Remédios para hipertensos são os mais vendidos no Brasil

Última atualização 8 Janeiro, 2018

Os remédios para o coração, voltados para o tratamento de doenças cardiovasculares ocupam o primeiro lugar na lista de medicamentos mais comercializados no Brasil. De acordo com informações divulgadas em dezembro de 2017 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 15,3% dos medicamentos comercializados no ano anterior, em 2016, foram de remédios usados para o tratamento de doenças do coração e condições associadas, como diabetes e colesterol alto.

Apenas em 2016, 1,1 milhão de internações foram registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) devido a doenças do sistema circulatório, como infarto, insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em segundo lugar na lista dos medicamentos mais vendidos estão os destinados ao tratamento de doenças do sistema nervoso central. Em termos de faturamento, porém, esses remédios ocupam o primeiro lugar, chegando a R$ 9,2 bilhões. No caso dos medicamentos para doenças cardíacas, o faturamento atingiu R$ 5,7 bilhões.

Doenças do aparelho digestivo e do metabolismo também tiveram destaque na lista dos medicamentos mais vendidos. Em seguida, aparecem os remédios contra diferentes tipos de câncer. As neoplasias, inclusive, serão as principais causas de morte no Brasil a partir de 2029, segundo diferentes estudos.

As informações foram divulgadas pela Anvisa durante o lançamento da segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, elaborado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Fonte: Gazeta do Povo

Abradilan contrata nova diretora executiva

economista e consultora do mercado da saúde há mais de 25 anos, Maria Cristina Amorim é a nova diretora executiva na Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Segundo ela, os associados da Abradilan visitam 96% dos municípios do país, atendem 71% das farmácias e estão presentes em 24 Estados. “Mesmo com essa ampla atuação, minha missão será produzir ainda mais sinergia no setor de distribuição, contribuindo para fortalecer a atuação da Abradilan junto aos associados, indústria, varejo, governo, associações e sociedade”, destaca.

Formada em economia pela Universidade de São Paulo (USP), Maria Cristina Amorim é mestre em economia e doutora em ciências políticas, coordenadora de pesquisa sobre a cadeia produtiva da saúde e professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Já atuou durante 25 anos como prestadora de serviços para empresas nacionais e multinacionais da cadeia produtiva da saúde, entre indústrias de materiais, equipamentos e medicamentos e associações do segmento. Ela também é conselheira do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde, Biotecnologia e Nanotecnoloiga (ComSaúde) e do Conselho Superior de Inovação (Conic), ambos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além de autora de vários trabalhos sobre regulamentação econômica e sanitária, tributos incidentes sobre a cadeia produtiva da saúde.

Ritmo de crescimento – Cristina Amorin explica que mesmo com os efeitos da crise econômica, os associados da Abradilan conseguem manter o ritmo de crescimento nas vendas de medicamento no país. Em setembro deste ano, segundo a pesquisa da QuintilesIMS, a Abradilan teve um aumento das vendas de 8,7% em unidades de medicamentos e não medicamentos (HPC), na comparação com o mesmo mês de 2016. Foram comercializadas 84 milhões de unidades no período, enquanto que no ano passado foram 77 milhões. “A demanda é forte, especialmente entre os genéricos, porque o brasileiro está cada vez preocupado com a saúde e tem o acesso mais fácil aos medicamentos”, diz a nova diretora.  

Ministério Público Arquiva Inquérito Civil Sobre Denúncia de Falta de Remédios

O promotor de justiça André Luiz Nogueira da Cunha decidiu arquivar inquérito civil instaurado para apurar denúncia de suposta falta de remédios nas farmácias da Prefeitura. A investigação era baseada em denúncia formulada perante a ouvidoria do Ministério Público e indicava que o remédio Ácido estaria em falta.
“Tal fato, por si só, denota ineficiência administrativa, que se for dolosa, pode ensejar improbidade administrativa, indicando uma certa incompetência da administração da saúde do Município, motivo pelo qual para melhor apuração dos fatos, foi instaurado este inquérito civil no âmbito da Promotoria do Patrimônio Público, indicando como investigados a Prefeitura de Catanduva, o Excelentíssimo Senhor Prefeito, Afonso Macchione Neto, e o Senhor Secretário de Saúde”, explicou o promotor.

