Audiência pública debaterá abertura de supermercados aos domingos

Taís Nakakura

04/12/2017 às 12:50 – Atualizado em 04/12/2017 às 12:50

A Câmara Municipal de Maringá receberá, nesta quarta-feira (6), uma audiência pública para debater a regulamentação do funcionamento do comércio varejista aos domingos e feriados, em especial, as farmácias e supermercados. O evento começa às 19h, no plenário Ulisses Bruder.

Um dos principais motivos para a audiência foi a autorização judicial que permitiu que os supermercados abrissem aos domingos, em Maringá. A medida foi criticada pela Arquidiocese de Maringá, que, juntamente com o vereador Carlos Mariucci, propôs o debate, representada pelo Conselho de Leigos e Leigas. A Igreja alega que essa medida afeta o direito ao descanso junto à família e à participação nas missas, no dia dedicado a Deus, segundo a tradição católica.

Mariucci afirma que já apresentou um projeto de lei não proibindo a abertura, mas regulamentando-a e, com a audiência, busca ouvir todos os envolvidos, para que o texto possa ser, segundo ele, favorável a todos. "Temos que ouvir a todos. Por isso, convidamos toda a sociedade, representantes das grandes redes de supermercados, sindicatos dos trabalhadores, a associação comercial, o Executivo, o Legislativo. Faremos uma ampla discussão, para ver os prós e contras, a fim de que possamos ter, realmente, um processo mais justo para toda a sociedade e o comércio não seja prejudicado", diz.

A partir das discussões, o objetivo é melhorar o texto, para que trace regras em relação aos dias e horários de funcionamento do comércio varejista e garanta direitos, como horas-extras.

Posição

O vereador afirma que é contrário à abertura dos supermercados aos domingos e justifica, afirmando que isso prejudica os trabalhadores e os pequenos empresários. "Além da tradição [de se guardar os domingos como dia de descanso], isso só favorece as grandes redes de supermercados, farmácias, e aquele legitimamente maringaense, da base, acaba sendo prejudicado, porque o dono, mesmo, está preservando os domingos. O dono não está lá junto. No pequeno negócio, [o dono] está".

Carrefour reinaugura sua loja número um

04/12/2017 Novidades no Mercado

Na última quinta-feira (30), o Carrefour reinaugurou mais um hipermercado em São Paulo (SP) sob o conceito Nova Geração. Trata-se da primeira loja da companhia no país, inaugurada em 1975 no bairro Chácara Santo Antônio. A unidade passa a contar com importantes evoluções, que transformaram e valorizaram sobretudo as áreas voltados aos alimentos frescos, além de contar com comunicação visual mais simples e intuitiva e setor de eletroportáteis e eletrodomésticos próximo à entrada da loja. Atualmente, 84 hipermercados Carrefour operam sob o conceito Nova Geração no Brasil. Nesta quinta-feira, a rede reinaugura também seu supermercado Carrefour Bairro na região de Interlagos, na capital paulista sob o mesmo conceito. Ao todo, a rede opera 20 supermercados Nova Geração no país.

O hipermercado localizado na Chácara Santo Antônio privilegia o sortimento de produtos frescos, sendo que a Açougue, Padaria e Rotisserie ganharam paredes de vidro para que seja possível acompanhar a produção em cada um desses setores e os rigorosos processos de qualidade do Carrefour. No setor de Mercado, estão disponíveis centenas frutas, legumes e verduras, além de ampla oferta de produtos frescos e orgânicos. A Peixaria da unidade também conta com sortimento ampliado, com entrega diária de pescados e frutos do mar frescos, além de serviço de sushi.

Os setores de Açougue e Salsicharia oferecem ampla variedade de produtos, dentre eles diversos tipos de cortes de carnes especiais, além queijos e frios. Na Padaria, os clientes encontram bolos caseiros artesanais e outros itens fabricados a partir de receitas da própria loja. Já na Rotisserie, além das tradicionais opções de pratos prontas, o novo hipermercado ganha novas opções no cardápio disponível diariamente. Na Adega, por sua vez, é possível escolher diversas opções de vinho, espumante, whiskies, destilados e cervejas nacionais e importados.

