Com R$ 500 mil em medicamento, Vilhena inaugura primeira Farmácia Municipal

— Publicada em 09 de setembro de 2017 às 18:08

A assistência farmacêutica do município de Vilhena tem vivido uma transformação desde o início do ano. A gestão encontrou diversas falhas e dificuldades, mas conseguiu superar.

Nesta semana, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), inaugurou a primeira Farmácia Municipal de Vilhena com um estoque de quase meio milhão de reais em medicamento. O evento contou com a presença do governador Confúcio Moura (PMDB), que foi o primeiro a ter uma senha de atendimento.

A prefeita Rosani Donadon (PMDB) disse que a unidade é um marco na assistência farmacêutica local e será modelo.

Localizada na avenida Presidente Nasser, a Farmácia Municipal conta com diversos profissionais, dentre eles três farmacêuticos e um médico.

De acordo com o secretário de saúde, Marco Aurélio Vasques, a Farmácia funcionará 12 horas por dia. "Os atendimentos são por senha em um ambiente confortável e adequado. A Farmácia Municipal abre de segunda a sexta às 07h00 e atende até às 19h00 com um escopo vasto de medicamentos", explicou.

A prefeita lembrou que a decisão da gestão veio após a ordem do Governo Federal de fechar as Farmácias Populares do Brasil. "Decidimos unir a Básica a um modelo municipal que atenda com qualidade", comentou Rosani Donadon.

No início do ano a farmácia do Hospital Regional passou por um processo de informatização que fez parte do processo de estruturação da assistência farmacêutica do município. "Até janeiro não se tinha um controle ou balanço do quanto se gastava de medicamento na rede municipal, passamos por dificuldades para conseguirmos quantitativos para as compras, hoje já temos um estoque regulado no hospital e essa Farmácia Municipal também está informatizara e funcionará em sintonia com a Atenção Básica para garantir o melhor atendimento ao paciente", completo Vasques.

Os remédios são totalmente gratuitos e foram adquiridos com recurso próprio do município. A Farmácia Municipal estará aberta a partir de segunda-feira, 11 de setembro.

Autor / Fonte: Assessoria/Prefeitura

Ministério Público aperta o cerco à Farmácia Municipal de Itabira

Promotoria advertiu a administração pública para o estoque faltante de medicamentos. Agora, propõe resolver o impasse por meio de TAC
08/09/2017 16h07
Wesley Rodrigues

A Prefeitura de Itabira não cumpriu com o prazo recomendado pelo Ministério Público de Minas Gerais para resolver a falta de medicamentos na Farmácia Municipal. No mês passado, a Promotoria de Justiça orientou que o município regularizasse a situação em 15 dias – prazo que terminou essa semana. Agora, o órgão de Justiça deu novo prazo, de 10 dias, à Prefeitura. Dessa vez, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em que o descumprimento está sujeito a multa rigorosa e outras penalidades.

O prazo para que o município aceite o TAC é de 10 dias corridos, contados a partir desta sexta-feira, 8 de setembro. Se a administração não aceitar o termo, a 4º Promotoria de Justiça de Itabira levará o caso da Farmácia Municipal à Justiça, por meio de ação civil pública.

Os esclarecimentos foram feitos pela promotora de Justiça Silvia Letícia Bernardes Mariosi Amaral, que acompanha a falta de medicamentos no setor público desde o ano passado, quando a realidade era mais crítica. De lá para cá, a administração pública já foi advertida do quadro precário, mas, as recomendações não foram cumpridas.

O TAC é um documento onde a parte se compromete a cumprir determinadas condições e resolver o problema causado, sujeito a penalidades em caso contrário. Em resumo, o TAC proposto pelo Ministério Público tem teor semelhante à recomendação dada em 18 de agosto: regularizar o fornecimento dos remédios na rede pública, com ações emergenciais.

Ausência

Na recomendação que venceu sem cumprimento, Silvia Letícia descreve que foram realizadas duas inspeções recentes na Farmácia Municipal de Itabira. Na primeira, em 9 de maio, faltava 106 dos 197 medicamentos considerados essenciais, como de uso contínuo e de tratamento contra convulsão, hipertensão e hipoglicemia. Já na segunda inspeção, em 9 de agosto, faltavam 46 dos 153 medicamentos da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume).

