Associação reclama sobre falta de exames e remédios na oncologia do Huse

Publicada em 04/11/2017 às 06:15:00

Mais uma vez a deputada estadual, Goretti Reis esteve no ambulatório do setor de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) e foi procurada pela voluntária da Associação de Apoio a Adulto com Câncer de Sergipe (AAACASE), Cleide Batista para pedir apoio para que o poder público volte a realizar os exames e disponibilize as medicações necessárias.

Quando perguntada sobre as dificuldades enfrentadas, a voluntária explicou que os problemas não são só com os pacientes do Huse, e sim também do Cirurgia, do Huse e HU. “Nossa Associação assiste a todos os pacientes adultos portadores de câncer. Temos dificuldades com com a falta da medicação, que é o ponto crucial. Normal faltar remédios para a quimioterapia. A medicação usada ao longo do tratamento, do tipo hormônio também não temos. Exame de tomografia estamos há 2 meses sem conseguir autorizar. São pacientes sem poder fazer tomografia, ressonância e cintilografia. Sem esses exames o paciente não tem noção de como está sua doença. Com essa falta de exames e remédios as instituições estão arcando com essas demandas. Tentamos ajudar alguns pacientes, mas infelizmente não temos como pagar para todos que batem em nossa porta. Selecionamos e tentamos ajudar alguns, mas não temos como arcar com tudo. Se chegar hoje, na instituição 10 tomografias é impossível fazer. Estado e município não estão autorizando e as clínicas conveniadas alegam que por não estarem recebendo do poder público não podem marcar. Essa é a resposta que dão aos pacientes”, desabafou a voluntária Cleide Batista.

“Ouvi atentamente o apelo de Cleide e me comprometi estar com os secretários estadual e municipal de saúde para que possamos achar alternativas imediatas para os problemas. O relato de Cleide é preocupante. A situação dos pacientes, realmente é desumana. São vítimas de uma doença difícil e que estão sendo submetidas ao descaso. Não adianta fazermos campanhas para conscientizar a importância dos exames, se não se tem acesso a eles. Existe um exame que chega a custar 4 mil reais. Hoje, segundo a voluntária, a AAACASE, por semana chega a precisar dispor de 6 a 8 mil reais e não atende a todos. Precisamos unir forças e dar apoio e suporte para essa situação”, disse a parlamentar.

Medicamentos oncológicos estarão na relação da Rename

A relação de medicamentos será 25% maior em 2018

03/11/2017 15:28

A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) do Sistema Único de Saúde (SUS) será em 2018 25% maior, terá a reinclusão de medicamentos oncológicos e hospitalares, bem como uma nova organização dos itens por linha de cuidados. As mudanças foram anunciadas na última quarta-feira, 25, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a realização do VIII Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica, na capital alagoana.

Na avaliação da coordenadora interina de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde, Andreza Bomfim Barros Valença, que representou a SES no evento, para os profissionais de saúde as mudanças irão facilitar na indicação do tratamento adequado, além de direcionar melhor o paciente sobre o local onde ele poderá retirar o medicamento indicado. !!! Para os profissionais do SUS, a lista aponta medicamentos adequados para o tratamento e onde buscá-lo.

Ela explicou que para a próxima edição da Rename, em 2018, foram reincluídos medicamentos indicados para a assistência hospitalar e oncológica, fora da relação desde 2010. A relação padroniza medicamentos indicados para a assistência no SUS, é publicada a cada dois anos e, com o incremento passará a contar com 1.098 itens de medicamentos e insumos, registrando um aumento de 25% em relação à última Rename, que trazia 869 itens.

Evento

O VIII Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica no SUS teve o objetivo de reunir as assistências farmacêuticas de todo País para discutir amplamente a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) e promover a reflexão sobre os seus principais avanços e desafios do setor. O evento foi realizado nos dias 30 e 31, em Maceió, capital de Alagoas.

Entre os temas discutidos estavam gestão e financiamento, sistemas de informação, programação e aquisição de medicamentos, informações sobre medicamentos e cuidado farmacêutico. O fórum contou com palestras, mesas redondas e mostra de experiências exitosas, além do evento paralelo “II Oficina sobre Assistência Farmacêutica no SUS”.