A decisão de encerrar a investigação se deu depois de explicações do secretário municipal de Saúde, Ronaldo Gonçalves Júnior que teria apontado que poucos medicamentos estavam em falta na rede. Para Cunha, o secretário teria demonstrado que “quase todos os medicamentos necessários encontram-se em estoque, sendo pouquíssimos os que ainda não foram integrados ao estoque das farmácias do Município, mas sem denotar qualquer omissão ou ineficiência por parte da Prefeitura”. Ainda de acordo com Gonçalves Júnior, o remédio citado na denúncia estaria em processo de compra. “No caso, pela certidão prestada por fé pública pelo farmacêutico da Secretaria de Saúde, vê-se que a grande maioria dos medicamentos está em estoque e poucos são os que faltam, mas todos em processo de compra, comprados e aguardando entrega, ou em processo de licitação. Assim, não se vislumbra qualquer omissão por parte da Prefeitura, do Prefeito ou do Secretário de Saúde, conforme fls. 23/26, promove-se o arquivamento deste, submetendo tal decisão ao crivo do E. Conselho Superior do Ministério Público”, decidiu o promotor.

Nathalia Silva
Da Reportagem Local

Prefeitura libera lista de remédios grátis por App em Jundiaí

Última atualização 8 Janeiro, 2018

A partir de agora o APP Jundiaí passa a oferecer a listagem dos medicamentos ofertados gratuitamente pela rede de saúde. A aplicação facilita o acesso ao tratamento gratuito, pois disponibiliza para consulta as substâncias disponíveis, as dosagens e as formas de disposição. A dispensação só é permitida se a prescrição for feita com os dados constantes na lista. A iniciativa faz parte das ações do Plano de Governo do prefeito Luiz Fernando para a digitalização das informações e facilidade do acesso pela população.

Mensalmente são distribuídas 9 milhões de unidades entre cartelas de comprimidos, frascos ou tubos que fazem parte da lista de remédios disponíveis na Remume – Relação Municipal de Medicamentos da Atenção Básica, medicamentos do componente especializado (fornecido pela Secretaria de Saúde do Estado) e medicamentos da Farmácia Popular.

De acordo com a coordenadora de assistência farmacêutica, Ana Claudia Jordão Rodrigues, o município é responsável por 122 itens disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O Estado oferta outros 350. “Além do munícipe pesquisar, os prescritores de toda a rede podem conferir a listagem pelo celular e agilizar o tratamento, prescrevendo o que temos aos pacientes. O munícipe também pode pesquisar ainda no consultório, e se o prescritor escreveu Dipirona comprimido – no Remume só é disponibilizado em gotas -, a pessoa pode pedir para acertar a receita antes de sair da consulta”, comenta a farmacêutica.

Como consultar

A facilidade está disponível no ícone Qualidade de Vida, do APP. A partir da seleção é possível fazer pesquisas por listagem completa por substâncias ou funcionalidades. Os medicamentos estão prescritos pelo nome genérico da substância ativa. “É importante que os pacientes se atentem à prescrição correta, pois, só são disponibilizados os tratamentos que estiverem com os dados corretos. Por exemplo, se o médico prescreveu dosagem de medicamento de 800 mg, mas só temos de 400 mg, o paciente não poderá ser atendido. São protocolos que precisam ser seguidos à risca”, detalha.

Fonte: Jornal da Região

Entenda o caso da droga vetada, que combate câncer comum entre crianças

Publicado dia 08/01/2018 às 08h09min

O medicamento Aginasa é usado no tratamento de leucemia linfoide aguda

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a presidente do hospital Boldrini, Silvia Brandalise, tem "algum interesse" na compra do medicamento Aginasa, usado no tratamento de leucemia linfoide aguda, tipo de câncer mais comum em crianças e adolescentes.

