Supermercados abrem no 7 de Setembro e em mais dois feriados

Negociação garante funcionamento do setor em Ipatinga, das 8h às 18h

Além de supermercados, casas de carne, açougues, mercearias e o restante das lojas do segmento também poderão abrir as portas

A próxima quinta-feira (7), feriado de Independência do Brasil, terá supermercados e estabelecimentos do setor funcionando em Ipatinga.

Por força de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada segunda-feira (4), entre os representantes dos empresários e dos empregados, o segmento também está autorizado a abrir as portas em 12 de outubro (Nossa Senhora da Aparecida) e em 2 de novembro (Finados).

Em Coronel Fabriciano e Timóteo, por falta de acordo entre os empregados e o sindicato que representa os trabalhadores do setor nas duas cidades, todo o comércio estará fechado neste 7 de Setembro (com exceção de atividades essenciais, como farmácias, padarias e postos de gasolina).

“Recentemente, o setor de supermercados também foi incluído, por meio de decreto federal, no rol de ‘atividades essenciais’, o que – mesmo sem negociação prévia – autorizaria o setor a abrir as portas nos mesmos dias de funcionamento de farmácias e postos de gasolina”.

“Porém, infelizmente, ainda não existe segurança jurídica para que supermercadistas se amparem neste decreto”, revela José Maria Facundes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço, acrescentando que há muitos questionamentos sobre a constitucionalidade e eficácia real da nova legislação.
José Maria Facundes, presidente do Sindicato do Comércio

Horário de funcionamento

Conforme o acordo assinado em Ipatinga, supermercados, casas de carne, açougues, hortifrútis, varejões e sacolões poderão abrir das 8h às 18h nesta quinta-feira e nos outros dois feriados.

A convenção entre os representantes patronais e laborais ainda prevê que não poderá ser usada a mão de obra dos empregados do setor nos dias 15 de novembro (Proclamação da República), 25 de dezembro (Natal) e 1º de janeiro de 2018 (Confraternização Universal).

Pesquisa indica que hipermercados do Rio são 4% mais baratos do que os supermercados

Quadro 'Olha o Bolso' ao final de um ano, o consumidor pode economizar até R$2.176,41, dependendo de seu perfil.

Por Bom Dia Rio

06/09/2017 06h00

Os hipermercados do Rio de Janeiro são 4% mais baratos do que os supermercados. Foi o que descobriu a pesquisa da Proteste que foi o tema desta edição do quadro "Olha o bolso!", do Bom Dia Rio nesta quarta-feira (6).

O levantamento levou em conta duas cestas, de perfis de consumo diferentes: as de marcas líderes e as de marcas mais baratas. A variação não foi pequena não, entre as redes de supermercados: para a Cesta 1, que tem marcas líderes, até 36%. Para a Cesta 2 a variação foi de até 66%.

O maior preço médio para a cesta 1 foi encontrado na Zona Norte 2 (Grajaú, Tijuca e afins), R$ 556,97. Para a cesta 2, a maior média foi encontrada na Zona Sul 1 (Copacabana, Ipanema e afins), R$ 403,11.

Segundo a pesquisa da Proteste, ao final de um ano, o consumidor pode economizar até R$2.176,41, dependendo de seu perfil. O estudo também identificou que existem variações de preços para a aquisição das cesta de produtos líderes de vendas entre mercados da mesma rede e percorreu as Zonas Sul, Norte, Oeste e o Centro.

O quilo do tomate, por exemplo, teve a maior variação entre os produtos. Foi de até 261%. Valor mínimo partiu de R$ 2,49 e chegou a R$ 8,99, até 3,6 vezes mais.

Vale lembrar que a inflação acumulada nos últimos doze meses – de acordo com o IPCA de julho – foi de 3,25 % no Rio de Janeiro.

Cadeia da batata precisa se reinventar

Agrolink – 5/09/2017 – 18:27 | Atualizado em 5/09/2017 – 18:28

“O mercado da batata, nesse momento, está péssimo, horrível. O motivo principal não é o excesso de oferta nem a qualidade da batata. Mas está muito nítido que o principal fator é a retração de consumo, ou seja, não estamos conseguindo vender. Isso se deve naturalmente à crise que atravessa hoje o país”. A afirmação é de Natalino Shimoyama, gerente-geral da Associação Brasileira da Batata (ABBA).