A unidade passar a contar ainda com atendimento especializado nos setores de Mercado, Peixaria, Açougue, Padaria e Rotisserie. Para cada tipo de atendimento, as equipes passaram por uma completa formação voltada à produção, manipulação e atendimento a fim de orientar os clientes sobre a melhor opção de produto para a sua necessidade.

O sortimento não alimentar também ganha destaque no hipermercado. No setor de Eletro, agora próximo à entrada da loja, o cliente encontra eletroportáteis e eletroeletrônicos das principais marcas, com destaque para linha branca, telefonia e informática, além do sortimento estendido do e-commerce da rede, o Carrefour.com. No setor Casa, os clientes encontram milhares de produtos para equipar e decorar, com linhas completas de utilidades domésticas e itens de cama, mesa e banho, além de produtos para pet e jardinagem.

Em franca expansão pelo país, o modelo Nova Geração revitalizou 23 lojas somente em 2016 que se somam às sete outras lojas reinauguradas em 2017. A expansão do conceito é impulsionada pelos bons resultados das lojas transformadas seguindo o novo conceito e os altos índices de satisfação dos consumidores com o modelo. Pioneiro na reformulação do modelo de hipermercados no país, o Carrefour busca atender a demanda dos consumidores brasileiros por lojas modernas, com sortimento diferenciado e serviços de qualidade. Atualmente, o modelo Nova Geração está presente no Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Paraíba.

Serviço

Hipermercado Carrefour Pinheiros

Endereço: Av. das Nações Unidas, 15.187, Chácara Santo Antônio – São Paulo (SP)

Horário de funcionamento: de segunda-feira a sábado, das 07h às 23h; domingos e feriados, das 8h às 22h

Carrefour Bairro Interlagos

Endereço: Av. Interlagos, 5.800, Interlagos – São Paulo (SP)

Horário de funcionamento: de segunda-feira a sábado, das 07h às 22h; domingos e feriados, das 07h às 22h

Vigilância Sanitária Estadual realizará ações educativas em supermercado

Em virtude da ampliação das vendas durante as festas de fim de ano, a Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária (Divisa-SE), órgão gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizará ações educativas em redes de supermercado da capital e do interior de Sergipe. Segundo a gerente de Alimentos do órgão, Rosana Barreto, serão montados stands no interior dos estabelecimentos comerciais, a fim de facilitar a orientação dada ao consumidor. As ações serão realizadas nos próximos dias 15 e 16, por engenheiros de alimentos, médicos veterinários, técnicos de segurança do trabalho e de alimentos, entre outros profissionais.

“Realizaremos ações de cunho educativo, com foco nos alimentos consumidos mais comumente nesse período do ano. Serão destacados diversos aspectos, a exemplo da necessidade de observar os rótulos, de conservar os alimentos da melhor forma e de armazená-los corretamente após a abertura das embalagens. Entre os itens que usaremos como referência, está a maionese, bastante usada em salpicões, além de presuntos e queijos”, explicou Rosana Barreto.

Na ocasião, os médicos veterinários, responsáveis pelo trabalho de inspeção de alimentos da espécie animal nas redes de supermercados, estarão em atuação, enquanto que técnicos de segurança do trabalho instruirão trabalhadores sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIS), a fim de garantir sua própria integridade física no exercício da função, bem como a proteção ao consumidor, no que diz respeito à manipulação de alimentos.

“Atuaremos no sentido de reduzir índices relacionados às doenças transmitidas por alimentos [DTAs], entre elas as gastroenterites, como diarréia e enjôos. Essas ocorrências estão entre as registradas nas unidades de saúde, daí a necessidade de orientar o consumidor, a fim de evitá-las, especialmente, em virtude do grande reaproveitamento das iguarias, muitas vezes, inúmeros dias após a preparação. Os casos de DTAs, por sua vez, são investigados pelas Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica”, esclareceu a gerente de alimentos da Divisa-SE.