Nesta semana, segundo a própria Prefeitura de Itabira, falta 24,8% dos remédios da Remume na Farmácia Popular.

A promotora de Justiça reconhece um esforço da nova gestão do município em reduzir o quadro de desabastecimento, mas reforça que a população que depende das medicações gratuitas não pode esperar.

“O Ministério Público de Minas Gerais entende que o serviço prestado pela Farmácia Popular é prioritário por ser tratar de atenção básica. O abastecimento regular da Farmácia Municipal é essencial para evitar danos maiores”, ressalta Silvia.

Burocrático

O governo local esclareceu, por meio de um ofício enviado ao MP, o porquê não cumpriu com a recomendação da Promotoria. São citados imprevistos que levaram ao desabastecimento parcial da Farmácia Municipal, como o fracasso de processos licitatórios, atrasos de fornecedores, cancelamento de itens por parte dos fornecedores e outros.

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que “não existe recurso financeiro para trabalharmos com estoque de segurança por tempo prolongado”, e que, dessa forma, “os medicamentos correm o risco de passar da data de validade”, ou ainda pela ausência “de almoxarifado maior”.

Segundo a pasta, até o momento já foi gasto pela Superintendência de Assistência Farmacêutica pelo menos R$ 2,4 milhões em medicamentos e fórmulas.

Um pregão está em andamento para suprir a falta de remédios em estoque. Quanto à ausência de farmacêuticos na seção, um ponto questionado pelo MP na recomendação anterior, a Secretaria de Saúde informou que um processo seletivo terá edital publicado neste mês de setembro para contratar pessoal.

Venda de antidepressivos genéricos cresce 21%, ante 4,2% dos ‘de marca’

De acordo com farmacêuticas, cenário de recessão aumenta tanto o uso de medicamentos para o tratamento de depressão e ansiedade, quanto a migração de produtos de referência para genéricos

Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo

09 Setembro 2017 | 05h00

Visto como um mercado resiliente, que costuma sentir menos os efeitos da crise, o setor de medicamentos continua registrando alta de vendas ano a ano. Mas a combinação de recessão e o aumento do estresse colocou em destaque o crescimento da demanda por antidepressivos e ansiolíticos nas versões genérica e similar, mais baratas que os medicamentos de referência, os “de marca”.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), a pedido do Estado, mostra que as vendas de genéricos para tratamento de depressão cresceram 21% em unidades no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. Os similares, cópias aproximadas dos medicamentos de referência, apresentaram alta de 6,23%, e os de referência, de 4,22%.

O mesmo movimento se repetiu com a categoria de ansiolíticos. Enquanto as vendas em unidades dos genéricos para esta classe terapêutica cresceram 8,47%, no caso dos similares, houve retração de 2,42%. O desempenho também foi negativo para os de referência, com queda de 3,59%.

De acordo com a presidente da Pró-Genéricos, Telma Salles, em cenário de recessão há maior busca por produtos genéricos e similares. “E o fator crise em si deixa as pessoas mais estressadas, o que aumenta também o uso de medicamentos das categorias de antidepressivo e ansiolíticos.”

De acordo com Carlos Aguiar, diretor da Medley, do grupo francês Sanofi, a migração de um produto de referência para um genérico ou similar é um movimento natural, uma vez que essas versões são, no mínimo, 30% mais baratas. “As doenças relacionadas ao sistema nervoso central crescem no mundo todo”, ressalta, lembrando que há uma maior assertividade da classe médica nos diagnósticos. “Mas é inegável que períodos de problemas econômicos, como o que estamos passando, geram mudanças de comportamento”, disse.

O mercado de antidepressivo e ansiolíticos movimenta por ano R$ 2,6 bilhões, segundo dados da Pró Genéricos, compilados pela consultoria IMS (dezembro do ano passado). Do total, os antidepressivos respondem por R$ 2,05 bilhões e os ansiolíticos por R$ 534 milhões.