De acordo com ele, o consumidor hoje está “bastante insatisfeito” com a batata em função das variedades, que não são geralmente exploradas pela culinária e não trazem satisfação. A saída poderia ser apostar no “mercado fitness”, aproveitando o momento em que batata-doce é considerada um alimento próprio para quem pratica exercício físico.

“Se pegar a composição química da batata, vai ver que só tem coisa boa, não tem coisa ruim. Então, o consumo de batata em quantidades corretas, preparada de maneira correta, é um dos alimentos mais fitness a nível mundial”, sustenta.

Ele lembra que hoje no Brasil, em média, se consome menos de 10 quilos por pessoa ao ano, ou menos de 1 quilo por mês. “Agora, quanto consumimos de carne? Possivelmente em média uns 30 quilos, quanto consumimos de refrigerante e cerveja? Possivelmente, 50 a 100 litros. Então, a questão hoje de obesidade no país não tem a ver com a maioria dos carboidratos, mas sim com uma série de alimentos que o pessoal não considera mas são os principais fatores de obesidade”, argumenta.

Para Shimoyama, o setor público é parte do problema: “A pesquisa no Brasil tem vivido um momento extremamente delicado, com a possível reforma da previdência, uma quantidade significativa de pesquisadores experientes estão se aposentando e a reposição disso é questão de décadas, e não dois ou três anos. Isso abre um buraco muito grande. O setor público tem que ser deixado de lado e buscar quem é objetivo, age de forma objetiva”.

Outro problema citado pelo dirigente da ABBA é a “política comercial das grandes redes de varejo”, que paga R$ 0,30 ao produtor e vende muito mais caro ao consumidor. “Isso retrai violentamente o consumo, arrebenta com o setor. Infelizmente não tem pra quem reclamar e quando alguém te ouve diz que isso é coisa de mercado. Isso é uma coisa absurda, em qualquer país mais sério isso é inadmissível”, reclama.

“Para o futuro da cadeia da batata, ou das cadeias produtivas, o que eu digo que é necessário é criar organizações profissionais, como em outras cadeias. O exemplo é o Mato grosso, onde há organizações extremamente profissionais que fazem uma mudança fantástica. O governo, nesse modelo atual, que está provado que não ajuda em nada”, conclui.

Alimentos básicos ficaram 5,07% mais baratos

Liza Mirella

Dentre os 15 produtos pesquisados na cesta básica, tomate foi o que apresentou a maior redução em agosto, de 25,2%

O custo da cesta básica em Rio Preto mantém, há quatro meses, trajetória de queda. Pesquisa das Faculdades Integradas Dom Pedro 2º mostra que, em agosto, houve redução de 5,07% em relação a julho, com isso, a cesta fechou cotada ao valor médio de R$ 916. No mês anterior, o valor havia sido R$ 965. Dos 15 produtos que fazem parte da pesquisa mensal realizada em cinco supermercados de Rio Preto, nove registraram queda no mês passado.

A mais relevante foi do tomate, de 25,2%. Entram ainda nessa lista, importações reduções, como do feijão carioca (-16,5%) e da batata inglesa (-10,9%). Entre os seis produtos que tiveram alta no mês passado, a maior delas foi da laranja pera, de 14,12%. Em seguida, aparecem a banana nanica (7,57%) e o café (3%). O movimento de redução dos preços começou em maio e, desde então, mantém essa tendência. O início foi mais suave, de -1,31%, com redução mais efetiva em julho, de 6,64%, e agora em agosto, de 5,07%.

Dessa forma, no acumulado de 12 meses, a pesquisa mostra uma redução de 19% no custo da cesta básica. Nesse período, o alimento que mais registrou queda nos preços foi o feijão carioca, de 77,9%. Em seguida aparece a batata, que registrou redução de 77,9% em 12 meses. Na contramão, aparece a laranja, o produto que mais subiu ao longo desse período, 31,8%.

O economista Edgar Sbrogio explica que o período do cultivo de vários produtos favorece a redução de preços. Além disso, o consumo moderado – em função das dificuldades econômicas – faz com que quem industrializa alimentos também baixe preços para tentar reconquistar o consumidor. "O consumidor tem tido uma ou outra surpresa boa quando vai ao supermercado em relação à semana anterior."