Foto SES

Heineken vai criar centros de distribuição no Sul e no Triângulo

– 04/12/2017

As cidades mineiras de Passos e Pouso Alegre, no Sul do Estado, e Ituiutaba, no Triângulo, deverão receber, em breve, centros de distribuição (CD) da Heineken Brasil, subsidiária da Heineken NV. Segundo player no mercado nacional de cervejas, a marca já possui outras três distribuidoras em Minas Gerais, localizadas nos municípios de Uberlândia (Triângulo), Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte) e Poços de Caldas (Sul), e mais de 20 em todo o País.

As instalações dos CDs estão previstas para o ano que vem. Em Passos, o início das operações poderá ocorrer dentro de três meses. As informações são do prefeito da cidade, Carlos Renato Lima Reis, que se reuniu com o tax director da Distribuidora Heineken Brasil, Jose Domingos Francischinelli, e o gestor de distribuição da empresa, Gilberto Santos, na última semana.

De acordo com Reis, durante o encontro, foram tratadas as intenções da cervejaria a partir da instalação no município, bem como os benefícios que suas operações regionais poderão oferecer. “A empresa está com um plano de expansão para atuação regional e os projetos de viabilidade indicaram Passos, Pouso Alegre e Ituiutaba como as melhores opções”, resumiu.

Ainda conforme o prefeito, a escolha de Passos certamente ocorreu em virtude do potencial da cidade, considerada um dos municípios polo da região Sul de Minas, ao lado de Pouso Alegre. “Os DCs serão responsáveis pela distribuição dos produtos Heineken nas cidades ao redor, fomentando e alavancando ainda mais nossa economia”, avaliou.

Empregos

Para facilitar a instalação da cervejaria na cidade, a prefeitura já está em busca de um galpão adequado para receber as operações. A expectativa, segundo Reis, é que entre 50 e 100 empregos diretos sejam criados logo no início das atividades locais.

“Nosso principal foco nessa parceria será trabalhar em prol da geração de postos de trabalho. Além disso, seremos beneficiados com os investimentos que serão feitos na cidade e os recolhimentos de impostos”, completou.

Procurada pela reportagem, a Heineken Brasil informou que “não comenta especulações de mercado ou investimentos futuros”.

A marca desembarcou em território brasileiro em maio de 2010, quando adquiriu a divisão de cervejas do Grupo Femsa. Em 2017, após a aquisição da Brasil Kirin, a empresa tornou-se o segundo player no mercado nacional de cervejas e passou a ter, em seu portfólio, bebidas não alcoólicas.

Hoje, a Heineken gera mais de 10 mil empregos e possui 15 fábricas no País: Alagoinhas (BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Blumenau (SC), Campos de Jordão (SP), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Manaus (AM), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE). A capacidade produtiva total da marca no Brasil chega a 38 milhões de hectolitros.

A empresa fabrica e comercializa no mercado brasileiro as marcas Heineken, Desperados, Sol, Kaiser, Bavaria, Bavaria Premium, Bavaria 0,0%, Xingu, Amstel, Kirin Ichiban, Schin, No Grau, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial, além de importar Dos Equis, do México, Birra Moretti, da Itália e Edelweiss, da Áustria. O portfólio não alcoólico inclui refrigerantes, sucos, energético e água como Água Schin, Itubaína, K Energy Drink, Schin Tônica, Skinka, Viva Schin, Viva Schin Mini.

(Fonte: Diário do Comércio)

Produção de leite no Brasil: Evolução não pode parar

4 de dezembro de 2017

Nas últimas décadas, a pecuária de leite brasileira foi marcada por grandes transformações, afetadas principalmente pelo caráter desafiador que a atividade exige

Por Thiago Francisco Rodrigues, zootecnista, Assessor Técnico em Pecuária Leiteira na CNA-Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

A cadeia do leite, impulsionada pela produção da década de 80, começou a ganhar novos rumos e novas formas de comercialização com a popularização do leite longa vida. Essa evolução desobrigou o consumidor de ter que se deslocar diariamente ao mercado ou padaria para adquirir o alimento que era, e ainda é, parte fundamental do café da manhã da família brasileira. Porém, o que não se imaginava na época era que o impacto desta praticidade sobre a cadeia produtiva do leite transformaria as grandes redes de supermercados nos atuais ditadores comerciais.

