Supermercados Boa inaugura loja em Sorocaba

Com mais de onze lojas instaladas em cidades da região de Jundiaí, a Rede de Supermercados Boa inaugura sua unidade em Sorocaba neste mês de dezembro. Passa a ocupar o prédio onde antes estava instalada a Casa de Materiais para Construções Barcelona, na rua Coronel Nogueira Padilha, zona leste. O empreendimento deverá gerar 250 empregos diretos e indiretos. O estacionamento terá capacidade para 150 vagas. A data exata da inauguração ainda não foi definida, segundo informou o Departamento de Marketing da empresa.

Este é o terceiro empreendimento do setor inaugurado este ano na cidade. Antes, entraram funcionamento lojas da rede Pão de Açúcar e Tauste (a segunda). O vice-presidente da regional da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Marcos Leandro Tozi diz que os registros atestam a mudança de perfil do mercado. Até então, predominavam os hipermercados; hoje são os grupos supermercadistas que apostam no potencial de negócios aqui existente.

Sorocaba, diz Tozi, é uma das principais cidades do interior, exemplo de conurbação e, portanto, foco de investimento do setor supermercadista. “Isto porque apresenta boa renda per capita, demografia privilegiada e incentivos municipais atraentes. Além disso, apresenta bom índice de crescimento de mercados de vizinhança, mostrando boas perspectivas de crescimento do ramo.” Esses fatores também orientaram a decisão da Rede Boa. Foi com base em estudos desenvolvidos e análises de público à renda per capta da população, que a marca decidiu basear a primeira filial no município.

Supermercados esperam crescimento de vendas de 8,34% no Natal

05 Dezembro 2017 15:00

Segundo pesquisa, os varejistas estão otimistas e esperam que as vendas superem as expectativas

Apesar da retomada lenta da economia, os supermercados se preparam para um fim de ano marcado pela estabilidade. A Pesquisa Natal 2017, realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), revela que a projeção do crescimento nominal das vendas no Natal é de 8,34%. Apesar do número ser 1,22% menor em relação ao ano passado, em termos gerais os varejistas estão otimistas e esperam que as vendas superem as expectativas.

A especialista em promoções e precificação, Marcela Graziano, CEO da Smarket, defende que o cenário de estabilidade exige, mais do que nunca, que os comerciantes analisem o comportamento dos produtos para tomarem decisões corretas. "Como a procura por produtos não será crescente, é importante que sejam feitas ações para promover as mercadorias que atraiam os clientes para gerar um maior volume de vendas", ressalta Marcela.

Do panetone ao espumante

Apesar da projeção menor do que a do ano passado, a expectativa dos comerciantes é que as vendas de produtos típicos de Natal, como frutas, panetone e bebidas, cresça em relação à 2016. Para tanto, muitos apostam em promoções que estimulam a compra de determinados produtos – concentrando o lucro na quantidade e não no valor único de uma mercadoria.

Marcela alerta para a realização correta das ofertas: "uma dica importante é não promover absolutamente todos os itens. Por exemplo, se o varejista tiver promoção de peru, chester, cerveja, refrigerante, espumante, frutas secas e todo o mix que é vendido no Natal, como irá recompor sua margem? É preciso escolher com muito critério quais itens terão o papel de atrair os consumidores e quais itens não têm uma percepção de preço tão forte para que, nesses, ele possa posicionar seu preço de forma adequada, mas sem comprometer sua margem".

Para gerar maior lucro e superar a projeção de vendas no Natal, de acordo com a especialista, o segredo é investir em promoções estratégicas, sem correr o risco de perder produtos e incentivar a venda das mercadorias tradicionais da época.

Empresa de e-commerce coordena ação colaborativa entre indústrias e supermercados

A venda de itens de supermercados pela internet tem crescido em uma velocidade muito grande nos últimos meses. O novo consumidor quer mais agilidade na busca de itens, não quer perder tempo em filas e, se possível, receber sua compra em casa. Isso já é possível através de sites e aplicativos de celular, como o SiteMercado.

