Rede de supermercados abre unidade na Nogueira Padilha

02/12/17 | Equipe Online – online@jcruzeiro.com.br

Loja ocupará prédio com mais de 2,1 mil metros quadrados e terá caixas de autoatendimento – ERICK PINHEIRO

Com mais de onze lojas instaladas em cidades da região de Jundiaí, a Rede de Supermercados Boa inaugura sua unidade em Sorocaba neste mês de dezembro. Passa a ocupar o prédio onde antes estava instalada a Casa de Materiais para Construções Barcelona, na rua Coronel Nogueira Padilha, zona leste. O empreendimento deverá gerar 250 empregos diretos e indiretos. O estacionamento terá capacidade para 150 vagas. A data exata da inauguração ainda não foi definida, segundo informou o Departamento de Marketing da empresa.

Este é o terceiro empreendimento do setor inaugurado este ano na cidade. Antes, entraram funcionamento lojas da rede Pão de Açúcar e Tauste (a segunda). O vice-presidente da regional da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Marcos Leandro Tozi diz que os registros atestam a mudança de perfil do mercado. Até então, predominavam os hipermercados; hoje são os grupos supermercadistas que apostam no potencial de negócios aqui existente.

Sorocaba, diz Tozi, é uma principais cidades do interior, exemplo de conurbação e, portanto, foco de investimento do setor supermercadista. "Isto porque apresenta boa renda per capita, demografia privilegiada e incentivos municipais atraentes. Além disso, apresenta bom índice de crescimento de mercados de vizinhança, mostrando boas perspectivas de crescimento do ramo." Esses fatores também orientaram a decisão da Rede Boa. Foi com base em estudos desenvolvidos e análises de público à renda per capta da população, que a marca decidiu basear a primeira filial no município.

O estudo, conforme a Rede Boa, revelou ainda dados altamente relevantes e uma relação muito atraente entre rendas e investimentos em compras para domicílio, além de um ótimo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. A nova loja demandou aporte de investimento significativo, mas a política da empresa não permite a divulgação de valores aportados.

A loja ocupará prédio com mais de 2,1 mil metros quadrados de área de vendas, 14 caixas, além de seis caixas de autoatendimento, um sistema pioneiro na região, onde o próprio cliente registra suas compras e efetua o pagamento, agilizando ainda mais a vida, trazendo praticidade. (Da Redação)

Dados da ABRAS: Vendas dos supermercados acumulam alta de janeiro a outubro

As vendas do setor supermercadista acumulam alta de 0,90% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS. Em outubro, as vendas do setor supermercadista, em valores reais – deflacionadas pelo IPCA/IBGE, apresentaram queda de -0,65% na comparação com o mês de setembro e queda de -0,84% em relação ao mesmo mês do ano de 2016.

Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de -0,23% em relação ao mês de setembro e, quando comparadas a outubro do ano anterior, alta de 1,86%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 4,52%.

“Como outubro antecedeu a Black Friday, os consumidores aguardam as promoções e postergam as suas compras, principalmente de produtos de maior valor agregado”, destaca o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto.

Abrasmercado

No mês de outubro, a cesta de produtos *Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou alta de  -0,04%, passando de R$ 446,57 para R$ 446,77. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a cesta apresentou queda de -7,82.

As maiores quedas de preço no mês de outubro foram registradas em produtos como: arroz, pernil, açúcar e sabão em pó. Já as maiores altas foram nos itens: batata, tomate, extrato de tomate e farinha de mandioca.  Confira a tabela abaixo:

Regiões

Em outubro, a Região Sudeste foi a que registrou maior alta nos preços (0,38%), passando de R$ 426,58 para R$ 428,19. A maior queda foi registrada na Região

Sul, -0,19%, impactada principalmente pelo interior do Paraná (-1,44%) e Grande Porto Alegre (-1,13%). Confira mais detalhes na tabela abaixo:

*Abrasmercado não é a cesta básica, mas sim, uma cesta composta por 35 produtos mais consumidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.

Índice de Confiança

O otimismo dos empresários do autosserviço se manteve estável em relação ao cenário macroeconômico, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. O resultado apresentado na última pesquisa, realizada em agosto, apontava 51,7 pontos (numa escala de 0 a 100), e no mês de outubro, registrou 51,8 pontos.