Diante desta nova possibilidade, o setor industrial da época se animou, novas regiões do País passaram a contar com fábricas e uma logística que permitia aos produtores de diversos municípios, antes, saturados pela produção local, expandirem a atividade leiteira. Traçando um novo paralelo com a realidade atual, este fato poderia explicar em parte a grande capa¬cidade ociosa de várias plantas industriais espalhadas pelo Brasil.

Com a chegada dos anos 90, outra revolução aconteceu: o preço pago pelo litro de leite ao produtor, que durante 40 anos foi imposto ao mercado por um sistema de tabelamento, deixou de existir. Pego de surpresa, o produtor começou a sentir o efeito do livre comércio a partir desta década, em que a indústria ditava as regras do jogo e nem sempre explicava ou justificava ao elo produtivo da cadeia os critérios utilizados para sua remuneração.

Outro agravante desta época foi a abertura comercial imposta pela implantação do Mercosul, que, combinado à estabilização econômica advinda do Plano Real, favoreceu as importações de lácteos. Deste mal o setor ainda sofre, pois em anos em que os desafios para a produção são maiores, o reflexo é sentido no desestímulo à manutenção de um quadro de crescimento impactado pelas importações. A atratividade provocada por preços e câmbio favoráveis repercute no mercado interno afetando de forma negativa o balanço comercial lácteo, com o volume de importações dominando as exportações, causando sérios danos à estruturação do setor produtivo nacional.

Retomando o relato da década de 90, outro marco desenhou uma parte importante da evolução da produção de leite brasileira, a coleta a granel. Migrar do latão para os tanques de resfriamento alterou toda a rotina na propriedade, possibilitando o uso de novas tecnologias e uma busca por melhorias nos índices produtivos. Aliados a esta nova realidade, os atuais sistemas especializados de produção de leite tinham sua concepção sinalizada.

O crescimento médio de mais de 3% ao ano na produção de leite era maior do que o crescimento da população, que girava em torno de 1,5% ao ano. Com isso, a produção per capita aumentava gerando um cenário de eventuais excessos na produção, já que os níveis de consumo da população também cresciam lentamente.

Farinheira comunitária de Alcobaça amplia mercado no sul da Bahia

4 de dezembro de 2017
O empreendimento da agricultura familiar, que tem o apoio da Fibria, tem capacidade para produzir 2,5 t/dia e já fornece para supermercados da região e para a merenda escolar
Produto é de alta qualidade. Fotos Ascom
A Cooperativa dos Agricultores do Vale do Itaitinga (Cavi), localizada em Pouso Alegre (Alcobaça/BA) e inaugurada pela Fibria há quatro anos, vem trabalhando a todo vapor na região. Com potencial de produção de cerca de 2,5 t/dia, os agricultores familiares da Cavi já fornecem seus produtos aos principais supermercados da região e às prefeituras de Alcobaça, Teixeira de Freitas, Caravelas, Nova Viçosa e Prado, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), reforçando a merenda dos alunos nas escolas municipais.

A Cavi representa 30 produtores cooperados que fazem parte de quatro associações de agricultores: Itaitinga, Pouso Alegre, Novo Destino e Constelação. A estrutura da farinheira foi construída com recursos da Fibria e absorve a produção de mandioca de mais de 100 famílias agricultoras da região. A farinha produzida ali é comercializada com a marca “Raspadeiras da Bahia” e pode ser encontrada, por exemplo, na prateleira de supermercados como o Faé e o Rondelli, em Teixeira de Freitas.

Narcisio Luiz Loss, consultor de Sustentabilidade da Fibria, destaca que a Cavi é uma importante fonte de trabalho e renda na região. Segundo ele, 18 pessoas trabalham diretamente na produção de farinha na cooperativa e 83% dessa mão de obra é feminina. “É um produto que tem as características da tradição da farinha consumida e apreciada na região”, observa Narcisio Loss.