São Paulo, SP

Categoria: Internet

Autor: DINO
Data de Publicação: 05/12/2017

O SiteMercado, empresa de e-commerce especializada em supermercados, lançou recentemente a ação "Prateleira Digital". Essa iniciativa tem repercutido positivamente entre as indústrias e supermercados, pois traz conceitos de colaboração entre as partes, e que geram valor para toda a cadeia no médio e longo prazo.

Na "Prateleira Digital", as indústrias acessam as informações sobre seus produtos disponíveis para venda em supermercados online e podem sugerir atualizações de descrição do item ou mesmo atualizar fotos. "A participação da indústria nesse processo é fundamental pois ela é a guardiã da marca, e sua estratégia de comunicação com o consumidor deve ser executada sem interferências", afirma Rubens Nagao, do SiteMercado.

O SiteMercado tem 120 supermercados online em sua plataforma e, com a "Prateleira Digital", a expectativa é que o reforço das marcas seja maior, contribuindo para o aumento das vendas. Além disso, uma única atualização de produto é replicada automaticamente para todas as lojas parceiras do SiteMercado, resultando em um grande ganho de produtividade.

A venda de itens de supermercados pela internet tem crescido em uma velocidade muito grande nos últimos meses. O novo consumidor quer mais agilidade na busca de itens, não quer perder tempo em filas e, se possível, receber sua compra em casa. Isso já é possível através de sites e aplicativos de celular, como o SiteMercado.

A ação "Prateleira Digital" pode ser acessada por todas as indústrias e seus distribuidores, através do endereço http://ads.sitemercado.com.br.

Website: http://www.sitemercado.com.br

All Nuts lança linha exclusiva para veganos

Terça, 05 Dezembro 2017 18:48 Escrito por Amanda Pires
São mais de 60 opções de alimentos de origem vegetal, incluindo cereais, grãos e frutas desidratadas

E-commerce especializado em alimentos saudáveis, a All Nuts, acaba de criar diversos produtos focados na dieta vegana. Não faz parte desta dieta qualquer tipo de alimento com origem animal. No total, são 62 itens disponíveis para compra no site (www.allnuts.com.br) e que possuem quatro opções de tamanho de embalagem: pacotes de 250g, 500g, 750g e 1kg.

All Nuts foi criada no início desse ano e tem o objetivo de oferecer opções de produtos saudáveis. São 10 linhas de produtos, vegano, sem glúten, sem lactose, vegetariano, integral, low carb, orgânico, emagrecedores, fitness e 0% açúcar.

“Somos uma empresa contemporânea procurando conversar com as pessoas da atualidade. Acreditamos que uma alimentação equilibrada é o principal pilar para garantir uma vida com muito mais energia, saúde e disposição. Nossos produtos seguem as leis da natureza: frescos, nutritivos e produzidos pela nossa terra”, afirma Geraldo Morimoto, diretor Executivo da empresa.

Sobre a All Nuts:
Empresa especializada em produtos saudáveis. Possui 300 produtos, divididos em 10 linhas. Com sede em São Paulo, investe sempre em oferecer produtos de alta qualidade, cuidadosamente selecionados e embalados para os seus clientes. Valoriza a naturalidade de cada ingrediente com a mínima ou sem intervenção artificial. All Nuts, saudável por natureza.

Quintiq desafia a indústria a otimizar processo produtivo de alimentos

05/12/2017 Tecnologias

No mercado de laticínios, as margens de lucro são baixas, de modo que qualquer melhoria atingida no planejamento da cadeia de produção pode ajudar a evitar erros e desperdício na produção, refletindo também na rentabilidade do negócio.

Com um software voltado para o planejamento e otimização de todo o processo produtivo de alimentos e bebidas, a Quintiq, líder de tecnologia que ajuda as empresas em seus desafios de planejamento em toda a cadeia de suprimentos, seja na produção, vendas e operações ou logística, participou na última semana (30/11 a 1/12) da Dairy Vision, em Curitiba (PR), um dos principais eventos para o Mercado de Laticínios.

