compensação por danos morais”, concluiu o relator.
Leia o acórdão.

Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1632752

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Informações processuais: (61) 3319-8410

Hospitais continuam desabastecidos

Publicação: 2017-09-22

Superlotação, falta de insumos, medicamentos, alimentação e fechamento de unidades de UTI são cenas que se repetem dia a dia na maior parte dos hospitais da rede Estadual do Rio Grande do Norte. Passados 90 dias da publicação do decretou calamidade pública no Estado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN), o cenário permanece crítico – quase inalterado – nos maiores hospitais administrados pela pasta. No Hospital Dr. José Pedro Bezerra, também conhecido como Santa Catarina, na zona Norte de Natal, a situação não era diferente na manhã de ontem (21).

Hospital Santa Catarina atendeu, de 1º de janeiro até a manhã de ontem, 24.750 pessoas, dos quais 10.750 vieram do interior do RN

Nos corredores do hospital, que atende pacientes da zona Norte e do interior do RN, os corredores do setor de obstetrícia e clínica médica eram ocupados com macas de pacientes que deveriam estar internados em leitos. A unidade de saúde tem capacidade para abrigar 200 leitos, mas na manhã de ontem cerca de 250 pessoas estavam internadas. “Temos que acabar com a cultura de que corredor é lugar de internação”, reclamou o diretor administrativo e financeiro do hospital, Antônio Alves.

Segundo o gestor, os fatores que levam à falta de alimentos, insumos e medicamentos são a constante superlotação do hospital e trâmites burocráticos para licitações e compras. “O hospital está lotado e o paciente não espera. Não tem medicação, nem alimento que chegue. É uma luta diária para fazer mágica com o que temos”, frisou Antônio Alves.

Desde 1º de janeiro deste ano até a manhã de ontem, o hospital atendeu 24.750 pessoas, destes 14 mil eram de Natal, outros 10.750 restantes vieram do interior do RN, ou em ambulâncias municipais ou em veículos particulares. Os municípios que mais enviaram pacientes foram São Gonçalo do Amarante, com 2 mil pacientes, Ceará-Mirim, que levou 1.323 pessoas e Macaíba com 939. “A porta é regulada, para cá deveriam vir os pacientes mais graves. Mas as pessoas chegam, muitas vezes do interior, e temos que receber”, avaliou Alves.

Os problemas não se restringem à falta de estrutura física no Hospital Santa Catarina. A carência de medicamentos e insumos é um problema constante, sentido pelos pacientes mas também pelos profissionais que trabalham no local. O chefe da Clínica Médica, Reinaldo Carlos, disse que não é incomum ver pacientes comprando a própria medicação. “Eles sentem e a gente sente também. É uma luta diária fazer muito com o pouco que temos. A superlotação acaba afetando a saúde dos médicos, que ficam sobrecarregados”, lamentou o médico. Ele disse que medicações como “Monocordil”, usado para insuficiência cardíaca estava em falta ontem. “Já solicitamos, mas isso leva um tempo para sair”, disse.

Chefe da Clínica Médica do Hospital Santa Catarina, Reinaldo Carlos problemas causados pela falta de insumos

O coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (SindSaúde), Manoel Egídio, reclamou da demora para aplicação dos R$ 56 milhões recebidos pela Sesap, por parte do Ministério da Saúde, após o decreto de calamidade. “A nossa percepção é que esse dinheiro não trouxe nenhuma melhoria efetiva no serviço. Não estamos vendo na prática as melhorias que esse decreto deveria trazer”, refletiu Manoel Egídio”, disse ele.

Os problemas de superlotação e falta de medicamentos e alimentação para pacientes, funcionários e acompanhantes são vistos em todos os hospitais da rede estadual, de acordo com o coordenador do Sindsaúde. “As unidades ainda trabalham com déficit, não houve um efetivo abastecimento que trouxesse melhoria. As UTIs que estavam desativadas, continuam do mesmo jeito. O feijão está faltando há seis meses, e vão vemos reposição”, afirmou.

