Procon flagra mais de uma tonelada de alimentos impróprios à venda em Nova Iguaçu

O Procon Estadual fiscalizou 10 estabelecimentos na segunda-feira nas cidades do Rio, Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu. No total, os fiscais descartaram uma tonelada, 276kg e 920g de alimentos impróprios para o consumo.

A maior parte dos artigos inadequados foram flagrados no Universo do Padeiro, que fica na Estrada de Austin, 1.101, Cacuia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O estabelecimento tinha uma tonelada, 129kg e 100g de alimentos vencidos ou sem informação do prazo de validade. Alguns itens eram linguiças calabresa e fina, salsicha, mortadela e frutas secas cristalizadas. Os agentes do órgão de defesa do consumidor também constataram a presença alimentos no chão e de gatos no interior da loja.

No supermercado Vianense — na Avenida Brasil, 6.288, Bonsucesso, na Zona Norte do Rio —, havia muito mofo na área das câmaras frigoríficas, que invadiu até a caixa onde estavam armazenados 28kg e 500g de bacalhau mal armazenado. As câmaras tinham pallets de madeira, desrepeitando à legislação que determina que os suportes sejam de material lavável, ferrugem nas estruturas das prateleiras, piso quebrado e portas e portais enferrujados.

Em Bangu, na Zona Oeste do Rio, o Supermercado Intercontinental tinha 820g de linguiça de pernil vencida e alguns produtos sem especificação da validade: 15kg e 200g de linguiça de pernil e 2kg e 400g de peito bovino.

No mesmo bairro, o parque de diversões Aquamundi Kart e Diversões Aquáticas foi autuado porque proibia a entrada de clientes com comidas e bebidas. Além disso, não cotnava com guardião na piscina.

Não foram encontradas irregularidades no Carrefour Manilha, em São Gonçalo, e no Assai que fica na Rua Benjamin Constant 263, em Niterói. Todos os locais foram fiscalizados a pedido do Ministério Público Estadual, exceto o supermercado Vianense.

Confira todos os problemas:

1 – Supermercado Vianense (Avenida Brasil, 6.288, Bonsucesso): 70kg de linguiça calabresa vencida encontrada na câmara frigorífica. 28kg e 500g de bacalhau mal armazenado, em contato com caixa repleta de bolor e com odor e aspecto característicos de podre. Câmaras com pallets de madeira, ferrugem nas estruturas das prateleiras, piso quebrado e portas e portais enferrujados. Teto da antecâmara cheio de mofo.

2 – Drogarias Pacheco (Praça das Nações, 185, Bonsucesso): Ausência da revista do Preço Médio ao Consumidor (PMC). Ausência de preços em produtos expostos na vitrine, no balcão e no interior da loja. Produtos vencidos: 6 vidros de esmalte (3 de 7,5ml e 3 de 8ml).

3 – Universo do Padeiro (Estrada de Austin, 1.101, Cacuia, Nova Iguaçu): Produtos vencidos: 482kg e 500g de linguiça calabresa, 304kg de apresuntado, 90kg de ameixa sem caroço, 30kg de uva passa, 55kg de linguiça fina, 69kg e 300g de salsicha, 25kg de mortadela, 4kg e 500g de ovo de codorna, 1kg e 800g de requeijão, 2kg e 800g de pão de alho e 2kg de cheddar fatiado e mofado. Produtos sem especificação da validade: 56kg de frutas secas cristalizadas e 6kg e 200g de requeijão cremoso. Presença de gatos no interior do estabelecimento. Alimentos no chão e em pallets e estrados de madeira. Ausências do certificado de potabilidade da água e do alvará de funcionamento.

4 – Nando mercado (Rua Álvares de Azevedo, 101, Icaraí): Frios sendo vendidos com prazo de validade superior ao indicado pelo fabricante. Câmara frigorífica suja. Os fiscais deram um prazo de 48 horas para limpeza. Produtos sem especificação da validade: 3kg e 100g de presunto de peru, 500g de presunto, 1kg e 500g de champignon, 2kg e 600g de salsicha, 6kg de azeitona, 14kg de carne, 1kg e 800g de carne moída e 1kg e 400g de linguiça. Ausência do certificado de dedetização. Os fiscais deram um prazo de 24 horas para a realização do serviço.

5 – Confeitaria Beira Mar (Rua Coronel Moreira César, 149, Niterói): Certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros não atualizado, pois foi emitido antes das obras feitas no estabelecimento.