Fonte: SES

Justiça suspende venda da pomada Neopantol

por Ana Cláudia Guimarães
05/11/2017 10:05

O Tribunal de Justiça de São Paulo mandou a farmacêutica Hypermarcas S/A suspender a venda da pomada Neopantol para assaduras, em decisão favorável à Bayer S/A, dona da marca Bepantol Baby.
É que, segundo o advogado Edgard Montaury, a Hypermarcas copiou a embalagem do Bepantol Baby, o que poderia induzir o consumidor a erro.

Medicamento nacional alcança 59% do mercado

Coluna do Broadcast

05 Novembro 2017 | 05h00

Os medicamentos de laboratórios brasileiros já representam 59% do total das vendas no varejo farmacêutico, segundo dados da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) referentes ao mês de agosto. A entidade reúne grandes do setor, em especial nomes com força em genéricos, como EMS e Hypermarcas. A Alanac aponta que a fatia dos nacionais vem subindo gradualmente desde 2013, quando metade do mercado era de laboratórios estrangeiros. (Dayanne Sousa)

Lista de medicamentos do SUS é atualizada

Relação de compostos obrigatórios na rede pública, incluiu também medicamentos oncológicos e hospitalares

09:00 · 05.11.2017

A nova lista de medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) vai ser divida por nível de atenção, o que, na prática, diz onde os medicamentos estarão disponíveis, na atenção básica ou em hospitais especializados, por exemplo. Isso vai facilitar a busca de medicamentos por pacientes, informa o Ministério da Saúde.

Essa divisão também diz quem é o responsável pela disponibilidade do medicamento na rede pública, o Estado, o município ou o Governo Federal. Isso facilita, por exemplo, ações judiciais que visem a garantir o acesso a medicamentos. O juiz, assim, saberá quem deverá ser responsabilizado no caso de ausência.

A Relação Nacional de Medicamentos do SUS (Rename) é atualizada a cada dois anos. Antes, a Rename era divida por componentes (dos mais básicos aos mais complexos) e tinha como objetivo atender a um controle interno do orçamento do Ministério da Saúde.

"A lista deixa de ser um instrumento burocrático interno e passa a fornecer informação para todos. Com isso, cidadãos terão mais informações para garantir o seu direito de acesso", disse Ricardo Barros, ministro da Saúde. "A relação também vira um instrumento regulatório que deixa claro o que cada esfera do governo deve ofertar", completa.

O Ministério da Saúde também incluiu medicamentos hospitalares e oncológicos na lista de compostos obrigatórios do Sistema Único de Saúde (SUS). A nova lista também traz 1098 medicamentos, um incremento de 26% em relação a 2017.

Esses medicamentos já estavam disponíveis de SUS. Eles apenas foram incluídos na lista para informar gestores, médicos e pacientes da disponibilidade dessas substâncias na rede pública.

Lifar lança Arnica Ice Fire. Spray especialmente desenvolvido para dores musculares

03/11/2017 Novidades no Mercado

O laboratório Lifar acaba de lançar um produto ideal para atletas amadores e amantes do esporte que sofrem com incômodos depois das práticas físicas. O spray aerossol Arnica Ice Fire promove o esfriamento e aquecimento da região afetada proporcionando alivio nas dores musculares. Contém arnica montana, planta popularmente conhecida para aliviar dores musculares, além de cânfora e mentol.

Possui ação imediata e rápida absorção, devendo ser aplicado com a distância mínima de 20 cm da pele. Nos primeiros momentos de aplicação acontece o resfriamento, e com o passar do tempo, a tendência é de aquecimento da área aplicada. Além desse produto, complementam a linha o Creme de Arnica e Gel Roll On pra massagem que já estão no mercado há mais tempo.

O spray Arnica Ice Fire pode ser encontrado nas lojas Panvel do RS, SC, PR e SP, Alô Panvel, APP e também pela loja online www.panvel.com.

Acnase lança campanha com novo posicionamento de marca

On 3 novembro, 2017

Comunicação omnichannel marca a estratégia da empresa para se aproximar ainda mais do público jovem.