Extra e Pão de Açúcar oferecem opções de cestas de Natal

Para este fim de ano, as redes Extra e Pão de Açúcar comercializam diversas opções de cestas de Natal. As cestas do GPA contam com panetone de frutas cristalizadas e bebida fermentada de maçã. O cliente pode escolher entre quatro categorias:

Classic: composta por 16 itens, entre eles farofa de mandioca de temperada, macarrão colorido e maionese. Nas lojas Pão de Açúcar os preços variam de R$46,50 a R$51,90. Nas lojas Extra, variam de R$46,90 a R$47,50.

Premium: composta por 19 itens, entre eles vinho tinto de mesa, biscoito champanhe e lentilha. Nas lojas Pão de Açúcar, os preços variam de R$66,90 a R$67,90. Nas lojas Extra, o preço é de R$68,90.

Vip: composta por 24 itens, entre eles pêssegos em calda, azeitonas e ameixa seca – Nas lojas Pão de açúcar, os preços variam de R$ 94,90 a R$ 119,90. Nas lojas Extra variam de R$ 96,90 a R$ 109,90.

Especial: composta por 18 itens, entre eles atum sólido, creme de leite, torrone com amendoim e macarrão espaguete. Nas lojas Pão de Açúcar, custa R$125,90. Nas lojas Extra não está disponível.

Além destas, as redes também disponibilizam opções da indústria, como as das marcas Bauducco e Visconti:
Cesta Natal Bauducco Grande: 2,753 kg (com 20 itens entre panetone, chocotone, entre outros itens da marca. Preço: R$95,99);

Cesta De Natal Bauducco Pequena: 1,815 kg (com 15 itens. Preço R$62,99);

Cesta Natal Visconti Grande: 2,322 Kg (com dois panetones, amanteigados, entre outros itens da marca. Preço: R$75,99);

Cesta Natal Visconti Pequena: 1,487 Kg (com 13 itens. Preço: R$49,99)

Nas lojas do Extra, para compras acima de 20 unidades, o cliente ganha 10% de desconto. Além disso, para pagamento no cartão Extra, a compra pode ser parcelada em até três vezes sem juros.

A expectativa das redes para este ano é aumentar, juntas, em 5% a venda de cestas de Natal na comparação com o mesmo período de 2016.

Grande Belém volta a ter supermercados 24 horas

Domingo, 03/12/2017, 11:51:22 – Atualizado em 03/12/2017, 12:05:51

A partir deste mês de dezembro, Belém voltou a ter supermercados funcionando em regime de 24 horas. A novidade é uma reivindicação antiga de parte da população da capital paraense, que reclamava da falta de opções em horários diferenciados, mas também é alvo de críticas sobre as condições dos trabalhadores e as necessidades desses estabelecimentos.

A princípio, apenas algumas unidades do Grupo Líder voltaram a funcionar durante 24 horas. Desde o dia 2, a loja da Batista Campos já funciona nesse regime. A partir do próximo domingo (10), as unidades do Líder BR-316 e Líder Doca, na avenida Visconde de Souza Franco, vão aderir ao horário.

"Foi um acordo que fechamos com o sindicato laboral (que representa as empresas). A gente fez esse esforço, porque entendemos que Belém precisa desse serviço. A cidade cresceu demais, são mais de 1,5 milhão de habitantes, incluindo uma parcela de profissionais liberais, médicos, advogados e outras profissões, que não têm outro horário senão a noite para fazer compras", afirma Oscar Rodrigues, diretor administrativo-financeiro do Grupo Líder.

Segundo ele, o funcionamento durante a madrugada é uma questão de necessidade da população, embora recaia também sobre a questão comercial. "Há uma resistência nesse tipo de funcionamento por causa da ideia de falta de lucro e até de prejuízo, com os gastos de energia e com trabalhadores, durante um horário de pouco movimento, como às 3h. Mas a questão não é só lucro, há uma necessidade da população a ser trabalhada", continua Oscar. "Quando os supermercados pararam de funcionar 24 horas, mais de mil empregos foram perdidos. Agora, estamos abrindo 500 contratações para suprir o novo regime", completa.

Em agosto deste ano, o presidente Michel Temer sancionou uma lei que estabelecia os supermercados como uma atividade essencial para a economia, podendo então passar a funcionar nesse tipo de regime, assim como farmácias, postos de combustível e unidades de saúde.