6 – Renascença administradora de imóveis (Rua Rodrigues Caldas, 631, Taquara, Jacarepaguá): Ausências do Código de Defesa do Consumidor, do Livro de Reclamações, do cartaz do 151 e do certificado do Corpo de Bombeiros. Os fiscais deram um prazo de 24 horas para a apresentação de contrato de locação.

7 – Aquamundi Kart e Diversões Aquáticas (Rua Roque Barbosa, 17, Bangu): Proibição de entrada no estabelecimento com comidas e bebidas. Ausências do alvará de funcionamento, do certificado do Corpo de Bombeiros, do Código de Defesa do Consumidor, do Livro de Reclamações e de guardião na piscina.

8 – Supermercado Intercontinental (Avenida Cônego de Vasconcelos, s/nº, Bangu): 820g de linguiça de pernil vencida. Produtos sem especificação da validade: 15kg e 200g de linguiça de pernil e 2kg e 400g de peito bovino. Câmara com piso quebrado.

Mogianos aguardam ansiosos pela abertura do novo Assaí

Moradores e comerciantes dos arredores têm grande expectativa para conhecer a 2ª unidade da rede em Mogi

Moradores de Mogi das Cruzes, principalmente dos arredores do antigo hipermercado Extra – que fechou suas portas em Brás Cubas recentemente -, aguardam ansiosos a inauguração de mais uma unidade da rede Assaí no mesmo espaço. Será o segundo atacadista da marca na cidade, pois já existe um na avenida José Meloni, no Mogilar. Ontem, a Assessoria de Imprensa do Assaí confirmou que o estabelecimento será entregue no final do ano, entretanto, não estipulou nenhuma data.

Para a aposentada Rosa Regina Martins, de 63 anos, que mora no Jardim Universo, a chegada do atacadista a Mogi é mais do que bem-vinda. "É uma boa notícia. Os preços costumam ser melhores do que no varejo", opina.

Já a vendedora Sílvia Regina Alves dos Santos, 57, que também mora no mesmo bairro, diz que as unidades da marca são famosas por oferecerem bons produtos e muitas promoções. "Conheço os atacadistas do Assaí que têm na região, como em Itaquá e Suzano, e acho ótimos. Estava na hora mesmo de Brás Cubas ter uma unidade da rede", comemora.

A comerciante Andréia Ramos, 38, explica que depois que o Extra fechou, o movimento no seu comércio caiu de 50% a 60%. Ela, que tem um restaurante na rua Prefeito José de Melo Franco, no Jardim Universo, espera que o Assaí se instale logo em Brás Cubas para que seu estabelecimento comercial volte a ter mais clientes. "Além disso, costumávamos comprar arroz e legumes quando havia promoções no Extra e agora, com a saída dele, temos que ir até mais longe para comprar e os preços nem sempre são tão atrativos. Com o novo atacadista, com certeza, irá melhorar para nós", comenta.  

Quem passou ontem à tarde pela Perimetral pode avistar operários trabalhando na troca do telhado. As obras seguiam a todo vapor e, conforme a Assessoria de Imprensa, os trabalhos estão em dia com o cronograma definido. Não foi divulgado o valor do investimento e, como a unidade é resultado do projeto de conversões, alguns colaboradores do Extra serão reaproveitados na operação do Assaí. "Ainda não temos informações sobre o processo seletivo para as vagas remanescentes, mas os interessados em participar podem cadastrar o currículo no http://www.assai.com.br/trabalhe-conosco", informa.

Com a previsão de inaugurar o maior número de unidades da sua história neste ano, o Assaí, que pertence assim como o Extra, ao Grupo Pão de Açúcar, prevê inaugurar 24 unidades em 2017, incluindo 16 que eram hipermercados e passarão a trabalhar no varejo/atacado. 

Na região do Alto Tietê, que já tem três unidades (em Itaquaquecetuba, Mogi e Suzano), não há previsão de inauguração em outras cidades, mas, no País, nos próximos cinco anos a expectativa da rede é de abrir até 100 novos atacadistas.

Tecnologia promete agilizar fila do caixa nos supermercados

O Jade é um checkout com esteira e scanners automatizados capaz de registrar até 100 itens por minuto

A Datalogic, empresa de Captura Automática de Dados e Automação Industrial, apresentará durante a Convenção ABRAS 2017, um dos maiores eventos do Brasil voltado para supermercadistas, a tecnologia Jade, que promete mudar a experiência de compra dos consumidores.