É com o slogan ‘Acnase de cara nova. A sua’ que a Acnase, reconhecida linha de produtos de alta tecnologia no combate a cravos e espinhas, se reposiciona no mercado e aposta em uma nova comunicação e linguagem agora mais conectadas com o público jovem. As embalagens dos produtos também foram reformuladas com a nova identidade visual da marca, muito mais moderna e colorida. A marca faz parte da Avert Laboratórios, divisão da Biolab Farmacêutica.

“Com o reposicionamento queremos mostrar que Acnase é a autoridade quando o assunto é o combate a cravos e espinhas. Isso, acompanhado de um portfólio completo de produtos, com lançamentos que possuem muita tecnologia e, principalmente, aproximando o discurso dos millennials, chamando esses jovens para um diálogo aberto em diversas plataformas”, explica Marcelo Barbosa, Gerente de Marketing.

O Grupo Rái — um dos maiores grupos independentes de comunicação do país – é o responsável por toda a comunicação da Acnase, envolvendo publicidade e propaganda, mídias sociais, conteúdo e assessoria de imprensa. “A comunicação omnichannel desenvolvida pelo nosso Grupo, tem como objetivo destacar a Acnase como referência no setor em que atua. Queremos apresentar o novo conceito e aproximar a marca de seus consumidores e com isso, elevar ainda mais sua posição no mercado”, explica o CEO da agência, Fabio Burg.

Com uma linguagem atual e contagiante, no filme uma jovem se vê em um bem-humorado pânico ao descobrir uma acne em seu rosto. O letreiro animado “Com que cara eu vou?” acompanha seu desespero e, sem saber o que fazer, logo em seguida um divertido emoji cobre seu rosto. Essa situação deflagra uma série de outras onde os mais diferentes jovens se deparam com acnes, e da mesma maneira vemos novos emojis cobrindo os rostos, afinal as acnes estão entre os motivos de grande constrangimento entre a faixa etária adolescentes. Mas ao final, a solução é apresentada: ‘Não inventa. Vai de Acnase’.Os filmes também destacam a exclusiva tecnologia Acnase e que a marca é a única com o benefício Pró-skin (limpa, hidrata e protege).

“Nosso grande desafio é alcançar a credibilidade de nossos consumidores e autenticidade da marca que vai desde o processo de desenvolvimento de novos produtos, junto a área de P&D, passando por todo o controle de qualidade e terminando com a comunicação integrada que colocamos ao ar, chamando os jovens para um diálogo aberto em diversas plataformas”, revela Barbosa. A campanha também é composta por materiais de PDV.

Com presença nas redes sociais, em diversas plataformas, como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, a marca investe em uma linguagem específica e descontraída em cada ferramenta, e em muitos elementos, como hashtags, memes e emojis. “A estratégia e o forte investimento no universo digital é muito importante nesse processo de reposicionamento. Será a ponte mais próxima entre a empresa e os jovens que utilizam Acnase”, completa o gerente da marca.

Os filmes de 30”e 15” iniciam a sua veiculação na sexta-feira dia 20 de outubro em PayTv. Entre eles, History, Discovery H&H, FOX, FX, GNT, Mega Pix, Multishow, Universal Channel, , Cinemax, Sony, AXN, Space, TNT, Warner e MTV. | https://www.youtube.com/watch?v=q8nfKHXJ8E4.

Campanha Acnase.: Anunciante: Acnase – Biolab Sanus Farmacêutica Ltda| Agência: Grupo Rái | Produto: Acnase | Título: Acnase de Cara Nova. A sua. | Duração: 30” e 15” | VP de criação: Mauricio Cavalcanti e Guilherme Fleury | Diretor de criação: Ricardo Domingues, Marcos Dyonisio e Lucas Adam | Criação: Mauricio Cavalcanti, Guilherme Fleury, Ricardo Domingues, Marcos Dionisio, Ayron Rotta | RTV: Rose Jimenes | Diretora de Atendimento: Bia Magalhães | Atendimento: Alessandra Bertone, Caroline Maria | Aprovação cliente: Marcelo Barbosa, Luis Faloppa | Diretor de cena: Thiago Vieira Bozzo | Fotografia: Bruno Tiezzi | Montador: Caio Martins | Motion: Rafael Falleiros Mareze | Produtora de Áudio: Lucha Libre | Diretor de Planejamento: IvoVieira | Planejamento Online: Beatriz Sano | Diretora de Mídia: Renata Amarello | Mídia: Fabíola Costa | Diretora de Atendimento Online: Cléia Barros | Atendimento Online: Simone Tavares, Victoria Scarsi, Ana Sheila | Mídia Online: Renan Vieira, Guilherme Pontes | Tecnologia: Isaac Santos, Emerson Garcia | Operações: Laís Virgílio| User Experience: Daniel Ciccarelli | Growth Hacker: Tiago França.