Brandalise foi uma das principais vozes a protestar quando o governo federal substituiu o Aginasa, fabricado no Japão em parceria com a Alemanha, pelo LeugiNase, medicamento chinês que custa menos de ¼ do preço do antecessor, é desconhecido da classe médica e foi vetado pela Justiça em setembro, mas ainda é distribuído pela rede, como revelou a Folha de S.Paulo na quarta-feira (3).

A declaração de Barros foi feita à rádio "CBN" na quinta-feira (4). "Algum interesse ela [Brandalise] tem em que o produto que ela defende seja comprado pelo ministério. É isso que me parece, porque todo medicamento que aparece ela critica", afirmou Barros.

Em 24 de setembro, o juiz federal Rolando Valcir Spanholo, do DF , proibiu o governo federal de continuar a comprar e distribuir LeugiNase, sob justificativa de que não havia provas de que o remédio funciona em humanos.

O Boldrini, hospital referência no tratamento de câncer infantil sediado em Campinas, recebeu três remessas do remédio após a proibição, a última justamente no dia em que a reportagem foi publicada. Recusou todas. O governo informou que recomendou que hospitais e Estados não interrompessem o tratamento com L-asparaginase porque a sentença, diz o órgão, é de "cunho gerencial" e foi cumprida.

A decisão proíbe a União de comprar e distribuir o remédio, o que o Ministério da Saúde diz não ter feito mais. O texto do juiz não faz referências a entregas feitas pelos Estados, que recebem a droga do Ministério da Saúde e abastecem os hospitais.

Barros não fez qualquer menção, na entrevista à "CBN", ao fato de ter permitido a continuidade do tratamento com uma droga que a Justiça entendeu que não tinha eficácia comprovada. Segundo ele, o LeugiNase "atestadamente é bom".

O ministro afirmou que a presidente do Boldrini deve "cuidar bem dos seus clientes" e parar de "perturbar o sono de mães" de crianças com câncer. "Já faz um ano isso [que o LeugiNase é distribuído], não houve nenhum efeito adverso, não aconteceu nada de errado com a aplicação do medicamento, e ela insiste. Então fica para mim a impressão de que ela não tem nada contra o medicamento chinês, que ela tem a favor do que ela defende", afirmou Barros.

Quando perguntado se após a suspensão do LeugiNase pela Justiça, não foi questionada a certificação do produto, Barros respondeu: "Sim, mas o produto que ela compra também não tem a certificação que ela exige do outro..não há estudo clínico do produto que ela defende." Em entrevista anterior à Folha de S.Paulo, Brandalise disse que o Aginasa é amplamente conhecido da classe médica e tem segurança e eficácia comprovadas.

A DROGA

O Aginasa e o LeugiNase são drogas compostas pelo princípio ativo L-asparaginase. O fármaco faz parte dos remédios usados na poliquimioterapia. É considerado fundamental para elevar as chances de cura dos pacientes. A aplicação adequada gera remissão em 98% dos casos.

Após a suspensão judicial, o Ministério da Saúde abriu pregão para compra de L-asparaginase. O preço mais baixo é de outro medicamento chinês (Leucospar), oferecido pelo laboratório Xetley, mesmo distribuidor do LeugiNase. O ministro disse que nesta segunda (8) haverá reunião do ministério com entidades médicas para verificar se o medicamento tem condições de ser adquirido.

Barros afirmou que descontará o valor do remédio da verba repassada aos hospitais oncológicos. Segundo o governo, a verba repassada pelo SUS já contempla custos de aquisição de medicamentos. Brandalise está em viagem aos EUA, com o celular desligado, segundo a assessoria do hospital.

A advogada do Boldrini, Carina Moisés Mendonça, disse ser uma insinuação leviana do ministro. "Não há nenhum outro interesse da Dra. Silvia ou do Boldrini com relação a Aginasa (L-Asparaginase alemã) a não ser, unicamente, fornecer aos doentes um medicamento com eficácia e segurança comprovados".