O Jade é um checkout com esteira e scanners automatizados capaz de registrar até 100 itens por minuto. Na prática, a tecnologia torna a finalização das compras até cinco vezes mais rápida na comparação com um caixa tradicional, que registra cerca de 15 itens no mesmo intervalo de tempo.

O equipamento será exposto nos estandes 26 e 27 da Datalogic que participa pela primeira vez da Convenção ABRAS. O evento, considerado um dos maiores a reunir líderes supermercadistas de todo o Brasil, acontece de 12 a 14 de setembro, no Bourbon Convention & Resort, em Atibaia (SP).

O Jade conta com 16 câmeras para leitura de códigos de barras por reconhecimento de imagem. A tecnologia consegue capturar os dados do produto em qualquer posição colocado na esteira. “O Jade representa um aumento na performance de vendas do supermercado e resolve o tempo de espera dos consumidores nas filas, um dos principais gargalos hoje nas lojas de supermercados, hipermercadose atacarejos”, explica Fabio Lopez, diretor de vendas da Datalogic no Brasil e Sul da América Latina.

+ App encaminha quase 80 mil pessoas a entrevistas de emprego

A solução foi desenvolvida no Brasil pela Datalogic em parceria com a Fast Gôndolas, empresa que atua no desenvolvimento de gôndolas, checkouts e racks integrados, voltados para diferentes estabelecimentos do mercado, como hipermercados, supemercados e atacarejos, além de lojas de departamentos, drogarias, conveniências, home centers, entre outros.

Apesar da facilidade da operação, o Jade não dispensa a atuação de um operador de caixa. O profissional continua responsável por monitorar as transações realizadas no Jade e receber o pagamento. Dentre os grandes diferenciais da nova tecnologia, destacam-se os avisos visuais e sonoros, acionados para o operador do caixa quando há qualquer inconsistência no processo de registro dos itens. Um exemplo são os produtos de hortifruti, que podem ser pesados em balanças acopladas ao checkout. ”O Jade fotografa todas as inconsistências e as disponibiliza em um monitor. O operador consegue finalizar a compra somente após a leitura e reconhecimento de todos os itens identificados pelo scanner”, explica Lopez, ao ressaltar que os lojistas têm diversos mecanismos para evitar fraudes no registro dos produtos.

A agilidade do Jade também se estende às saídas das compras: enquanto um cliente finaliza o pagamento e empacota as suas compras, o operador do checkout pode adiantar o atendimento do próximo consumidor. A tecnologia ainda pode ser configurada de acordo com as preferências do lojista. Os produtos vendidos em pacotes, como leite e cerveja, por exemplo, podem ser registrados por unidade, por pacote ou das duas formas. O Jade também pode ser programado para reconhecer a imagem do produto após algumas leituras. Nessa função, o sistema identifica e registra o item imediatamente no banco de dados do varejista. “O Jade é um leitor inteligente e possui funções específicas que resolvem pequenos problemas do dia a dia do varejista, o que impacta positivamente no faturamento da loja”, acrescenta o executivo.

Expectativas

De fabricação exclusiva da Datalogic, a inovação está em operação há três anos nos Estados Unidos e Europa. Aqui no Brasil, o Jade foi desenvolvido em um sistema totalmente responsivo e pode ser integrado a qualquer Software ou Sistema de Ponto de Venda (PDV) utilizado.

Segundo as expectativas da Datalogic, o Jade tem potencial para representar 5% do faturamento da empresa no Brasil ainda em 2017. “Há uma tendência natural de crescimento desse mercado, uma vez que o cliente final busca, cada vez mais, fazer as compras no seu tempo. Há uma necessidade urgente de controlar o tempo que se passa no supermercado, desde a escolha dos itens até o pagamento. A Datalogic está pronta para suprir essa demanda”, diz Lopez.

Faturamento de supermercados deve se manter estável em 2017

Previsão de crescimento de receita bruta do setor subiu de 1,3% para 1,5%. No entanto, deflação de alimentos deve limitar o faturamento, de acordo com Abras
Por Estadão Conteúdo 12 de Setembro de 2017 às 13:33

| Agência de notícias do Grupo Estado

As vendas dos supermercados medidas pela quantidade de produtos comercializados devem ficar perto da estabilidade em 2017 na comparação com o ano anterior, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto.

