Curitiba participa de pesquisa com medicamento que previne HIV

09/09/17 às 11:15 SMCS

Curitiba, por meio do Centro de Orientação e Aconselhamento (COA), da Secretaria Municipal da Saúde, é um dos cinco municípios do Brasil a participar de uma pesquisa comportamental desenvolvida pelo Ministério da Saúde e pela Universidade de São Paulo (USP), em relação às pessoas que aderem à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) contra o HIV. A pesquisa em Curitiba pode comportar até 50 voluntários, mas até o momento há apenas 20 pessoas participando. Por isso, algumas vagas ainda estão disponíveis.

Pelo PrEP, pessoas que são soronegativas, ou seja, que não têm o HIV, recebem diariamente uma pílula do Truvada, um medicamento antirretroviral que evita a infecção pelo vírus. As evidências científicas demostram que o risco de infecção pelo HIV cai em mais de 90%, desde que o medicamento seja tomado regularmente.

A frequência de efeitos colaterais da PrEP é relativamente baixa e a maior parte deles ocorre na fase inicial de uso, desaparecendo após as primeiras semanas. “Nós já sabemos que o Truvada é um medicamento eficaz na prevenção. Nesta pesquisa em curso queremos entender o comportamento das pessoas que adotam o PrEP”, afirma o bolsista responsável pelo campo de pesquisa em Curitiba, Alan Clausen da Silveira.

A boa surpresa dos primeiros meses de pesquisa, revela Silveira, é que a rotina de ter de tomar a medicação todos os dias parece ter alertado alguns dos voluntários para o risco de contrair o HIV e as consequências que a doença traz para o resto da vida. “Percebemos que alguns voluntários têm se preocupado mais com o tema e passam a adotar a prevenção combinada, do medicamento e do preservativo, o que é muito importante, mesmo porque a PrEP não previne outras doenças sexualmente transmissíveis”, diz.

Para a pesquisa em Curitiba, segundo Silveira, procuram-se pessoas que tenham risco substancial de infecção, pelas práticas sexuais de risco que costumam adotar. O usuário precisa se comprometer a tomar a medicação todos os dias, além de fazer acompanhamento de saúde periódico no COA.

Os interessados em participar da pesquisa como voluntários e receber a profilaxia devem procurar o COA e manifestar essa vontade durante o atendimento. O usuário, então, passará por uma avaliação para verificar se enquadra-se nos critérios de inclusão.

Prevenção combinada

Além de Curitiba, as cidades que participam do projeto são Porto Alegre, São Paulo, Fortaleza e Ribeirão Preto. Até o fim do ano, a estratégia deve ser estendida pelo Ministério de Saúde em todo o País para as populações consideradas chaves, ou seja, com maior vulnerabilidade, por haver aumento de incidência de novos casos da doença (homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários de drogas).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, desde 2012, a oferta da PrEP para as populações-chaves e ela já é utilizada em países como Estados Unidos, Bélgica, Escócia, Peru e Canadá, onde é comercializada na rede privada, além da França, África do Sul, entre outros, que já utilizam no sistema público de saúde. Com a medida, o Brasil se tornará o primeiro país da América Latina a adotar a estratégia de prevenção como política de saúde pública.

A PrEP insere-se como uma ferramenta adicional dentro da estratégia de “prevenção combinada”, do Ministério da Saúde, uma nova forma de abordar a prevenção à disseminação do HIV, que no passado era calcada apenas no uso do preservativo. “Percebemos que além do preservativo, era necessário oferecer outras ferramentas para que as pessoas pudessem se prevenir também”, explica a coordenadora do COA Juliane Cardoso Santos.

A prevenção combinada inclui: testagem regular; profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP); teste durante o pré-natal e tratamento da gestante que vive com o vírus; redução de danos para uso de drogas; testagem e tratamento de outras infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais; uso de preservativo masculino e feminino, além do tratamento para todas as pessoas que já têm o vírus.