A presidente da Cavi, Maria das Graças Novaes, fala da rotina dos associados. “Nós produzimos farinha dois dias na semana e nos outros dias é feita a colheita da mandioca e o processo de torrefação”, conta ela. Segundo Maria, os resultados obtidos com a Cavi vêm contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares associados. Quem trabalha todos os dias úteis recebe cerca de R$ 1 mil por mês, o que é um reforço na renda das famílias.

Com a gestão transparente e compartilhada, a Cooperativa conseguiu melhorar o maquinário. Agora os cooperados contam com um caminhão F4000, motosserra, prensa hidráulica e ralador revestido de inox. Juntamente com outras associações da região, a Cavi também vem conseguindo captar recursos públicos e privados para investir em melhorias na sua infraestrutura.

A farinheira comunitária de Alcobaça é uma das ações do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), desenvolvido pela Fibria com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar. No Extremo Sul da Bahia, o programa atende 1.071 famílias de 32 Associações e uma Cooperativa. Elas recebem orientação sobre produção, comercialização e gestão do negócio. Essa orientação é viabilizada pela Fibria e contribui para fortalecer cada vez mais os resultados da agricultura familiar. Entre as atividades desenvolvidos está o cultivo e beneficiamento de mandioca, cultivo de milho, feijão, urucum e outros produtos, além da criação de pequenos animais.
Fonte: Ascom

Fim das celas de gestação em criação animal só virá em 2026, dizem empresas

04/12/17 às 20:43 Folhapress

MARA GAMA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No dia 28 de novembro, reportagem da Folha de S.Paulo registrou que a ONG internacional Mercy For Animals, que combate maus tratos de animais criados para consumo, pediu que o Grupo Pão de Açúcar pare de comprar carne de porco de fornecedores que usam métodos de confinamento considerados cruéis. A ONG mostrou um vídeo com imagens gravadas em uma fazenda cooperada da marca Aurora, em Xanxerê (SC), com cenas de sofrimento no abate de leitões e porcas em celas de gestação. Os produtos da Aurora são vendidos nos supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí, do grupo. As celas de gestação têm quase o mesmo tamanho que as porcas. Segundo a ONG, seu uso é das piores práticas da indústria e elas já foram banidas na União Europeia. Em mensagem sobre a reportagem enviada no dia 30, a Cooperativa Central Aurora Alimentos afirma que assumiu o compromisso de, até o ano de 2026, realizar a migração do sistema de alojamento de matrizes suínas em gaiolas para o sistema de alojamento em baias coletivas. Para isso, diz, "promoverá investimentos em novas iniciativas e adequações que aumentem a produção em baias coletivas, apoiando seus cooperados no cumprimento deste compromisso". A empresa afirma que, desde 2008, adota e aplica políticas de bem-estar animal nas cadeias produtivas de aves e suínos. Formada por 13 cooperativas, diz respeitar quatro princípios fundamentais para avaliação do bem-estar dos animais recomendados pelo Welfare Quality: boa alimentação (ausência de fome e sede prolongada); bom alojamento (conforto ao descansar, conforto térmico e facilidade para se movimentar); boa saúde (ausência de lesões, doenças e de dor provocada por manejo inadequado) e comportamento apropriado (expressão do comportamento natural, ausência de medo e estresse e boa relação entre humano e animal). A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também enviou sua posição sobre a reportagem, por e-mail, afirmando que diversas agroindústrias brasileiras já assumiram o compromisso de extinguir a cela de gestação dentro de um prazo pré-estabelecido, entre elas as maiores produtoras do setor. R$ 1,5 BILHÃO PARA MUDAR MODELO A Aurora e a ABPA afirmam que o prazo até 2026 é necessário pelos custos elevados da modificação, estimados em R$ 1,5 bilhão. Segundo a ABPA, não há crédito disponível para que os produtores arquem com os custos em um curto espaço de tempo, que poderiam causar escassez para o consumidor final. Segundo a associação, com um processo de produção mais caro o custo do alimento também se elevará. Por este motivo, argumenta, há esforços para que a mudança ocorra de forma gradativa. "Mesmo na União Europeia, onde este processo está mais avançado, ainda não há consenso quanto à efetividade do abandono da cela de gestação, ao mesmo tempo em que vários países, como a Alemanha, não conseguiram abandonar totalmente o sistema", diz a ABPA. A entidade diz que não há fiscalização das metas e prazos de modificação, por se tratar de "um processo voluntário" estabelecido pelas próprias empresas. OVOS A Aurora afirma também que "está promovendo um levantamento junto aos seus parceiros comerciais sobre o uso de ovos em suas produções para, em um horizonte breve, anunciar com viabilidade e segurança a meta de ovos 100% livres de gaiolas".