Calamidade
O decreto de calamidade publicado em 6 de junho pelo Governo do RN teve objetivo de recolocar a Saúde pública nos trilhos até o final do ano. O RN recebeu em julho o primeiro repasse do Ministério da Saúde, de R$ 56 milhões, para sanar os problemas prioritários da saúde pública. O valor total é de R$ 150 milhões, mas o Governo Federal dividiu o pagamento em três parcelas.

Cerca de 30% da dívida acumulada pela Sesap desde 2016, cerca de R$ 15 milhões, é referente a débitos com fornecedores de insumos e medicamentos – os R$ 35 milhões restantes irão quitar serviços terceirizados prestados nas unidades e gastos com manutenção de veículos. O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, é uma das unidades que espera aporte de R$ 5 milhões.

A curto prazo, a Sesap elencou as seguintes prioridades: instalação imediata de 30 leitos de UTIs (20 em Natal e 10 em Mossoró); aquisição de insumos de uso hospitalar; abastecimento da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat); troca de parte da frota de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e realização de mutirão para zerar a fila de espera por cirurgias eletivas.

Pedido de entrevista
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou, ontem, entrevistar o secretário estadual de Saúde, George Antunes, para que comentasse a situação de calamidade e o que já tinha sido feito com os R$ 56 milhões, mas foi informada através da assessoria de imprensa que “tinha muitos compromissos, e terá que levantar algumas informações para poder dar a entrevista. A reportagem também ofereceu a possibilidade da Sesap responder aos questionamentos através de coordenadores de hospitais, o que também não foi viabilizado pela Assessoria.

Judicialização da Saúde: seminário discute parâmetros para a concessão judicial de medicamentos

Publicado por Justiça Federal do Estado de Alagoas

O Seminário “A Judicialização da Saúde no Brasil”, promovido, na terça (19) e quinta-feira (20), no Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5, trouxe ao debate temas como os parâmetros para a concessão judicial de medicamentos. Quais os critérios que devem ser adotados na hora do magistrado decidir? O evento, que reuniu membros das carreiras jurídicas, magistrados, procuradores, defensores públicos e servidores federais, foi realizado pela Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe), em parceria com a Escola da Advocacia-Geral da União.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Renato Dresch, informou que naquele estado foi necessário tomar medidas de aperfeiçoamento para enfrentar o aumento no número de demandas da área de saúde que chegam ao Judiciário. De dezembro de 2016 a agosto deste ano, houve um aumento de 10,73% no número de novas ações no TJMG, referentes a demandas na área de saúde pública, o que representa 3.116 processos. Entre as medidas adotadas, segundo o desembargador, foi firmado um Termo de Cooperação Técnica entre o TJMG e o Comitê de Saúde para instituir câmaras de conciliação e de apoio técnico em todo o estado. Além disso, o TJMG mantém um banco de dados com informações acessíveis para o público interessado, como pareceres, notas e respostas técnicas.

O segundo palestrante da manhã de hoje, o diretor da Esmafe, desembargador federal Edilson Nobre, ressaltou sua preocupação com o controle judicial em áreas técnicas, a exemplo da medicina. “Eu acho que o juiz deve saber aplicar a lei com sabedoria. Sou um crítico da judicialização em diversas áreas. Nós temos que deixar que a administração execute a política pública. Precisamos repensar a atuação do Judiciário. O Governo precisa estabelecer políticas públicas para garantir saúde à sociedade”, enfatizou. Para a representante do Ministério da Saúde, a médica Maria Inez Gadelha, que trouxe dados sobre tratamentos oncológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), há uma judicialização excessiva por conta da falta de informações técnicas. A médica afirmou que 1/3 dos casos de câncer, por exemplo, não é curável.