Acnase — No mercado há mais de quarenta anos, Acnase é reconhecida pelos produtos de alta tecnologia no combate a cravos e espinhas. Conta com mais de 10 tipos de soluções para a pele de acordo com as necessidades do consumidor, dentro das linhas de limpeza, medicamento e emergência, que contemplam sabonetes, gel esfoliante, loção adstringente, cremes, entre outros. Acnase é a única marca com o registro Pró-skin (limpa, hidrata e protege) e com a exclusiva nanotecnologia utilizada na composição de alguns dos produtos. A marca está inserida no segmento de Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (MIP), e desde 2011, pertence a Avert Laboratórios, divisão da Biolab Farmacêutica – uma das 10 maiores empresas de medicamentosdo Brasil.

Fonte: Portal fator Brasil

Acesse guia de resistência microbiana em serviços de saúde

Plano de Ação da Vigilância Sanitária em Resistência aos Antimicrobianos da Anvisa tem como foco ações de prevenção e o controle dos casos no país.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 03/11/2017 15:42
Última Modificação: 03/11/2017 15:59

Já está disponível, no Portal da Anvisa, o Plano Nacional para a Prevenção e o Controle da Resistência Microbiana nos Serviços de Saúde. O documento, que é direcionado às ações específicas dos serviços de saúde, tem como foco o estabelecimento de ações de prevenção e controle. O Plano Nacional detalha as atividades descritas no Plano de Ação da Anvisa para serviços de saúde e adiciona outros atos específicos que corroboram para alcance do objetivo maior, que é definir estratégias nacionais para detecção, prevenção e redução da Resistência Microbiana (RM) em serviços de saúde.

Este Plano está organizado em três partes: plano estratégico, plano operacional e plano de monitoramento. O documento segue as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e foi elaborado para ser executado nos próximos cinco anos, com previsão de avalições anuais que indicarão os ajustes necessários.

Com a implementação das ações previstas, a Anvisa espera reunir esforços de todo os segmentos do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), gestores e profissionais de saúde no enfretamento desse grande desafio para os serviços de saúde do país.

Crise

A resistência microbiana é reconhecida como uma das principais ameaças à saúde pública em todo o mundo. Seu impacto é sentido em todas as áreas da saúde e afeta toda a sociedade. Embora a resistência microbiana aos antimicrobianos seja um fenômeno natural, ela tem sido exacerbada pelo uso indevido de antimicrobianos, por Programas de Prevenção e Controle de Infecções deficientes ou inexistentes, uso de antimicrobianos de baixa qualidade, insuficiente suporte laboratorial, vigilância inadequada e precária aplicação de regulamentos para assegurar o acesso a antimicrobianos de qualidade e com uso apropriado.

Atenta a esta crise, a Assembleia Mundial da Saúde, de maio de 2015, adotou um Plano de Ação Global Sobre a Resistência Antimicrobiana. Este projeto ressalta a necessidade de uma abordagem efetiva “saúde única” que envolva a coordenação entre numerosos setores e atores internacionais, incluindo medicina humana e veterinária, agricultura, finanças, meio ambiente e consumidores.

Pautada nos compromissos internacionais e nacionais, a Anvisa colaborou com a elaboração do Plano brasileiro, que foi apresentado pelo Ministro da Saúde durante a reunião da OMS em maio deste ano. Também desenvolveu o Plano de Ação da Vigilância Sanitária em Resistência aos Antimicrobianos, que norteará a atuação da Agência frente a esse problema mundial. Nele estão expostas estratégias de diferentes campos da vigilância sanitária, como alimentos, serviços de saúde, laboratórios, entre outros.