O Boldrini obteve uma liminar que obriga o Ministério da Saúde a fornecer Aginasa ao hospital, mas não tem recebido o medicamento – o órgão diz que recorre decorre da decisão. "Diferentemente do que o Ministro alega, há diversos estudos científicos, publicados em literatura técnico-científica, que atestam a eficácia e segurança da Aginasa, todos juntados na ação judicial movida pelo Boldrini contra a União, o que inexiste com relação ao Leuginase", afirmou a advogada.

O que é a droga vetada:

O que é l-asparaginase

Princípio ativo de uma das drogas usadas na poliquimioterapia. Ela combate a leucemia linfoide aguda, tipo de câncer mais comum entre crianças. A aplicação adequada gera remissão da doença em cerca de 98% dos casos.

A doença

A leucemia linfoide aguda consiste no crescimento excessivo das células progenitoras da medula óssea (responsável pelos elementos do sangue como hemácias, leucócitos e plaquetas).

Histórico

Em 2017, o Ministério da Saúde comprou um novo remédio, o LeugiNase, cujo custo é 1/4 do que o usado antes, o Aginasa (japonês/alemão). Hospitais barraram o remédio. Teste apontou que só 60% do remédio chinês corresponde ao L-asparaginase. No japonês/alemão há 99,5% da substância.

Justiça

O Ministério Público Federal moveu ação civil pública para interromper o uso do medicamento. A Justiça Federal concedeu liminar proibindo a União de comprar e distribuir novos lotes do remédio.

Outubro e novembro

O Centro Infantil Boldrini recebeu remessas do LeugiNase. Governo diz que não encaminhou, mas admite que enviou a Estados e hospitais nota para que não interrompessem o tratamento com o remédio.

Dezembro

Ministério da Saúde abre novo pregão para compra de asparaginase. Menor preço é da Xetley, mesma distribuidora do LeugiNase. A licitação ainda não foi concluída. Com informações da Folhapress.

Ministério passará a pagar hospitais por fases da quimioterapia de Leucemia (LLA)

Publicado: Segunda, 08 de Janeiro de 2018, 13h24

Novo modelo foi anunciado durante reunião para avaliar o pregão de registro de preço do medicamento. Com a adequação, entidades retornarão a comprar de forma individual o produto

O Ministério da Saúde adequará o valor da tabela de procedimentos de quimioterapia para Leucemia Linfóide/Lifoblástica Aguda (LLA).O anúncio foi realizado, nesta segunda-feira (08/01), durante reunião realizada, entre técnicos da pasta e entidades de referência em oncologia e de controle para validar o pregão de registro de preço de compra do medicamento L-asparaginase nativa. O novo modelo será dividido por fases (indução, consolidação, intensificação e manutenção), e permitirá o retorno da responsabilidade aos hospitais oncológicos pela compra do medicamento, utilizado no tratamento de crianças com LLA.

Atualmente, o Ministério da Saúde repassa mensalmente um valor médio da quimioterapia dos pacientes com Leucemia Linfóide/Lifoblástica Aguda (LLA), que dura cerca de três anos. Com o novo modelo, o pagamento será correspondente a cada etapa desse tratamento, em geral mais caro nas fases iniciais. O cálculo leva em conta o valor dos medicamentos utilizados e o custo do atendimento realizado. Para isso, o novo valor que está sendo avaliado será compatível com o preço registrado do medicamento Peg-asparaginase, que obteve registro, na Anvisa, e precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), no segundo semestre de 2017.

O registro de preço da Peg-asparaginase no Brasil foi um importante momento para solucionar a situação do mercado brasileiro na aquisição de L-asparaginase nativa. Agora, o país passa a ter uma L-asparaginase comercializada em território nacional, o que não ocorria há pelo menos 5 anos e que motivou o Ministério da Saúde a importar e distribuir o medicamento, desde 2013, garantindo assim, o abastecimento dessas unidades de saúde e o tratamento dos pacientes com a doença. A retomada da compra dos medicamentos pelos hospitais observa essa disponibilidade do produto e, consequentemente, o fim do desabastecimento que vinha sendo verificado.

REGISTRO DE PREÇO – Durante a reunião, o Ministério da Saúde e as entidades especializadas acertaram que serão solicitados maiores esclarecimentos para a vencedora do pregão. Serão exigidos documentos adicionais sobre estudos clínicos e de farmacovigilância.