Dados do último boletim epidemiológico do Ministério revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil atualmente. Em Curitiba, estima-se quase 16 mil casos de HIV/Aids.

Serviço: A pesquisa de PrEP é conduzida em Curitiba, pelo Centro de Orientação e Aconselhamento (COA), localizado na Rua do Rosário, 144, 6º andar. Telefone: 3321-2803. Informações sobre a pesquisa podem ser obtidas com o pesquisador de campo pelo e-mail pr.combina@gmail.com e Whatsapp 41 99849-8163, além do blog: https://projetocombina.wordpress.com/

Crise atrasa desenvolvimento do polo farmacoquímico de Goiana

Apenas uma empresa, fora a Hemobras, conseguiu se instalar no polo anunciado em 2011, durante governo Eduardo Campos

Publicado em 09/09/2017, às 06h01

BIANCA BION
btrajano@jc.com.br

Para além de uma moribunda Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobras), ainda há muito a ser feito no polo farmacoquímico de Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado. Anunciado no primeiro governo de Eduardo Campos, até hoje apenas uma empresa se instalou no local, fora a estatal. Outras seis empresas têm projetos para a região de 159 hectares, mas enfrentam dificuldades para se instalar devido à crise. No total, os investimentos na área somam mais de R$ 1,5 bilhão (a maior parte é da Hemobras).

A ideia do polo farmacoquímico nasceu em um momento de prosperidade para Pernambuco. A Hemobras, a empresa mais importante do polo, iniciou suas obras em 2010. O polo, inicialmente, também receberia a fábrica de vacinas da Novartis, empreendimento de R$ 1 bilhão, anunciado pelo presidente Lula e o então secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. A empresa escolheu ficar em Jaboatão dos Guararapes.

Muita coisa mudou desde lá. A Hemobras está com 70% das obras concluídas e a Novartis não colocou a fábrica em operação. “A crise veio e atrasou a implantação de várias obras. Hoje, a White Martins concluiu a instalação na área. A Multisaúde e a Inbesa (do grupo Rishon) estão com obras em andamento. A Brasbiocombustíveis, Quantas Biotecnologia, Hair Fly e a Biologicus estão para se instalar”, comenta o presidente da AD Diper, Leonardo Cerquinho. Hoje, o governo do Estado oferece 95% de crédito presumido de ICMS, por meio do Prodepe para trazer empresas ao polo.

A Inbesa tem 30% das obras prontas, mas teve que interromper por causa da crise. A empresa anunciou a intenção de mudar a fábrica em Afogados, na Zona Oeste do Recife, para Goiana em 2013. Em 2015, iniciou o projeto, mas não teve perna para continuar. “Sofremos uma queda de 30% do faturamento com a crise. Estamos tentando aprovar financiamento no Banco do Nordeste para continuar a obra em Goiana”, explica o diretor da Rishon, Carlos Eduardo Villachan. O projeto está avaliado em R$ 6 milhões.

A Brasbiocombustível, empresa especializada em projetar usinas de biodiesel e com um dos maiores investimentos, de R$ 70 milhões, perdeu um dos investidores. O plano inicial era de começar as obras em 2015. Em Goiana, a empresa vai atuar como Brasbioquímica em um novo segmento. O objetivo é de fazer produtos para pets e indústria de cosméticos a partir de resíduos do biodiesel. “Com essa limitação, tivemos que remodelar o projeto. Este ano, estamos fazendo ajustes para começar as obras”, disse o diretor Jorge Santos.

Já a Biologicus, da área de cosméticos, enfrentou problemas com burocracia. Atualmente, trabalha no processo de liberação de terreno. O investimento é de R$ 3 milhões. O JC não conseguiu contato com a Multisaúde, Hair Fly e Quantas Biotecnologia.
ENTRAVE

Um entrave para o polo farmacoquímico em Goiana é o atraso na construção do Arco Metropolitano e do miniarco, que ajudariam a desafogar a BR-101 e a escoar com mais facilidade a produção das empresas para o Porto de Suape. Atualmente, o mini-arco é o mais avançado. Uma empresa está realizando estudos sobre a viabilidade da obra.