Uma marca da Dassault Systèmes, a Quintiq apresentou inovações do seu software, que suportam as melhorias nos planejamentos da cadeia, como o recurso de análise preditiva que pode utilizar fatores ambientais e circunstanciais, por exemplo, para melhorar e prever o impacto que estes fatores terão na cadeia de suprimentos.

Vídeo demonstra como a empresa soluciona problemas na cadeia de produção

Também o recurso de algoritmos de machine learning que analisa históricos passados para ajudar na tomada de decisões mais assertiva, e que também proporcionam à cadeia de suprimentos mais assertividade nos planejamentos.

Tecnologias avançadas de otimização que permitem avaliar múltiplos cenários com milhões de variáveis, obtendo os melhores resultados possíveis para atingir os objetivos de negócios do mercado de Alimentos e Bebidas.

Algumas dessas tecnologias foram apresentas no estande, onde os participantes tiveram uma experiência em primeira mão dos benefícios das soluções mediante uma proposta de gamificação. O Game desafiou os participantes do evento a encontrar o planejamento ótimo de produção na indústria de laticínios.

Cafés especiais serão destaques em feira que acontece nesta semana, em Vitória

Os brasileiros são os segundos maiores consumidores de café no mundo. A bebida está presente em 98% das residências brasileiras, graças ao aumento do mercado de quase 20%, nos últimos anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Como alternativa aos tradicionais, os cafés especiais têm ganhado o gosto dos capixabas. Em Vitória, quem busca por um sabor diferenciado, poderá encontrar a iguaria na Feira Sabores da Terra, que acontece de 8 a 10 de dezembro, na Praça do Papa.

Processo de colheita e produção especial

O sabor único dos cafés especiais é o principal atrativo do produto. Vanildo Pagio, proprietário da Café Jatobá, conta que a altitude da região das montanhas, combinada com um processo de colheita e produção especial, dá ao café um sabor mais suave em relação ao tradicional. “Quem bebe uma xícara de um café especial quer repetir a dose, porque ele é menos amargo”, explica o produtor.  A bebida com nuances cítricos, caramelados e até mesmo achocolatados estará disponível na Sabores da Terra.

A venda de cafés diferenciados, que abrange aqueles produtos com qualidade superior ou que têm certificado de práticas sustentáveis e inclui os cafés especiais, atingiu US$ 3,7 bilhões de janeiro a setembro deste ano de acordo com dados do Boletim Mensal do Cecafé.

Geração de renda

Os produtores capixabas estão otimistas com esse setor já que o valor médio é quase 25% superior ao da commodity. “Temos visto muita vantagem na produção de cafés especiais, já que o consumidor tem procurado bastante”, conta Pagio. Somente nos primeiros nove meses do ano, a venda gerou US$ 682 milhões de receita cambial, com preço médio de US$ 200,94 por saca, 24,4% superior ao preço médio dos cafés naturais/médios que foi de US$ 161,57.

O investimento para inovar e se destacar neste mercado em ascensão tem sido uma das prioridades dos grupos produtores. “Um café especial deve ser feito com o carinho da produção de um alimento. Temos feito pesquisas para trazer novidades e oferecer ainda mais qualidade para o consumidor “, comenta Ronaldo Pansini, gestor da Família Venturim.

Serviço

A Feira Sabores da Terra é aberta ao público, com entrada gratuita, e acontece entre os dias 8 e 10 de dezembro, na Praça do Papa, em Vitória. O evento é uma realização do Sebrae – ES.

Em cinco meses, Brasil registra 65 novas cervejarias artesanais

Sabores marcantes e característicos. O reconhecimento da qualidade das cervejas artesanais aumenta a cada dia. Até o mês de junho eram 610 empresas nessa categoria e – em apenas cinco meses – foram mais 65 novos registros, somando 675. A informação sobre o crescimento de 10% no número de cervejarias foi obtida pela Associação Brasileira das Cervejarias Artesanais (Abracerva) junto ao Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA).

