Abic cria app para consumidor verificar pureza do café

As informações serão oferecidas por meio do código de barras impresso nas embalagens de café

A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) lançará, no dia 26/09, um app (aplicativo) que permitirá ao consumidor consultar, em tempo real, a qualidade e pureza dos cafés certificados nas prateleiras dos supermercados.

As informações serão oferecidas por meio do código de barras impresso nas embalagens de café. Segundo a Abic, o aplicativo para celulares com Android e IOS permitirá também que os consumidores enviem à associação comentários sobre o produto.

Fonte: Valor Online

Sodebo lança Pizza Oval no Brasil

14.09.2017 – 04:31

em Lançamentos

Marca de produtos refrigerados comercializados na França, a Sodebo acaba de lançar a Pizza Oval no mercado brasileiro. Disponível em seis sabores, a nova linha inclui pizzas individuais refrigeradas, que ficam prontas em apenas oito minutos no forno e que possuem um formato exclusivo, pensado para facilitar o consumo com as mãos. A Pizza Oval é vendida em embalagem individual de 200 gramas

?Na França, a Pizza Oval representa um dos produtos de maior sucesso da Sodebo e acreditamos que o mesmo deve acontecer no Brasil. Isso porque, com essa linha aliamos a paixão dos brasileiros pela pizza com a necessidade de ter refeições que sejam fáceis e rápidas de preparar, que possam ser consumidas em qualquer local e, o mais importante, sejam produzidas com ingredientes de qualidade e no sabor que mais agrada os diferentes perfis de consumidores?, afirma Anne-Charlotte Gouraud, diretora de Marketing e comunicação da Sodebo no Brasil. Durante o desenvolvimento do produto a Sodebo preocupou-se com a crocância da massa e na escolha dos sabores mais apreciados pelos brasileiros.

Inicialmente a Pizza Oval Sodebo será comercializada nas principais redes de supermercados do estado de São Paulo. Os seis sabores da Pizza Oval disponíveis no Brasil são: Lombo com Requeijão; Pepperoni; Muçarela; Calabresa; Presunto e Queijo; e Quatro Queijos. Os pontos de venda podem ser consultados em www.sodebo.com/br. ?E, em breve, vamos ampliar a venda para novos estados brasileiros?, informa Anne-Charlotte.

Comida Kosher – você conhece?

Seguindo o movimento de que comida é cultura, podemos refletir como a cultura de cada povo influi diretamente em sua alimentação. Os judeus, por exemplo, mais que uma dieta, seguem um estilo de vida através da comida Kosher. O post do blog Na Cozinha com Claudnha fale sobre comida Kosher esta semana.

Por Claudia Figueiredo

14/09/2017 às 13:33hs – Atualizada 14/09/2017 às 13:33hs

Seguindo o movimento de que comida é cultura, podemos refletir como a cultura de cada povo influi diretamente em sua alimentação. Os judeus, por exemplo, mais que uma dieta, seguem um estilo de vida através da comida Kosher. Confesso que desconhecia totalmente o assunto até que um tio do meu marido, que há décadas mora em Israel e, há poucos anos se converteu ao judaísmo, veio jantar em nossa casa. Não pensei duas vezes, dei um Google para escolher o cardápio e entender melhor as tradições.

Kosher ou Kasher significa “apropriado”, “adequado”. A diferença na pronúncia está vinculada à região, sendo que no hebraico israelense se pronuncia kasher e nos EUA é muito utilizada a pronúncia kosher. As leis de kashrut tem origem na Bíblia judaica (Torá) e do Talmude (coleção de livros que dá origem ao código de leis judaicas, inclusive sobre o comportamento alimentar). E há algumas regras a serem seguidas.