Entretanto, apesar das quedas sucessivas de preços, é difícil perceber, na prática, que os alimentos estão mais baratos. Isso porque, com o comprometimento da renda real e o dinheiro mais curto para tantas despesas, a sensação é de que sempre se está gastando muito. "Apesar de a cesta básica mais barata, o dinheiro é usado em outras despesas, que subiram, como energia, água, combustíveis."

Variação

A variação entre o maior e o menor valor da cesta básica subiu no mês passado e atingiu o maior índice do ano, de 78,5%. A cesta mais barata foi cotada em R$ 680,49, enquanto a mais cara, em R$ 1.214,74. Quando se analisa a variação individual dos produtos, a mais relevante é do tomate, de 258%, já que o quilo do fruto pode ser encontrado por valores entre R$ 1,39 e R$ 4,99. Em seguida, aparece a laranja pera, com diferença de 202% e preços do quilo entre R$ 0,99 e R$ 2,99.

Salário mínimo

De acordo com a pesquisa coordenada pelo professor Artur Rezzieri Gambera, o valor do salário mínimo necessário para custear as despesas básicas de uma família de quatro pessoas em agosto deveria ser R$ 2.546, contra os R$ 2.682 registrados em julho.

Santa Clara amplia linhas Zero Lactose e Redução de Sódio

A Santa Clara amplia sua linha Saúde, destinada para pessoas que necessitam uma dieta Zero Lactose ou reduzir o consumo de sódio. Para atender aos consumidores com restrições alimentares, chegam ao mercado novos produtos em setembro.

Entre os itens da Cooperativa que já podem ser adquiridos estão o Requeijão Zero Lactose e o Frut Clara Zero Lactose nos sabores morango e salada de frutas. Estes produtos complementam a linha Zero Lactose que já contava com Leite UHT, Queijo Minas Frescal, Queijo Mussarela, Nata e Doce de Leite.

Outra novidade é o Queijo Mussarela Light em Sódio fatiado em embalagens de 150 gramas, que complementa a linha Redução de Sódio, formada também por Requeijão e Queijo Minas Frescal.

Mais novidades

Os consumidores também poderão encontrar outras versões de produtos já tradicionais no mercado. O Queijo Mussarela tradicional agora está à venda em peças de 500 gramas. Já na linha de Doces de Frutas, a novidade é o sabor Abacaxi, disponível em pote de 400 gramas.

Pensando no segmento Food Service, a linha Recheios e Coberturas conta como seis novos sabores: Brigadeiro de Colher, Baunilha, Doce de Leite, Goiaba, Morango e Coco, além das variedades Chocolate ao Leite e Chocolate Branco em novas embalagens. Os novos produtos Santa Clara foram lançados 36ª Convenção Gaúcha de Supermercados (Expoagas 2017) e estão disponíveis para comercialização em toda a região Sul do país.

Santa Clara promove formatura de alunos do Curso de Informática

A Santa Clara forma de mais um grupo de associados e dependentes em Curso de Informática. A solenidade ocorre na próxima quarta-feira, 06 de setembro, às 10h, na Câmara de Vereadores, em Jacutinga. Nesta 7º edição do Curso de Informática foram capacitados 118 alunos, das cidades de Jacutinga, Barra do Rio Azul, Cruzaltense, Barão de Cotegipe, Gaurama, Sertão e Paim Filho. O Curso de Informática já formou 550 produtores associados desde a sua primeira edição. A qualificação é uma promoção da Cooperativa Santa Clara em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/RS).

Fonte: Setor de Imprensa

Semana Nacional do Peixe vai oferecer o produto com desconto

Pelo menos duas redes de supermercado aderiram ao evento

Publicado em 05/09/2017, às 11h40

Da Editoria de Economia

A 14ª Semana Nacional do Peixe vai acontecer até o dia 15 de setembro e é promovida pelo Ministério da Agricultura, Abras e Compesca com a finalidade de incentivar uma alimentação saudável e introduzir o pescado na rotina alimentar brasileira. As redes de supermercados Extra e o Pão de Açúcar apoiam o evento e vêm negociando descontos especiais com seus fornecedores e reduzirão seu preço de venda, beneficiando clientes de todas as lojas com pescados em média até 20% mais baratos. Com isso, a expectativa de crescimento nas categorias de peixe fresco, congelado e bacalhau em ambas as redes é de 10%.