Mercado geral. Mesmo com a crise econômica no País, a venda de medicamentos em todas as categorias não caiu – o que houve foi uma desaceleração. No primeiros seis meses do ano, a venda totais de remédios em unidades cresceu 3,9%, em relação ao ano passado. Somente o segmento de sistema nervoso central – onde antidepressivos e ansiolíticos estão inseridos – cresce cerca de 20% ao ano.

No mesmo período, a venda total de medicamentos genéricos em todas as categorias de tratamento registrou crescimento de 11,07% em volume no primeiro semestre, com a comercialização de 609,4 milhões de unidades. Com este resultado, os genéricos alcançaram o patamar de 31,74% de participação de mercado no País. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base na consultoria.

Estresse. Para Guilherme Barsaglini, diretor de marketing e inteligência de mercado da Sandoz (do grupo Novartis), o maior acesso da população aos medicamentos impulsiona a venda das versões genérica e similar e a crise é um fator de estresse, de modo geral.

Líder em medicamentos genéricos voltados para sistema nervoso central (SNC), a Eurofarma vê um crescimento robusto na categoria de medicamentos voltados para depressão e ansiolíticos. Segundo a companhia, o segmento de SNC é a principal classe terapêutica para unidade de genéricos da Eurofarma e representa 28% da receita líquida, que ficou em R$ 2,8 bilhões em 2016. Para unidade de prescrição também é a primeira, representando 24% do faturamento.

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que a depressão afeta 4,4% da população mundial – no Brasil, atinge 5,8% dos brasileiros (maior prevalência da América Latina). O País tem a maior prevalência de ansiedade do mundo, com 9,3% da população afetada.

Central de medicamentos em terminal entregou um remédio

Painel de acompanhamento da logística de distribuição de medicamentos em Fortaleza foi divulgado na manhã de ontem, após cerca de um mês de uso. Entrega de remédio em terminal deve ser "opção de reserva"

01:30 | 09/09/2017

Em três semanas de funcionamento, a primeira Central de Distribuição de Medicamentos em terminal de ônibus de Fortaleza, localizada no Antônio Bezerra, fez a entrega de apenas um remédio. Apresentada como uma das estratégias para melhorar a logística para os 84 itens considerados essenciais pela Prefeitura, a central deve fazer a entrega do remédio quando o paciente não o encontra no posto de saúde. A promessa é de que, até o fim do ano, todos os terminais de ônibus da Cidade tenham uma central.

Esse tipo de entrega faz parte de um novo programa de logística implantado em agosto e apresentado na manhã de ontem, no Paço Municipal. A ideia é que a busca do medicamento no terminal seja uma “opção de reserva”. Durante a apresentação do projeto, painel de acompanhamento indicava que 106 das 107 unidades básicas de saúde em funcionamento na Capital estavam com todos os medicamentos em estoque.

O sistema informatizado disponibiliza aos gestores do posto, das regionais e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informações sobre o estoque de medicamentos em cada unidade e o status de compra dos remédios, possibilitando “um regime mais eficiente de compras, logística e dispensação de medicamentos”, de acordo com o prefeito Roberto Cláudio (PDT). A rede é ligada à Central de Abastecimento de Farmácia (CAF), localizada no Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) — organização que compra, armazena e distribui os remédios da rede municipal de saúde.

“Ele (sistema) vai garantir que a gente saiba em tempo real como está a situação dos medicamentos em cada um dos postos de saúde e como é que o sistema de compras e aquisição no estoque da central que abastece cada um dos postos. Isso vai permitir que a gente venha a agir de forma muito mais rápida, que a gente monitore e controle o abastecimento de cada unidade”, detalhou o prefeito.