"O acordo foi mais uma formalidade, já que esse tipo de funcionamento já é amparado por lei. Cada rede funciona da forma que quiser. Mas acredito que outros grupos não deverão aderir a esse sistema. Mais ninguém se manifestou com essa intenção, por enquanto", afirma Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas).

Para ele, a necessidade de um supermercado funcionando sem parar na cidade é questionável. "Você pode verificar que no domingo a tarde, entre 14h e 18h, o movimento é baixíssimo nos supermercados. Tanto que algumas unidades nem funcionam nesse período, apesar de poderem abrir. Acredito que a população se acostumou a fazer as compras pela manhã", continua Jorge. "A frequência de compras não deve ser grande. Mas fica a critério de cada unidade".

O DOL entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Varejista e Atacadista de Gêneros Alimentícios e Similares do Estado do Pará (Sintcvapa), que afirmou que deverá se pronunciar sobre o caso apenas na segunda-feira (4).

E você, o que acha dos supermercados funcionarem por 24 horas na Grande Belém?

(Gustavo Dutra/DOL)

Brasil é sexto país mais perigoso para transporte de carga

Destaques

01/12/2017 – O Globo

O Brasil ocupa a sexta colocação em um ranking de 57 países em que fazer o transporte de carga é mais arriscado, segundo pesquisa realizada este ano pelo comitê de transporte de cargas do Reino Unido – o Join Cargo Committee. O país só perde para regiões conflagradas e em guerra, como Síria, Líbia, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul. Os dados foram apresentados durante seminário “Ilegal, e daí?”, realizado pelo jornal O GLOBO, em parceira com Extra, Valor Econômico e revista Época. Para o procurador do Ministério Público Federal José Maria de Castro Panoeiro, as quadrilhas de roubo de carga e contrabando estão estruturadas em cadeias de distribuição, que financiam grupos, organizados como empresas.

Essa estrutura funciona como se fosse uma empresa. Em geral, ataca-se a ponta, mas isso não resolve o problema porque você prende um receptador que é só uma peça na engrenagem. Você tem que desmontar a máquina, mas precisa de um trabalho de investigação. Hoje, em 90% dos casos, processo criminal é de prisão em flagrante, não tem trabalho investigativo — observa Panoeiro.

O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, Antônio Gustavo Rodrigues, revelou que um dos desafios para enfrentar os cartéis de criminosos é rastrear o dinheiro e o produto da lavagem de dinheiro:

— Tem que haver o casamento da área jurídica com econômica. Nós monitoramos as movimentações suspeitas e transações financeiras, mas nem toda operação suspeita é ilegal e muitas são feitas por grandes empresas constituídas. Quando o recurso entra no banco, é possível rastrear sua origem. Mas o dinheiro vivo é muito difícil de se identificar — ponderou Rodrigues.

Para a presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputada Martha Rocha (PDT), o roubo de cargas no estado se transformou em uma forma de diversificação dos negócios do tráfico de drogas.

— As organizações criminosas estão utilizando o roubo para financiar a compra de armas. Somente este ano, os caminhões que transportam cargas de uma empresa fabricante de biscoito e macarrão, com sede na Pavuna, foram roubados 47 vezes — lembrou a deputada.

CIGARROS: METADE É CONTRABANDEADA

Entre os cinco produtos mais roubados nas estradas do Rio de Janeiro está o cigarro. Neste mercado, a indústria estima que hoje metade do que é vendido no país seja resultante de roubo ou contrabando.

— No Rio, já não entregamos em diversas áreas da cidade. No Rio Grande do Sul, nós fechamos uma fábrica por causa do contrabando, e reduzimos em 30% a compra de fumo e matéria-prima de agricultores. O imposto no Paraguai é de 16%, aqui é de quase 80%. O produto do Paraguai chega aqui com um terço do preço, e 70% dos produtos contrabandeados no Brasil têm origem nesse país vizinho. Além disso, essa prática põe em risco toda política de saúde pública brasileira em relação ao cigarro, na medida em que o produto ilegal tem compostos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) — ressalta Liel Miranda, Presidente da Souza Cruz.

No varejo, o roubo e o contrabando de produtos têm elevado os custos das empresas e aumentado o preço cobrado ao consumidor, ou ainda tem levado ao desabastecimento de algumas áreas da cidade do Rio. Com seu principal centro de distribuição localizado em uma área conflagrada da Zona Norte, o grupo chileno Cencosud, que opera o supermercado Prezunic, calcula um aumento de 400% no número de ataques aos caminhões transportadores de alimentos e produtos, no ano passado.

— Montamos um comitê de crise de prevenção de perdas para coibir o roubo de cargas. Em duas horas, o veículo é abordado e esvaziado para depois ser comercializado em feirões livres. Isso leva ao aumento do custo do frete, necessidade de implementar a segurança privada, mudar janelas de entrega, sistema de comboios de veículos, alteração de rotas. E parte da população opta por comprar produtos mais baratos no mercado ilegal – alerta Marco Aurélio Prometti, diretor do Prezunic.

O procurador do Ministério Público Federal José Maria de Castro Panoeiro defendeu a responsabilidade coletiva na compra de produtos roubados e contrabandeados:

— É reponsabilidade de quem compra e, por isso, é preciso difundir uma cultura da noção de coletivo. Cada um pensa em si, somos individualistas, mas por trás do mercado ilegal está a eliminação do mercado legal — ressalta Panoeiro.

O seminário “Ilegal, e daí?”, realizado pelo jornal O GLOBO em parceira com Extra, “Valor” e “Época”, tem patrocínio de Enel, Light, Souza Cruz e Sindicom.

Por O GLOBO

Danette muda identidade visual e apresenta novos produtos

Marca que pertence ao grupo Danone traz cinco novos sabores
por ALISSON FERNÁNDEZ
publicado em 01 de dezembro, 2017 – 16:47

A Danette, marca de sobremesas lácteas que pertence ao grupo Danone, apresenta sua nova identidade visual e anuncia o lançamento de cinco sabores inéditos: Danette Choco Avelã, Danette Twist Caramelo, Danette com Canudinhos de Waffer, Danette com Paçoca e Danette Brigaderia.

Os lançamentos chegam as gôndolas já com o novo design da marca. Produzidas pela agência Narita, as principais características são a cremosidade e indulgência que ficam bem explícitas no novo logo.

“Danette está se reinventando, chega às gôndolas de cara nova e com várias inovações. As novidades trazem uma mistura interessante de sensações unindo a já conhecida e apreciada cremosidade de Danette a outras texturas e sabores. Estamos em uma crescente enquanto marca, e aproveitamos a ocasião para lançar cinco novidades que vão surpreender o consumidor”, destaca Andrea Gaeta, diretora de marketing das marcas Danoninho, Danone Grego e Danette.
DivulgaçãoDanette muda identidade visual, traz cinco novos sabores ao mercado e se prepara para o novo momento da marca

TJMS – Empresa é obrigada a advertir sobre os riscos do glúten nas embalagens

Publicado por Associação dos Advogados de São Paulo

Em sessão de julgamento, os desembargadores da 5ª Câmara Cível, por unanimidade, deram parcial provimento ao recurso interposto pela A. B. D. C. P. S. contra a decisão proferida na Ação Coletiva de Consumo que moveu em desfavor de uma empresa de alimentos, a fim de determinar que esta imprimisse nas embalagens dos alimentos mensagem sobre o glúten e seus perigos, porém seu pedido foi julgado improcedente em 1º Grau.

Segundo os autos, a autora defende que é necessária a reforma da sentença para determinar que a empresa apelada inclua em suas embalagens o aviso “contém glúten – o glúten é prejudicial à saúde dos portadores de doença celíaca”, ou outra frase que advirta os consumidores sobre os riscos da ingestão dessa proteína.

Aponta que a previsão contida na Lei 10.674/03 foi interpretada de forma equivocada no sentido de que a obrigação dos produtores e comerciantes é de veicular exclusivamente a informação prevista no artigo 1º, indicando somente se o produto contém ou não contém glúten. Argumenta ainda que a sentença de primeiro grau foi errônea ao pressupor que todos os portadores de doença celíaca sabem dos males que o consumo da referida proteína podem acarretar. No mais, insurge-se contra a decisão que reduziu o valor atribuído à causa para R$ 100.000,00.

Posto isso, pleiteia a reforma da sentença no sentido de obrigar a apelada a advertir de forma mais completa seus consumidores, bem como modificar a parte em que acolheu a impugnação da causa, tendo em vista que a apelada não se desincumbiu de seu ônus probatório, não trazendo qualquer comprovação de que o valor provisório atribuído à causa seria equivocado e, ao final, com o provimento recursal, requer a inversão dos honorários sucumbenciais, bem assim como a fixação de honorários de sucumbência recursal.

Em seu voto, o relator do processo, desembargador Sideni Soncini Pimentel, destaca que é direito básico do consumidor ter acesso à informação e que a pretensão do pedido inicial diz respeito à indicação do risco inerente que esses produtos trazem à saúde de pessoas que tenham doença celíaca. Ressalta que é meramente especulativo o argumento de que elas já saibam dos males que o consumo dessa proteína pode lhes causar e, mesmo que soubessem, tal informação é relevante por se tratar de uma advertência.

O desembargador sustenta ainda que o Superior Tribunal de Justiça comunga desse entendimento, pois possível advertência sobre o assunto foi superada após julgamento de embargos de divergência, no qual prevaleceu a tese do acórdão paradigma no sentido de que apenas a informação “contém glúten” não é suficiente para informar os consumidores sobre o tema, sendo necessária a integração com a advertência correta, clara e ostensiva: “Contém glúten: o glúten é prejudicial à saúde dos doentes celíacos”.

Em relação ao pedido para modificar o valor da causa, o desembargador entende que não há motivos para se atribuir valor tão elevado à ação civil coletiva, tendo em vista que na hipótese não há caráter condenatório, pois o objetivo é apenas compelir a requerida a inserir nos rótulos informações mais completas a respeito dos produtos que contém glúten, devendo ser levado em conta eventual prejuízo econômico causado à parte demandada, por ser obrigada a modificar a embalagem dos produtos alimentícios que comercializa. “Na falta de parâmetro preciso para aferir o valor da causa, ele deverá ser pautado na razoabilidade e proporcionalidade, de forma que R$ 100.000,00 fixados pelo juízo estão condizentes com a demanda”.

“Posto isso, conheço do presente recurso e dou-lhe parcial provimento para reformar a sentença no sentido de impor à requerida/apelada obrigação de fazer consistente em incluir nas embalagens de seus produtos que contenham Glúten em sua composição, por ela distribuídos ou de fabricação própria, os dizeres ”o glúten é prejudicial à saúde dos portadores de doença celíaca””.

Processo nº 0808545-57.2016.8.12.0001

Fonte: Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul

O que a Coca-Cola quer no negócio do leite?

No setor de bebidas não alcoólicas, lácteos são a última grande fronteira que começa a ser desbravada pela Coca-Cola no Brasil
Hamilton Bruschz/Gazeta do Povo 03/12/2017 | 19h25 | Marcos Tosi

De uma empresa que até o final dos anos 90 vivia na monocultura dos refrigerantes, a Coca-Cola se transformou numa especialista em todo tipo de bebida não alcoólica no país – da água ao café, dos chás aos néctares, passando pela proteína vegetal, sucos e bebidas esportivas. Hoje, produz 152 produtos entre sabores regulares e versões zero ou de baixa caloria.

Curiosamente o leite de vaca, uma bebida ancestral da humanidade, foi a última fronteira conquistada no Brasil, em abril deste ano, quando a multinacional comprou a Verde Campo, um laticínio de Lavras, Minas Gerais. A Verde Campo vinha se destacando com a marca Lacfree, a primeira a oferecer produtos com zero lactose no país, no início da década.

“Somos pato novo no lácteo, ainda fazemos mais perguntas do que respondemos”, disse o diretor de Negócios Emergentes da empresa no Brasil, Egon Barbosa, durante palestra no encontro internacional Dairy Vision, em Curitiba, na última semana. Modéstia à parte, o executivo da Coca-Cola sabe bem onde a empresa quer chegar ao entrar numa cadeia produtiva que faz girar 35 bilhões de litros de leite por ano e mobiliza cerca de um milhão de produtores. “Para todo lado, a gente só vê oportunidade. Os produtos lácteos têm características culturais fortes, conforme cada região do país. O desafio é capturar valor para cada mercado em que a gente atua”, destaca.
Marcos Tosi/Gazeta do Povo Egon Barbosa, diretor de Negócios Emergentes da Coca-Cola no Brasil

Confira a entrevista de Egon Barbosa, concedida durante o Dairy Vision.

– Porque o leite é um bom negócio para a Coca-Cola?

O leite é um bom negócio não só para a Coca-Cola, mas, primeiramente, é um bom negócio para as pessoas. Leite é uma categoria de altíssimo valor nutritivo, totalmente natural, e que efetivamente tem contribuições para o bem-estar das pessoas.

A Coca cola tem visão e posicionamento de ser uma companhia total de bebidas, que visa o bem-estar de seu consumidor.

A gente não tinha em nosso portfolio, até há pouco tempo, nem café nem leite. Resolvemos entrar nessas duas categorias justamente para capturar um valor de mercado, um incremento de negócio, mas, principalmente, para levar ao consumidor um portfolio completo, incluindo lácteo, que é absolutamente benéfico para o ser humano.

– E a cadeia do leite tem espaço para inovações?

Sem dúvida. O que acontece no Brasil é que a maioria das inovações ainda são incrementais. Existe espaço para inovações mais disruptivas do mercado. Queremos que mercado lácteo dê um salto de valor.

– Que mentalidade a Coca-Cola traz para o leite?

A Coca-Cola traz fortemente o tema de nutrição a partir do leite. Cada vez mais o mundo tem déficit nutricional. A responsabilidade de quem efetivamente chega em massa à mesa das pessoas é levar toda uma gama de produtos que promovam o bem-estar. Esse é o foco. O nosso posicionamento mundial agora se chama Beverages for Life, então, nossa missão é oferecer bebidas para que a vida de todo mundo seja cada vez melhor.

– Vocês já identificaram segmentos em que é possível crescer?

A maior ocasião do lácteo está no café da manhã, mas é um paradigma que pode ser quebrado. Você tem outras ocasiões de consumo ao longo do dia que uma série de produtos lácteos pode atender. E talvez atender melhor que categorias que já existem hoje. De forma mais saudável, mais sustentável. Durante o trabalho, por exemplo, nas suas pausas você pode consumir um natural whey protein (extraído do soro do leite), para te dar efetivamente um boost de energia, para ativar a mente e tudo mais. Se a gente mapear todos esses momentos de consumo ao longo do dia, o leite como ingrediente pode ter uma contribuição efetiva, há bastante oportunidade para crescer.

– Como é possível driblar a resistência que alguns apregoam hoje, dizendo que os seres humanos não foram feitos para consumir leite de vaca?

Seja um comportamento de nicho ou não, qualquer coisa que o consumidor verbalize e que sinta é importante e a gente tem que considerar. Eu trocaria a palavra driblar pela palavra dialogar. E o diálogo passa pela segurança do que você está oferecendo. Todos os produtos que oferecemos têm um nível de segurança alimentar, são aprovados em todos os órgãos brasileiros, no FDA americano, nos organismos europeus e asiáticos. Muitos dos nossos indicadores de qualidade são superiores ao que as regulações da legislação impõem, justamente por acreditarmos que temos que levar sempre a melhor qualidade para o consumidor. E, no final, oferecer escolhas.

Então, se você tem problema com açúcar, nós temos uma série de produtos sem açúcar. Se você quer algo mais refrescante ou divertido, pode tomar um refresco. Se quer algo mais nutritivo, pode tomar um suco 100% da fruta. Você tem também a opção aos lácteos, já que recentemente a gente comprou a Ades (bebida à base de soja) da Unilever. Então, temos alternativa láctea vegetal também. A ideia é oferecer ao consumidor sempre altíssima qualidade, e que ele possa escolher, conforme suas restrições ou desejos.

– Durante décadas, esse mercado de não viu muitas inovações. Nos últimos anos parece que a coisa acelerou. Por quê?

A cadeia de alimentos e de bebidas exige cuidados muito grandes para inovar. Não é um produto que você usa, é um produto que você engole, que põe para dentro do seu corpo. Então, o nível de cuidado em inovações é triplicado ao se trazer alguma coisa para a mesa.

Isso significa impacto na indústria. As linhas de produção, toda a parte de assepsia, de processo e de qualidade, precisam ter um nível de sofisticação e, portanto, um custo elevado. Não dá para mover isso todo ano, são ações caríssimas. Agora, alternativas tecnológicas estão surgindo a cada dia. Você tem cadeias mais curtas, de novos equipamentos, novos processos, ingredientes mais saudáveis que surgem, ano a ano, então você começa a ter uma velocidade e potencial de inovação muito mais rápidos.

O que dirige isso, basicamente, é o comportamento do consumidor que, nos últimos dez anos, mudou radicalmente. A gente passa de uma cultura de monocategoria, no final dos anos 90, para mais de 20 categorias dentro do portfolio. Isso significa atender ao que o consumidor está demandando, e a indústria precisa se ajustar, de forma cada vez mais veloz.

– Qual deve ser o impacto da entrada da Coca-Cola no setor lácteo?

A Coca-Cola vai estender as mãos para desenvolver e trazer valor ao setor. E isso significa valor para o consumidor. O setor não vai ter crescimento de valor se o consumidor não receber e não quiser pagar por isso. Olhando para o consumidor, o que ele pode esperar é que vamos trazer cada vez mais novidades para a mesa, novidades saudáveis, sustentáveis, que sejam boas para ele, para a indústria e para o planeta.

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Deputados catarinenses apoiam igualdade tributária no setor de refrigerantes

01/12/2017

A Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) participou, na última quarta-feira, 29, de um debate sobre incentivos estaduais à indústria de bebidas frias de Santa Catarina. A reunião foi realizada na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa catarinense, a Alesc.

O presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, apresentou dados do setor para mostrar como os incentivos fiscais se transformam em diferencial de concorrência. Dentre os dados mais alarmantes, o número de empresas do setor foi reduzido quase pela metade em Santa Catarina, que contava com 18 empresas em 1990 e hoje tem apenas 10.

As fábricas regionais catarinenses, mesmo sem incentivos estaduais e sem as isenções da Zona Franca de Manaus, conseguem empregar mais. Em Santa Catarina, os pequenos faturam R$ 83,88 milhões e promovem 700 empregos. A Ambev, subsidiada, fatura R$ 121,3 milhões no mesmo estado e gera 505 postos.

Apoio parlamentar

O presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, recebeu o respaldo do presidente do Sindicato das Indústrias de Refrigerantes do Estado de Santa Catarina (Siresc) e diretor da Pureza Refrigerantes, Sérgio Murilo Sell. “Temos um ótimo relacionamento com a Receita, mas nós não encontramos mais saída. Hoje são 10 fábricas, mas se continuar essa situação daqui a 5 anos, mais duas ou quatro fábricas vão fechar. Viemos para a Casa Legislativa buscar uma solução”, analisou Sérgio.

Os parlamentares, ao avaliarem a situação das pequenas indústrias de bebidas em Santa Catarina, mostraram total apoio aos fabricantes regionais.

O deputado Antonio Aguiar foi o autor do requerimento aprovado pela Comissão de Finanças da Casa e pediu uma resposta da Secretaria Estadual da Fazenda, representada na reunião pelo diretor de Administração Tributária, senhor Ari Pritsch. “A Ambev não está contribuindo para o estado de Santa Catarina. Nós precisamos ver a maneira com a qual o governo vai se manifestar sobre a contrapartida da Ambev para o nosso estado”, comentou o parlamentar.

Já o deputado Roberto Salum defendeu uma maior arrecadação para Santa Catarina bem como uma iniciativa para que não haja discriminação na concessão de incentivos. “O estado está precisando de dinheiro. Se uma empresa não paga e outras estão precisando de ajuda, nós vamos ajudar e cobrar de quem não paga. Tem um erro aqui. Se o grande não está ajudando e o pequeno está sofrendo, nós vamos cobrar é do grande. E quem privilegiou tem que pagar, porque está enganando o estado”, opinou Salum.

Dentre as principais reivindicações da Afrebras está a transparência nos contratos do Estado com as grandes corporações. Contrariando o princípio da transparência e o direito dos cidadãos de conhecer o direcionamento do dinheiro público, esses contratos não são publicizados sob o pretexto do sigilo fiscal. “Está longe de ser sigilosa a informação sobre benefícios fiscais”, defendeu o deputado Fernando Coruja, que se preocupou em levar adiante essa discussão, aprofundando a ideia de que os benefícios fiscais estaduais precisam ser analisados pela Alesc.

A adesão dos parlamentares foi uma mostra de que o estado de Santa Catarina está aberto às correções necessárias para que os pequenos fabricantes tenham condições mais justas de concorrer no mercado. Ao final do encontro, a Comissão de Finanças da Alesc se propôs a agendar uma reunião com o secretário da Fazenda, Renato Lacerda.

Alisson Caetano
Assessoria de Imprensa – Afrebras
imprensa@afrebras.org.br

Farmácia Central de Americana entrega remédio vencido a paciente

Medicamento é utilizado para evitar rejeição de transplante de rim e prefeitura disse que troca foi feita após reclamação

O aposentado Romilso Pires, de 73 anos, retirou uma cartela de um medicamento vencido na Farmácia de Alto Custo de Americana. O remédio é o imunossupressor Micofenolato de Sódio, utilizado para evitar que haja rejeição ao transplante de rim. Das seis cartelas desse remédio retiradas nesta quinta-feira pelo paciente, uma havia vencido em janeiro de 2017. A prefeitura disse que o fornecimento de remédio vencido é um caso isolado e que ocorreu porque a atendente não se atentou às cartelas, que haviam sido doadas já que o Ministério da Saúde atrasou as entregas.

De acordo com Romilso, há dois meses ele não conseguia retirar o remédio na farmácia por falta de estoque e precisou buscar outros meios para manter o tratamento. Na manhã desta quinta-feira, sua empregada doméstica, que possui procuração para retirá-los, conseguiu na Farmácia Central seis das nove cartelas que ele utiliza em um mês. Ao receber os remédios, ele conferiu as datas e constatou que uma estava vencida e outro pode ser utilizado somente até o final de dezembro. O prazo de validade é de três anos a partir da data de fabricação – no caso dessa cartela, fevereiro de 2014.

“A sorte é que eu sempre olho o prazo de validade de tudo, mas imagina se é alguém que não tem esse cuidado? Fiz hemodiálise por quatro anos até conseguir esse transplante, não quero arriscar o meu rim tomando um remédio vencido”, disse o aposentado. Cada cartela possui 10 cápsulas, e Romilso utiliza três por dia.

À tarde, a empregada do aposentado retornou à farmácia e conseguiu trocar a cartela vencida por outra com prazo em fevereiro de 2018. A informação é que como o medicamento estava em falta, a prefeitura realizou a distribuição de remédio doado. “Por isso que a fabricação é antiga. Eles até me pediram desculpa”, disse Romilso.

O nefrologista Marcos Vieira, presidente da Fundação Pró-Rim, disse que há estudos indicando que a falha no uso de remédios imunossupressores pode diminuir a sobrevida do órgão transplantado. “Se o medicamento está vencido não pode ser utilizado. É uma regra para qualquer medicamento. A absorção pode mudar, mas não sabemos quais os efeitos no organismo porque não há pesquisa que vá utilizar remédio vencido nas pessoas”, disse o médico.Prefeitura está sem remédio há um mês

A Prefeitura de Americana disse que a Farmácia Central recebeu doação de uma pequena quantidade do medicamento Micofenolato de Sódio, e “diante da insistente procura, o atendente acabou repassando a doação, não se atentando de que havia uma cartela com o prazo de validade vencido”. O município informou que está sem esse remédio no estoque há pelo menos um mês.

Atualmente, 40 pessoas fazem uso desse medicamento em Americana. A prefeitura garantiu que não há possibilidade de outro paciente ter recebido cartelas vencidas, já que existe estoque há pelo menos um mês. “O controle é feito rotineiramente, mas nesse caso houve uma falha no processo de conferência. Trata-se de um fato isolado, já que todos os medicamentos que são distribuídos pela Farmácia Central são rigorosamente controlados pelo setor”.

O medicamento é comprado pelo Ministério da Saúde, que por sua vez repassa aos Estados, responsáveis pelo envio às prefeituras. A Secretaria Estadual de Saúde disse que a entrega está sendo irregular, tanto em termos quantitativos quanto periódicos. Foram entregues somente 13% do necessário para atender a demanda do quarto trimestre deste ano para a dosagem de 180 mg. No caso do Micofenolato de Sódio 360 mg, que é o utilizado por Romilso Pires, a quantidade enviada atende somente 24% dos pacientes no Estado de São Paulo.

O Ministério da Saúde informou que adquiriu o medicamento no dia 17 de novembro e a última entrega foi em outubro. “Nova remessa está programada para a próxima semana”, diz o texto.