SUS joga fora medicamentos de alto custo e prejudica pacientes

Dra. Tatiana Viola, advogada do Nakano Advogados Associados, comenta as causas do desperdício e as consequências para os cidadãos

Existe um programa do Ministério da Saúde chamado Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), que distribui medicamentos de alto custo. Ele ajuda pessoas que precisam desses remédios para tratar doenças e não têm condições de comprá-los. Porém, esse programa chega a desperdiçar altas quantias em remédios vencidos e mal armazenados, prejudicando as pessoas que mais precisam desse programa do governo.

Para manter o CEAF, um dos programas mais caros do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta aproximadamente R$ 7,1 bilhões por ano. Porém, de acordo com um relatório inédito da Controladoria-Geral da União (CGU), concluído em abril, em 2014 e 2015 houve um desperdício que chega a R$ 16 milhões. O estudo revelou que este fato ocorreu em mais de 10 Estados do país, devido ao descarte de medicamentos com a validade vencida e armazenagem incorreta.

"Isso nos mostra que o SUS gerencia mal seus estoques, causando uma perda significativa de dinheiro, já que joga fora medicamentos de alto custo. É preciso que haja um planejamento para a compra desses medicamentos, e um controle de estoque para evitar ao máximo o prejuízo. Deve-se distribuuir a contento esses remédios para as pessoas que necessitam de um tratamento específico", comenta a Dra. Tatiana Viola, especialista em direito do consumidor do Nakano Advogados Associados.

Segundo o Ministério da Saúde, quem responde pelo armazenamento e controle dos prazos de validade dos medicamentos é a própria pasta e as Secretarias de Saúde dos Estados. A compra de remédios para o SUS é divida em três grupos (básico, estratégico e especializado). O maior valor gasto por ano vai para o componente especializado, que é o das medicações de alto custo.

De acordo com a Dra. Tatiana, o desperdício é um assunto grave e atinge principalmente aqueles que dependem do uso dos medicamentos para algum tipo de tratamento: "O caso mostra uma questão séria de mau uso de dinheiro ou produto público. O maior prejudicado é o próprio cidadão, que fica sem o medicamento que, por lei, tem o direito de receber".

Dra. Tatiana Viola de Queiroz – Advogada do escritório Nakano Advogados Associados, Pós-graduada e especialista em Direito do Consumidor, Pós-graduada e especialista em Direito Bancário, Coordenadora no escritório Nakano Advogados Associados, integrante da Comissão de Saúde Pública e da Comissão do Jovem Advogado da OAB, Membro do Conselho de Administração do PROCON RJ, Palestrante da OAB – Seção de São Paulo, Conciliadora e Mediadora, Assessora de Eventos, ex-membro do CDUST – Conselho de Usuários da Anatel, atuou na PROTESTE – Associação de Consumidores por mais de 7 anos.

Postado por Jornal DA MULHER às 9/20/2017 07:07:00 PM

Governo do Estado beneficia mais de 230 mil pessoas com entrega de 10 milhões e 300 mil medicamentos

De janeiro a agosto deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Cedmex) e Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF), beneficiou mais de 230 mil pessoas em todo estado, com a entrega de 10 milhões e 300 mil medicamentos, totalizando um investimento de mais de R$ 74 milhões. Os dois setores são responsáveis por oferecer medicamentos para várias doenças, entre elas, câncer, Aids, tuberculose, hanseníase, asma, artrite reumatóide, diabetes, Alzheimer, Parkinson, epilepsia, esclerose múltipla, esquizofrenia, Hepatite C e osteoporose.

O NAF tem a missão de coordenar a política de assistência farmacêutica do estado, apoiando municípios e regiões para ampliar o acesso a remédios previstos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e o Cedmex garante e amplia o acesso da população a medicamentos especializados, que tenham qualidade, segurança e eficácia, provendo o seu uso racional. No setor são entregues 272 tipos de medicamentos especializados para 80 doenças. Para ter direito aos medicamentos, a pessoa apresenta resultados de exames e alguns documentos.

A empresária Suzana Pereira Gonçalves é uma das pessoas beneficiadas com a entrega de medicamentos pelo Governo do Estado. Ela tem esclerose múltipla e, todo mês, recebe 13 ampolas de Rebif 44. “Receber este medicamento significa dar continuidade a minha vida, pois, se não fizer o tratamento vou parar numa cadeira de rodas. O remédio me mantém longe dos surtos próprios dessa doença”, disse.