Ainda este ano, segundo RC, outro módulo do novo sistema do painel de acompanhamento será lançado. Nele, dados dos recursos humanos também serão acompanhados. Para o início de 2018, o gestor prevê a ligação do prontuário eletrônico dos pacientes, já disponível nos postos de saúde, aos hospitais e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

“O objetivo é que o usuário chegue em qualquer ponto da nossa rede e, através do sistema, toda a história clínica desse paciente esteja disponível aos profissionais — o que ele tem, que tratamento ele faz, os medicamentos que ele usa, qual intercorrência levou ao internamento”, detalhou a secretária-adjunta da Saúde, Itamárcia de Araújo. (Ana Rute Ramires)

Números

84 medicamentos são considerados essenciais pela Prefeitura

Saiba mais

Logística de distribuição de medicamentos da Prefeitura
Os medicamentos partem da Central Abastecimento de Farmácia (CAF) e devem ser distribuídos nas 110 unidades básicas de saúde com farmácias em Fortaleza. Desse total, três estão em reforma e 107 estão ativos atualmente.

Situação dos postos

A nova logística de dispensação dos medicamentos classifica os postos de acordo com o estoque. As unidades são consideradas “normalizadas” quando estão com 100% dos medicamentos em estoque.

Os postos são classificados como: de alta performance – quando os itens faltando são os mesmo que faltam na CAF;

média performance – quando possuem itens faltando na unidade que não estão faltando na CAF (o que é considerado um problema de logística); e baixa performance – quando estão com medicamentos faltando e deficiência entre aquisição e logística Formas de distribuição de medicamentos em Fortaleza

A compra de medicamentos é feita pela SMS dentro do chamado “tempo crítico”, que é o tempo previsto para zerar o estoque. Antes, a Prefeitura adquiria medicamentos somente quando faltavam 60 dias para o fim do estoque. Agora, o tempo crítico é considerado de 120 dias. Com isso, há mais tempo para a nova compra abastecer os postos, evitando que eles fiquem sem medicamentos.

Se o remédio faltar antes do dia previsto para a entrega do medicamento no posto, uma rota extra pode ser solicitada pelo gestor do posto para que o remédio seja recebido antes do período previsto.

Centrais de medicamentos nos terminais de ônibus: o paciente deve ter um encaminhamento feito pelo posto de saúde. Se algum item estiver em falta, a farmácia fará reserva de 48 horas no sistema para retirada no terminal.

Governo garante mais medicamentos para municípios do interior

Jorge de Oliveira 10.09.2017 15:30

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Departamento de Atenção Primária e da Assistência Farmacêutica, realiza a entrega de lotes de medicamentos e materiais de saúde para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) das regiões do Tarauacá/Envira e Vale do Juruá.

Os medicamentos, liberados pelo Ministério da Saúde, contribuirão com os serviços que são oferecidos pelas unidades e serão encaminhados a partir desta segunda-feira, 11, para Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves, Porto Walter e Tarauacá.

Nos lotes enviados estão itens como contraceptivos e cerca de 27 mil repelentes em spray que vão ser entregues a mulheres grávidas atendidas pelas unidades de saúde desses municípios. Os repelentes são usados para o combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e do vírus zika.

Outro material de destaque é a entrega de estetoscópios de pinard. São cerca de 75 equipamentos, que têm por finalidade constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a normalidade dos batimentos cardíacos fetais.

Serão entregues também cadernos de atenção básica e atenção ao pré-natal de baixo risco, manuais técnicos de gestação de alto risco, guia técnico de testes rápidos de gravidez e norma técnica para atendimento às mulheres com gestação de bebês anencéfalos.

“Esses medicamentos e materiais são importantes para que as unidades básicas de saúde possam atender a população de seus municípios com mais qualidade”, destaca João Paulo Silva, diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dape) da Sesacre.

Roubo de medicamentos motiva debate

Audiência da Segurança Pública tratará do tema, que traz prejuízo às empresas transportadoras e a todos os mineiros.

A incidência de roubos de cargas de medicamentos em todo o Estado de Minas Gerais será tema de audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na próxima terça-feira (12/9/17), às 9h30, no Plenarinho IV. O requerimento é de autoria dos deputados Felipe Attiê (PTB) e do presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT).