Durante evento promovido pela entidade em Atibaia, em São Paulo, Sanzovo Neto avaliou ainda que o crescimento da receita bruta tem sido limitado pela deflação de alimentos.

A Abras revisou em julho sua previsão de crescimento de receita bruta do setor de supermercados para 1,5% ante uma projeção anterior de 1,3%. A variação considerada está em termos reais.

"Pode ser que não se atinja esse 1,5% de alta por conta do forte impacto da deflação nas receitas do setor", disse Neto.

Dados da Abras e da GfK indicam que tem caído os preços dos itens mais consumidos. De acordo com Março Aurélio Lima, diretor executivo da GfK, o preço da cesta de produtos analisada pela companhia chega a registrar uma queda de 7% em agosto de 2017 na comparação com o mesmo mês de 2016.

O recuo de preços é o maior já observado nessa cesta de produtos pela GfK desde 2001. A queda de preço é ainda mais alta em itens básicos de consumo. Somados, os preços de carne de corte traseiro, feijão, arroz e batata tiveram um recuo de 18% nos últimos doze meses encerrados em agosto, também o maior recuo desde 2001 para estes itens.

A queda de preços de alimentos foi afetada sobretudo pela safra de grãos. Pela frente, no entanto, Lima acredita numa alta de preços de alguns itens como leite e óleo de soja.

"Há produtores com uma rentabilidade muito baixa, portanto a tendência é que os preços subam", diz Lima. "Apesar desse efeito, o dado acumulado do ano ainda deve ser de retração de preços"

Após ‘efeito JBS’, confiança de empresários de supermercados volta a subir

Índice de confiança, medido pela GfK em conjunto com a Abras, chegou a 51,7 pontos numa escala que vai de 0 a 100

SÃO PAULO – A confiança dos empresários do varejo de supermercados voltou a subir em agosto, após uma queda em junho em meio a efeitos da crise política gerada pela delação de executivos da JBS. O índice de confiança, medido pela GfK em conjunto com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), chegou a 51,7 pontos numa escala que vai de 0 a 100. Em junho, o índice havia caído para 48 pontos.

Para Marco Aurélio Lima, diretor executivo da GfK, os dados indicam uma tendência de retomada do ânimo dos empresários com a economia. A melhora em agosto sinaliza ainda, segundo ele, a percepção de que o cenário macroeconômico tem evoluído positivamente, de forma descolada da crise política.

A expectativa é de um aumento gradual na expectativa dos varejistas para os próximos meses. O resultado do índice de confiança de agosto ainda é inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando atingiu os 56 pontos.

Dados da GfK apontam ainda que, em agosto, 64% dos empresários disseram ter uma expectativa melhor para os próximos seis meses ante um porcentual de 46% que respondiam da mesma forma em junho.

Estadão Conteúdo

Perdas nos supermercados retiraram R$ 7 bilhões do faturamento das redes

Preocupados com a ruptura no ponto de venda, empresas investem em maior controle dos itens vendidos; segundo a Abras, em 2016, os doces e bebidas foram os segmentos mais prejudicados

Atibaia (SP) – Com a alta dos furtos, principalmente de bebidas e itens de perfumaria, os supermercados brasileiros registraram no ano passado um nível de perdas de 2,1% do faturamento bruto, índice superior ao de 2015. O total da ruptura, em valores, foi de R$ 7,11 bilhões, equivalente ao faturamento de uma rede de grande porte.

Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) durante a 51º Convenção Abras. O crescimento em relação a 2015 – de 0,14 ponto percentual – ocorreu, principalmente, pelo impacto do aumento do número de furtos. Para o presidente da entidade, João Sanzovo Neto, o cenário é natural em momentos de crise econômica. "Os supermercados precisam melhorar a segurança dos itens de mercearia seca, líquida e perfumaria, porque são produtos suscetíveis ao furto", diz.

Fatores como a quebra operacional, erros administrativos, de inventário e falhas dos fornecedores também contribuíram para o avanço das perdas no período (veja no gráfico).

Na avaliação por categoria de produtos, a maioria das 14 analisadas apresentou queda no nível de perdas, frente 2015. Os avanços dos setores de mercearia líquida, seca e perfumaria, no entanto, puxaram o índice para cima, uma vez que as três representam mais de 40% de toda a amostra.