Sobre mobilidade, a Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico informou que concluiu o acesso viário à Hemobras. Já as obras de acesso ao polo vidreiro, na mesma região do polo farmacoquímico, terão início até o final deste ano.

Mas nem tudo quanto ao polo farmacêutico em Pernambuco está perdido. Ano passado, a empresa Aché anunciou investimento inicial de R$ 500 milhões que consiste na implantação de uma fábrica, em Suape, com previsão de gerar 500 postos de trabalho. A previsão é de que fique pronto em 2018.

O Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) está ampliando a produção para o Sistema Único de Saúde (SUS) com antipsicóticos. Já a empresa mineira Biomm comprou a antiga fábrica da Novartis, em Jaboatão dos Guararapes.

Nota atualiza situação da fila de medicamentos

Anvisa apresenta situação do trabalho de avaliação de pedidos de registro de medicamentos para atender a lei 13.411.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 08/09/2017 00:44
Última Modificação: 08/09/2017 00:56

A Anvisa divulgou uma nota que atualiza a estratégia de avaliação dos processos de registro de medicamentos submetidos à análise da Agência. O documento traz informações sobre a fila de registro de medicamentos novos, biológicos, genéricos e similares.

A atualização faz parte do trabalho de adequação à Lei 13.411 que trouxe novos prazos para a análise de medicamentos. O objetivo é dar transparência sobre como a Anvisa está se adequando à lei. O documento traz um histórico e uma síntese sobre a situação atual.

Confira a nota: Estratégias para Tratamento do Passivo – Ggmed Lei 13.411

Indústria, distribuidores e varejo juntos na Expo Pharma 2017, para o crescimento do segmento farmacêutico

O evento vem atender um setor que, apesar da crise que enfrenta o País, continua apresentando números positivos

De 12 a 14 de setembro, o Riocentro, no Rio de Janeiro, vai receber algumas das maiores empresas do atacado farmacêutico e seus parceiros, além de varejistas e prestadores de serviços, que estarão reunidos na Expo Pharma 2017.

As grandes redes de farmácias e drogarias mantiveram os índices de crescimento no primeiro semestre do ano. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), as 27 associadas movimentaram R$ 21,72 bilhões entre janeiro e junho de 2017, aumento de 8,76% sobre o mesmo período do ano passado. Os medicamentos foram os principais responsáveis pelo resultado. O comércio de fármacos totalizou R$ 14,84 bilhões, crescimento de 10,69% em relação ao primeiro semestre de 2016. A venda dos não medicamentos contabilizou R$ 6,97 bilhões – acréscimo de 5,31%.

Já o faturamento das distribuidoras e atacadistas regionais de medicamentos aumentou 10,2% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo a Abradilan (associação do setor). As vendas totalizaram R$ 7 bilhões no período. Em volume, houve um crescimento de 2,2%.

A indústria faturou cerca de 66 bilhões de reais entre abril de 2015 e março de 2016, um crescimento de 10% comparado com o mesmo período um ano antes, segundo dados do IMS Health compilados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Ao contrário de outras indústrias, as contratações na área farmacêutica aumentaram quase 20% no último ano, impulsionadas pelo avanço dos medicamentos genéricos e pelo crescimento do segmento de biotecnologia médica.

Na reta final para a realização deste grande evento, Fátima Facuri, diretora da Open Brasil Promoção e Eventos, organizadora da feira, está tranquila em prever que acontecerá uma grande evolução nos pontos de venda. “Ao longo dos últimos anos viemos redirecionando a Expo Pharma para que se tornasse referência em evento setorial para o mercado farma.