De acordo com o deputado Felipe Attiê, além de provocar prejuízos financeiros às empresas transportadoras, o roubo de medicamentos tem comprometido a distribuição de remédios em Minas. Segundo ele, “somente uma resposta firme e rápida do Poder Público poderá impedir a falência das transportadoras especializadas, que estão sofrendo enormes prejuízos, podendo comprometer a distribuição de remédios em todo o Estado. Os constantes ataques podem levar à falta de produtos essenciais à população”, completou.

Convidados – Vários representantes de empresas transportadoras e distribuidoras confirmaram presença na reunião, como Byanca Faria Lima, gestora de risco corporativo da Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos em Minas Gerais; Edson Finotti Zanatta, diretor executivo da 3G LOG Transportes Ltda; Joseli Gomes Stroppole, proprietária da DNG Transportes; e Carlos Roberto da Silva, proprietário da Geral Service.

Também foram chamados a participar da reunião, entre outros, o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. PM Helbert Figueiró de Lourdes; o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, João Octacílio Silva Neto; e o superintendente Regional da Polícia Federal no Estado, Robinson Fuchs Brasilino.

Consulte a lista completa de convidados para a reunião.

Pacientes com câncer recebem medicamentos gratuitos de associação

Pessoas que passam por tratamento, e não têm condições de arcar com custos, podem solicitar medicamentos à Associação Nossa Casa

09:30 · 09.09.2017

Projeto da Associação Nossa Casa de apoio a pessoas com câncer, a Farmácia Solidária busca auxiliar os pacientes amparados pela associação que não têm condições de arcar com custos. Os remédios são importantes durante o tratamento da doença para amenizar os efeitos colaterais, como dores e náuseas e, a maioria, não é bancada pelos planos de saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, a associação busca manter um estoque com produtos que possam ser doados de acordo com a necessidade do paciente.

A farmácia é mantida também por doações e está sempre aberta a recebê-las. São recebidos remédios, pouco utilizados e dentro do prazo de validade, fraudas geriátricas, alimentação enteral, além de materiais como gazes, soro fisiológico e luvas. Todos os produtos passam por uma avaliação de controle de qualidade pelo farmacêutico responsável. Para doar, basta se dirigir à sede da associação em horário comercial, das 8h às 17h.

Sobre a associação

A Associação Nossa Casa, organização sem fins lucrativos, completou em abril deste ano, 13 anos de fundação e auxílio a pessoas que lutam contra o câncer. A instituição tem por missão oferecer serviços humanizados e especializados em Assistência Social e Saúde às pessoas com câncer, além de desenvolver ações de prevenção e informação junto à comunidade no Ceará.

A Associação mantém, em Fortaleza, uma casa de apoio que oferece aos pacientes tratamento de radioterapia e quimioterapia, facilitando o processo terapêutico, oferecendo hospedagem, conforto, segurança e cuidado humanizado. O espaço é destinado a pacientes vindos do interior do Estado do Ceará e de outros estados e tem capacidade de hospedagem para até 50 pessoas.

A Nossa Casa surgiu da iniciativa e união de esforços da sociedade civil, dos funcionários e pacientes do Centro Regional Integrado de Oncologia – CRIO com a proposta de auxiliar as pessoas em tratamento contra o câncer.

Mais informações:

Associação Nossa Casa

Local: R. Francisco Calaça – Álvaro Weyne, Fortaleza

Telefone: (85) 3521.1538

Facebook: /associacaonossacasa

E-mail: associacaonossacasa@gmail.com

Prefeitura lança programa para otimizar compra de remédios e evitar desvios

A Capital conta com 107 postos de distribuição de 84 medicamentos, que são considerados essenciais nas unidades básicas de saúde

14:40 · 08.09.2017 / atualizado às 14:51 por Patrício Lima

Fortaleza ganha um novo reforço para evitar déficit na distribuição de medicamentos nos postos de saúde. O prefeito Roberto Cláudio anunciou, nesta sexta-feira, um novo painel de acompanhamento da logística de distribuição de medicamentos. A ferramenta é um software, de gestão interna, que permite acompanhar em tempo real o estoque das farmácias das unidades, entre outros dados. O programa também evitará casos de desvios de medicamentos, que segundo a Prefeitura, aconteciam rotineiramente. Atualmente, a Capital conta com 107 postos de distribuição de 84 medicamentos, que são considerados essenciais nas unidades básicas de saúde.