Segundo o presidente da Abras, o montante perdido em 2016 equivale a uma rede que estaria na quinta colocação do ranking Abras – indicador que mede as maiores varejistas do ramo de supermercados.

Apesar do impacto expressivo, o estudo mostrou que 40,3% dos supermercados ainda não possuem uma área focada na prevenção de perdas. O número apresentou um crescimento em relação à pesquisa do ano anterior, quando 34,3% das empresas do ramo afirmaram não possuir uma área de prevenção. "Temos muito trabalho pela frente para diminuir as perdas e desperdícios no nosso setor", diz.

Diretor de sustentabilidade do Grupo Carrefour, Paulo Pianez também ressaltou, durante o evento, a importância do tema para o ramo supermercadista. "O volume de perdas que temos hoje não raro é maior do que a rentabilidade de nossas respectivas empresas. Ou seja, isso é um câncer que tem que ser combatido. É um assunto chato de se falar, mas essencial para o nosso negocio."

Ele afirmou ainda que o Carrefour tem feito um trabalho forte para a diminuir perdas, que tem garantido um índice abaixo da média do setor. "Temos conseguido trabalhar hoje para que nosso índice seja menor do que a média do mercado", comentou. Questionado pelo DCI sobre o valor exato, o executivo se limitou a dizer que é pouco abaixo dos 2,1%.

Perspectiva para o setor

Durante o evento, o presidente da Abras falou também sobre as perspectivas da entidade para o desempenho deste ano. Segundo ele, o ramo deve fechar 2017 com estabilidade ou leve alta no volume de produtos vendidos. Em relação ao crescimento da receita, contudo, ele apontou que o "forte impacto da deflação pode fazer com que a alta nem atinja o 1,5%" – valor previsto pela entidade em julho. /O repórter viajou a Atibaia a convite da Abras

Pedro Arbex

Segundo dados, e-commerce de produtos alimentícios deve crescer 6 x mais que os demais canais

Tecnologia / As previsões de venda de produtos de supermercado por e-commerce, até 2023, apontam para um crescimento 6 vezes maior do que os demais canais de venda, esperando alcançar 18% de MarketShare, segundo pesquisa patrocinada pelo Mercado Pago. Segundo a ABRAS, as projeções indicam que, em 2023, o e-commerce de produtos alimentícios irá mobilizar 48 bilhões de reais.

Empresa de pesquisa Euromonitor, revelou no Fórum E-commerce Brasil 2017 que os principais e-commerces que irão bombar nos próximos anos são os de alimentação e cosméticos.

Os cariocas acompanharam o "boom" de feiras gastronômicas que se espalharam pela cidade nos finais de semana. As tradicionais feiras Junta Local e Carioquíssima dividiram holofotes com outras tantas que surgiram e cativaram a população. O sabor artesanal nunca esteve tão presente no dia a dia dos cariocas. Toda essa febre foi acompanhada pela multiplicação das pequenas cervejarias artesanais, das carnes Angus e Kobe e dos queijos selecionados da canastra.

Vendedor de comida de rua é uma das profissões mais populares em países em desenvolvimento, segundo a descrição da autora Bianca Chaer no livro "Comida de Rua, o melhor da baixa gastronomia paulistana". A atividade é fonte de renda de muitas famílias. Os trabalhadores desse ramo já representam aproximadamente 2% da população.

Os produtores mostraram que o artesanal não encanta só pela história e pelo carinho com que é produzido, mas também pelo sabor especial, feito por quem se importa. Com o tempo, as feiras foram criando frequentadores assíduos e educando a população a se apaixonar pela criatividade das variações de sabores dos produtos artesanais.

Os cariocas conheceram uma grande variedade de produtos nas feiras e foram instigados a desenvolver uma curiosidade gourmet sem ter que pagar o preço da alta gastronomia. Foi a partir da necessidade de poder manter o consumo de produtos artesanais no dia a dia, que não estão disponíveis no mercado, e eles não sabiam onde encontrar, que o aplicativo FooDivine vem conquistando o público gourmet.

Pelo aplicativo é possível pedir queijos, cervejas, vinhos, pães, geleias, quichés, congelados saudáveis, carnes premium, salames, produtos veganos, macarrons, tortas, bombons e muito mais para receber os amigos em casa, de forma prática e diferenciada. O aplicativo já conta com mais de 3 mil produtos cadastrados por 166 empreendedores diferentes.