Em seguida, o desembargador federal Rubens Canuto (TRF5) falou sobre as dificuldades no momento de decidir demandas na área de saúde. “O juiz, assim como os operadores do Direito, de um modo geral, não estão preparados para decidir questões de ordem técnica. Nós, no processo judicial, somos, praticamente, reféns do que nos dizem os especialistas na área, seja o Ministério da Saúde, ao dar subsídios para a defesa a ser apresentada pela União em Juízo, sejam os peritos judiciais ou os médicos assistentes das partes, que emitem laudos e atestados para subsidiar seus pleitos judiciais ou administrativos. É muito difícil para qualquer profissional do Direito – que não tem conhecimento e não precisa ter, para isso existe o perito – deliberar contra atestados, requisições ou laudos médicos que sinalizam para a adequação e eficácia de determinado tratamento médico”, destacou Canuto.

Rubens Canuto salientou, ainda, que cada caso é um caso, a ser analisado individualmente. “Eu me preocupo em analisar cada caso concreto, porque cada demanda de fornecimento de medicamento é um caso diferente e merece análise específica. Em cada um deles eu faço uma análise ponderada dos bens jurídicos em disputa e, constatando que, naquele caso concreto deve prevalecer o direito à vida e há uma determinação de fornecimento de medicamento não constante na relação do SUS, eu concedo”.

A advogada da União Flávia Lima falou dos riscos da intervenção judicial nas políticas públicas. Ela apresentou dados que indicam que o Ministério da Saúde gastou, nos últimos sete anos, mais de R4$ 4 bilhões para cumprir determinações judiciais, como compra de medicamentos, realização de tratamentos, entre outros. E, finalizando o seminário, a procuradora do Estado de Pernambuco, Catarina Ribeiro, citou números referentes aos gastos do Estado com a saúde. “Só em 2015, o estado de Pernambuco gastou R$ 120 milhões com a judicialização, enquanto o investimento na assistência farmacêutica atingiu o valor de R$ 39 milhões”, concluiu, sugerindo que é preciso observar a razoabilidade nas decisões.

Autor: Divisão de Comunicação Social do TRF5

Suframa e Fiocruz Amazonas discutem parceria em biofármacos

Fiocruz Amazonas (com informações da Suframa)

Em reunião ocorrida na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com a presença do diretor do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas), Sérgio Luz, e do vice-diretor de gestão do Instituto, Carlos Carvalho, o superintendente da Suframa, Appio Tolentino, afirmou que o potencial da região para desenvolver produtos com matéria prima local é algo que deve ser explorado e que pode gerar empregos, tanto na Zona Franca de Manaus, quanto em outras regiões.

Suframa e Fiocruz Amazonas discutem possibilidade de parceria para produção de biofármacos na ZFM

Durante o encontro, foram debatidas oportunidades de parcerias entre as duas instituições com vistas a estabelecer um polo fitoterápico e de biofármacos na região, com aproveitamento da matéria prima regional. 

Para Appio Tolentino, a perspectiva de um polo de fitoterápicos “possibilitará a formação de capital humano qualificado tanto para atender as demandas do setor industrial quanto para o setor comercial e de serviços, e isso poderá fomentar o segmento em todo o país”, afirmou.

Outros pontos positivos com o estabelecimento de um polo de biofármacos na Zona Franca será o incremento da produção de ciência e tecnologia na região, além de aperfeiçoar a cadeia produtiva do setor de medicamentos. “Acredito que temos que buscar uma maior aproximação entre a Suframa e a Fiocruz para realizarmos um trabalho em conjunto, que gere resultados imediatos para a sociedade”, destacou Tolentino.

Para o diretor da Fiocruz Amazonas, “há grandes oportunidades na região que podemos identificar e aproveitar, como a produção em escala industrial do anti-inflamatório ‘unha de gato’, tão conhecido localmente e tão efetivo. Parcerias público-privadas podem contribuir neste sentido”, complementou Sérgio Luz.

Como resultado deste encontro, brevemente o superintendente da Suframa irá conhecer as instalações do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), unidade da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, com vistas ao aprofundamento de parcerias.

Na AFN

Brasil é referência mundial em produção de vacinas


Fonte: Portal Brasil com Ministério da Saúde e Academia Brasileira de Ciências

Publicado em: 21/09/2017 às 16:10

A vacinação é uma das estratégias de política pública mais eficazes para a prevenção de infecções e epidemias. O Brasil tem mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo o País, que aplicam, por ano, 300 milhões de imunobiológicos.