Durante este período assistimos também às mudanças a que cada ‘player’, principalmente o varejo, teve que promover para se adaptar às exigências do setor e também ao novo perfil do cliente. Temos a mais absoluta certeza que contribuiremos para novas mudanças neste PDV, com o empresário buscando qualidade em suas parcerias e revertendo suas conquistas em um melhor serviço à sociedade. Esperamos por todos para fazer desta feira um sucesso à altura deste mercado”, conclui.

Expositores confirmados: ABCFarma, Apolo, Beautycolor, Brasterápica, Capicilin, Rede Carioca, Grupo Cimed, Rede Cityfarma, Comercial Hillo, Cota Cosméticos, Cremer, Descarpack, Embelleze, Farmax, Flora, FluxAir, Grupo Frame, Geolab, Germed, G.Tech, Hillo, Jomargil, Kanechon, Labvix, Ledstar, Legrand, Márcia Cosméticos, Merck, Mercur, Mondelez Internacional, Multilab, Muriel Cosméticos, Musa, Nati, Natulab, Neoquímica Genéricos, Neoquímica Smart, Nextfarma, Nova Química, P & G, Playvender, Petita, Remedin, RioMarcas, Salonline, Sandoz, Santher, SCA, Skafe, Skala, Solar Gold, Teuto, Unilever, Vogha e Zydus.

Oferecimento: Fecomércio-RJ, Sesc e Senac.

Apoio: Governo do Estado do Rio, Prefeitura do Rio de Janeiro, Abeoc Brasil, RCVB, ABCFarma, Sincofarma-Rio, Ascoferj, Anflucof, Febrafar, CRF-RJ, CRF-RS, CFF, Progenéricos, Abimp e Sincofarma Niterói e São Gonçalo.

As inscrições para participar da Expo Pharma 2017 já estão abertas e podem ser realizadas pelo site www.expopharma.com.br.

Serviço

Expo Pharma 2017
Local:Riocentro, Pavilhão 5 – térreo
Data da Feira:12, 13 e 14 de setembro – das 13 às 21 horas
Organização:Expo Pharma
Realização:Open Brasil Promoção e Eventos

Fonte: Assessoria de Imprensa

Cartão de crédito é mais usado para comprar comida e remédio, diz pesquisa

A terceira maior utilização é para abastecer o veículos, com o percentual de 30%

Por: Agência Brasil

Publicado em: 06/09/2017 16:04

A maioria dos brasileiros usa o cartão de crédito em supermercados (62%) e em farmácias (49%), segundo o indicador de uso do crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A terceira maior utilização é para abastecer o veículos (30%), seguido da aquisição de roupas, calçados e acessórios (29%), idas a bares e restaurantes (28%) e recargas para celular pré-pago (20%).

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, informou, por meio de nota, que as compras em supermercados são principalmente de mantimentos. Kawauti fez um alerta para que o consumir fique atento, a fim de evitar juros elevados.

“Independentemente do tipo de aquisição, o cartão pode ser um aliado do orçamento e não, necessariamente, um vilão. Tudo depende da maturidade e do grau de organização do seu usuário. Se ele não pagar a fatura integral e acabar optando pelo rotativo ou parcelamento, vai arcar com uma taxa de juros que pode chegar até a 500%, em média”.

O valor médio das faturas em julho atingiu R$ 883 e mais de um terço dos consumidores (39%) gastaram mais nesse período. Um total de 33% dos consultados declararam ter mantido o valor estável e apenas 24% indicaram uma redução.

O levantamento indicou comportamento mais seletivo dos estabelecimentos comerciais, porque, em 61% dos casos em que o consumidor tentou fazer compras parceladas, o acesso foi negado. Entre os principais motivos, estão a inadimplência (9%), renda insuficiente (3%) e falta de comprovante de renda (3%).