Os produtores artesanais e pequenos comerciantes viram na FooDivine a oportunidade de vender seus produtos através de um site e aplicativo, sem se preocupar com a logística de entrega e oferecendo para seus clientes uma experiência gastronômica de delivery muito mais completa e prática. Todos os produtos vêm com fotos, descrição, avaliações e ainda podem ser indicados a um amigo.

A fundadora do App FooDivine, Luana Cazzola, é médica e conta como iniciou essa empreitada: "Além de ser apaixonada por gastronomia, eu trabalhava 84 horas por semana e já não aguentava mais ter as mesmas opções de delivery por aplicativo: pizza, japonês, fast food e pratos de restaurante.". Luana era frequentadora das feiras e queria dividir seus achados gastronômicos quando reunia os amigos em casa, mas as delicatessens eram distantes, as feiras não eram regulares e os supermercados além de lotados, não ofereciam produtos que desejava. "

Hoje, inúmeros produtores artesanais estão migrando para a FooDivine como uma forma de vender seus produtos regularmente e diretamente para os clientes, além de fidelizarem seu público. Luana afirma que seu objetivo sempre foi aliar a praticidade do universo virtual, com o sabor e frescor da produção artesanal. Hoje, sua principal fonte de marketing são os próprios clientes e parceiros, conta Luana "Nós somos uma empresa que nasceu com uma bandeira: fomentar o empreendedorismo gourmet, ao mesmo tempo que democratizamos o acesso aos produtos artesanais".

Quando perguntamos se a crise afetou o seu negócio, ela responde que, ao invés de sair, reunir amigos em casa em torno da mesa é uma bela forma de economizar e se adaptar à crise, de uma forma criativa e saborosa. Até mesmo a Lei Seca e os episódios de violência tem influenciado os hábitos dos cariocas. Ela cita ainda que com o desemprego em massa e os altos custos de participação das feiras, produtores estão cada vez migrando mais para o universo virtual.

A FooDivine, que está sendo acelerada pela UFRJ-Wayra, foi selecionada pelo Sebrae para se apresentar no stand brasileiro da Disrupt Tech-Crunch Conference, principal conferência de startups do mundo, e foi selecionada pela Google para passar por um programa de pré-aceleração, Google lauchpad, no Vale do Silício. A startup está ainda abrindo nova rodada de investimentos para começar a investir em marketing para o grande público, potencializando essa migração; e se orgulha da receptividade orgânica que já conquistou, exibindo suas 33 mil curtidas no Facebook.

Para maus informações, acesse: https://www.foodivine.com.br/

Website: https://www.foodivine.com.br/

Santa Monica aposta no café de bolso e deve crescer 45%

Autor: Leonardo Assad Aoun

Para 2018, a empresa pretende lançar suas cápsulas compatíveis com a máquina Dolce Gusto, da Nestlé

O café da marca hoje vem da fazenda própria Santa Monica, localizada em Machado, no sul de Minas Gerais. São 106 hectares de café 100% arábica e toda produção voltada ao produto gourmet. "Nosso objetivo é fazer com que o brasileiro deguste o melhor café que o Brasil produz", define Moscofian.

E esse foco está alinhado à tendência do mercado, de clientes migrando para bebidas mais qualificadas. "Hoje, o desejo é comprar direto do produtor e, quando ele tem essa opção, paga um pouco a mais por isso. Nossa visão não é ser a maior, mas sim a melhor empresa de café gourmet do País."

Para alcançar esse objetivo, ele conta que a empresa promove visitas regulares à Fazenda Santa Monica, criando uma experiência ao cliente, degustações nos pontos de venda com baristas dando "aulas" sobre café, dentre outras ações. "Nossa estrutura permite ouvir o cliente e ser mais ágil nas tomadas de decisões." Mesmo familiar, a empresa conta hoje conta com gestão profissionalizada, que tem focado na expansão do negócio. Em 2016, a Café Santa Monica produziu por volta de 360 toneladas de café gourmet e faturou R$ 30 milhões, 38% a mais que no ano anterior. Para 2017, a produção será de 480 toneladas em 2017, devendo elevar as vendas em mais de 45%, conforme registrado no primeiro semestre.