A Abracerva acredita que esse crescimento é apenas um reflexo do que está por vir. “O mercado está amadurecendo e a demanda do consumidor aumentando. A busca por produtos categóricos mostra que a exigência do cliente reflete na qualidade dos fabricantes”, afirma o presidente da entidade.

É importante salientar que as empresas ciganas não se enquadram na estatística do MAPA. A maior parte da fabricação das bebidas se concentra nas regiões Sul e Sudeste, porém todas as regiões do Brasil estão investindo nesse tipo de produção. Para Lapolli, o paladar dos consumidores está mais refinado, o que torna o mercado das artesanais mais competitivo. “Hoje, a maioria dos bares oferece cervejas artesanais em razão da demanda dos consumidores. Muitos bares estão optando por disponibilizar apenas rótulos artesanais independentes ao invés dos comerciais”, diz.

Ele explica que há espaço para o crescimento e não é necessário um investimento exorbitante para o surgimento de novas cervejarias. “Normalmente a produção se inicia como ciganas. Assim, o consumidor pode optar por novos rótulos e as fábricas têm a opção de começar terceirizando o trabalho”, explica.

BNDES financia com R$ 27,7 milhões expansão da CBL Alimentos, líder em leite e derivados na região Nordeste

Empresa investe na modernização de fábricas no Ceará e em Pernambuco.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de financiamento de R$ 27,7 milhões à CBL Alimentos para modernização das linhas de produção de leite e produtos lácteos das unidades localizadas em Morada Nova (CE) e Pedra (PE), com ampliação da capacidade de produção, e capital de giro associado ao projeto.

Os recursos do BNDES representam 76% do total a ser investido no projeto, com conclusão prevista para setembro do ano que vem e que contempla a aquisição de máquinas e equipamentos e adequação das duas plantas industriais. Serão ampliadas as linhas de leite longa vida, as de iogurtes e outros fermentados, requeijão, manteigas e queijos.

Os investimentos deverão gerar 386 empregos diretos, ampliando os quadros da empresa para 1.844 funcionários, e 1.930 postos de trabalho indiretos, elevando o total de trabalhadores empregados indiretamente para 9.220.

Apoio ao setor – O BNDES apoia o investimento em todas as etapas da cadeia do leite: em 2016, o apoio total ao setor chegou a R$ 1,245 bilhão, incluindo não só a produção de leite no campo (principal segmento apoiado pelo Banco), mas também seu processamento (leite UHT/pasteurizado e outros produtos, como manteigas, queijos e iogurtes) e distribuição aos pontos de venda.

Os financiamentos beneficiaram pessoas físicas, cooperativas e empresas privadas. As principais linhas demandadas foramas do Pronaf, Pronamp e Procap Agro. De janeiro a outubro deste ano, o apoio do Banco ao setor leiteiro está em R$ 1,033 bilhão.

A empresa — Fundada em 1986, em Fortaleza, com o nome de Companhia Brasileira de Laticínios, a atual CBL Alimentos S.A. atua no beneficiamento de leite, produção de leite em pó e de diversos produtos lácteos.

A CBL atende desde grandes redes, como Carrefour, Wallmart e Pão de Açúcar, até pequenos e médios supermercados, com as marcas Betânia, Jaguaribe e Lebom.

Apis Flora apresenta portfólio de produtos funcionais para o verão

Terça, 05 Dezembro 2017 16:54 Escrito por Fabiola Ribeiro

Linhaça dourada, semente de chia e Apis pólen trazem benefícios ao corpo e à saúde

O verão está chegando e daí começa a correria para o “projeto verão”, para perder aqueles quilos indesejáveis, para as pessoas se sentirem bem com seu próprio corpo e aproveitar as estações mais quentes. A Apis Flora, líder do mercado no segmento de mel, própolis, extratos vegetais e produtos apifitoterápicos, possui alimentos funcionais que ajudam na dieta: Linhaça Dourada, Sementes de Chia e Apis Pólen.