A marca coloca o País como um dos que mais oferecem vacinas pela rede pública de saúde. E o processo de produção é referência internacional, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Além de distribuir 25 tipos de vacinas gratuitamente, o País ainda exporta doses para mais de 70 países, sobretudo africanos. No Brasil, as doses são produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz e pelo Instituto Butantan. O País já é autossuficiente na produção de insumos imunobiológicos.

A qualidade das instalações e pesquisas respalda a produção nacional. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão que regulamenta a produção e oferta das vacinas no País.

Cooperação internacional é resposta para regulamentar inovações

Para a vice-presidente-executiva da autoridade regulatória da Irlanda, regulação de ofertas inovadoras seria facilitada com a colaboração entre os países.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 21/09/2017 13:04
Última Modificação: 21/09/2017 16:28

Impressões 3D, biomarcadores e robôs que realizam cirurgias. Como regulamentar produtos tão inéditos como estes? A resposta ao questionamento é da vice-presidente-executiva da Health Products Regulatory Authority (HPRA) da Irlanda, Rita Purcell: “Com colaboração e cooperação”, observou. A especialista abordou o tema na palestra “Prioridades estratégicas em inovação: ensaios clínicos, doenças raras e fast-track”, durante a Semana do Conhecimento. A apresentação foi mediada pela adjunta da Diretoria de Autorização e Registro Sanitários da Anvisa, Meiruze Freitas.

“Temos que entender e abraçar estes processos, que são irreversíveis. A solução é a colaboração e a cooperação, porque nenhuma agência reguladora do mundo tem equipe ou estrutura suficientes para tudo isso”, afirmou Rita Purcell.

A vice-presidente-executiva destacou que a inovação em saúde é uma das áreas de maior interesse social. Isso porque, segundo ela, com o crescimento da expectativa de vida, há um aumento na procura por medicamentos e tratamentos inovadores que reduzam ou impeçam o surgimento de doenças comuns à velhice. “A expectativa de vida de uma criança que nasce na Europa hoje é de 120 anos. Por isso, as pessoas têm se preocupado muito com o que a inovação na saúde pode fazer por elas”.

Por fim, Rita Purcell lembrou que eventos como a Semana do Conhecimento e a Conferência Internacional de Autoridades Regulatórias de Medicamentos, o ICDRA, que será sediada na Irlanda no próximo ano, são oportunidades de promover a cooperação global e melhorar a regulação no mundo.

Novas tecnologias são desafio para regulação em saúde

Global Summit on Regulatory Science coloca novas tecnologias no radar das agências reguladoras.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 20/09/2017 21:08
Última Modificação: 21/09/2017 10:08

Novas tecnologias da saúde e a ciência de dados são parte dos novos desafios da regulação sanitária no mundo. Este foi um dos pontos ressaltados durante a Global Summit on Regulatory Science que terminou nesta quarta-feira, em Brasília.

O encontro internacional reuniu cientistas da área de saúde, empresas e governos para discutir tecnologias emergentes e como elas devem ser reguladas antes de chegar ao público. O desenvolvimento de conhecimento e treinamento para uma atuação científica da regulação também foi debatida.

Entre os exemplos de novas tecnologias que desafiam a regulação na área de saúde estão a biotecnologia e a possibilidade de desenvolvimento de medicamentos personalizados, a impressão 3D de órgãos e a ciência de dados que podem melhorar o sistema de decisões da regulação.

O adjunto do diretor-presidente da Anvisa, Pedro Ivo Ramalho, destacou alguns pontos em que a Anvisa tem trabalhado no Brasil e defendeu um papel da regulação que seja promotor da inovação e do crescimento.

Segundo, William Slikker Jr., diretor do Centro Nacional para Pesquisa em Tecnologia do EUA, ligado ao U.S. Food and Drug Administration (FDA), a proposta da Global Summit é reunir os maiores especialistas na área de regulação e saúde para troca de informações.

Esta foi a sétima edição do evento.