Ainda assim, as compras parceladas foram feitas principalmente por cartão de crédito (37%), seguido pelo sistema do cartão de lojas (13%). Entre os consultados, 6% citaram ter entrado no limite do cheque especial. Outros 4% indicaram ter feito empréstimos, e o mesmo percentual informou ter recorrido a financiamentos (4%). Mais da metade das pessoas sondadas (58%) disseram que não fizeram compras e nem empréstimos neste período.

Para 40% dos entrevistados, está difícil ou muito difícil conseguir empréstimos e financiamentos. Apenas 18% avaliaram ser fácil ou muito fácil, sendo que 21% ficaram neutros. Entre os que obtiveram empréstimos, 34% admitiram ter atrasado parcelas em algum momento e 19% contaram que estão com parcelas pendentes de pagamento.

Carrefour celebra aniversário com vale compra para os clientes

– 06/09/2017

Em comemoração ao seu aniversário, o Carrefour promove a campanha ‘Comprou, Ganhou’, que dará milhares de carrinhos de compras em todo o país. Até o dia 20 de setembro, nas compras a partir de R$ 100,00, o cliente Carrefour concorre a um vale compras no valor de R$ 150,00 para usar em sua próxima compra nos hipermercados e supermercados da rede. Além disso, a rede distribuirá milhares de cupons de desconto aos participantes que informarem o CPF no caixa.

A promoção é válida para compras em todos os setores, exceto eletro, dos hipermercados e supermercados da rede no país. Os sorteios acontecem diretamente no caixa e o resultado será disponibilizado juntamente com o cupom fiscal.

A campanha de aniversário também se estende ao Posto Carrefour. Na compra de cartões presentes nos postos de combustível da rede nos valores de R$ 50,00, R$ 100,00 e R$ 150,00, o cliente ganha mais 10% de bônus no saldo do cartão escolhido para utilização somente nos postos Carrefour. Ou seja, na compra de um cartão presente de R$ 100,00, o saldo final disponível para o cliente será de R$ 110,00. O cartão presente de aniversário tem validade de seis meses, renováveis por mais seis meses a cada utilização, e é restrito a cinco unidades por pessoa. (Fonte: Assessoria de imprensa do Carrefour)

Consumidor deve redobrar atenção à validade de produtos

07/09/2017 12:10h

Muitos consumidores talvez desconheçam esse direito, mas quem comprar qualquer produto com prazo de validade vencido em supermercados pode levar outro, dentro do prazo de validade, gratuitamente. Em outubro de 2015, a Diretoria de Defesa do Consumidor no Pará (Procon), em parceria com a Associação Paraense de Supermercados (Aspas), atualizou os termos de conduta da campanha “De Olho na Validade”.

O objetivo da campanha é estimular no consumidor o hábito de verificar a validade dos produtos colocados à venda nos supermercados. A conduta reforça uma das missões institucionais da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), à qual o Procon é vinculado, que é garantir o plexo exercício da cidadania.

Com a campanha, as relações de consumo são equilibradas, para garantir maior satisfação aos clientes, que passam a exercer efetivamente a cidadania na condição de fiscais. “Todos saem ganhando com esse termo de conduta: o consumidor, que tem o seu direito reforçado, e o fornecedor, que com o auxílio da fiscalização feita pelo consumidor pode evitar multas decorrentes de produtos flagrados nas prateleiras com prazos de validade vencidos”, disse Moysés Bandahan, diretor do Procon-PA.

O Pará foi o segundo Estado a tornar efetiva a ação “De Olho na Validade”, meta de uma campanha idealizada pelo Procon paulista em 2011. No mesmo ano, durante a 14ª SuperNorte (feira do setor supermercadista realizada em Belém), o Procon e a Aspas assinaram o primeiro termo de conduta. Em outubro de 2015, o termo foi reajustado. Antes da formalização, o número de produtos que poderiam ser trocados em caso de vencimento era ilimitado. Agora, o direito de troca se aplica a, no máximo, cinco produtos do mesmo gênero.