No Pão de Açúcar, a grande novidade será a linha de peixes sustentáveis e selvagens do Alaska. As espécies são sustentáveis, pois seguem rígidos padrões especificados pela legislação local, que exige que os pescadores trabalhem com cotas definidas de pesca a cada temporada. O volume pescado respeita a variação natural das populações nativas. Esse processo garante o equilíbrio do habitat marinho e a preservação das gerações futuras. O Pão de Açúcar disponibilizará a linha em filés. A rede oferece ainda opções como: salmão, bacalhau (in natura) e polaca.

Além das novas opções, o consumidor encontrará muitas ofertas de produtos selecionados e exclusivos, como snow crab, sardinha portuguesa, arenque norueguês, bolinho de bacalhau, e de todo o cardápio de sushis produzidos pela própria rede. Um dos grandes diferenciais é a importação própria de bacalhau, tanto o dessalgado congelado, quanto o seco e salgado, oferecendo a melhor relação custo benefício do mercado.
OFERTAS

Na rede Extra, durante o Festival do Pescado os consumidores terão mais de 20 ofertas de peixes frescos e congelados todos os dias. Os congelados participam da dinâmica “1,2,3 da Economia”, na qual os descontos são progressivos. A rede contará, ainda, com peixes inteiros como tilápia, corvina, tambaqui de cativeiro e arenque norueguês em preços competitivos. As lojas do Minuto Pão de Açúcar e do Minimercado Extra, além do e-commerce (www.paodeacucar.com.br e www.extra.com.br), também participam da 14ª Semana Nacional do Peixe com ofertas especiais.

Terceiro mês de queda no preço do leite ao produtor

Apesar do clima seco em algumas regiões produtoras, o milho e o farelo de soja mais baratos comparativamente com 2016 e o fornecimento de silagem mantêm a produção de leite em alta no país

Este quadro somado a demanda fraca na ponta final da cadeia e aos estoques maiores no mercado interno, por exemplo, de leite em pó e queijos, pressionam para baixo as cotações em todos os elos da cadeia.

No varejo, as promoções de leite longa vida e de outros produtos lácteos ajudam, em parte, a escoar a produção e diminuir os estoques, mas reduzem a margem dos supermercados que, por sua vez, pressionam as cotações no atacado, e este repassa as quedas para o produtor de leite.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de agosto, referente ao leite entregue em julho, houve queda de 2,5% em relação ao pagamento anterior.

Foi o maior recuo registrado desde junho deste ano, quando os preços do leite ao produtor começaram a cair.

A média dos dezoito estados pesquisados ficou em R$1,127 por litro, 8,6% menos na comparação com igual período do ano passado.Veja a figura 1.

Figura 1.

Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada) – em R$/litro, valores nominais. Setembro

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Com relação a produção, em julho o incremento no volume captado pelos laticínios (média nacional) foi de 3,1% em relação a junho deste ano.

Para o pagamento a ser realizado em meados de setembro (produção de agosto), 64,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 33,0% falam em manutenção e os 3,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.

As quedas previstas variam de R$0,02 a R$0,06 por litro, segundo as empresas pesquisadas.

Para o pagamento a ser realizado em meados de setembro (produção de agosto), 64,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 33,0% falam em manutenção e os 3,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.

Chineses lançam chocolate rosa, mais leve e com sabor refrescante

De acordo com Barry Callebaut, o chocolate é feito a partir do cacau rubi e não tem adição de corantes nem de sabores artificiais

Da redação

É hora de os chocolates amargo, ao leite e branco abrir espaço para um novo sabor. Os cientistas acabam de inventar um novo chocolate chamado “rubi”, anunciou nesta terça-feira (5), em Xangai, na China, o gigante suíço de cacau, Barry Callebaut.

O chocolate rubi, como foi anunciado, apresenta uma tonalidade rosa-avermelhada e possui um sabor característico da fruta tradicional. De acordo com Barry Callebaut, o chocolate é feito a partir do cacau rubi e não tem adição de corantes nem de sabores artificiais.

O novo chocolate chega 80 anos depois que o chocolate branco foi introduzido no mercado. Ele também chega em meio a uma crise na indústria do chocolate. No início deste ano, a Nestlé reportou o crescimento mais lento das vendas globais em mais de duas décadas, enquanto Hershey anunciou a intenção de cortar empregos.