Segmento de sucos se mantém em expansão

Diante da demanda aquecida e de um consumo per capita ainda baixo, analistas apostam que é grande o potencial de crescimento nos próximos anos

O mercado de sucos resistiu à crise financeira e se manteve em expansão no País, em ritmo maior que o do segmento de bebidas não alcoólicas (soft drinks) como um todo. E, diante da demanda aquecida e de um consumo per capita ainda baixo, é grande o potencial de crescimento nos próximos anos. É o que mostra o Valor Análise Setorial Mercado de Sucos & Agroindústria da Laranja, publicação lançada pelo Valor.

Segundo o trabalho, as vendas domésticas na categoria de sucos, que inclui apenas produtos engarrafados (sucos integrais, néctares, refrescos e água de coco), cresceram 2,5% em 2016, para 2,3 bilhões de litros, e tendem a aumentar quase 3% neste ano. Cenário traçado pela Euromonitor International considera que, nessa toada, o volume vai superar 2,6 bilhões de litros em 2021. O valor das vendas tem subido ainda mais. No varejo, chegou a R$ 16,2 bilhões em 2016, 10,8% acima que no ano anterior, e deverá atingir R$ 16,8 bilhões em 2017. Para 2021, a Euromonitor projeta R$ 21 bilhões.

A categoria de sucos concentrados (líquidos ou em pó, prontos para beber) também está em expansão, ainda que menor. Conforme a análise, o volume de vendas cresceu 2,4% no ano passado, para 5,8 bilhões de litros, e deverá somar praticamente 6 bilhões de litros em 2017. Conforme a Euromonitor, chegará a 6,5 bilhões em 2021. No varejo, o valor das vendas subiu 9,8% em 2016, para R$ 7,9 bilhões, e tende a ultrapassar R$ 8 bilhões este ano. A escalada vai continuar até 2021, quando chegará a quase R$ 9 bilhões.

Se o cenário alvissareiro reflete, por um lado, uma maior preocupação dos consumidores em ingerir produtos mais saudáveis, por outro premia a elevação da aposta das empresas do ramo no mercado doméstico. Termômetro disso é o número de lançamentos. Em 2016, o segmento de sucos e bebidas de frutas foi responsável por 31% dos lançamentos de produtos no mercado de bebidas não alcoólicas, ante 32% em 2015. E 52% dos sucos lançados no ano passado foram integrais, de maior valor agregado, ante 27% em 2012. Assim, refrescos e néctares, mais baratos, têm perdido participação de mercados para os sucos 100%, segundo dados da Mintel.

É marcante nas novidades do segmento o investimento em novas embalagens, que representaram 48,1% do total de lançamentos em 2016. E, se grandes companhias como a Coca-Cola continuam a marcar presença nesse mercado, também chama a atenção o avanço de marcas próprias de grandes redes varejistas nas gôndolas. Conforme a análise setorial, "a expansão das marcas próprias tem o potencial de aumentar a penetração e a frequência de consumo de suco embalados entre os brasileiros, principalmente entre consumidores de baixa renda".

Além de uma radiografia completa sobre o mercado brasileiros de sucos, o trabalho também apresenta números atualizados sobre a agroindústria da laranja no país, a mais importante do mundo. As indústrias da área, lideradas pelas grandes empresas radicadas em São Paulo, respondem por 50% da produção global de suco de laranja, em suas formas concentrada (FCOJ, na sigla em inglês) ou pronta para beber (NFC), e dominam 80% das exportações. Ainda que tenham ampliado investimentos no mercado doméstico, as exportações ainda representam 98% da produção.

Conforme o análise, velhas vantagens competitivas da agroindústria brasileira da laranja continuam a fazer diferença: baixos custos de produção em razão do clima favorável e da mão de obra mais barata, terras férteis, boa produtividade dos pomares, grande escala e estrutura logísticas própria das grandes indústrias nos portos de embarque e desembarque de seus produtos conferem ao país condições quase imbatíveis de atuação. Mas o comportamento da demanda global ainda é um fator que gera preocupação, já que a tendência de queda tem sido renovada ano após ano, apesar da curva ascendente em países emergentes como a China.

Fonte: Valor Econômico

Cervejaria cearense é premiada com medalha de ouro em concurso nacional de cervejas artesanais

Cervejas foram analisadas pelo júri especializado e separadas em 21 categorias diferentes

segunda-feira, 04 de dezembro 2017

No dia 17 de novembro deste mês, o Ceará foi novamente campeão em concurso de cervejas artesanais. A 5Elementos, primeira cervejaria artesanal do Estado, inaugurada em setembro de 2016, recebeu mais uma medalha de ouro. A microcervejaria, que já havia levado outras duas medalhas de ouro, com as cervejas WIT 5 Bier e Abyssal, em concurso de âmbito nacional, no ano de 2016, participou da I Copa da Cerveja de POA, realizada em  Porto Alegre (RS), e venceu a  categoria Herb & Spice Beer, com a RESERVE 2017, rótulo especialmente lançado em comemoração ao primeiro ano da fábrica.

O concurso, que teve 718 rótulos inscritos de 154 cervejarias do país, além de algumas do Chile e Uruguai, contou com júri especializado de padrão internacional, reunindo nomes de peso, como o americano John Palmer (autor de clássicos como “How to Brew”), Steve Piatz (2º juiz mais graduado do BJCP, entidade que define os estilos julgados nos concursos), Fergal Murray (que foi mestre cervejeiro da Guinness) e Melissa Cole, esta última crítica de cerveja do jornal inglês The Guardian.  As cervejas foram analisadas pelo júri especializado e separadas em 21 categorias diferentes. Um software ajudou na pontuação das cervejas, distribuindo premiações “ouro”, “prata” e “bronze” pra cada estilo julgado. Apenas 10 cervejas foram premiadas com medalha de ouro em todo o concurso, em suas respectivas categorias.

A cerveja premiada da 5Elementos é uma Russian imperial Stout complexa, que leva cacau, lactose, canela, baunilha e café maturado em barris de bourbon. Essa cerveja é produzida apenas uma vez ao ano, com garrafas rotuladas e numeradas de acordo com a safra do ano correspondente.

A 5Elementos vem se destacando no cenário brasileiro de cervejas artesanais, entre especialistas e apreciadores de cerveja, principalmente pelas suas Imperial Stouts (cerveja forte escura), com destaque para a também premiada Abyssal e suas variantes. Unindo qualidade e criatividade com um toque regional, a 5Elementos conseguiu conquistar um público fiel e já planeja ampliar sua capilaridade, a partir do investimento na aquisição de novos maquinários e da expansão da fábrica. Com uma produção inicial de 1.200 litros ao mês, a 5Elementos aumentou sua capacidade produtiva para 7 mil litros, em 2017. Segundo Abaeté Neto, um dos sócios-proprietários, o objetivo é chegar até 12.000 litros ao mês, até o segundo de 2018, com previsão de expansão da fábrica e aquisição de novos equipamentos. Atualmente, as cervejas da microcervejaria já estão sendo comercializadas em mais de 60 pontos de venda espalhados por 12 estados.

atualizado por Daniel Negreiros
negreiros@oestadoce.com.br
Fonte: Ass. de Imprensa

Cervejas artesanais terão selo de qualidade

A partir de janeiro, as 13 microcervejarias instaladas em Nova Lima poderão solicitar a análise de seu produto
Thaíne Belissa
Além das microcervejarias, a cidade tem 11 Home Brews/Alisson J. Silva

O turismo gastronômico em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ganhou mais um incentivo este mês: o selo de qualidade para cervejas artesanais. A partir de janeiro do ano que vem, as 13 microcervejarias instaladas na cidade poderão solicitar a análise de seu produto, a fim de garantir o selo que não apenas atestará a qualidade das cervejas, como ajudará na divulgação do polo como atrativo turístico de Nova Lima. Junto com o selo, o município também está desenvolvendo o Circuito Cervejeiro, que é um mapa para visitação das microcervejarias locais.

As iniciativas são do Departamento de Turismo de Nova Lima, que tem a missão de fomentar as diferentes vocações de turismo da cidade. “O trabalho de incentivo ao turismo na cidade se dá em torno de três principais pontos: gastronomia, ecoturismo e patrimônio. Na gastronomia, temos destaque para a comida de influência inglesa, mas também para o polo cervejeiro, que é muito forte na cidade. O selo é uma iniciativa para tornar as cervejarias da cidade uma referência”, explica a gestora do departamento, Fabiana Giorgini.

Ela destaca que o selo surge como uma iniciativa para trazer de volta a ideia de território e de identidade do município de Nova Lima para uma de suas atividades turísticas. Isso porque, ao longo dos anos, alguns pontos da cidade começaram a ser conhecidas separadamente, quase que independentes de Nova Lima, como a região da Lagoa dos Ingleses ou o bairro Jardim Canadá. “O selo quer fomentar a gastronomia, mas tem como referência a cidade de Nova Lima, dando uma identidade única para essa vocação turística da cidade”, frisa.

Nesse sentido, o desenho escolhido para ser o selo das cervejas artesanais traz muitas referências do município. A imagem foi escolhida por meio de concurso realizado pela prefeitura municipal, entre os meses de julho e setembro deste ano. O trabalho selecionado foi o do designer nova-limense Vittorio OtheroTorchetti. O selo traz no centro o desenho de um leão, que está ligado à cultura inglesa e ao time de futebol oficial da cidade, Villa Nova, além de referência à atividade mineradora, que deu origem ao município, e elementos ligados à cerveja.

Fabiana Giorgini explica que as próprias cervejarias poderão solicitar o selo a partir de janeiro do ano que vem. Para isso, o município já está providenciando uma licitação para a escolha das empresas que ficarão responsáveis pelos testes de qualidade. “Para obter o selo a cervejaria deverá contratar uma das empresas selecionadas pelo município e submeter seu produto a testes de qualidade, que consistem em análises de microbiologia, assim como análise sensorial, que verifica a legitimidade do estilo da cerveja”, explica.

Segundo ela, cada cervejaria tem que ter, pelo menos, 60% de seus rótulos alcançando uma escala mínima de sete pontos para receber a certificação.

Raio-X – De acordo com a gestora, a expectativa é de que todos os empresários do setor solicitem o selo o quanto antes. Ela destaca que Nova Lima tem 13 microcervejarias, além de 11 Home Brews (cervejeiros caseiros) que produzem, juntos, um volume de 390 mil litros por mês da bebida. O polo faz parte de um poderoso segmento, que tem crescido consideravelmente no Estado. Segundo o Superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Cristiano Lamego, a expectativa é de que a produção de cerveja artesanal no Estado cresça 14% em 2017 em relação a 2016.

Além do selo, Nova Lima também pretende fomentar o polo com o Circuito Cervejeiro, que também foi criado este mês. Trata-se de um mapa com a localização das microcervejarias do município, sendo que algumas são abertas à visitação. Para incentivar o circuito, o município desenvolveu um passaporte, que será carimbado em cada indústria que o turista visitar.