A próxima compra do Ministério da Saúde será para o atendimento de 6 meses, considerando o tempo hábil para que os hospitais realizem a compra de L-asparaginase de sua preferência. Como é um registro de preço, quando não há a obrigatoriedade da compra, só serão enviados os insumos mediante solicitação dessas unidades de saúde. A empresa vencedora do pregão apresentou um valor 34,21% inferior ao da última aquisição.

Participaram da reunião desta segunda-feira a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO), Conselho Federal de Farmácia (CFF), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Tribunal de Contas da União.

A compra de medicamentos oncológicos, como a L´asparaginase, é obrigatoriedade dos hospitais habilitados em Oncologia, denominados CACONs e UNACONs. O valor desses medicamentos já é contemplado pelos repasses realizados pelo Ministério da Saúde de acordo com os procedimentos ambulatoriais e de internação relacionadas ao tratamento. Apesar de comprar o medicamento e encaminhar aos hospitais oncológicos cadastrados no SUS, é importante ressaltar que nunca houve diminuição do repasse dos procedimentos, ou seja, passou-se a disponibilizar o medicamento, além do valor que já é repassado para o tratamento.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde

Atendimento à Imprensa – (61) 3315-3580 / 3988

Número de processos para tratamento de saúde cresceu 50% no Estado

Municípios e Estados estão sendo obrigados por demandas judiciais a arcarem com medicamentos e outros tratamentos que são de responsabilidade da União

08/01/2018 09:57h

As demandas judiciais em busca de garantir tratamento de saúde aumentaram 50% na Justiça Federal do Piauí, no período de 2010 a 2014, revelou pesquisa do Tribunal de Contas da União com base em informações obtidas junto ao Ministério da Saúde. De acordo com o relatório, enquanto no ano de 2010 apenas quatro casos eram judicializados a cada 100 mil habitantes, em 2014 o número aumentou para seis. O relatório alerta ainda que a grande maioria dos casos de judicialização da saúde ocorre nos Tribunais de Justiça dos Estados.

O Tribunal de Contas da União apresentou em dezembro do ano passado, que entre 2008 e 2015, as despesas do Ministério da Saúde com o cumprimento de decisões judiciais para a aquisição de medicamentos saltaram de R$ 70 milhões para R$ 1 bilhão, um total de 1.300%. Além disso, Municípios e Estados estão sendo obrigados por demandas judiciais a arcarem com medicamentos e outros tratamentos que são de responsabilidade da União, principalmente os que são utilizados em tratamento oncológico.

Já no que diz respeito ao judiciário nos estados, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo gastam, em média, o mesmo valor que a União com o cumprimento de demandas judiciais.

O crescimento das ações em todo país levou o Conselho Nacional de Justiça a criar o e-NatJus, plataforma digital, desenvolvida pelo Conselho, que vai oferecer fundamentos científicos para auxiliar os magistrados de todo o Brasil nas decisões na área da saúde.

Por: João Magalhães – Jornal O Dia

Anvisa recebe contribuições para marco regulatório de suplementos alimentares

08/01/2018 11h40 Paula Laboissière – Repporter da Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebe, a partir de hoje (8), contribuições para o marco regulatório de suplementos alimentares. De acordo com o órgão, a categoria de produtos, apesar de amplamente reconhecida pelo consumidor e adotada em outros países, não está prevista na legislação sanitária brasileira.

A definição proposta pela agência considera suplementos alimentares todos os produtos de ingestão oral, apresentados em formas farmacêuticas, destinados a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados.

A proposta regulatória pretende reunir na categoria produtos que atualmente se encontram disciplinados em seis categorias de alimentos, além de produtos enquadrados como medicamentos específicos que possuem indicação de suplementação.

“No intuito de tornar as práticas de mercado mais equitativas e favorecer o controle das autoridades sanitárias, a proposta de regulamento define claramente o que pode estar contido em um suplemento, os limites mínimo e máximo de cada constituinte e as alegações que podem ser realizadas, por meio da adoção de listas positivas”, destacou a Anvisa.

Como participar

Ao todo, seis propostas de regulamento estão disponíveis para consultas públicas pelos próximos 90 dias. Os formulários para envio das contribuições podem ser acessados por meio do endereço http://portal.anvisa.gov.br/consultas-publicas#/.

Quem precisar de orientações sobre o envio de contribuições ou quiser conhecer o processo regulatório mais detalhadamente pode conferir uma página dedicada ao tema publicada pela Anvisa: http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/processos-regulatorios .

Edição: Fernando Fraga

Norma simplifica processo de importação

Procedimento foi desburocratizado com a eliminação de exigências que impactavam no custo de armazenagem das empresas.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 08/01/2018 14:42
Última Modificação: 08/01/2018 14:44

Os procedimentos para importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária foram simplificados. A Anvisa publicou nesta segunda-feira (8/1) a resolução RDC 208/2018 que eliminou algumas exigências da norma anterior.

A medida simplifica alguns procedimentos e deve ter um impacto positivo no custo de armazenagem das empresas que trazer produtos relacionado à saúde para o Brasil.

De acordo com o diretor de Controle e Monitoramento Sanitários, Willian Dib, a RDC 208 retirou das exigências documentos que as empresas só conseguiam depois que as cargas chegavam ao país, o que gerava custos com armazenagem, encarecendo o preço final dos produtos.

Segundo Dib o foco é atuar baseado no risco “A simplificação do processo referente a licenças de importação é mais uma iniciativa da Anvisa que visa racionalizar sua atuação e focar nos produtos com maior risco.”

A Agência também está abrindo uma consulta pública sobre o gerenciamento de risco sanitário aplicado às atividades de controle e fiscalização na importação de bens e produtos sob vigilância sanitária

Confira as principais mudanças da RDC 208/2018:

Alterações
Alterado o prazo de cumprimento de exigência para 30 dias. Alterado capítulo de rotulagem que agora diferencia as informações segundo a classe de produtos.

Revogações

Vinculação de NCM a determinado procedimento.

Todos os dispositivos que determinavam a análise do processo no local do desembaraço do produto.

Todos os dispositivos que requeriam a autenticação e reconhecimento de firma.

Exigência de registrar nas observações da LI os dados de AFE e registro do produto, que passam a integrar o formulário eletrônico de petição.

Exigência de declaração de lote, pois essa informação consta no formulário eletrônico de petição.

Exigências de autorização de embarque, agora restritas a procedimento 1 que incluiu a lista C3.

Exigência de comunicação de Entreposto Aduaneiro.

Exigência de licenciamento de cabelo e vestuário.

Exigências de GRU, assinatura de responsável técnico, autorização de acesso, declaração de lotes, procuração e documento de averbação emitido pelo recinto alfandegado que comprovem a presença da carga.

Exigência de certificado e laudo de análise para importação de alimentos.

Fiocruz e USP lançam plataforma para criar dispositivos de diagnósticos

Numa primeira fase, a ideia é ter chips para diagnósticos de zika e dengue

Por Redação – Editorias: Atualidades, Rádio USP

Um esforço conjunto entre Fiocruz, USP, Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto pode levar o Brasil a uma  desoneração em torno de US$ 19 bilhões no déficit ocasionado pela importação de insumos da indústria biofarmacêutica na balança comercial brasileira.

É o que poderá gerar uma plataforma para aproximação da pesquisa básica orientada ao desenvolvimento de produtos biotecnológicos, que está em fase de implantação no campus da USP em Ribeirão Preto.  

O projeto piloto dessa plataforma tem foco nos dispositivos médicos, com  ênfase inicialmente em um dispositivo POC, point of care, molecular para detecção dos vírus de Zika, Dengue e Chikungunya.

O diretor da Fiocruz em Ribeirão Preto, Rodrigo Stábeli, falou mais sobre essa plataforma e seu impacto no sistema de saúde brasileiro e no mercado nacional de diagnósticos e insumos para diagnósticos. Clique no link acima e ouça a matéria na íntegra.