O medicamento para esclerose múltipla é distribuído pelo Cedmex para o Centro de Referência de Esclerose Múltipla que funciona na Funad, na capital, onde os pacientes recebem o tratamento completo, com fisioterapia, neurologia, nutrição, enfermagem e até atividades de yoga.

“Descobri que tinha a doença aos 51 anos de idade. Há suspeita de que tinha esclerose desde os 15 anos. Por conta do diagnóstico tardio, perdi a visão de um olho. Esta doença não tem cura, mas, tem tratamento que o governo garante e, com isso, temos uma boa qualidade de vida”, garante.

A distribuição de medicamentos garante uma melhor qualidade de vida também para quem tem doenças metabólicas ou degenerativas, mais prevalentes em pessoas idosas, como a osteoporose, Alzheimer e Parkinson. Segundo a diretora geral do Cedmex, Gilcélia Ribera, diante do envelhecimento da população, quase 50% dos tratamentos são concentrados  nessas doenças. “Esses medicamentos retardam a progressão dessas doenças, mas, para que se tenha uma melhor qualidade de vida, compreendendo as condições crônicas desses pacientes, o cuidado deverá ser completo envolvendo a atenção multiprofissional, em articulação com todos os serviços”, falou.

Ainda, de acordo com Gilcélia, entre 2016 e 2017, o Cedmex registrou uma baixa no atendimento de usuários com osteoporose, o que não significa uma redução de casos. Em 2015, foram 5.577 usuários; em 2016, 7.269 e em 2017, 6.923. “O estado atende um grande número de pacientes com osteoporose, com medicamentos não inclusos no SUS, através de ações judiciais. O que vem se observando é um avanço na incorporação de novas tecnologias no mercado, onde o SUS não está acompanhando essa evolução, deixando assim os estados com a responsabilidade no atendimento desses pacientes”, declarou.

O NAF funciona na Av. José Pessoa, s/nº, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. O telefone é 3218-5892 e 7395.

Já o Cedmex, em João Pessoa, funciona na rua Cônego Matias Freire, nº 83, Torre. O telefone é  3218-5900.

Além da capital, tem centros em mais 12 cidades:

Guarabira (3271-3284);

Campina Grande (3310-7100/7113);

Cuité (3372-2295);

Monteiro (3351-2890/2550);

Patos (3421-4766/2766);

Piancó (3452-2398/2016);

Catolé do Rocha (3441-1284/2384);

Cajazeiras (3531-4383/1350);

Sousa (3522-2779 3521-2080/4840/4885);

Princesa Isabel (3457-2089/2481/2100);

Itabaiana (3281-2703/2003) e

Pombal (3431-3371).

No Cedmex, o acolhimento é o primeiro e principal atendimento do usuário, no qual a assistente social orienta sobre documentos e exames necessários para o cadastro; a sequência mensal para o recebimento; sobre a necessidade ou não da caixa térmica para armazenar  o medicamento, entre outras orientações. O usuário deve apresentar cópia do cartão do SUS, RG, comprovante de residência, receita (validade de 30 dias), Laudo de Solicitação – LME (validade de 60 dias) e termo de consentimento e exames, dependendo da doença.

Custos com judicialização são divididos por todos, dizem representantes de planos de saúde

Da Redação e Da Rádio Senado | 20/09/2017, 12h43 – ATUALIZADO EM 20/09/2017, 13h58

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) promoveu na terça-feira (19) uma audiência pública com representantes do governo e das operadoras de planos de saúde Amil, Sul América e Geap. O principal item na pauta de discussões ficou sendo o conjunto de reajustes nos preços dos planos praticados pelas operadoras.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) foi uma das participantes que se mostrou preocupada com a questão da judicialização do atendimento, na qual segurados necessitam entrar na justiça para garantir algum tipo de atendimento

— Qual é o impacto que a judicialização nos planos de saúde, impacta sobre o seu custo final? Se agrava e a ANS usa como parâmetro a questão da judicialização para estabelecer um nível de equilíbrio financeiro.

Para o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Reinaldo Camargo Scheibe, a judicialização acaba, de certa forma, contribuindo para o aumento dos valores dos planos.

— Estimamos na iniciativa privada um gasto de  R$ 1,2 bilhão de judicialização. R$ 320 milhões são relacionados a procedimentos não constantes no rol. Quer dizer, não é uma obrigação contratual. Mas judicializa e paga. Isso volta pro consumidor e volta para o reajuste.

Os representantes das operadoras afirmaram que os valores dos planos tendem a crescer também devido à pirâmide etária brasileira e ao modelo implantado no Brasil, no qual os mais jovens contribuem para o pagamento dos custos dos contratos dos mais idosos. Eles apontaram que o aumento da expectativa de vida é resultado da adaptação dos usuários aos novos medicamentos e procedimentos oferecidos por meio das novas tecnologias.

Com a crise econômica, desde 2015 mais de 3 milhões de pessoas tiveram de abandonar seus planos de saúde, passando a utilizar o sistema público de saúde. Diversos projetos em discussão no Senado tem como tema os planos de saúde (PLS 433/2011; PLS 463/2013; PLS 507/2013; e PLS 100/2015) . Existem propostas que tratam da rescisão dos contratos e também dos reajustes feitos pelas operadoras.

Agência Senado

Pesquisadores da USP investem em vacina oral para adultos

Parceria entre Instituto Butantan e Instituto de Física está desenvolvendo método contra difteria e tétano

Por Redação – Editorias: Atualidades, Rádio USP, Jornal da USP no Ar

Segundo a professora titular do Instituto de Física (IF) da USP, Márcia Fantini, os estudos a respeito de vacina oral em parceria público-privada com a empresa Cristália avançam com sucesso quanto aos testes com hepatite.

Ela explica que a área de estudo da estrutura da matéria, a cristalografia, possui reconhecimento cada vez maior, com conquista de 29 prêmios Nobel, e auxilia nas pesquisas sobre o sistema imunológico.

A professora Márcia apresenta o tema no colóquio Complexo Imunogênico para o Desenvolvimento de Vacinas Orais, no Auditório Abraão de Moraes do IF, às 16h do dia 21 de setembro.

O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular.

Campanha digital da Torrent ajuda no diagnóstico e prevenção do Alzheimer

Fonte: Torrent

A Torrent do Brasil em conjunto com a Dose Diária, que atende a conta institucional, lançou uma campanha digital para esclarecer à população sobre a importância de diagnosticar precocemente nos idosos a Doença de Alzheimer. A campanha está sendo veiculada no facebook da Torrent (www.facebook.com/torrentbrasil), durante o mês de setembro, sendo que o ponto culminante será dia 21, Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

Dados do IBGE mostram que há cerca de 1,2 milhão de brasileiros que sofrem desse problema. Segundo dra. Ana Luiza Rosas, diretora-científica da ABRAZ-SP, a doença ainda não tem cura, mas se tratada rapidamente pode trazer melhor qualidade de vida aos pacientes, familiares e cuidadores.

Por meio de postagens, a campanha digital da Torrent – que conta com o apoio da ABRAZ-SP – aborda os principais temas e dúvidas sobre o Alzheimer, como por exemplo, quais alimentos e atividades físicas podem auxiliar na prevenção e como se comunicar com o paciente.

Além dos conteúdos inéditos sobre o Alzheimer, a Torrent também está divulgando, por seus canais digitais o upload do vídeo “Não se Esqueça”, disponível no Youtube, no qual uma atriz simula estar perdida e confusa nas ruas centrais de São Paulo e pede ajuda às pessoas que passam ao redor. O objetivo é mostrar como é importante a atuação solidária e a atenção dos familiares logo nos primeiros indícios do Alzheimer.

Para assistir: www.facebook.com/torrentbrasil #nãoseesqueça

Esclarecimento

A área Empresas em Foco publica notícias elaboradas e enviadas pelas empresas filiadas ao Sindusfarma; seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade das empresas e não reflete anuência nem posições ou opiniões da entidade.

EMS é destaque da premiação “As Melhores da Dinheiro” 2017

Companhia ficou em primeiro lugar na Gestão em Sustentabilidade Financeira.

São Paulo — A edição 2017 do anuário "As Melhores da Dinheiro", da revista IstoÉ Dinheiro – editora Três, traz a EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, como "Destaque na Gestão em Sustentabilidade Financeira". A empresa recebeu o prêmio em cerimônia na noite da última quinta-feira (dia 14/09), no Tom Brasil, na capital paulista. A escolha considerou balanço e dados financeiros diversos e a capacidade da empresa em se manter saudável do ponto de vista financeiro. Nesta categoria, vencem as companhias com maior pontuação em quesitos como variação e posição da receita, patrimônio líquido, dívida, entre outros.

"Essa é a nossa a primeira conquista relacionada à gestão dos negócios, o que muito nos deixa satisfeitos. Significa que estamos sabendo enfrentar as atuais adversidades do Brasil sem desviar o nosso foco: investir em inovação em todas as nossas áreas de atuação, promovendo saúde e garantindo o acesso da população a terapias que contribuam para melhorar a qualidade de vida". Na categoria gestão, a "Melhores" premia ainda destaques em "Governança Corporativa"; Recursos Humanos; Inovação e Qualidade; e Responsabilidade Social e Meio Ambiente, além da empresa do ano.

Além disso, o anuário traz outras 27 campeãs por setor da economia, com base nos questionários respondidos voluntariamente pelas empresas no site da publicação e conforme metodologia desenvolvida para a IstoÉ Dinheiro. No setor "Farmacêutica, Higiene e Limpeza" da "Melhores", a EMS foi a campeã em 2015.

A empresa já conquistou também premiações como "Valor 1000", do jornal Valor Econômico (anos de 2013, 2014 e 2015) e "Melhores e Maiores" da Exame, (2010 e 2012), além do Prêmio Destaque de Marketing ABMN (2007) e vários troféus dentro do setor, incluindo Lupas de Ouro e Prêmios Sindusfarma de Qualidade. Entre 2011 e 2016, também foi campeã do prêmio "Líderes do Brasil", do Lide, na categoria "Indústria Farmacêutica". |www.ems.com.br.

Aché é eleito no Prêmio ‘As Melhores da Dinheiro’

A melhor empresa do setor Farmacêutico, Higiene e Cosméticos. Com a conquista do primeiro lugar em quatro prêmios promovidos pela imprensa, Aché é a farmacêutica mais premiada do Brasil.

Pela primeira vez, o Aché foi eleito a melhor empresa do setor Farmacêutico, Higiene e Limpeza no Prêmio As Melhores da Dinheiro, promovido pela revista de economia e negócios IstoÉ Dinheiro, da Editora Três. Com esta conquista, a empresa se torna a farmacêutica mais premiada do ano!

A cerimônia de premiação aconteceu na última quinta-feira, 14 de setembro, no Tom Brasil em São Paulo, e contou com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que discursaram sobre o momento da economia brasileira, que aponta para o fim da recessão e retomada do crescimento. Em seguida, foram premiadas empresas em 23 segmentos de atuação.

Criado pela revista IstoÉ Dinheiro, o prêmio está em sua 14ª edição e avalia o desempenho das empresas por setor de atuação, e as que apresentaram maior pontuação nas dimensões melhores práticas de gestão financeira, governança corporativa, responsabilidade social, recursos humanos e inovação e qualidade.

Com esta conquista, o Aché se torna a indústria farmacêutica mais premiada do ano no Brasil, com importantes conquistas como o tricampeonato no prêmio Brasil Inovação, promovido pelo jornal Valor Econômico em julho, e o tricampeonato no Empresas Mais, do jornal O Estado de S.Paulo, ambos na categoria Indústria Farmacêutica; além do primeiro lugar entre as farmacêuticas no prêmio Época Negócios 360º e da terceira posição no ranking da revista Exame Melhores & Maiores entre as empresas do setor.

"O reconhecimento da sociedade é um importante indicador de que nossos esforços estão concentrados na direção correta. Gerar e compartilhar valor com a sociedade por meio da oferta de produtos e serviços de qualidade é parte da nossa missão de levar mais vida às pessoas onde quer que elas estejam", diz Paulo Nigro, presidente do Aché. "Estes prêmios nos deixam bastante satisfeitos e é o resultado do trabalho dos 4.600 colaboradores que formam a Geração Aché", conclui o executivo.| www.ache.com.br

Aprovado novo tratamento para doença de Crohn no Brasil

Quarta, 20 Setembro 2017 14:21 Escrito por Juliana Vieira
O medicamento biológico oferece mecanismo de ação alternativo, aliviando sintomas rapidamente e por um período de tempo prolongado

Uma nova terapia para a doença de Crohn acaba de ser aprovada no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ustequinumabe, fabricado pela farmacêutica Janssen, amplia as opções de terapia para os pacientes que sofrem da doença. As indicações aprovadas no Brasil são tanto para quem falhou ou não tolerou tratamentos com um ou mais anti-TNFs (anti fator de necrose tumoral) como para pacientes que nunca tiveram falha com outros anti-TNFs, mas que falharam ou demonstraram intolerância ao tratamento com corticosteroides.

Com um mecanismo de ação inovador, ustequinumabe alivia os sintomas da doença de maneira rápida e mantém a resposta por um período de tempo prolongado. Outro diferencial do medicamento é a comodidade posológica – após dose única de indução endovenosa, é necessária apenas uma aplicação subcutânea a cada três meses.

“A doença de Crohn é uma condição complexa de tratar e nem todas as terapias funcionam para todos os pacientes. A aprovação de uma nova opção terapêutica com mecanismo de ação alternativo representa um importante avanço no tratamento, tanto para os pacientes que nunca fizeram uso de biológicos quanto para aqueles que não conseguiram bons resultados com terapias anteriores”, explica o gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Flavio Steinwurz.

De acordo com a gastroenterologista Cristina Flores, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre – um dos sete centros brasileiros que participou do ensaio clínico sobre ustequinumabe para Doença de Crohn –, a rápida resposta do organismo ao medicamento, observada já na terceira semana de tratamento, e a ausência dos sintomas da doença por um longo tempo melhoram a qualidade de vida do paciente, sobretudo daquele já sem esperança de melhora.

Resultados de ensaios clínicos

Estudos clínicos do medicamento, que envolveram mais de 1.300 pacientes em diversos países, incluindo o Brasil, mostraram que a maioria dos pacientes tratados com ustequinumabe mantiveram a resposta ao tratamento e obtiveram a remissão da doença (sem sintomas), para a qual ainda não existe cura, por até dois anos[1].

O estudo UNITI-1, que avaliou ustequinumabe em pacientes que não haviam obtido sucesso com a terapia biológica (bloqueadores de TNF), demostrou que 34% destes pacientes atingiram resposta clínica (alívio significativo dos sintomas) em apenas seis semanas após receberem uma única infusão intravenosa de ustequinumabe. Este resultado sobe para 56% no estudo UNITI-2 que avaliou o medicamento em pacientes que nunca tinham recebido terapia biológica.

Em ambos os estudos a maioria dos pacientes que responderam à dose inicial e continuaram o tratamento com doses de manutenção por via subcutânea a cada 8 ou 12 semanas, estavam em remissão após um ano de acompanhamento.

Sobre a doença de Crohn

A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica que pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal. Os sintomas da doença podem variar, mas, geralmente, incluem dor e sensibilidade abdominal, sangramento retal, perda de peso, febre e diarreia frequente – em alguns casos, por mais de 20 vezes ao dia.

A doença não tem cura e o tratamento, que pode ser feito com medicamentos ou, em determinadas situações, com cirurgia, tem o objetivo de eliminar os sintomas e devolver o bem-estar do paciente.

No longo prazo, alguns medicamentos proporcionam a cicatrização da mucosa do intestino, o que leva à remissão da doença. Nessa fase, o paciente pode ter uma vida normal, sem sequelas inflamatórias.

No estágio inicial da doença, é comum o uso de anti-inflamatórios específicos. Nas fases mais agudas, indica-se o uso de corticoides ou imunossupressores. Porém, se o paciente não responder a esses tratamentos, medicamentos biológicos podem contribuir para melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.

Sobre ustequinumabe

Ustequinumabe é um medicamento de prescrição usado para tratar a doença de Crohn, moderada a grave, em pacientes adultos que falharam ou foram intolerantes às terapias convencionais ou biológicas. É o primeiro e único biológico disponível no país que inibe a atividade das interleucinas 12 e 23 (IL-12 e IL-23), interrompendo a inflamação em um ponto diferente da reposta imunológica, quando comparado a outras terapias. Além da doença de Crohn, é indicado, desde 2009, para o tratamento de psoríase em placa, moderada a grave, em adultos que não responderam ou que têm uma contraindicação a outras terapias sistêmicas, e desde 2016, para artrite psoriásica, ativa, também em pacientes adultos, quando a resposta a drogas antirreumáticas modificadoras da doença foi inadequada. Além do Brasil, ustequinumabe atualmente está aprovado para tratar psoríase, em 89 países; para artrite psoriásica, o uso é liberado em 79 países; e, desde setembro de 2016, 33 países já aprovaram ustequinumabe para a doença de Crohn.

Sandborn W, Rutgeerts P, Gasink C et al. Long term efficacy and safety of ustekinumab for Crohn’s disease: Results from IM-UNITI Long-Term Extension through 2 years. Annual Congress of the European Crohn’s and Colitis Organisation (ECCO 2017); 15-18 February, 2017; Barcelona, Spain; Abstract A-1285.

Sobre a Janssen

Na Janssen, trabalhamos para criar um mundo sem doenças. Transformar vidas buscando maneiras novas e melhores de prevenir, interceptar, tratar e curar doenças nos inspira. Nós reunimos as melhores mentes e buscamos as mais promissoras inovações científicas. Somos a Janssen. Colaboramos com o mundo para a saúde de todos. Para saber mais, acesse www.janssen.com. Siga a Janssen no Facebook e no LinkedIn, e a J&J Carreiras no Facebook.

Laboratórios públicos e privados fazem parcerias para produção de medicamentos

Fabiana Sampaio

Oitenta e três novas propostas de parcerias entre instituições públicas e privadas para a produção de medicamentos, vacinas e soros estão em análise pelo Ministério da Saúde.

As parcerias, já aprovadas entre 2009 e 2014, um total de 105, deram autonomia a laboratórios públicos e privados para a produção local de medicamentos destinados ao tratamento de doenças, como o HIV, leucemia, câncer, doença de Parkinson, tuberculose, diabetes e outras.

Um dos medicamentos incluídos nessas parcerias é o Riluzol, para tratamento de uma doença rara e degenerativa, a Ela, Esclerose Lateral Amiotrófica.

O Ministério da Saúde anunciou que a partir de outubro realizará a compra desse medicamento de maneira centralizada.

O processo de compra é resultado de parceria assinada entre o Laboratório Farmacêutico da Marinha e o Laboratório Cristália, que prevê a transferência de tecnologia para a produção do Riluzol.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, além de atrair conhecimento para os laboratórios nacionais, as parcerias possibilitam a redução dos custos dos medicamentos.

A ampliação das parcerias entre o Ministério da Saúde e laboratórios foi tema de encontro realizado nessa terça-feira, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense.

Durante o evento, Barros disse que R$ 127 milhões foram disponibilizados para os laboratórios públicos este ano, valor não utilizado integralmente.

Para o ano que vem, R$ 630 milhões já estão previstos no orçamento e servirão para estruturar esses laboratórios, de forma a capacitá-los para a transferência de tecnologia.

Semana do Conhecimento: abertura foca na troca de experiências

Começou, na tarde desta quarta-feira, a Semana do Conhecimento.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 20/09/2017 15:39
Última Modificação: 20/09/2017 19:26

Uma estrutura propícia para o debate do momento regulatório atual. Esta foi a definição usada pelo diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, para a Semana do Conhecimento. A cerimônia de abertura do evento ocorreu na tarde desta quarta-feira, em Brasília.

Durante a abertura, Jarbas Barbosa destacou a renovação conceitual da Semana que, pela primeira vez reuniu representantes do setor regulatório, empresas privadas, profissionais que atuam na área da saúde, estudantes e servidores da Anvisa. “A ideia é consolidar a Semana do Conhecimento como mecanismo de debate do momento regulatório que passamos, para que seja um difusor de ciências regulatórias’’, sintetizou.

A possibilidade de compartilhar conhecimentos e experiências também foi destacada pelo diretor de Regulação Sanitária da Anvisa, Renato Porto. Para ele, é essencial que a Vigilância Sanitária transforme o processo de qualificação em resposta aos anseios sociais. “Deixemos de ser uma agência que trata de papel para ser uma agência que trata a vida das pessoas. Já fazemos isso, mas faremos ainda melhor”, afirmou.

O diretor de Autorização e Registro Sanitários da Anvisa, Fernando Mendes, também participou da abertura do encontro e ressaltou o fato de a Semana do Conhecimento estar na sétima edição. “Haver uma 7ª Semana do Conhecimento é sinal de sucesso”.

O êxito do evento também foi destacado pelo subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Marcus Quito. Segundo ele, atuar em Vigilância Sanitária em um país com extremas diversidades exige que o conhecimento sobre o tema seja sempre revigorado. “É preciso lembrar de aproximar conhecimentos e resgatar experiências que, uma vez construídas, repercutem no avanço do Estado”, concluiu.

Acompanhe a transmissão online

https://join-noam.broadcast.skype.com/anvisa.gov.br/1fd9647dd1a54de18b83d790c59da0f8