“Esse programa resolve uma das prioridades da saúde, que é o abastecimento dos medicamentos em Fortaleza. A partir dele, conseguiremos antecipar a falta de remédios e, caso aconteça, reabastecê-lo no mesmo dia através dessa integração de dados. O serviço integrará informações dos postos de saúde, hospitais e da central de abastecimento de farmacêutico (CAF). Para tornar confirmar os dados, nossos fiscais visitarão todos os postos de saúde para verificar se as informações disponibilizadas pelo programa estão corretas”, destaca Roberto Cláudio.

A Prefeitura também divulgou que contará com quatro formas diferentes de aquisições de medicamentos. “Decidimos contratar 4 distribuidoras diferentes. Caso a primeira falhe, a segunda poderá repor o medicamente, e assim por diante. Além disso, contamos com as centrais de medicamento nos Terminais de Fortaleza, que absorvem a demanda de remédios que não estão disponíveis nos postos de origem”, acrescenta.

Aliado ao painel, a Prefeitura também disponibilizará rotas extras para o abastecimento dos medicamentos. “Quando o remédio acaba antes da próxima rota, acionamos um alerta para solicitar essa rota extra, imediatamente reponha esses medicamentos. Outra coisa, é que o prazo de alerta agora é a partir de 120 dias para reposição, dobrando o prazo, que era de 60 dias.

“À principio, o painel só estará disponível para gestores e profissionais da saúde do município. No começo vamos fazer esse teste como gestão. Em um futuro próximo poderemos disponibilizar para toda a sociedade, após testes e a certeza que o software tem condição de rodar com o acesso simultâneo de várias pessoas. De qualquer forma, qualquer paciente pode checar essas informações nos postos em tempo real ou através de nossa ouvidoria”, finaliza.

Terminais

Até o final do ano, os 7 terminais de ônibus de Fortaleza ganharão centrais de medicamentos. De acordo com o prefeito Roberto Cláudio, ainda neste mês será inaugurado o segundo centro, no terminal do Conjunto Ceará. O primeiro, do Terminal Antônio Bezerra, está em funcionamento desde o mês de agosto.

Pacientes crônicos relatam dificuldades no acesso a medicamentos

08/09/2017 18h19 Heloisa Cristaldo-Repórter da Agência Brasil

Hoje, data em que é lembrada o Dia Nacional de Luta por Medicamentos, Ana Paula e outros pacientes crônicos relatam dificuldades no acesso aos remédios,  além do frequente desabastecimento no estoque das farmácias de alto custo no DFArquivo/Agência Brasil

A espera de até oito horas na fila para retirar medicação é sinônimo da manutenção do tratamento para o filho de 4 anos, afirma a dona de casa Ana Paula Lobato. O pequeno Davi, que requer cuidados especiais, tem uma doença congênita que afeta o coração e o pulmão e o faz viver em uma espécie de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na própria casa. Usado no tratamento da hipertensão arterial pulmonar, a bosentana é fornecida gratuitamente pelo governo do Distrito Federal todo mês à criança e pode custar até R$ 4,3 mil uma única caixa do medicamento.

Hoje (8), data em que é lembrada o Dia Nacional de Luta por Medicamentos, Ana Paula e outros pacientes crônicos relatam dificuldades no acesso a medicamentos, além do frequente desabastecimento no estoque das farmácias de alto custo no DF.

“Há situações em que venho aqui e não encontro o remédio, preciso retornar e enfrentar a fila de quatro a oito horas para conseguir receber o medicamento. Essa espera é imensa, cansativa, mas ainda  agradeço por ter acesso a esse remédio para o meu filho considerando a atual situação do país”, avalia Ana Paula.

Para Vanuza Ferreira a situação é semelhante. Há duas décadas, a funcionária pública depende a política de distribuição de medicamentos para garantir a saúde do filho, o estudante de farmácia de 21 anos, Mario Albert. O jovem tem fibrose cística, uma doença genética, crônica, que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Mensalmente, a mãe de Mario Albert enfrenta a fila quilométrica para receber um conjunto de sete medicamentos estimados por Vanuza em R$ 9 mil.