“Nossos alimentos funcionais são 100% naturais e sem aditivos, ajudando no emagrecimento. Além disso, possui minerais, aminoácidos e vitaminas importantes para a saúde”, afirma a gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação, dra. Andresa Berretta.

A linhaça dourada e as sementes de chia são ricas em fibras, ômega 3 (ácido graxo essencial para o organismo), além de auxiliarem no processo de perda de peso e no controle da glicemia. Já o Apis Pólen é um produto desidratado, em que o processo é realizado assim que o pólen das colmeias é recolhido pelo apicultor. Rico em aminoácidos, carotenos (Vitamina A) e rutina (Vitamina P), ele pode ser usado como suplemento de proteínas, para quem precisa repor no organismo ou pratica atividades físicas regularmente.

Os produtos podem ser encontrados nas casas de produtos naturais, supermercados e algumas farmácias. O preço sugerido da Linhaça Dourada é de R$ 11,90, da Sementes de Chia é de R$6,90 e do Apis Pólen é de R$29,90.

Sobre a Apis Flora

A Apis Flora é líder no mercado nacional no segmento de própolis, mel e extratos de plantas medicinais desde sua fundação, em 1982. Com dedicação e visão empreendedora de seus fundadores, o agrônomo Manoel Eduardo Tavares Ferreira e o químico Antônio Carlos Meda, a empresa cresceu de forma organizada e sustentável. Atualmente possui mais de 6 mil pontos de venda e está presente em todo o Brasil. Possui mais de 100 produtos acabados em seu catálogo e é fornecedora de insumos para indústria farmacêutica, de alimentos e cosméticos. Nos últimos anos, ganhou relevância entre outras empresas do segmento de apifitoterápicos e de alimentos funcionais no mundo. Hoje, exporta para 20 países, entre eles China, EUA, Japão e Argentina.

Orgânicos despertam apetite de investidores; mercado rende R$ 4 bi por ano

Nestlé, Unilever e fundos de private equity miram o setor de produtos sustentáveis, que movimenta R$ 4 bilhões por ano no Brasil, de palmito e azeite a massas e vinho

postado em 06/12/2017 06:00 / atualizado em 06/12/2017 01:37

Paula Pacheco

São Paulo — Todo mês, o presidente da Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável), Ming Liu, recebe pelo menos quatro consultas de fundos de private equity interessados em investir no setor. Eles buscam empresas inovadoras que tenham faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. A missão não é fácil, já que boa parte dos negócios estão nas mãos de companhias de pequeno porte. Por isso, Liu tenta convencê-los a buscar empreendimentos menores, mas que tenham grande potencial para crescer.

Um dos negócios recentes que confirmam o interesse de grandes grupos nos orgânicos brasileiros foi a venda da Mãe Terra para a Unilever. Fundada em 1979, a Mãe Terra atua no segmento de produtos orgânicos e naturais e tem uma receita anual da ordem de R$ 100 milhões. O acerto levou um ano para ser fechado e foi anunciado em outubro sem revelar valores. Na ocasião, o presidente da Unilever, Fernando Fernandez, informou que o plano da multinacional é acelerar a expansão da Mãe Terra, que já vinha crescendo à taxa média de 30% nos últimos anos. Isso deve ocorrer com o aproveitamento das sinergias entre as duas empresas. Segundo a Unilever, o objetivo é dobrar a distribuição da marca em um curto período de tempo. Alexandre Borges, fundador da Mãe Terra, vai continuar à frente do negócio.