O CEO da Barry Callebaut, Antoine de Saint-Affrique, disse a Bloomberg que o chocolate rubi chega depois de uma década de desenvolvimento. “É natural, é colorido, é hedonista, há um aspecto de indulgência, mas mantém a autenticidade do chocolate”, afirmou. “Ele tem um bom equilíbrio que fala muito para os jovens que nasceram após a internet”.

Especialista em chocolate e editor da bíblia industrial “Kennedy’s Confection” Angus Kennedy disse: “O chocolate rubi é algo muito diferente e inteligente. É refrescante e tem uma textura leve e cremosa. Você realmente não percebe que está ingerindo um chocolate. Por isso os consumidores poderão comer mais do que outros tipos de chocolate tradicional. Se isso é bom ou ruim depende do seu ponto de vista”.

A ‘guerra’ das cervejas no mês Farroupilha

Ambev e Schin batalham para cair no gosto dos gaúchos durante a celebração farroupilha

As cervejarias Schin e Ambev (Polar) disputam palmo a palmo a memória Farroupilha neste mês de setembro, que celebra a data magna dos gaúchos. Patrocinadora do Acampamento Farroupilha há 10 anos, a Schin novamente coloca no mercado latinhas de cerveja temáticas que retratam regiões do Rio Grande do Sul, hábitos e cotidiano do homem do campo. No total, são 10 imagens do fotógrafo Eduardo Rocha.

Desafiada em seu território, a Polar, cerveja ícone dos gaúchos por carregar uma marca popular nascida no Estado (na cidade de Estrela, em 1929), não deixa por menos. Há algum tempo, a Ambev vem adotando a mesma estratégia para dar visibilidade à marca e não permitir que a concorrente surfe sozinha na onda Farroupilha. Neste mês, quem der preferência à Polar, encontrará uma coleção de latas customizadas com "memes baguais", que remetem ao churrasco, ao mate, ao bairrismo típico do gaúcho e ao orgulho e amor pelo Rio Grande do Sul. São oito desenhos do ilustrador Yuji Schimitd.

"A ideia é compartilhar o orgulho no mês de setembro, uma vez que a Polar é uma marca genuinamente gaúcha", defende o gerente de marketing Regional Sul da Ambev, João Lucas Lima.

No Acampamento Farroupilha, que, até o dia 20 de setembro, deve receber mais de 1 milhão de pessoas, a patrocinadora Schin terá um espaço inspirado na casa de Giuseppe Garibaldi, com diversas atrações para o público que visitar o evento.

O acampamento começa, oficialmente, na quinta-feira, feriado de 7 de Setembro, mas, na prática, muitas atividades já estão acontecendo no Parque da Harmonia, em Porto Alegre.

Nesta terça-feira, praticamente todos os piquetes já estavam montados, com muita gente circulando e aproveitando para saborear um churrasco, ouvir música e, claro, saborear uma boa cerveja. A programação de atividades já começa nesta segunda-feira, com a participação de 351 piquetes.

Bullying contra a indústria brasileira de refrigerantes e bebidas não alcoólicas

por Congresso em Foco | 05/09/2017 07:31

Alexandre Jobim *

A Zona Franca de Manaus, criada em 1967 e referendada pela Constituição de 1988, significa a opção feita pelo Brasil por um modelo de desenvolvimento regional capaz de dinamizar a economia da região Norte, estimular arranjos sustentáveis e consolidar a indústria na Amazônia. Hoje, há ali 600 empresas instaladas, gerando cerca de 500 mil empregos. Estima-se que a Zona Franca contribua com 70% do esforço brasileiro para a redução do desmatamento.

A indústria brasileira de refrigerantes e bebidas não alcoólicas gera na Zona Franca de Manaus 14 mil empregos diretos e indiretos a partir das 31 indústrias de concentrados de refrigerantes ali instaladas. Apenas quatro dessas unidades industriais fornecem para grandes fabricantes. As demais 27 fábricas de concentrados são fornecedoras de pequenos e médios fabricantes brasileiros. Todas, rigorosamente todas, utilizam os incentivos fiscais que compõem o diferencial competitivo sob o qual está assentado o sistema da ZFM. Em consequência, todos os fabricantes brasileiros de refrigerantes – sejam grandes, médios ou pequenos – também se beneficiam das compensações geradas a partir dos créditos tributários originados pelas normas que regem o uso dos incentivos ficais.