Enciclopédia de comida Kosher

As carnes permitidas são de vaca, carneiro e cabras. As aves domésticas são permitidas, como frangos, perus, faisão, patos e gansos. Os porcos e coelhos estão fora, por não serem ruminantes e não terem o casco fendido. Após o abate dos animais, eles devem ser lavados para que não haja resíduos de sangue. Também os subprodutos do sangue, como morcela, molho pardo e afins, não devem ser consumidos. Os peixes com escamas e barbatanas poderão fazer parte da dieta Kosher, porém, crustáceos e moluscos devem ser excluídos.

Uma das regras principais da comida Kosher está na proibição de se misturar, numa mesma refeição, ou durante o preparo, carne ou frango com leite e derivados. É preciso guardar um intervalo de cinco ou seis horas para consumir um ou outro alimento.

Na comida Kosher, há alimentos que são considerados neutros (chamados pareve ou parve). São os alimentos que não contêm carne, nem leite e derivados. Podemos entender como “pareve” os ovos, peixes, verduras, os cereais, os grãos, as massas, chás, café, etc.

Em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, existem certificadoras kosher que desempenham a tarefa de avaliação e certificação das indústrias alimentícias. Elas verificam os insumos e suas procedências, o processo de fabricação, assim como a eventual influência de outros produtos e linhas de produção dentro da fábrica.

Projeto vai ajudar empresas a adequarem embalagens para conquistar mercado internacional

Não se pode julgar um produto pela embalagem, certo? Na prática não é bem assim. Consumidores estão cada vez mais exigentes quanto ao design e às funcionalidades das embalagens. A qualidade e a adequação têm impactos na cadeia de produção e exportação muito antes de chegar ao consumidor final. Pensando nisso, a Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) desenvolveram um projeto para ajudar pequenas e médias empresas brasileiras a fazer da embalagem uma vantagem para abrir novos mercados no exterior. 

Para isso, o piloto selecionará 12 empresas dos setores de alimentos, bebidas, cosméticos e confecção de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina com bom potencial de exportação. Elas receberão atendimento coordenado entre os CINs, instalados nas federações estaduais de indústrias, e o SENAI. A Rede CIN entrará com a inteligência comercial e o apoio à promoção de negócios e o SENAI com a execução técnica da adequação das embalagens. Assim, o projeto compreenderá prospecção de mercados externos, análise das empresas selecionadas, plano de adequação de embalagens com foco no mercado alvo, implementação das mudanças na embalagem, apoio especializado para negociação com compradores até a exportação efetiva. 

Uma pesquisa da multinacional MeadWestvaco Corporation (MWV), de 2015, mostrou que 37% das pessoas entrevistadas em todo o mundo afirmaram ter comprado um novo produto motivados pela funcionalidade da embalagem. Na mesma enquete, 37% relataram ter testado um novo produto porque a embalagem chamou a atenção. 

Para o setor de cosméticos, a meta é preparar as empresas para atender às exigências da Colômbia e de Dubai, mercados receptivos ao cosmético brasileiro. Já o setor de alimentos deve focar em ampliar o acesso de produtos do Brasil ao público do Chile. Os países foram selecionados com base em ações prévias da Rede CIN na identificação de oportunidades para a indústria brasileira nos países vizinhos. Presente nas federações de indústria dos 26 estados e do Distrito Federal, a Rede CIN conta com especialistas de comércio exterior que desenvolvem soluções encadeadas e complementares para os diversos níveis de maturidade das empresas brasileiras.

Com a expertise dos Institutos SENAI de Tecnologia, que compõem uma rede de 39 centros em operação no Brasil inteiro e outros 18 em fase de planejamento e implementação, as empresas receberão o suporte necessário em registro de marcas, design, tendências para o setor além de diagnóstico técnico para adequação da embalagem – do material ao rótulo. 

BENEFÍCIOS  – Na prática, a atuação conjunta da Rede CIN e SENAI permite uma oferta integrada e complementar para as empresas atendidas pelo Sistema Indústria. "Estamos permitindo que a inteligência de mercado, já consolidada pela Rede CIN, multiplique os atendimentos para o Sistema Indústria. Quem mais ganha com este alinhamento é a empresa, que receberá atendimento completo para se internacionalizar", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.  

"O SENAI tem se consolidado como um dos principais parceiros da indústria para ampliar a sua competitividade nacional e internacionalmente. Para isso, reúnimos o conhecimento técnico para ajudar as empresas a solucionar desafios de inovação, tecnológia e design para ampliar a capacidade de atuar no exterior", afirma Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI.  

Lucas Baldissera, especialista em gestão e design de embalagem e consultor do projeto, explica que muitas vezes os benefícios vão além da relação com o consumidor. "Conseguimos substituir materiais poluentes por materiais recicláveis, por exemplo. Além disso, o desenho da embalagem é fundamental na hora de pensar na logística e no transporte. Com a embalagem certa, os bens não quebram, não há prejuízo com a devolução ou danos aos produtos", explica.

Por Ariadne Sakkis 
Da Agência CNI de Notícias 

Produtores dizem perder R$ 0,10 em cada litro de leite

Mineiros têm medo de que falte produto no ano que vem, caso a situação continue

Queila Ariadne

O consumo caiu, a importação subiu e os estoques de leite ficaram maiores nas prateleiras dos supermercados. Para o consumidor a notícia é boa, pois quanto maior é a oferta, mais barato ele pagará. Já para o produtor, que está vendendo o litro a R$ 1,10, em média, mas está gastando R$ 1,20 para produzir, o momento é tão delicado que nessa quinta-feira (14) o setor organizou uma reunião emergencial na sede da Federação da Agricultura e Pecuária (Faemg).

“Entre as medidas, decidimos conscientizar o produtor a reduzir o volume de produção. Caso contrário, o preço continuará em queda, não haverá como investir. Se isso acontecer, no ano que vem o risco é de faltar leite”, afirma o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Faemg, Eduardo de Carvalho Pena.

Segundo ele, a medida é importante, mas não pode ser tomada isoladamente. É preciso uma intervenção do governo federal. “Não basta diminuir a produção. O ideal é limitar, por meio de cotas, a quantidade de leite que pode entrar no Brasil”, destaca.

A Faemg já está em contato com os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para solicitar proteção para o mercado. “O Uruguai está exportando muito leite para o Brasil. Só em agosto, junto com a Argentina, foram cerca de 7 milhões de litros. Não queremos que a importação seja proibida, mas o governo precisa limitar em no máximo 4 milhões de litros por mês”, destaca.

De acordo com Pena, além dos impactos na renda do produtor, há sério risco de demissões. “O produtor está tendo, em média, um prejuízo de R$ 0,10 por litro. Se o governo não fizer nada, vai ficar difícil manter empregos”, avalia. De acordo com a Faemg, só em Minas Gerais a pecuária gera 1 milhão de empregos diretos.

Considerando que o Estado produz cerca de 9 bilhões de litros de leite por ano, o prejuízo será de, no mínimo, R$ 90 milhões. “Isso se a gente considerar a perda de R$ 0,10. Mas, em alguns casos, há produtor tendo prejuízo de R$ 0,20 por litro”, calcula Pena.

Outra possibilidade seria o governo comprar leite em pó para estocar. A medida reduziria estoques e regularia preços. “O sindicato de produtores do Rio Grande do Sul chegou a apresentar essa proposta, mas o governo recusou, pois não tem dinheiro”, destaca.

No varejo. Enquanto isso, nas prateleiras dos supermercados de Belo Horizonte, os preços estão caindo. De acordo com a coordenadora de pesquisas do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead/UFMG), Thaise Martins, na média mensal encerrada na primeira semana de agosto o preço médio era de R$ 3,17. Na média mensal da primeira semana de setembro, já tinha caído para R$ 3,04. “Caiu 4%. Essa redução certamente vai ajudar a conter a inflação, que tem subido principalmente por conta da gasolina. Vai atenuar, mas não vai impedir a alta de custos”, avalia Thaise.

Estrutura. Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, é preciso mudanças na logística, no melhoramento genético do rebanho e na adequação da oferta.