“Não seria viável tratar meu filho sem esse tipo de assistência, com os medicamentos ele tem uma vida normal. Quando não encontro o remédio, preciso recorrer a associação de fibrose cística da qual faço parte. Sempre nos ajudamos quando há falta de algum medicamento. Não me importo de esperar na fila, o remédio significa a vida do meu filho e, apesar de atrasos, nunca ficamos sem”, diz Vanuza. 

Segundo a Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, as Farmácias de Componentes Especializados (Alto Custo) fornecem 200 medicamentos. No momento, 58 destes remédios estão em falta, mas segundo o órgão “todos com processo de compra em andamento”.

A professora Margareth Lima tem psoríase grave, a doença autoimune que atinge a pele é caracterizada por manchas, que se localizam preferencialmente junto à raiz dos cabelos, nos cotovelos e nos joelhos. Para tratar a doença,  ela faz uso contínuo do medicamento injetável etanercepte. O custo da caixa, em média, R$ 9.621,40 é inviável para o orçamento da professora.

“Todo mês é uma luta. Já fizeram mudanças no atendimento da farmácia, mas o tempo de espera continua muito longo. Vejo pessoas muito doentes e idosos chegando às 6h30 para conseguir pegar a senha de atendimento, que só se inicia às 8h. Hoje em dia, os funcionários já nos avisam na própria fila se tem o medicamento ou se está em falta, o que nos faz poupar muito tempo. Demora muito, mas o atendimento é bom e eu prefiro enfrentar fila e sair com medicamento na mão do que ficar sem tratamento”, conta a professora.

Nas duas farmácias (Asa Sul e Ceilândia) são atendidos cerca de 30 mil doentes crônicos. Todos os dias, das 8h às 17h, mais de mil pacientes são atendidos, em uma média de 50 pessoas por hora.

Medicamentos

De acordo com Ministério da Saúde, a oferta de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) é organizada em três componentes que compõe o Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica – Básico, Estratégico e Especializado, além do Programa Farmácia Popular. Segundo a pasta, foram destinados, no último ano, R$ 15,9 bilhões na aquisição, repasse de recursos e distribuição de medicamentos nos estados e municípios brasileiros.

Uma lista define os medicamentos que devem atender às necessidades de saúde prioritárias da população no SUS. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) de 2017 conta com 869 itens, contra 842 da edição de 2014. Também define a responsabilidade de aquisição e distribuição de cada ente do SUS (estado, município e União).

Na última divulgação da lista, em agosto deste ano, a pasta anunciou a inclusão de medicamentos como o dolutegravir, para tratamento de infecção pelo HIV e a rivastigmina, um adesivo transdérmico, usado para o tratamento de pacientes com demência leve e moderadamente grave de Alzheimer.

Judicialização

Muitos pacientes crônicos recorrem à justiça quando não têm acesso ou condições de obter medicamentos necessários ao tratamento. Segundo o Ministério da Saúde, é crescente o impacto das determinações judiciais no orçamento da pasta. Em sete anos, o governo federal desembolsou R$ 4,5 bilhões para atender as determinações judiciais para a compra de medicamentos, equipamentos, dietas, suplementos alimentares, gastos com cirurgias, internações e depósitos judiciais, um aumento de 1.010% entre 2010 e 2016.

“Em 2016, a cifra chegou a R$ 1,3 bilhão, sendo que a compra dos dez medicamentos mais caros para atender as demandas judiciais custou ao Ministério da Saúde quase R$ 1,1 bilhão, o que representou 90% dos gastos totais dos 790 itens comprados em 2016”, informou a pasta por meio de nota.

Segundo estudo do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado em agosto, os gastos da União com processos judiciais referentes à saúde, em 2015, foram de R$ 1 bilhão, um aumento de mais de 1.300% em sete anos. O fornecimento de medicamentos, alguns sem registro no Sistema Único de Saúde, corresponde a 80% das ações. Segundo a Corte, também foram detectadas fraudes para obtenção de benefícios indevidos.