Eurofarma lança medicamento inovador para o tratamento da asma

Produto reúne duas moléculas em uma única cápsula

São Paulo, setembro de 2017 – A Eurofarma, primeira farmacêutica multinacional de capital 100% nacional, está lançando um medicamento inovador para o tratamento da asma. Trata-se do Lugano, uma opção moderna para o controle da doença que combina dois fármacos altamente eficazes em uma única cápsula.

Em sua formulação, o medicamento reúne duas moléculas já utilizadas separadamente no combate à doença. São elas a fluticasona (corticoide inalatório com alta potência anti-inflamatória) e formoterol (broncodilatador com ação rápida e de longa duração). “Há algum tempo, vínhamos percebendo uma carência por um tratamento que conseguisse associar essas duas moléculas consagradas em uma única cápsula inalatória. Lugano é inovador por ser o único produto do mundo a unir esta combinação nessa forma farmacêutica preferida para tratar a asma ”, afirma Luciane Garcia, Gerente de Produtos da Eurofarma.

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns no mundo. Estima-se que existam 300 milhões de pessoas afetadas e pelo menos 20 milhões de asmáticos no Brasil. A doença também é uma das principais causas de absenteísmo no trabalho e na escola.

Um estudo sobre o controle da asma relata que 91% dos pacientes brasileiros estão parcialmente controlados e não controlados de acordo com os critérios da GINA (Aliança Global contra a Asma), sendo que três pessoas morrem por dia em decorrência da gravidade da asma. Os custos com assistência médica para tratamento do problema são muito altos:

•Nos países em desenvolvimento, os custos provavelmente aumentarão devido à prevalência cada vez maior de asma.
•A asma mal controlada é dispendiosa.
•No entanto, investimentos em medicação de prevenção podem reduzir os custos com tratamento de emergência.

Indicado para tratar adultos e crianças acima de 12 anos, Lugano possui efeito broncodilatador rápido e de longa ação, o que melhora os sintomas e garante eficácia até a próxima dose. “Lugano é uma nova associação de uso inalatório para o tratamento da asma, desenvolvido pela Eurofarma, para atender uma necessidade dos médicos brasileiros”, diz Laura Pinheiro, Diretora Médica da Eurofarma. “O estudo original realizado com pacientes de três regiões do Brasil – Nordeste, Sudeste e Sul – demonstrou a eficácia e segurança da combinação e seu início de ação mais rápido, o que pode refletir em um impacto positivo na adesão dos pacientes”, conclui.

A asma não tem cura, mas seu tratamento ajuda a controlar os sintomas, prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo, permite a realização de atividades normais (trabalho, escola e lazer), manter a função pulmonar normal ou a melhor possível, evitar crises e hospitalizações, além de prevenir os óbitos decorrentes da doença.

Sobre o Grupo Eurofarma
Primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, a Eurofarma tem 45 anos de existência, 6.500 colaboradores e está presente com operações próprias em 20 países da América Latina.
Com 12 plantas fabris na região, a empresa conta com mais de 280 produtos em seu portfólio. Em 2016, produziu mais de 290 milhões de unidades e atingiu receita de R$ 3,3 bilhões, valor 15,7% superior ao na anterior. O grupo investe aproximadamente 5,5% de suas vendas líquidas em Pesquisa & Desenvolvimento e mantém em seu pipeline mais de 175 projetos.

Sobre a Eurofarma Brasil
Considerada uma das melhores empresas para se trabalhar segundo o Great Place to Work, é também considerada a farmacêutica mais sustentável do país pelo Guia Exame de Sustentabilidade. Com atuação nos principais segmentos farmacêuticos: Prescrição Médica, Genéricos, Hospitalar, Oncologia, Veterinária, Licitações e Serviços a Terceiros, a Eurofarma detém a maior força de propaganda médica do Brasil. Ao todo, são mais de 2 mil representantes que fazem cerca de 450 mil contatos médicos/mês. Está entre as quatro maiores farmacêuticas do país e é a 2ª mais prescrita pelos médicos.
Para mais informações, acesse www.eurofarma.com.br

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