O potencial é mesmo gigantesco. Estima-se que os orgânicos movimentem por ano entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões no Brasil. Nos Estados Unidos, o valor passa de R$ 60 bilhões. Uma pesquisa recente mostrou que 15% dos brasileiros das principais capitais consomem esses produtos regularmente — o maior mercado é a região Sul, que registra o dobro da média nacional.

Em 2014, a marca paranaense Jasmine, especializada na produção de alimentos funcionais, foi vendida para a farmacêutica japonesa Otsuka, que passou a exercer o controle sobre a empresa por meio da subsidiária francesa Nutrition&Santé. No ano passado, seu faturamento foi de R$ 135 milhões e neste ano foram investidos R$ 10 milhões na produção de pães sem glúten, uma das apostas da companhia no exterior e no Brasil.

Outra multinacional que busca aproveitar o crescimento consistente dos orgânicos é a Nestlé. Há pouco mais de um ano, a multinacional suíça passou a incentivar a produção de leite orgânico e começou a desenvolver um projeto com agricultores da região de Araraquara (SP). O gado leiteiro não pode consumir alimentos que tenham utilizado adubo químico ou agrotóxico e deve ser medicado com homeopatia ou fitoterápicos.

Quando o projeto foi apresentado, 50 produtores de leite se interessaram em aderir, mas apenas 11 entraram na fase inicial porque nem todos tinham condições de adequar a propriedade às exigências para obter a certificação orgânica. Agora, já são 27 fazendas contratadas, que produzem 21,5 mil litros por dia. O projeto faz parte da iniciativa da empresa, em parceria com a Embrapa Sudeste e o Instituto Mokiti Okada, de incentivar a produção de leite orgânico em larga escala no Brasil e influenciar toda a cadeia do produto. O plano é alcançar 30 mil litros por dia no primeiro semestre de 2019, quando passará a comercializar o leite orgânico.

Fiel e engajado
“Grupos como Coca-Cola, Mondelez, Danone, Kellog’s, Pepsi e Nestlé têm se movimentado nessa direção no exterior, por isso é de se esperar que haja uma procura por negócios no Brasil ligados a linhas naturais”, diz Ming Liu. O foco dos investidores, segundo ele, são empresas inovadoras em suas áreas de atuação. O problema, diz, é o tamanho que esses negócios devem ter para se encaixar nos planos dos investidores. “Isso restringe as buscas a poucas empresas. Hoje temos marcas como a Native, do Grupo Balbo, que é a maior produtora de açúcar orgânico do mundo, e a biO2, que atua no segmento de cereais”, diz.

A Native foi pioneira no lançamento do açúcar orgânico, há duas décadas. Na época, a mudança na forma de produção da cana-de-açúcar incomodou outros usineiros, que seguiam o método tradicional e consideravam o empresário Leontino Balbo um louco por reflorestar as áreas desmatadas e fazer o controle de pragas de forma natural. Hoje em dia, a empresa tem uma família de produtos, que vai do café ao achocolatado.

Em parte, o aumento da oferta de produtos orgânicos no país tem a ver com a demanda do varejo, explica Susy Yoshimura, gerente de sustentabilidade do Pão de Açúcar. A empresa começou a comercializar esse tipo de produto há duas décadas e hoje, segundo a executiva, as lojas oferecem alternativas orgânicas na maioria das categorias — desde itens como palmito, azeite, sucos, biscoitos e massas, até os mais inusitados, como água de coco, energético, macarrão integral e vinho. São cerca de 1 mil itens cadastrados em toda a rede, vindos de aproximadamente 100 fornecedores, e desde 2011 há gôndolas exclusivas para expor essas mercadorias.

Apesar dos efeitos do aumento do desemprego no país, Susy diz que as vendas de orgânicos — que custam mais que os produtos tradicionais — não estão expostas às condições da economia. “Os compradores de orgânicos são fiéis e já consolidaram a categoria em sua cesta frequente de compras, dificilmente fazendo substituições. Trata-se de um consumidor engajado, que valoriza os orgânicos e os consideram essenciais para a saúde e o bem-estar.”