A Anvisa, coordenadora nacional das ações para prevenção e controle dessas infecções, vem elaborando o plano de enfrentamento da resistência microbiana com o apoio de diversos especialistas no tema de todo Brasil desde 2014. Para isso, segue a metodologia orientada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, em 2015, a OMS publicou novas diretrizes para a elaboração desses Planos. Por isso, foi necessário que o grupo de profissionais que estava elaborando o Plano realinhasse trabalho com o Plano Nacional, com Plano da Vigilância Sanitária e com o Programa Nacional de Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS) 2016-2020.

Anvisa sedia fórum internacional sobre genéricos

O encontro reuniu reguladores deste tipo de medicamento para debater processos de trabalho e práticas regulatórias

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 03/11/2017 17:34
Última Modificação: 03/11/2017 17:58

A Anvisa sediou a 6ª Reunião do IGDRP – International Generic Drugs Regulators Programme. O evento, que ocorreu entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, é um fórum internacional de reguladores de medicamentos genéricos que discute processo de trabalho e melhores práticas regulatórias na área, com um possível compartilhamento de informações.

O IGDRP possui dois Grupos de Trabalho:
Grupo da Qualidade, com foco em Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA); Grupo de Bioequivalência, com foco em Bioisenção

No último dia do encontro, ocorreu o workshop Regulatory Collaboration, IGDRP and Emerging Issues and Challenges in Generic Medicines. A reunião contou com a participação de palestrantes internacionais.

No evento, foi dada uma visão geral das atividades do IGDRP, como grupos de trabalho, comitê diretivo e projeto piloto de compartilhamento de informações. Houve, também, uma apresentação do setor produtivo e apresentações do trabalho realizado pelo European Directorate for the Quality of Medicines and HealthCare (EDQM) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O que é o IGDRP?

O IGDRP é um foro internacional de reguladores que trata da regulação de medicamentos genéricos.

Participam do IGDRP as seguintes Agências Reguladoras (ARs):
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (Brasil) China Food and Drug Administration (CFDA) European Coordination Group for Mutual Recognition and Decentralized Procedures -Human (CMDh) / European Commission (EC) / European Medicines Agency (Ema) European Directorate for the Quality of Medicines and Healthcare (EDQM) (Observer) Federal Commission for the Protection against Sanitary Risk (COFEPRIS) (Mexico) Federal Service for Surveillance in Healthcare and Social Development (Roszdravnadzor) (Russia) Health Canada (HC) Health Sciences Authority (HSA) (Singapore) Instituto Nacional de Vigilancia de Medicamentos y Alimentos (Invima) (Colombia) Medicines Control Council (MCC) (South Africa) Ministry of Food and Drug Safety (MFDS) (South Korea) Ministry of Health, Labour and Welfare (MHLW) / Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA) (Japan) Swissmedic (SMC) (Switzerland) Taiwan Food and Drug Administration (TFDA) Therapeutic Goods Administration (TGA) (Australia) United States Food and Drug Administration (US FDA) (Observador) World Health Organization (WHO) (Observador)

A busca das Agências Reguladoras e dos Organismos Internacionais por formas mais eficientes para cumprirem sua missão, considerando as limitações de recursos, contribuíram para a idealização do piloto do IGDRP, que foi oficialmente criado em 2012 com duração de 3 anos. A partir de 2015, o projeto tornou-se programa.

A Missão do IGDRP é promover a colaboração e a convergência regulatória de medicamentos genéricos de forma a fortalecer a capacidade das autoridades sanitárias em cumprir seus mandatos. O objetivo é facilitar o uso eficiente dos recursos e o acesso rápido à medicamentos genéricos seguros, eficazes e de qualidade.

Os objetivos do IGDRP são:
Criar condições que permitam aumentar a colaboração entre as ARs; Fomentar discussões técnicas entre os pares de forma a ampliar as visões no momento de lidar com questões técnicas e regulatórias; Promover um maior alinhamento das abordagens regulatórias e dos requisitos técnicos baseados em padrões internacionais e melhores práticas; Promover a adoção de abordagens baseadas em risco, com dados científicos no desenvolvimento e regulação de medicamentos genéricos. Promover o aumento da eficiência, consistência e previsibilidade nas análises e decisões técnicas; Aumentar a comunicação, troca de informação levando a um aumento do compartilhamento de trabalho e confiança mútua na análise realizada por outra agência reguladora; Reduzir a carga regulatório sem comprometer a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos genéricos; Promover transparência e clareza dos requerimentos e processos regulatórios.