Cadeia do leite

Produção em Minas
9 bilhões de litros ao ano

Empregos diretos
1 milhão

Importação
Só em agosto, entraram cerca de 7 milhões de litros de leite no Brasil

Preço para o produtor
Desde janeiro, caiu de R$ 1,40 para R$ 1,10

Preço para o consumidor
Em relação a agosto, caiu de R$ 3,17 para R$ 3,04

Nestlé compra Blue Bottle, de café de alta qualidade

LONDRES/LOS ANGELES – A Nestlé comprou uma participação majoritária da norte-americana Blue Bottle Coffee, marcando um primeiro passo do líder de café embalado no mundo hipster de bares especializados que servem café de alta qualidade, de origem única e processado a frio.

A companhia produtora do Nescafé e cápsulas Nespresso anunciou a compra de uma participação de 68 por cento da Blue Bottle nesta quinta-feira, sem revelar os termos financeiros. O preço ficou em torno de 425 milhões de dólares, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.

Como a compra da semana passada de empresa de alimentos vegetarianos Sweet Earth, o acordo busca aproximar a maior fabricante de alimentos embalados do mundo ao tipo de consumidores exigentes que estão se afastando de suas marcas de mercado de massa, como o café Nescafé.

Este é o quarto acordo da empresa em 2017 feito pelo novo presidente-executivo, Mark Schneider, um executivo trazido no ano passado para agitar a empresa suíça conservadora que não atigiu suas metas de vendas por quatro anos consecutivos.

A Nestlé e seus pares multinacionais estão lutando contra os mercados emergentes mais lentos, a concorrência de novas marcas e a migração dos consumidores para alimentos menos processados.

A compra da Nestlé ocorre em meio à consolidação no chamado setor de café de terceira onda nos Estados Unidos. Este mercado atende principalmente a clientes jovens e urbanos que cresceram no Starbucks, mas progrediram para bebidas mais exóticas influenciados pelas máquinas de café expresso ou não tradicionais de baristas especializados.

(Por Martinne Geller e Lisa Baertlein)

Reuters

Coca-Cola lança versão turbinada, com 50% mais cafeína

Lançada no Japão na última terça-feira, 12, a lata de Coca-Cola Coffe tem 190 ml e 50% menos calorias

O Estado de S.Paulo

14 Setembro 2017 | 16h04

Uma versão turbinada com mais cafeína e uma quantidade reduzida de calorias é a nova aposta da Coca-Cola, que nos últimos anos tem se esforçado em lançar produtos e tentar estancar a perda de clientes. A nova versão, batizada de Coca-Cola Coffee Plus, foi lançada no Japão na terça-feira, 12.

A latinha tem o tamanho de 190 ml, e conta com 34 miligramas de cafeína, 50% a mais cafeína que a versão convencional, e 42 calorias, também a metade da fórmula tradicional.

Para quem espera sentir o cheirinho característico do café, uma má notícia. Segundo o site de notícias japonês Shin Shouhin, a dose extra de cafeína não alterou em nada as características do refrigerante. Jornalistas que experimentaram a novidade no Japão afirmaram que a bebida não tem um "aroma delicioso", e que seu gosto é "curioso".

Vale lembrar que a Coca-Cola Coffee Plus não é a primeira iniciativa da marca a explorar os atributos do café em sua marca. Em 2006, a empresa lançou nos Estados Unidos a Coca-Cola Blák, que continha aroma de café. O refrigerante chegou aos países europeus, mas a Coca encerrou sua produção em 2008.

Associação da indústria critica proposta de aumentar impostos de refrigerantes

Ministério da Saúde propôs elevação de tributos sobre bebidas açucaradas para elevar os preços e reduzir o consumo, como forma de prevenção e combate à obesidade; para fabricantes, ideia 'compromete toda uma cadeia produtiva e de investimentos'

Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo

14 Setembro 2017 | 20h49

BRASÍLIA – A Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir) criticou a proposta de elevar a taxação de bebidas açucaradas, apresentada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. O ministro encarregou sua equipe para preparar um projeto, que será levado aos colegas de governo assim que for concluído. O objetivo é elevar os preços e reduzir o consumo das bebidas como forma de prevenção e combate à obesidade.

"O México adotou o artifício e não houve redução de consumo nem queda nas taxas de obesidade. Houve impacto, isso sim, nos investimentos e nas taxas de emprego na indústria local de bebidas não alcoólicas", reagiu a associação. Na nota, a entidade argumentou ainda que a Dinamarca suspendeu medida semelhante, pouco tempo depois de ser instituída, por considerá-la ineficaz.

A associação assegurou ainda que 70% do açúcar consumido pelo brasileiro é o chamado "açúcar de mesa" – que ele próprio acrescenta a bebidas e alimentos.

"É razoável crer que a sobretaxação de refrigerantes e sucos, comprometendo toda uma cadeia produtiva e de investimentos, será eficaz para reduzir a obesidade no Brasil?", questionou a associação.

Projeto que regulamenta produção de cerveja artesanal é aprovado em Uberlândia

Texto com oito emendas será encaminhado para sanção do prefeito. Iniciativa visa fomentar atividade comercial e valorizar produtores de cerveja da cidade.

Por Caroline Aleixo, G1 Triângulo Mineiro

14/09/2017 16h04

A produção e comercialização de cerveja artesanal passarão a ser regulamentadas em Uberlândia, conforme projeto de autoria do Executivo aprovado pela Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira (14) em Uberlândia. A redação final contará com oito emendas do vereador Felipe Felps (PSB) e entra em vigor após sanção do prefeito Odelmo Leão.

Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo (Sedeit), o objetivo é valorizar a cultura cervejeira estimulando a produção artesanal local e incentivar a atividade comercial. Com a regulamentação, os empresários do ramo poderão se registrar e formalizar parcerias com eventos e outros estabelecimentos.

O texto institui um programa de fomento da produção e reconhece como microcervejeiro artesanal o empresário individual, microempreendedor individual e pessoa jurídica que registrem uma produção de cerveja não superior a 30 mil litros mensais e não ultrapasse 360 mil litros por ano.

Para exercer a atividade, será preciso atender normas sanitárias e ambientais, além das diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre as proibições às microcervejarias, estão a instalação de maquinário industrial de grande porte e geração de ruídos acima dos valores permitidos.

Alterações

Um projeto de lei semelhante foi apresentado pelo vereador Felipe Felps no final de julho e tramitava no Legislativo. Ao tomar conhecimento de que o prefeito Odelmo Leão estava apresentando texto semelhante, o parlamentar optou por retirar a primeira redação da pauta e apresentar emendas ao texto base do Executivo.

“Diante desse cenário, acabei segurando a apreciação dos dois projetos para discutir com os cervejeiros o que eles queriam. Fizemos reuniões aqui na Câmara e na Prefeitura para propormos alterações que seriam necessárias para ajustar àquilo que atende aos cervejeiros e as oito emendas foram aprovadas”, comentou o vereador.

Uma das mudanças que serão inseridas na regulamentação é o reconhecimento dos “brewpubs”, que são estabelecimentos produtores de cervejas em pequena escala para o consumidor final, desde que a produção e armazenagem não ultrapassem 15 mil litros mensais. Nesses locais, também fica autorizada a venda de alimentos e refeições.

A legislação também institui a comemoração do Dia Municipal do Cervejeiro Artesanal e a Festa Municipal da Cerveja, cujas datas serão definidas posteriormente pela Sedeit junto às cooperativas artesanais de cerveja.

É o fim da “loira gelada”? Cervejarias “acordam” para o público feminino

15/09/201704h00

Juliana Simon
Do UOL

Corpo escultural num cenário de praia, uma voltinha que revela as curvas e um homem à espera da "loira gelada" – seja ela líquida ou humana mesmo. Já viu esse filme? Após décadas de campanhas voltadas para o público masculino, as marcas de cerveja começam a despertar para o fato de que seu público não se restringe a homens heterossexuais.