Historicamente, a empresa focou no canal food-service, transformando a embalagem do Café Gourmet Grão 1 kg no carro-chefe. Mais do que vender grãos, o foco da Santa Monica é fornecer uma solução composta por cafés, cappuccino e máquinas de expresso. Desde 2015, esse foco foi ampliado para atender o consumidor final por meio do varejo, com produtos como as cápsulas (nas versões descafeinado, intenso, gourmet e orgânico), embalagens menores de café torrado e moído e também o Drip Coffee, conceito que a Santa Monica trouxe para o Brasil. Trata-se de um café de bolso, embalado individualmente, e composto por um sachê de café em pó com hastes flexíveis que se encaixam nas bordas de copos ou xícaras. Um café coado individual.

Na Fispal 2017, feira que aconteceu no início de junho, a Santa Monica apresentou ainda suas novidades para o inverno, como as monodoses de sachês de chocolate, cappuccino e chai. "Esse ano tem sido maravilhoso. No food-service, crescemos bem, mas as redes varejistas elevaram demais nossa expectativa. Ao mesmo tempo, o crescimento é em nível nacional, abrindo distribuidores e representantes em todos os Estados."

Hoje, uma categoria que cresce muito é a de cápsulas. "É um mercado sem volta, dada a praticidade e o consumo individualizado que aumenta cada dia mais. Para atender essa demanda por novidades, estamos desenvolvendo novas cápsulas compatíveis com Nespresso", diz Moscofian.

A Santa Monica vende para todo o Brasil, com atuação maior nas regiões Sul e Sudeste. E também exporta para os Estados Unidos, China, Grécia, Itália e Cingapura. Para 2018, a Café Santa Monica pretende lançar suas cápsulas compatíveis com a máquina Dolce Gusto, da Nestlé, especializada em bebidas quentes e sabidamente a máquina multibebidas mais vendida do País.

Via Supermercado Moderno

Nestlé compra empresa que fabrica “bacon benevolente”

Gigante do mercado de alimentação anunciou aquisição de startup que faz alimentos veganos e vegetarianos  

Por Paula Zogbi 12 set, 2017 11h45

SÃO PAULO – “Bacon benevolente” e “Presunto inofensivo” devem estar entre os novos itens vendidos pela Nestlé em breve. A empresa anunciou na última quinta-feira (7) a aquisição da Sweet Earth, uma empresa californiana que fabrica itens como burritos e hambúrgueres a partir de plantas.

Tofus, lentilhas, feijões e outras leguminosas são transformados em alternativas semelhantes à carne pela empresa, que congela o resultado e vende como refeições prontas. São 48 itens vendidos em mais de 10 mil lojas, entre eles as “salsichas, ovo e gouda sem carne” e os outros dois citados acima.

Segundo a Nestlé, que pretende entrar imediatamente nesse mercado, o potencial financeiro da venda de proteínas veganas será de US$ 5 bilhões em 2020. Os termos financeiros dessa aquisição não foram divulgados.

Cervejeiros artesanais se organizam, criam associação e elegem diretoria, em Guarapuava

O bier sommelier, técnico cervejeiro e cervejeiro artesanal, Carlos Balkau, é o primeiro presidente

Da Redação

Guarapuava – A Associação dos Produtores de Cerveja Artesanal de Guarapuava já tem diretoria eleita. O bier sommelier, técnico cervejeiro e cervejeiro artesanal, Carlos Balkau, é o primeiro presidente. Ele assume o desafio com a intenção de incentivar a comercialização e aumentar a produção de cervejas artesanais na cidade. “Além disto, com a associação poderemos ajudar uns aos outros e trocar experiências de sucesso na produção de cerveja”.

Em Guarapuava, são cerca de 30 “paneleiros”, como são chamados os cervejeiros artesanais e que uma vez legalizados dentro da associação, poderão ter uma marca e colocar o produto no mercado.

Para o vice-prefeito e secretário de Agricultura e Turismo, Itacir Vezzaro, o apoio da prefeitura visa tornar Guarapuava uma região polo e referência na produção. “Com isto estimularemos o turismo, a indústria, o comércio valorizando ainda mais os produtores da nossa cidade. Isto em uma área que está em alta no mercado nacional, que é de cervejas artesanais”.

A diretoria ainda tem como vice-presidente, Cássia Fassbinder; tesoureiro, Ezequiel Metzger; secretário, Ricardo de Almeida Lima; diretor de comunicação, Ivan Hartmann, e no conselho fiscal, Thomaz, Adilson, Manfred, Paulo e Jorge.