O grupo é composto de um comitê diretivo e por grupos de trabalho.

A Anvisa participa do IGDRP desde 2012.
Próximos passos

O IGDRP e o International Pharmaceutical Regulators Forum (IPRF) decidiram pela junção dos dois fóruns internacionais, que deve ser oficializada a partir de janeiro de 2018.

Os grupos de trabalho continuarão com seus mandatos e suas atividades em andamento.

Brasil terá 1º medicamento nacional contra o câncer

Hospital de Câncer de Barretos participa de projeto que testará novo fármaco em breve

Elton Rodrigues

O Brasil está prestes a testar o que pode ser o primeiro medicamento totalmente brasileiro para o tratamento do câncer. A novidade foi anunciada pelo médico Luis Eduardo Rosa Zucca, mestre em Oncologia e coordenador médico do Departamento de Oncologia Clínica do Hospital de Câncer de Barretos (HC), durante o Seminário "Câncer – Prevenção, Tratamento e Pesquisa".

Explicando que ele ainda não poderia dar detalhes sobre a nova droga, ele comentou que o medicamento foi desenvolvido pelo Instituto Butantan e será testada em breve no HC de Barretos e em um hospital de São Paulo. Já existem no hospital de Barretos 75 estudos clínicos de medicamentos contra o câncer. Um medicamento desse demora de dez a 15 anos para ser desenvolvido, testado e aprovado.

Luiz Zucca abriu o Seminário falando sobre "Bate papo sobre pesquisa clínica". Ele comentou que há muitas fórmulas caseiras usadas popularmente para tratar o câncer e que precisam ser efetivamente pesquisadas para se definir se há real capacidade terapêutica ou não.

“Já me perguntaram de babosa ou outras ervas medicinais funcionam. A resposta é que não sei. Elas nunca foram testadas. Nunca houve pesquisa clínica para ver se é segura e eficiente. Muitas coisas são vendidas como promessa de que curar o câncer e esses comerciantes se apegam ao fator emocional do paciente”, disse.

O especialista afirma que estudos mostram que algumas plantas são eficientes, inclusive dando origem a medicamentos. É o caso da vinca (gênero de erva lenhosa, da família das apocináceas) e do teixo (planta de origem europeia, da família das taxáceas).

“São produtos que passaram por estudo em laboratório e depois foram para pesquisa clínica (nos pacientes). Hoje sabemos que dão origem a quimioterápicos. Minha crítica é para medicamentos que não foram totalmente testados, como é o caso da fosfoetanolamina. Ela só tinha passado pela fase pré-clínica, sem ser testada em humanos”, afirmou.

A fosfoetanolamina é um medicamento que vinha sendo anunciado como promessa para tratamento do câncer, mas o remédio não passou por todas as etapas de validação e liberação. Em março deste ano o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) anunciou que decidiu suspender a inclusão de novos pacientes nos testes clínicos devido à ausência de “benefício clínico significativo” nas pesquisas realizadas até o momento.

Zucca explicou que, para que um medicamento possa ser comercializado, ele é submetido a

um rigoroso processo de pesquisa, desenvolvimento e testes de segurança para só depois passar para a fase clínica, que é quando começa a ser testado em humanos. “Nosso estudo é muito sério. Todos passam por um comitê de ética. Primeiro tem a fase de tolerância, depois de toxicidade e por último é comparado com o que há de mercado para saber se é mais eficiente ou não”, disse.

De acordo com o especialista, os pacientes do HC têm a vantagem de poder receber essas drogas antes que passem a ser comercializadas. “Na semana passada foi aprovado mundialmente um medicamento para tratamento de câncer de bexiga que foi testado no HC. Já recebemos mais de 300 remédios para estudo e muitos viraram medicação”, afirmou.

Burocracia

O oncologista explica que o Brasil responde por apenas 3% das pesquisas mundiais de medicamentos de combate ao câncer e que esse baixo número está relacionado à burocracia brasileira. “Nos Estados Unidos demoram três meses para conseguir uma autorização, enquanto aqui tem de esperar um ano”, disse.