Como funciona – A medida é válida para produtos disponíveis na área de vendas. Com o programa, o consumidor terá seus direitos assegurados antes mesmo de adquirir o item. Basta chamar o gerente e comunicar o fato.

Desde 2010, quando o termo de conduta foi assinado, os supermercados receberam cartazes da campanha, para que o consumidor conheça seus direitos. A Aspas possui 36 empresas associadas, que aderiram à iniciativa. Cada uma delas tem vários tipos e tamanhos de mercado, nos quais são aplicados os termos de conduta.

O empresário Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados, vê o termo de conduta como um avanço. “O número de produtos trocados nos supermercados, diante da sinalização dos clientes, diminuiu muito em função da campanha. Houve maior atenção de todos, desde gerentes até funcionários, empresas e repositores”, informou.

Por Syanne Neno

Tendências aplicadas ao varejo

A transformação da jornada de compra para atender o comportamento dos novos clientes

Autor: Edmar Bulla

Nos próximos três anos, 60,4% dos brasileiros realizarão compras utilizando tecnologias como de autoatendimento. A informação está na pesquisa High-Tech Retail – A Tecnologia e o Comportamento de Compra do Brasileiro, realizada pela Croma Solutions. Esse dado mostra que os hábitos estão mudando no Brasil, acompanhando o que acontece no mundo. E ao contrário do que muitos afirmam, não é a tecnologia que promove a mudança no comportamento, mas o comportamento que determina a sua adoção. Esta mudança está relacionada às inovações, mas antes de tudo ao processo humano de aprendizagem, que é movido por recompensas. A tecnologia, nesse contexto, é coadjuvante. Ela pode influenciar e ser estímulo, mas não é causa e finalidade em si mesma.

O cérebro humano é dominante no julgamento de uma recompensa. Além disso, as relações de comércio dependeram historicamente de alguma interação pessoal. Sempre me questionei se, nos primórdios do e-commerce, a resistência estava no fato de fornecer o CPF ou ter que fornecê-lo a uma máquina. Fico mais com a segunda opção. O aperto de mãos, o sorriso, o olhar, os códigos neurolinguísticos, a respiração, o ritmo de fala, tudo compõe um código de confiança. E levamos esse padrão para todas as nossas relações. A "voz do Google", a "moça do Waze", a "voz do aeroporto"… Todas são humanas e, detalhe, femininas, carregando em si o conforto e o aconchego. Por isso, quando nos deparamos com lojas virtuais ou soluções de autoatendimento, a supressão do elemento humano pode gerar desconforto, fruto da ruptura ao padrão. Aderir dependerá da recompensa, que acontece a partir do repertório de cada um.

Sendo acessível e fácil de usar, porque o autoatendimento não foi ainda amplamente adotado? Porque os códigos culturais são determinantes à adesão da tecnologia. Por exemplo, comparando a atuação do varejo entre China e Brasil, a curva de adoção de inovações a partir dos códigos relacionais, infraestrutura e educação de cada um desses países é bastante diferente. Hoje, na China, os cartões de crédito são considerados obsoletos. No Brasil, por sua vez, são bastantes importantes. Outros setores são ainda mais passíveis de comparação: postos de combustível, supermercados, bancos… Os bancos foram os primeiros a se aventurar no autoatendimento estruturado no Brasil. Clientes de companhias aéreas ganham agilidade e tempo por meio de aplicativos e totens, mas ainda é marcante a dependência que culturalmente temos das relações humanas no varejo. De qualquer forma, setores de moda e vestuário – como a Amaro, Sapati e a Memove, da VGB Global Brands – e alimentação – como o McDonald´s e o próprio iFood – aceleram a inovação em busca da independência do shopper, oferecendo requintes de customização. No varejo alimentar, a rede de supermercados Muffato começou a usar os equipamentos de autoatendimento em Curitiba em 2013. A rede Zaffari segue o mesmo caminho, assim como a rede Enxuto, do interior de São Paulo. Na APAS 2017, a Totvs lançou uma solução de self check-out que pretende poupar 30% do tempo do cliente. A loja Pamplona, inaugurada em julho pela rede Carrefour em São Paulo, esbanja tecnologia e oferece, entre outros itens, também o autoatendimento. Claro que essas movimentações estão bastante relacionadas à rentabilidade por metro quadrado e não somente às demandas crescentes do shopper. Como se pode perceber, se as recompensas são vantajosas, elas são capazes de redefinir rotinas e criar novos padrões.