Registro de medicamentos

Responsável pelo registro de medicamentos em todo o território nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segue um processo rigoroso e, muitas vezes questionado pelo tempo em que um produto é analisado. Para ser fabricado comercializado no país, os medicamentos precisam do registro concedido pela agência.

Em 2016, a agência recebeu 8.697 petições de registro, alteração pós-registro e renovação do registro de produtos biológicos, medicamentos (referentes aos códigos de assunto de análise), alterações de bulas e rótulos de medicamentos e autorizações de pesquisas clínicas.

Segundo a agência reguladora, o tempo total de registro desses produtos varia e é composto por três momentos: os tempos de fila,  Anvisa para análise dos processos, e o tempo empresa, relativo ao cumprimento de exigências feitas pela Anvisa, ou seja, o tempo necessário para a empresa apresentar informações técnicas complementares sobre o produto para subsidiar a decisão. A agência não estabelece prazos, mas um registro costuma levar até anos para ser concedido.
Edição: Valéria Aguiar

Abradilan Vende 10,2% Mais Medicamentos E Atinge Marca De R$ 7 Bilhões No Primeiro Semestre

Sexta, 08 Setembro 2017 09:00 Escrito por Sandra Takata
Em 2016, Abradilan comercializou 936 milhões de unidades de medicamentos e registrou um total de vendas de R$ 15.766 bilhões

No acumulado dos últimos 12 meses, os associados da entidade foram responsáveis pelas vendas de cerca de R$ 13,5 bilhões

Para o presidente da entidade, Juliano Vinhal, demanda é forte entre os genéricos; preocupação do brasileiro com saúde também ajuda

O mercado farmacêutico no Brasil continua de vento em popa. É o que apontam os números de uma pesquisa da QuintilesIMS, apurados a pedido da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas no setor, considerando o preço ao consumidor, totalizaram R$ 99 bilhões, aumento de 11,4% em relação ao mesmo período de 2016, quando somaram R$ 88,9 bilhões. Foram, no total, comercializadas 5,1 bilhões de unidades desde julho de 2016 a junho último, um acréscimo de 3,2% sobre o ano anterior.

Se comparados ao acumulado no período de 2015, os números deste ano são ainda mais relevantes. Há dois anos, as vendas totalizaram, segundo a QuintilesIMS, R$ 79,4 bilhões. Em unidades, foram 4,6 bilhões. “A demanda é forte, especialmente entre os genéricos, porque o brasileiro está cada vez preocupado com a saúde e tem o acesso mais fácil aos medicamentos”, afirma Juliano Vinhal, presidente da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), entidade que reúne um grupo de 147 empresas distribuidoras de medicamentos, produtos para a saúde, artigos de higiene pessoal e cosméticos.

MERCADO DE DISTRIBUIÇÃO (ABRADILAN) – No canal de distribuição, os associados da Abradilan têm uma participação muito significativa. Só nos primeiros seis meses deste ano, também com base no preço ao consumidor, eles proporcionaram vendas que totalizam quase R$ 7 bilhões, ou 10,2% mais do que o registrado no primeiro semestre de 2016, quando fecharam em R$ 6,3 bilhões. Em unidades, o volume representou um aumento de 2,2%, passando de 486,4 milhões em 2016 para 497,1 milhões em 2017.

No acumulado dos últimos 12 meses, os associados da Abradilan foram responsáveis pelas vendas de cerca de R$ 13,5 bilhões, um aumento de 12% sobre o mesmo período comparativo de 2016, quando fechou com pouco mais de R$ 12 bilhões. Em unidades, o crescimento foi de 3,5%, passando de 935,5 milhões no ano passado para 968,7 milhões.

Os 147 associados da Abradilan estão presentes em 95% dos municípios brasileiros em todos os 27 Estados. No varejo farma, eles atendem 82% das farmácias do país. Em 2016, foram responsáveis pela comercialização de 936 milhões de unidades de medicamentos e registraram um total de vendas de R$ 15.766 bilhões, aumento de 11,5% sobre 2015.