Até pouco tempo, a marca Skol (da gigante Ambev) era uma das grandes cervejarias que insistiam nas "gostosas" em seus anúncios. Diante do crescimento do número de consumidoras – que hoje representa metade das vendas da marca – a mudança foi radical, como diz Maria Fernanda Albuquerque, diretora de marketing da marca.

A marca assume que fez, durante muito tempo, propagandas machistas. No Carnaval de 2015, a campanha da cervejaria foi acusada de incentivar o assédio às mulheres.

"A gente precisava de uma quebra icônica. Nenhuma marca da Ambev coloca mais a mulher objetificada", conta, após a repercussão da campanha "Redondo é sair do seu passado".

Em março, por conta do Dia Internacional da Mulher, a marca declarou que o uso da figura feminina nas campanhas, como foi feito no passado, já não representava o posicionamento da Skol. Na ocasião, oito artistas foram convidadas para fazerem releituras de pôsteres antigos da marca e mostrarem as mulheres fortes e independentes.

"Não é apagar a história. Ela aconteceu, mas ficou no passado. E redondo é deixar para trás o que não te representa mais", disse Maria Fernanda na época.

O caminho de conquista, no entanto, não tem sido fácil. "Acho que a gente mostrou que não é uma solução, é um caminho. Pode ser que a gente erre e acerte", diz.

E quem pensa que a marca quer falar diretamente à mulher, engano. Para Maria Fernanda, o importante é não separa-la do todo e promover uma igualdade real, agradando qualquer gênero que esteja com o copo na mão.

As 007 da vez

Se as consumidoras se sentem mais representadas, as marcas, por outro lado, devem esse despertar ao público feminino, cada vez mais atento às campanhas e mais exigente a produtos que não só não firam, como defendam inclusão e igualdade de gêneros.

Vanessa Brandão, diretora da marca Heineken, diz que é impossível traçar um perfil da mulher cervejeira. "A mulher cervejeira vem de todas as idades e classes sociais", diz.

Hoje, as mulheres já representam 40% do público consumidor da marca e, segundo Vanessa, nunca sofreu com propagandas estereotipadas.

"É uma libertação para mulheres e homens, pois todo mundo se sente à vontade de provar e gostar do que quiser. Seja uma mulher por uma cerveja forte ou um homem por uma cerveja mais delicada", diz.

Recentemente, a Heineken ganhou aplausos das cervejeiras com a campanha que coloca uma mulher como uma espécie de James Bond. Ao invés da figura frágil ou "decorativa", ela salva o dia e termina se refrescando com uma long neck.
Evolução definitiva?

Cliene Saorin, mestre-cervejeira e sommelier com 25 anos de experiência, acredita que essa nova fase das campanhas veio para ficar, apesar de alguns exemplos contrários que insistem em alardear cervejas divididas por gênero. "Quero crer, com otimismo, que a gente está evoluindo no discurso de inclusão não só de mulheres, como de negros e do público LGBT, e que seja uma tendência", diz.

Segundo Cilene, a entrada cada vez maior de mulheres no mercado e no consumo cervejeiro tem sido sempre fruto de conquistas lentas, mas que estão rendendo resultado e que quem ainda insiste nos estereótipos – seja nas propagandas, na sommelieria ou nas cervejarias – deve ser "engolido" por uma postura socialmente consciente.

E pra quem pensa que somente as grandes cervejarias precisam ficar atentas às mulheres, Cilene faz o alerta: as cervejarias artesanais e os entusiastas de marcas menos conhecidas também pecam pelas abordagens machistas, seja nas fábricas, na mídia, nos nomes de rótulos ou em eventos, como festivais e degustações, que ainda parecem ser território voltado para o público masculino.

"Por trás das cervejarias, desde as nano até as mega, existem pessoas mais ou menos preparadas para o tema da inclusão", diz.