E por que o autoatendimento começa agora a ser mais notório? Porque as pessoas simplesmente não estavam preparadas antes. Assim como não estão totalmente prontas para carros elétricos, casas automatizadas, wearable devices e a Internet das coisas (IoT). Eu me refiro ao fato da inovação ser útil, despertar interesse, ser culturalmente relevante e gerar uma recompensa em um determinado momento da história. Nesse sentido, a experiência digital tem educado, e muito, o comportamento de compra no varejo físico.

As novas gerações, os millennials, possuem modelo mental mais aderente ao digital e às interfaces tecnológicas. Eles absorvem tais inovações de forma mais intuitiva e natural. Ao avaliar os resultados do High-Tech Retail, a tendência que aponta o autoatendimento como forte inovação para os próximos três anos é justificada pelo fato de que, em 2020, essas pessoas representarão uma parte significativa da população economicamente ativa. Os millennials têm características de consumo mais independentes, visuais e interativas. No Brasil, o potencial de consumo é de mais de R$ 75 bilhões. Para atender esse tipo de cliente, o varejo será transformado, impulsionando redes e fabricantes a investir no entendimento profundo das jornadas, hábitos e padrões de compra e consumo.

E por que o autoatendimento não floresceu ainda como ideia aplicável nas organizações? Além do fator cultural, as operações de back office convencionais e a baixa sofisticação da gestão de dados tornava a sua implantação algo impossível. Agora, tecnologias móveis, aplicativos de compra, realidade virtual e visualização 3D farão parte do dia a dia dos shoppers cada vez mais, suportadas por inteligência de dados, moldando a oferta omnichanel. Se dados acionáveis são a maior riqueza da Era da Informação, a oferta ao cliente passa a ser suportada por um sistema que utiliza conceitos de visão computacional, algoritmos de aprendizagem profunda, modelagens preditivas e fusão de sensores. Tudo isto criará uma experiência completa e encantadora.

Para as marcas, é cada vez mais importante investir na personalização da experiência de compra. Big data e neurociência podem ser usados para apresentar produtos e serviços de maneira personalizada ao transformar informações em insights. Com a computação cognitiva é possível dar às máquinas a capacidade de detectar alguns padrões de comportamento. No entanto, mesmo que sejam louvados os chatbots e a inteligência artificial como próximas fronteiras para vendas e atendimento, é sempre bom ter em mente que as interfaces humanizadas não são – e nunca serão – interfaces humanas.

Edmar Bulla é CEO da Croma.

Fonte:

Sonda Supermercados reinaugura loja de Indaiatuba

A loja conta com mais de 1.600 m² e 180 vagas de garagem

A rede Sonda Supermercados reinaugurou loja, nesta quarta-feira (6/9), na cidade paulista Indaiatuba. A unidade, localizada no Best Center Indaiatuba Parque Ecológico, passou por uma revitalização, com o objetivo de facilitar o acesso à loja.

De acordo com a direção da empresa, para atender as necessidades dos clientes, o projeto contou com a modernização da fachada e esteiras rolantes que permitem o acesso à loja. O Sonda Indaiatuba conta com mais de 1.600m² e 180 vagas gratuitas no estacionamento.