Empreender e investir na região Norte é um desafio. Afinal, a maior parcela do mercado consumidor está em outras regiões. A Zona Franca é um projeto federal, mas também é um modelo de redução de desigualdades adotado pela sociedade brasileira, por meio de seus legisladores, assentado em incentivos fiscais. Sendo assim, tem por objetivo compensar ou reduzir as desvantagens locais da região promovendo o desenvolvimento e a sua integração socioeconômica às demais regiões do país. Os incentivos estão disponíveis a todas as empresas que tenham interesse em se instalar ali. A indústria de concentrados é a única que, por determinação legal, precisa elaborar seus produtos com matéria-prima agrícola de produção regional. Em razão disso, mais de 10 mil famílias de pequenos produtores sobrevivem da venda de suas produções para fábricas de concentrados localizadas no Amazonas.

É uma falácia mistificadora alegar que as regras da Zona Franca de Manaus para fabricantes de concentrados de refrigerantes beneficiam exclusivamente as grandes indústrias. Não há uma briga entre grandes e pequenos. Em audiência pública ocorrida na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados no último dia 31 de agosto, o coordenador-geral de Contribuição da Receita Federal, Fernando Mombelli, fez questão de ressaltar que a política de incentivos da região se destina equanimemente a pequenos, médios e grandes fabricantes. Além disso, em ofício encaminhado à presidência da comissão, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, deixaram claro: “Não é possível afirmar que apenas os grandes fabricantes se beneficiem desse crédito”.

Os representantes da área econômica do governo referem-se ao mito, disseminado pelos detratores da política de incentivos fiscais destinada a desenvolver e a preservar a Amazônia, segundo o qual os créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) provocam um desequilíbrio entre os competidores pelo mercado de bebidas não alcoólicas. Claro que não é assim. O incentivo fiscal com base no IPI faz parte da racionalidade do programa federal que criou a Zona Franca. Ele está disponível a qualquer um que compre o concentrado de indústrias instaladas em Manaus. Além desse sistema de incentivos, as pequenas empresas contam ainda com os benefícios das reduções tributárias do Simples Nacional.

A Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), integrada por 59 empresas que respondem por 85% desse mercado no país e que detêm 144 fábricas em todo o território nacional, defende o benefício concedido na Zona Franca de Manaus. Suas associadas – pequenas, médias e grandes – geram 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos, recolhem R$ 10,7 bilhões anuais em tributos e encerrarão o ano de 2017 investindo R$ 7 bilhões no Brasil. Ainda assim, enfrentamos há dez anos uma acirrada investida contra o sistema de funcionamento da Zona Franca. Tudo começou em 2007, quando a Afrebras viu a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça arquivar uma representação em que pedia a apuração de “violações” ao Direito Concorrencial ao alegar, já naquele momento exatamente o que segue alegando (por meio de outros expedientes) em sua guerrilha legislativa contra a Zona Franca de Manaus.

A partir de 2008 o “bullying legislativo” se concentrou em tentativa de aprovar artigos contrários à Zona Franca em medidas provisórias que versavam sobre outros temas, numa prática que o próprio Congresso reconhece como abusiva e à qual deu a alcunha jocosa de “jabutis”. Esse abuso, sempre derrotado em votações dos parlamentares, se deu nas medidas provisórias 436, 449 e 413 de 2008; nas MPs 636, 641 e 651 de 2014; na MP 668 e no Projeto de Lei 863 de 2015; na MP 757 de 2016; e nas MPs 766, 774, 780 e 783 deste ano de 2017.

Como se vê, há uma fixação por bombardear a segurança jurídica de quem investe e produz na Zona Franca de Manaus. A indústria brasileira de refrigerantes e bebidas não alcoólicas não se furtará, jamais, a debater o tema e defender o modelo equânime por meio do qual se assegura o desenvolvimento da região Norte e se ajuda a preservar a floresta amazônica. Mas é necessário deixar claro que tamanho assédio, abusando da boa vontade dos legisladores, não beneficia nem o Brasil, nem os fabricantes de refrigerantes – sejam eles pequenos, médios ou grandes.

* Alexandre Jobim é advogado e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir).